Reencontro escrita por Birdy


Capítulo 11
Capítulo 10 - Amy


Notas iniciais do capítulo

Hey galera!!!
Então, eu atualizei o último capítulo, espero que leiam
e ainda tá valendo o concurso de quem consegue desvendar o código.
Desculpa pela demora, espero que gostem.
Beijos Cahill
Birdy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/264644/chapter/11

Capítulo 10

Amy

Amy estava completamente acabada.

Depois de acordar Dan eles foram para a mansão. O pobre coitado do irmão dormiu no sofá mesmo, do jeito que chegara. Já Amy tinha tomado um banho rápido e fora dormir em seu quarto.

Porém ela não conseguiu dormir, perguntas e perguntas sem respostas a assombraram, impedindo seus olhos de se fecharem. Amy tentou contar carneirinhos, leu trechos de livros, tomou leite, mas nada adiantava.

E era sempre as mesmas perguntas que lhe voltavam à cabeça. Ela estaria apaixonada por Ian? Será que Ian tinha mudado? O mistério das mensagens era apenas alguma brincadeira que ele planejara?

Chegou uma hora que Amy desistiu de tentar dormir e foi para seu refúgio: a biblioteca.

Ela levou uma lanterna poara não ter que acender a luz e começou a andar entre as estantes. Já fazia quase um ano que ela morava na mansão e ainda não tinha lido todos os livros.

Amy passou o dedo pelos livros encapados, sentindo a textura agradável de suas capas, ao mesmo tempo que segurava a lanterna com a outra mão e lia os títulos de cada um, estampados em suas laterais. E ia fazendo uma lista mental. Já li, já li, já li, ainda não li, já li, vou ler, ainda não li, já li.

Um pouco mais a frente, um livro lhe chamou a atenção. Tinha uma capa um pouco mais dura que as outras e era vermelho escuro, quase vinho, sem título algum.

Amy pegou o livro e o abriu na primeira página, curiosa. Amy estranhou o que viu, as páginas do livro eram pretas, em vez de brancas ou cor de creme, como a maioria dos livros. A primeira página não tinha nada escrito, a não ser por um desenho de uma árvore sem folhas completamente branca. Ela virou a página, esperando encontrar algo. O canto da folha era enceitado com linhas curvas e espirais prateadas. As letras eram brancas e a caligrafia era elegante, Amy pensou já ter visto essa letra em algum lugar, mas deixou isso de lado, pois resolveria mais tarde. E começõu a ler.

De vez em quando, Amy anotava algumas frases mentalmente, algo que ela adorava fazer quando estava lendo livros.

–"Não chame o destino de injusto, ele tem um jeito estranho de te mostrar que não é." - Amy leu.

A história parecia ser uma auto biografia romântica que falava sobre uma mulher e um homem que eram apaixonados, mas, como sempre, era muito difícil para os dois ficarem juntos. Ela, porque tinha uma família de psicopatas que viviam matando um ao outro por algo valioso. E ele, porque não era muito bem-vindo na família e talvez motivo de piada. Mas eles conseguiram, de alguma forma, continuar juntos, se casar e tiveram dois filhos. E acabaram por participar da busca perigosa pela qual a família da garota se matava. Os dois tinham se tornado historiadores, como um disfarce na busca e viajaram grande parte do mundo juntos.

Ao final da história, Amy já sabia de quem se tratava: seus pais, Hope Cahill e Arthur Trent. Amy percebeu que haviam ainda muitas páginas sem escrito algum, quando ela virou a página, viu um recado com a mesma caligrafia.

"Deixei as próximas páginas vazias para você. Agora é a sua vez de escrever sua própria história de amor.

Não deixe que nada, nem ninguém, se interponha entre você e sua verdadeira paixão. E siga sempre seu coração, porque nem sempre o cérebro está certo...

Com carinho,

Hope Cahill

Amy estava com lágrimas nos olhos e não impediu que elas caíssem. Ela fechou o livro e o abraçou. Podia sentir cada palavra de sua mãe, cada frase de sua história com Arthur.

–Obrigada, mãe. - Amy disse, com a voz falhando, e beijou a capa do livro.

Ela ficou assim até que percebeu que a biblioteca ficara mais clara, sinal de que já estava amanhecendo. Amy apagou a lanterna e saiu da biblioteca, ainda abraçada com força ao livro, como se fosse sua última conexão com a mãe. Foi ao quarto e escondeu no guarda-roupa, ponderando se devia ou não mostrar a Dan, acabou decidindo que o mostraria só em caso de necessidade.

Foi se arrumar, colocou uma blusa surrada com mangas e um short jeans. Passou um pouco de maquiagem para disfaçar as olheiras; por mais que odiasse usar maquiagem, ela não queria que Nellie e Dan ficassem enchendo o saco e fazendo diversas peguntas sobre o que ela fez para estar com olheiras tão grandes.

Pensamentos conflitantes tomavam conta de sua cabeça, como se estivesse em um bate-papo mental.

Essa foi uma das maiores indiretas da minha vida!

O que quer dizer?

Ai, Amy, deixe de ser lerda e pense um pouquinho. Onde foi parar a sua inteligência?

Acho que ela deve ter ficado nos destroços do porão da escola.

É claro que sua mãe está falando para você escrever a sua história com o Ian. Ele é seu verdadeiro amor.

Não é, não. Quer dizer... talvez, eu não sei. Ele mentiu para mim tantas vezes...

Amy, acorda! É óbvio que vocês se amam. Deixa de ser tão dramática.

Falar é fácil.

Eu queria ter braços para poder bater em você.

A minha sorte é que você não tem.

Pare de desviar do assunto! Você já sabe o que fazer quando chegar na casa dele.

Hã... não, não sei.

Esquece! Eu mesma cuido disso.

Depois da luta mental decidiu ir logo tomar café. Dan parecia um zumbi. Estava muito sonolento e cambaleava pela cozinha, com os olhos semi-abertos. Nellie não estava muito melhor, seu cabelo multi-colorido parecia um porco espinho assustado. Saladin circundava entre os pés de Dan, fazendo-o tropeçar o tempo todo.

–Bom dia, Saladin. - Dan disse, sua voz estava rouca. Ele olhou para Nellie e arregalou os olhos, ou tentou, porque mal conseguia abrí-los. - Nellie! Cuidado! Tem um gambá no seu cabelo!

–Onde? - Nellie tateou o cabelo, assustada, a procura do gambá inexistente.

Amy se divertia com a cena enquanto preparava o café, ela era a única pessoa realmente acordada na casa.

–Não é gambá nenhum, pateta. - Amy disse a Dan - É apenas o cabelo da Nellie, hã, um pouco bagunçado.

–Um pouco? - Dan perguntou com sarcasmo, agora seus olhos já estavam totalmente abertos e ele pôde ver o cabelo de Nellie com mais atenção. Nellie lançou-lhe um olhar que dizia "é melhor calar a boca se não quiser ficar sem ela". Dan assentiu e se sentou à mesa.

Amy também se sentou à mesa, ao lado de Nellie.

–E então... o que vocês vão fazer hoje? Explodir alguma coisa? Vão ser perseguidos? Desvendar um mistério? - Nellie perguntou.

–Não, não e talvez. -Respondeu Amy. - O Kabra vai descobrir o que há no chip de computador que encontramos, que provavelmente está cheio de códigos e etc.

–Isso quer dizer... mais um dia com os Kabra? - Dan estremeceu.

–Bem, sim. Mas acho que para você não vai ter problema, estará na companhia de Natalie. - Amy brincou.

–E você na de Ian. - Dan retrucou.

–Isso significa que posso tirar meu dia de folga. - Disse Nellie, se levantando da mesa. - Qualquer problema, liguem para seu tio Fiske. Hasta La vista. - E foi para seu quarto.

Dan fungou no ar, depois cheirou a sua própria camisa.

–Credo, estou com cheiro do perfume da Kabra. Acho que vou ter que incinerar essa roupa. - Ele disse.

–Pode acreditar, é bem melhor do que o seu cheiro. - Amy disse.

Dan revirou os olhos e subiu para o seu quarto.

Amy subiu a escada também, mas, quando já estava no último degrau, o telefone tocou. Amy desceu correndo as escadas, pulou por cima do sofá e correu para atendê-lo. Sem se dar ao trabalho de olhar o identificador de chamadas.

–Alô? - Ela disse.

Oi, Amy. - Amy reconheceria em qualquer lugar a voz do outro lado da linha.

–Descobriu algo sobre o chip, Ian?

Sim. Algo muito importante. Venha logo.

Ele desligou o telefone. Amy, ainda com o telefone colado à sua orelha, ficou olhando para o nada, sem se lembrar o que deveria fazer. Ela sentiu algo peludo passando pela sua perna e se arrepiou, olhou para baixo e viu Saladin, miando, implorando por comida. Isso a devolveu à realidade. Amy subiu correndo as escadas novamente.

–Dan, estamos saindo daqui a 10 minutos. - Ela gritou e foi se arrumar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpa mesmo a demora.
Semana que vem eu não vou poder postar, mas desejo à vocês um Feliz Natal e Ano Novo.
E talvez mês que vem eu não consiga postar, pois vou estar nos Estados Unidos.
Beijos Cahill
Birdy