Miracle escrita por B Mar, B Mar
Cap 17
Hermione PDV:
O natal chegou acompanhado da maior nevasca que Londres teve em anos e todos nos esforçamos para proteger, magicamente, as áreas externas da casa para que as crianças pudessem brincar. Harry havia ido buscar o filho de Duda para passar o feriado conosco e eu estava, no mínimo, assustada.
- E aí? – Gina se sentou do meu lado. – que bicho te mordeu?
- O bicho do medinho. Acha que o pai do menino vai vir com ele?
- Talvez. Hermione, Duda não é tão ruim.
- Ele praticamente matou o Harry psicologicamente por 17 anos.
- 16.
- Tanto faz. Mas ele o odeia.
- As coisas realmente mudaram nesses 11 anos. – Ela me olhou. – Sabe, os Durleys ainda odeiam o Harry, mais eles não se vêm. Duda... Bom, ele é legal agora. Pediu desculpas. E está casado, ele tem dois filhos e um dele é bruxo.
- E como o outro está?
- ele acha a coisa mais empolgante do mundo. Ao contrário de Lily e Petunia. Eles são mais unidos do que nunca agora.
Relaxei a cabeça em seu ombro.
- algo mais?
- Não.
- tem certeza? – Levantou uma sobrancelha.
- Tenho.
Ela acariciou meu cabelo e se levantou.
- Vou amamentar a Lily. Quando quiser me contar...
Confirmei com a cabeça e ela se foi, então peguei um casaco e fui para o jardim.
Chutei alguns pedaços de neve. Funcionava quando eu ficava nervosa, mas dessa vez a ansiedade apenas cresceu. Eu precisaria encarar Draco em breve e aquilo era terrível. Eu tinha vontade de me jogar na neve, me enterrar e ficar ali eternamente. Morrer de hipotermia parecia mais atraente que encarar o pai dos meus filhos e contar isso pra ele.
A última era uma ideia terrivelmente assustadora.
- Hey. – Ouvi e olhei. Harry se aproximava de mim. – Tudo bem aí?
- Não mesmo.
- E isso tem haver com?
- alguém vai ser papai. – Suspirei. – De duas crianças de 11 anos.
Ele me abraçou e acariciou meus ombros.
- Espera aí, não sou eu né? – Brincou.
- Não é você. – Gargalhei. – Você sabe que não.
- eu sei que não. Só quero ter certeza que não aconteceu nenhum porre entre nós há 11 anos.
- Acontecer até aconteceu. – Lembrei. – Mas foi mais do tipo, fique longe da minha irmãzinha seu corvinal filho de uma vadia.
- Eu me lembro. E muito bem.
Rimos e nos sentamos no banco descascado.
- Ui. – Ele pulou. – Gelado.
Ri pelo nariz.
- Como se sente? O que você acha disso?
- De verdade? Acho assustador pra mim.
- E Rose e Scorpius?
Suspirei. Os dois seriam mais um desafio. Meu maior medo era pensar em como eles poderiam se sentir. Eu havia escondido a verdade de meus filhos por 11 anos e despejar aquilo em cima deles seria... A pior coisa que eu me veria fazendo.
- Não sei o que dizer.
- Pra ele ou pra eles?
- Pros 3. – Suspirei frustrada chutando mais um pouco de neve.
Rose PDV:
Scorpious PDV:
(à noite)
Saí do quarto silenciosamente e bati na porta de Rose, que saiu abriu na mesma hora.
- Tudo pronto?
- tudo. Tio Harry providenciou que ninguém nos interrompa. – Avisei.
- Peguei a escova de dentes e já devolvi. O DNA já está no caldeirão. Só falta o nosso.
- Você separou ou deixou em um só.
- Separei em dois. – Falou. – Pra não ter erro.
Confirmei com a cabeça e entrei, fechando a porta logo em seguida. Sentamos no chão, em frente ao caldeirão. Rose fez o mesmo ao meu lado.
- Fio de cabelo ou saliva? – Lhe olhei. – Ou sangue, sei lá.
- foi de cabelo é mais fácil e menos doloroso. – Concluiu.
- É. Tem razão.
Continua...
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