A Moonlight Waltz - Spellbound escrita por JoyceSW


Capítulo 15
Capítulo 15




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Lirith Venuto

Eu queria permanecer dançando, não queria ter que salvá-lo e muito menos ver seu rosto, por culpa exclusivamente dele eu estava naquela situação sem definição; porém contra os comandos enviados por meu cérebro para que continuasse a me divertir, meu corpo correu de encontro à multidão logo vendo por cima de alguns ombros o rosto de Bill. Assustado ele mal se mexia enquanto via o circulo de vampiros fecharem-no no canto próximo ao bar. 

-Lirith? – Bill gritou assim que me viu atrás de alguns homens que criaram a barreira, ele tentou vir até mim, porém fora lançado contra a parede de forma bruta. Eu não queria interferir, mas se eu não o fizesse eles o matariam, talvez fosse até melhor assim. Talvez não, era melhor assim. Em passos firmes fui deixando o local de forma convicta, porém meu “coração” me dizia que eu estava cometendo um grande erro. Ignorando avoz que me traia, retornei a pista em que eu era a única a continuar dançando. Novamente ignorei as vozes em minha cabeça que me fazia entrar em contradição com o que eu era, com o que eu acreditava e o que eu tinha que fazer. Fazê-lo sumir da minha vida era para ser uma parte fácil, mas porque tinha que dar tanto trabalho? Droga!

-Deixem ele em paz! –gritei correndo em direção a Bill ficando entre ele e os vampiros famintos.
-Por quê? Ele é sua comida? –Uma voz fria soou próximo ao meu ouvido de forma imponente. Virei em sua direção e o encarei da forma mais fria que conhecia, ele logo encolheu os ombros e baixou seu olhar.
-Se quiserem viver por mais tempo é bom deixa-lo em paz. – Alertei em alto e bom som vendo a massa vampírica se desfazer e voltar a sua diversão. Sorri vitoriosa.

Virei para trás e Bill estava sem graça, de forma automática estendi minha mão na sua frente e ele logo aagarrou. Caminhamos de mãos dadas para fora da boate.
-O que você fazia lá? -Perguntei andando rápido. Eu estava realmente estressada, o que diabos deu na cabeça desse imbecil me seguir até lá? Ele não sabe, mas a vida dele esteve por um fio.
-Eu fui te ver. –Bill falou de uma forma que até me conseguiu me comover. Que diabos está acontecendo comigo? São somente palavras bonitas, nada mais que isso. Controle-se Lirith!
-Não era pra você entrar lá sem ser convidado. – Resmunguei atraindo seu olhar. - Sua mãe nunca te ensinou isso? 

Bill ficou quieto permanecendo assim por todo o caminho. Estava realmente arrependido. Eu queria falar pra ele o perigo que passou, ele poderia morrer lá, mas não posso falar sobre isso, se o pandemônio sonhar que eu me mostrei a um humano sem o matar eu estarei em sérios apuros. Estávamos andando há algum tempo, somente quando dei por mim nós havíamos parado de frente a minha casa. Droga, por mais que eu tentei alguma coisa conspira contra mim, essa droga de praxe sempre vai conspirar contra mim. Porque eu não percebi para onde estávamos indo? Porque eu tinha que trazê-lo até minha casa? Mais atenção Lirith! Apenas preste atenção!
Sem alternativa o convidei para entrar em casa, silencioso Bill adentrou pela porta e se sentou no sofá. Seu olhar era convidativo e ele esperava algo de mim.

-Você ainda tem absinto aí? -Ele perguntou sem nenhuma vergonha na cara.

-Claro.

Me levantei e fui à cozinha pegar o absinto e uma taça para Bill.

-Toma. -Coloquei a garrafa e a taça em cima da mesa.
-Você não vai beber?
-Não estou afim. –Menti. Se fosse possível eu tomaria essa garrafa sozinha, sem ligar de ser chamada de gulosa ou egoísta.

Depois de seis taças cheias de absinto a bebida estava no fim e Bill estava extremamente bêbado. Sinceramente, ele fica muito mais legal e engraçado quando está assim.

-Ai Lirith! -Ele se sentou e devagar colocou sua cabeça em meu colo. -Sabia que eu gosto muito de você. -Eu abri um sorriso e ri um pouco.
-Não acredito em palavras de bêbado Bill.
-Não, sério. Eu não faria anda pra magoar você. – Aquela confissão singela me deixou sem palavras, eu não queria mata-lo, mas também não queria ficar sem ele e ao mesmo tempo eu tinha que deixa-lo livre das loucuras do meu mundo.


Perdida na ternura de suas palavras, nem me dei conta do quão perto Bill estava, e quando dei por mim seus lábios haviam se encostado aos meus. Era um beijo diferente não sei se por causa do absinto, mas foi algo diferente no qual eu não sei explicar.Eu percebi que ele tinha parado e caiu sobre minhas coxas mais uma vez.Esse idiota caiu no sono e ronca como um leão. Delicadamente sai do sofá e o deixei dormindo lá. Subi em direção ao meu quarto, já ia amanhecer.

Vlad Lênin

A lua estava se despedindo e aos poucos o céu era tingido com alguns raios alaranjados, um novo dia em breve começaria. Lorelle e Daphne do nada apareceram para me atormentar e acabar com minha paz. Aquelas duas só serviam para ser comida, nada além disso! Porque ao invés de ter quatro noivas eu não fiquei apenas com Lirith? Ela sempre foi a única que conseguia fazer com que eu fosse até o inferno por ela.

-Vlad! – Daphne me chamou cheia de alegria e com um sorriso insinuante, sentei-me e esperei para ouvir o que algo de completo desinteresse meu. Se Daphne dependesse de um assunto para prender alguém na cama seria virgem até hoje. -Você não vai acreditar. 
-O que? -Perguntei sem nenhum interesse.
-Sua adorada Lirith! -Continuou Lorelle. Imediatamente me levantei e fui até elas ficando na frente das duas. Será que aconteceu algo com Lirith?
-O que tem ela? – Perguntei irritado enquanto via dois sorrisinhos sem vergonha estampar a cara das duas.
-Sabia que agora ia ficar interessante pra você. -Daphne riu. -Lirith defendeu um humano na boate. Foi épico! – Daphne piscou para mim e Lorelle não conseguiu conter a gargalhada.
-Foi divertido ver a reação dela. -Disse Lorelle.
-Lirith... defendeu um humano? -Bati na parede com força. Não é possível! O que deu na cabeça daquela garota? -Saiam daqui já! -Disse apontado para a porta.
-Sim, claro. –Daphne e Lorelle se encaminharam a porta e eu a bati com força após as duas saírem, porém suas gargalhadas chegavam a estremecer o corredor.

-Lirith...você está brincando com fogo! – Gritei logo acertando um dos vidros da janela.

Lirith Venuto

Eu ouvi o grito de Vlad dentro da minha mente, isso foi um aviso, mas eu não iria temê-lo mais uma vez. No mesmo instante a porta rangeu e levemente foi aberta, logo Bill entrou por ela.

-Bom dia mocinha. -Ele sorriu.
-Mocinha?
-Por que está nessa escuridão?
-Eu gosto de escuridão.
-Que coisa. -Ele se sentou ao meu lado. -Rolou algo ontem?- o fitei profundamente e balancei a cabeçanegando, foi difícil mentir e foi mais difícil ainda ver a expressão de desapontamento dele, mas quem mandou beber a garrafa toda de absinto?
Não rolou nada Bill.
-Ah, claro. Isso explica a minha dor de cabeça. Eu devo ter bebido a garrafa toda de absinto ontem. - Ele se levantou vermelho e levemente frustrado. - Que pena, queria que tivesse rolado algo, mas quem sabe outro dia? 
-Até outro dia Bill. – Logo os passos pesados de sua bota embateram na escada envernizada e a porta da sala fora batida com força, Bill havia ido embora e eu novamente havia ficado sozinha.


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