Back To Baker escrita por Mel Devas


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

MEUDEUSODOCÉU, EU FIQUEI 7 MESES SEM POSTAR ESSA FIC!!! Gente, mil desculpas, mesmo x.x Mas é muita prova e projeto pra pouco eu x.x Juro que não ando tendo tempo de nada, só de estudar e passar tempo com meus pais x.x Enfim, chega de justificativa e um capítulo fresquinho /o/



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Abrindo os olhos, só consegui enxergar uma claridade borrada, uma daquelas claridades cegantes e de aspecto doentio, que levam uma aura de solidão consigo, como de uma sala vazia de um hospital.

Conseguindo focar minha visão aos poucos, comecei a enxergar o resto da sala. A parede era recoberta de papel preto, meio brilhoso, como se imitasse um azulejo. Do lado, estantes metálicas – que, me recuperando do estado de sonolência, estranhei, pois era a primeira vez que via uma estante daquelas na antiga Londres – e, nas prateleiras dessas estantes, caixas, frascos espalhados e catalogados, cheios de galhos, folhas e flores, algumas secas e outras viçosas.

Estava estendida numa espécie de mesa, com os braços, mãos e pernas bem amarrados, a ponto de prender minha circulação e a dormência chegar até meus ombros e coxas.

– Ela acordou. – Consegui, com dificuldade, distinguir um leve sussurro.

Virei minha cabeça para onde ouvi a voz lentamente, já que ainda estava tonta. Do lado oposto que eu olhava antes estavam Tony e Vincent encostados numa parede, ao lado de uma porta, me observando desinteressados.

Tentando extrair o máximo possível da minha memória, recordei de que eu havia voltado para casa. Não, devia ser só um sonho. Estava dopada, deve ser isso, me drogaram com alguma coisa. Antes...

Rapidamente, olhei em volta, procurando o meu poste, me arrependendo um pouco pela pontada aguda e penetrante que nem gelo que assolou meu pobre cabeção.

E lá estava ele, dopado, deitado e amarrado também, maravilha. Só que não tinha acordado ainda, não que eu me surpreenda, a criança já não acorda nem ferrando naturalmente, imagina depois de drogado.

Bem, estavam lá, todas as provas, especulações e o caso resolvido.

Não dava mais pra negar, Tony era o culpado, não que eu vá ficar muito arrependida de prendê-lo agora que o miserável me drogou.

Filho farmacêutico. Checado. Pai homofóbico. Checado. Filho gay. Checado. Morte do pai por causas não identificadas. Checado. Flor suspeita. Checado. Flor suspeita ser venenosa. Aguardando poder mostra-la para Watson.

Bem, o flor ser venenosa ou não era só para comprovar de vez, a clareza da situação era indubitável.

– O que acham que vão conseguir nos trancando aqui? – Me dirigi aos dois no canto com a voz rouca. – Vocês têm noção de que Sherlock e Watson vão notar nossa ausência, certo? – Ou espero eu.

– Vocês vão ter o mesmo fim que o Sr. Murray. – Vincent tomou a dianteira enquanto Tony se encolhia atrás dele. – Sabem demais dos nossos planos, sabem demais de... – Corou levemente e olhou para o lado. – Não temos por quê deixá-los vivos para sermos desmascarados logo depois.

– Se nos matarem aí que serão desmascarados mesmo, idiotas! Pense. O dono dessa casa morreu de causas não identificadas, e, logo após, pessoas que investigam esse caso morrem do mesmo jeito. Sugestivo, não? Acho que até um macaco notaria.

– A única diferença, cara Holly é: quem disse que vocês foram mortos aqui? Primeiramente, não eram para vocês terem entrado no terreno da família Murray escondidos, nesse horário. Ou seja, se encontrarem os seus corpos mortos, mesmo que longe daqui e queiram acusar-nos, teriam que admitir que cometeram o delito grave de entrar escondido na mansão. Acho que Sherlock não quer manchar seu nome desse jeito.

– Bem lembrado, estamos falando do Sherlock, ele vai dar um jeito de te incriminar mantendo sua reputação, sempre fez isso. Acha que vocês dois, novinhos, conseguem bater aquele esquizofrênico senil? Acho que pedindo pra ele até achamos um jeito de vocês saírem ilesos... – Ergui as sobrancelhas sugestivamente.

– Apenas fiquem aí. – Respondeu depois de pensar um pouco, e destrancou a porta atrás de si.

– Só mais uma coisa. – Pedi. – Já que estamos trancados de qualquer jeito, dá pra soltar essas cordas? Acho que meus membros vão gangrenar antes de vocês voltarem, sem contar que essa mesa vai absorver tanta urina que nunca mais vão conseguir usá-la de novo.

Vicent revirou os olhos e me soltou.

– Tem um banheiro lá. – Apontou a cabeça na direção. – Agora se vira.

Quando os dois saíram e ouvi a porta sendo trancada, corri para a mesa que Will estava amarrado, desatando rapidamente os nós e apoiando sua cabeça em meu colo.

– Will. – Chamei suavemente enquanto acariciava seus cabelos negros e espetados. – Will, acorda, por favor.

Sem reações. Já vi pedras que pareciam mais acordadas que ele naquele instante. Olhei em volta, deixei Will deitado e fui investigar as prateleiras.

Mato, mato, mato, mato, mais mato, maconha, mato e eu disse mato? Eis que um líquido incolor milagroso apareceu na minha frente. Abri a garrafa e cheirei (crianças, não façam isso em casa), e tomei um pouco. Era realmente água.

Cheguei perto do moreno e joguei o líquido de Deus em sua fuça, ele acordou assustado e engasgando. Meigo.

– Han??? – Ele parou. Se olhou molhado, olhou onde a gente estava e me olhou. Esperou explicações.

– Fomos dopados trancados aqui por Vincent e Tony. Tem banheiro.

– Ah. – Disse ele e enterrou a cara nas mãos, depois as passou pelos cabelos dispersando as gotas de água. – Não tinha um jeito mais criativo pra me acordar, não?

– Te acordar já é uma missão impossível, ainda tenho que fazer com requintes de bondade? Pelo amor de Deus, Bela Adormecida.

– Hm, Bela Adormecia. – Ele se levantou e se aproximou de mim. – Não teria me importado de ter sido acordado com um beijo.

Ele olhou para mim, esperando alguma reação, e se abaixou até ficar da minha altura. Afastei meu rosto e meu olhar, mas ele delicadamente segurou meu rosto e me fez encarar aqueles profundos olhos cinzentos.

– Eu te amo, Holly.

Com cuidado, encostou nossos lábios, tão leve quanto uma borboleta e recuou, me olhando. Só fiquei parada, encarando-o até que desviei os olhos.

Sou uma idiota. E uma pessoa horrível.

– Bem... – Will, se espreguiçou com um suspiro. – Só nos resta esperar.

Sentou-se no chão, com as costas na parede e fez um gesto pra que eu me sentasse ao seu lado. Estendeu o braço sobre meus ombros e me trouxe pra perto, encostando minha cabeça em seu peito.

– Está frio, fique aqui. Durma bem. – Sussurrou.


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Notas finais do capítulo

Yes, vamos todos bater na Holly pelo cu doce dela u.u Gente, sério mesmo, desculpa pela demora x.x e bem, espero que tenham gostado desse capítulo >ww< Dessa vez fiz um com tamanho de capítulo de verdade



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