Back To Baker escrita por Mel Devas


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Bem, gente, essa fic está quase no fim, e além desse capítulo, terá um Epílogo, e só, que espero terminar essa semana mesmo, já que é bem pequeno. Maaaaaaaaaaaaaas, esse capítulo ficou mais grandinho, e, apesar de confuso, espero que gostem!!
Como eu não revisei, qualquer erro me avisem que eu ajeito :)



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– Que? Acasalamento? Oi? Coxinha? - Se embolou Will, conseguindo superar as expectativas de todos ao ficar ainda mais vermelho. Bem, não é como se eu não esperasse. E também não era como se eu não achasse fofo. Lá vou eu de novo com essa minha história de achar um garoto com três vezes o meu tamanho fofo.

Ah, sério que eu ainda tô falando sobre isso? Realmente sou uma idiota apaixonada. E com o cérebro do tamanho de um hamster, pra dar créditos ao nosso “amado” detetive.

Sherlock olhou Will com impaciência e desgosto.

– Vocês realmente são alguma coisa. - O homem que acabara de aparecer do nada falou, me senti surpresa ao receber o elogio. - Só dois paspalhões de primeira ficariam distraídos e de namorico enquanto estão sob custódia de um assassino. Vocês sequer ouviram a mim e Watson pondo parede abaixo, por favor! - E, obviamente, fiquei emburrada ao perceber que as palavras de Sherlock não eram bem um elogio.

– Acho que você tem mais coisas pra fazer do que falar o quanto somos burros, Sherlock, tipo se achar o último biscoito do chá da tarde. - Falei irritada, Watson, que observava-nos por trás do companheiro, perto do buraco que os dois abriram na parede, soltou uma risadinha. Era estranho como ninguém estava realmente preocupado com a situação que estávamos. É, de fato, o que Tony poderia fazer agora? Bater na gente com uma folha de bananeira?

Ah, falando nisso, eu tinha que entregar a flor pra Watson e resumir nossas preciosas e lindas descobertas (fala sério, gente! São lindas! Nós mesmos descobrimos!) para ambos, mas ao mencionar isso para o detetive, este achou melhor que seriam atividades ideais para se fazer fora de uma mansão com um assassino.

Atravessando o território da mansão em direção à porta sem preocupações, ninguém foi extremamente barulhento, claro, mas também não houve muito cuidado. Também não se ouviu nenhum barulho dos cães que antes guardavam a mansão. Era quase como se tivessem evaporado.

Isso era estranho.

Bem, claro que eu estava feliz por não ter que correr de nenhum cachorro nem fazer nenhum outro tipo de malabarismo que gente preguiçosa como eu não consegue fazer, mas, ei, era estranho, ué.

Depois de nos afastarmos a pé da mansão, Sherlock acenou e pegou uma daquelas malditas carruagens. Will percebeu, como sempre, meu desgosto ao ver tal instrumento de tortura, só que dessa vez segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos e dando um sorriso pra mim. Eu corei. Aí ele viu que eu corei e corou também. Watson nos observou nosso amor juvenil e deu uma coradinha (essa palavra existe? Bem, é uma corada pequena, uma corada menos corada do que uma corada completa (?)) também. Sherlock olhou nós três e ignorou. Bem, previsível.

Depois de um tempo passado dentro da carruagem, tempo que achei que já teríamos chegado em casa, quer dizer, Baker Street, enfiei minha cabeça pra fora da janelinha que tinha acoplada na porta da carruagem, e o cenário lá fora, mesmo que de noite, não me parecia muito familiar.

– Onde estamos indo? - Perguntei. - Acho que não é pra Baker Street.

– Não é. - Sherlock disse, se aquietando logo depois, como se isso fosse informação o suficiente. Mas é claro que não era.

– Não seria muito sensato a gente passar a noite em Baker Street após, você sabe, vocês terem sido descobertos, trancafiados e tudo o mais… - Watson tentou me explicar, com o sorriso gentil de sempre.

Eu gostava de Watson, por mais que ele nunca tivesse muito destaque nos livros de Sherlock, - o que era engraçado, já que ele próprio as escreveu - eu imaginava ele um pouco mais diferente do que era tratando a gente. Talvez seja porque estava se relacionando comigo e com o Will, e nas histórias se relacionava majoritariamente com Sherlock, que não era lá muito tratável. Ninguém é o mesmo falando com o Sherlock. E chega a ser curioso o fato de uma pessoa que não se importa muito com... pessoas, possa fazê-las agir tão diferentemente.

Mas enfim, o Watson era um amor e, realmente, não era muito seguro voltar pro pequeno apartamento da dupla.

– E a Sra. Hudson e Salem? - O pensamento me surgiu subitamente, a pobre e gentil senhora fazedora de biscoitos não poderia ficar sozinha num apartamento perigoso muito menos o meu gato levado, certo?

– Ah… Ela já deve ter saído de lá, levando seu gatinho junto, é uma senhora muito sagaz, falando aqui entre nós. - Watson falou com a calma de sempre e riu.

– Vai demorar muito pra gente chegar no destino certo? - Will perguntou.

– Bem, um pouco. - O médico mexeu no bigode

Então, eu sou uma pessoa que sabe aproveitar das situações, sabe? Se a vida te der limões, espirre no olho de alguém, sempre dizem, e eu sigo essa teoria à risca. Mesmo que fazê-lo me torne um pouco, ok, muito abusada.

– Will, a partir de agora você é meu travesseiro. - Falei, me recostando em seu peito (ele era tão alto que eu não alcançava seu ombro). Ele ficou sem graça, mas sorriu.

– E o que eu ganho com isso? - O garoto alto, moreno (gostoso) perguntou, me dirigindo um sorriso travesso.

– Uma uva, agora fique quietinho, pois travesseiros não falam.

– Que gracinha. - Ouvi Sherlock comentar com um pouco de escárnio. Mas aí caí no sono.

–-x--

Eu fui acordada e Will também - descobri depois que ele também tinha caído no sono - por Watson assim que tínhamos chegado em nosso destino. Era uma casa normal de época normal, sem muito o que falar.

– Hamsters - Começou Sherlock. - Como essa casa possui apenas três aposentos, ou vocês dormem juntos ou alguém dá um jeito de dormir em algum canto.

Entrando na casa, de fato, só havia um corredor e três quartos, nenhuma sala nem nada assim. Entramos no quarto que seria depois de Watson, onde eu e Will contamos todas as descobertas.

Enquanto relatávamos tudo, separando bem o que aconteceu das nossas suposições pessoais, os dois homens balançavam a cabeça.

– Nada mal, Hamsters. Quem saiba um dia vocês consigam igualar vossa inteligência à minha, por um pequeno período de tempo, claro. - Depois riu pra si mesmo, balançando a cabeça, como se isso fosse algo impossível demais. E de fato, imagino eu, era. A não ser que Will seja algum tipo de gênio enrustido à espera de seu desabrochamento mental. É, era algo impossível. - Então é só esperarmos Watson analisar a planta, se for a Trompeta de Anjo, melhor ainda e caso encerrado.

– Mas o que vai acontecer com o Tony e o Vincent? - Perguntei. - Poxa, tudo bem que eles mataram o velho, mas imagino que eles tenham feito isso em defesa própria, sabe… Eu sei que não é legal matar: ninguém, por mais carrasco que seja, merece isso. Ou pelo menos é minha opinião. Mas não acho que eles sejam os vilões, eles poderiam ter matado Will e eu facilmente e… Bem, estamos aqui, vivinhos da Silva.

Os dois homens refletiram por um instante.

– Vou tentar dar um jeito. - Falou Sherlock. Watson o olhou estupefato. - Agora vão dormir, crianças.

Watson achou as atitudes de Sherlock estranhas, eu também. E bem, de fato, o Sherlock que eu conhecera era bem diferente do Sherlock que eu lera, mas isso também aconteceu com o Watson. Será que proximidade muda as coisas tanto assim? Enfim, eu e o Will encaminhamos para o quarto designado a nós, e eu deveria me concentrar não na personalidade dos dois homens bregas do século passado, e sim em como eu e Will íamos dormir.

A cama tinha tamanho normal e possuía um armário ao seu lado, mas o quarto era pequeno demais pra alguém se deitar no chão, ou algo assim sem ser espremido, e olha que a pessoa nem precisava ser um titã de 1,90m. Will pareceu chegar a mesma conclusão. Ele abriu o armário com dificuldade - o quarto era tão apertado que era uma missão abrir as portas do maldito armário - e, vasculhando lá, pegou alguns cobertores e edredons que achou lá.

– Vou dormir no corredor, só espero que Watson e Sherlock não pisem em mim. - Riu.

– Por que não passa em sua cabeça em debater comigo em quem dorme na cama e quem no corredor? Tirar no pedra, pepel ou tesoura, algo assim. Não sou uma florzinha pra precisar me tratar assim.

– Mas você é a minha florzinha! Ou prefere dormir agarradinha a mim? - Ele tentou dar um sorriso safado, mas o rosto dele estava tão vermelho que não convencia.

– Will, sério, se vai ficar tão envergonhado com o que você fala, não fale. - Eu gargalhei. Isso definitivamente era fofo.

– Eu não sou fofo!!

– Ops, eu disse em voz alta? Mas eu te acho fofo.

– Me ache másculo e viril. Ser fofo não dá pão pra ninguém.

– Nem ser másculo e viril, se você quer saber.

– Dá, sim. Dá pão pro meu orgulho.

– Me desculpe então, você é fofamente másculo, de um jeito muito viril mesmo.

– Sabe, não é incluindo as palavras que eu quero, que você consegue uma frase que me faça feliz. - Ele bateu a mão em sua testa, sem deixar de rir porém.

– Mas eu prefiro dormir com você do que ter que tirar na sorte quem dorme no corredor. Qual é o problema? A gente tá em um… rolo? Will, que tipo de relacionamento há entre nós?

– Não sei. Peguetes, namorados? Você que decide.

– Hm… Prefiro namorados então, a palavra “peguetes” me faz parecer algum tipo de profissional da vida.

– Quanto é a hora? - Will riu.

– Isso sim é o começo de namoro mais idiota que já vi. - Refleti, me deitando na cama. Um sorriso tomou conta dos meus lábios. Por que eu achei nosso começo tão adorável? Foi tão… Natural, despreocupado e sincero. Realmente, nosso começo de namoro parecia o Will: adorável, natural, despreocupado e sincero. E fofo. Muito fofo.

Will deitou-se do meu lado, me virando para encarar que nossos rostos ficassem de frente, e, novamente, fui engolida por aqueles maravilhosos olhos cinzentos. Ele me abraçou carinhosamente.

– Você se importa do nosso namoro ser idiota? De eu ser idiota? Sabe, eu adoro poder ser tão idiota perto de você. Eu sei que é muito “idiota” pruma fala só, mas é bem isso que eu sinto, eu amo você justamente porque é a única que consegue desenterrar completamente o Will mais bobão de todos, o verdadeiro Will. Eu sei que parece confuso mas… Tudo parece muito certo e muito fácil com você. Eu sei que todo mundo fala que quando você tá apaixonado quase não consegue falar direito com a pessoa. Mas pra mim é totalmente o oposto. Mais eu quero conversar com você. Gritar pra todo mundo que sou apaixonada pela baixinha mais rabugenta do mundo. Mais quero que você veja o quanto eu sou idiota, bobo mesmo, completamente bobo por você. - Will despejou, tanto que ficou sem ar no fim.

Sim, eu entendia exatamente o que ele queria dizer.

A maior idiota do mundo pulou em cima do maior idiota do mundo. E nós nos beijamos idiotamente exatamente como os dois idiotas que somos. Eu nunca tinha me sentido assim, e o gosto daquele beijo era muito bom, era como se eu nunca na vida fosse conseguir parar com aquele beijo, afinal, aquele beijo tinha o genuíno gosto da idiotice.

Infelizmente, perdemos o ar, e o beijo parou. Parar um beijo por falta de ar é bem idiota, né? E, ah! Como eu amo isso! Meu coração não parava quieto no meu peito, e o de Will também, podia sentí-lo batendo a mil só de estar com a mão apoiada nele. Acho que nunca fui tão feliz na vida.

Talvez outros achem que foi rápido demais, e talvez até tenha sido. Mas foi perfeito, e eu não mudaria nada daquilo mesmo se houvesse a opção.

Eu me aninhei contra o peito daquele garoto que comecei a amar tanto, eu tão pouco tempo, e ele passou a mão em meus ombros, trazendo-me pra mais perto dele.

– Eu te amo, muito.

– Eu também, muito mesmo.

Só sei que meus olhos ficavam cada vez mais pesador, o calor reconfortante de Will tinha um poder de 1000 comprimidos de Rivotril!!

–-x--

Acordei assustada.

Eu estava sentada.

Ao ar livre, com Salem deitado no meu colo e um cachimbo na mão.

O que aconteceu?

Onde eu estou?

Cadê Will, Watson e Sherlock?

Um carro conhecido estacionou na frente do curso, minha mãe acenou pra mim de dentro dele.

Eu estava na frente do meu cursinho, em 2012.

No mesmo exato momento de quando eu tinha sido levada para a antiga Londres.

– Notas finais porque o Nyah continua cortando as no lugar certo, desculpa gente, realmente odeio colocá-las aqui

Eu sei que eu sumi durante muito tempo, mas gostaria de saber se alguém ainda lê essa fic (além do Supreme, claro, muito obrigada pelo review, seu lindjo ♥ ) e, além disso, como sempre, quero críticas e opiniões sinceras, principalmente porque essa fic já está em seu fim :'(. Bem, podem ter certeza que vou falar histórias mil no próximo e último capítulo - e quero muuuuuuuuuuuito agradecer já de uma vez, a vocês, leitores, seus lindjos, espero que, apesar de tudo, essa fic te traga alguma alegria, e forme um sorriso no rosto de vocês.
Enfim, chega de blablabla, amo vocês!! ♥ Beijinhos de luz para todos!


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