Past Vs Future escrita por letycia


Capítulo 6
Capítulo 6 - Preparativos




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Capitulo 6

Preparativos

Dirigimo-nos para o aeroporto e compramos dois bilhetes para Washington.

Não fazia sentido irmos para Itália, estaríamos a andar para trás e embora tivéssemos toda a eternidade não gostávamos de desperdiçar tempo, principalmente em viagens desnecessárias. A responsável do check-in ficou bastante “impressionada” com o Angel, ainda mais quando ele lhe mostrou o cartão de crédito dourado para pagar a despesa. Nestes momentos eu gostava sempre de me deixar ficar para trás e observar a reacção dos humanos. Mas ele nunca ligava aos flirts que ia recebendo, muitas vezes nem dava por eles, o que era mais uma forma de o aferroar.

Tínhamos pela frente cerca de 13 horas de voo, ia ser uma viagem longa e cansativa para qualquer humano, por isso, no inicio do voo perguntaram-nos de queríamos alguma coisa para comer, ao qual ambos recusamos, por sua vez aceitamos umas almofadas para simular uma sesta durante a viagem.

–O que será que aquelas aberrações dos Cullen aprontaram desta vez? – para a guarda inteira dos Volturi se deslocar ali, é porque algo realmente grave se havia passado, normalmente deslocava-se pequenos grupos para tratar de certos assuntos, assim a guarda toda nunca vi. Ouvi falar uma vez, quando andava na moda os exércitos de recém-nascidos, mas os responsáveis tinham sido todos mortos, o que serviu no mínimo de pré-aviso aos restantes.

–Não sei, mas coisa boa não deve ter sido. Para o Aro tomar uma decisão destas é porque a situação é bastante grave e eles violaram alguma regra. – Angel tinha razão, só faltava saber qual teria sido a asneira que eles teriam cometido.

–Mas isso o Aro já sabe que eles violaram a regra principal, eles contaram a uma humana sobre a nossa existência, e o quê que o Aro fez? Nada, deu-lhes uma segunda oportunidade. Eu não estava no quartel naquela altura, por isso não sei ao certo o que se passou, apenas sei aquilo que foi falado nos corredores quando regressei. No entanto, sempre ouvi dizer que não damos segundas oportunidades e isso foi exactamente o que aconteceu no caso dos Cullen, uma segunda oportunidade.

–Todos nós sabemos isso, e todos ficamos contra o Aro em relação a isso. Ele também sabe, mas continua a argumentar que os Cullen são bastante valiosos para os Volturi, e se bem o conheço está com esperança que eles ingressem nos Volturi. No entanto o Aro, também, sabe que se eles derem novo passo em falso, terá que tomar medidas, ou os Volturi serão postos em causa e perdem a credibilidade em nós. Mas para irmos todos, é porque o passo em falso já foi dado e aparentemente foi grave.

–Espero que tenhas razão. Não gosto de pessoas que não respeitem as leis. - Apesar de também de não gostar de matar ninguém, seja vampiro ou humano. Porém, quando se quebra as regras, se viola as leis, os culpados teriam que ser punidos.

O restante do caminho não falamos, em vez disso, fingimos que dormíamos como os restantes passageiros. Contudo, não me saia a cabeça o que será que os Cullen teriam feito de tão grave.

Encontrávamo-nos num quarto de hotel em Washinton a esconder-nos dos raios solares daquela manhã. Ainda não tínhamos sido informados acerca da infracção dos Cullen, no entanto tínhamos ordens para esperar e reagrupar algumas testemunhas que fossem lá ter connosco.

Na minha cabeça já se tinha formulado um milhão de hipóteses, ou eles tinham finalmente perdido a cabeça e feito um grande massacre na cidade, ou teriam-se exposto, ou não sei o que raio eles teriam feito para enfurecer os Volturi desta forma. Todavia, uma coisa era certa, para vir a guarda toda, mais testemunhas e o próprio Aro em pessoa, a coisa era grave, muito grave.

–Caroline, a Jane ligou! Há dois vampiros jovens que se dirigem para aqui, tem chamado um pouco à atenção nas suas caçadas descontroladas. Temos que os apanhar e averiguar se eles merecem viver.

Com aqueles raios de sol a espreitar por entre as nuvens era impossível sair, teríamos que esperar um pouco.

Já passava das 20 horas quando saímos para o exterior do hotel, percorremos as ruas em busca dos nossos arguidos. Seria quase como procurar uma agulha num palheiro se eu não tivesse em reserva um pouco do poder referente ao Demetri. Concentrei-me, e fiz uma rápida busca dentro de mim e encontrei-os.

–A norte, 10 km. – gritei a Angel. Ele simplesmente tentava acompanhar-me, eu corria a toda a velocidade atrás deles. Em 5 minutos e já os conseguia vislumbrar.

–Parem – gritava eu inutilmente, estes nem se deram ao trabalho de abrandar. – Parem, é uma ordem! – mas continuava a ser escusado, eles tentavam a todo o custo acelerar mais o passo.

Angel fez-me sinal que iria por cima de uns telhados e depois iria tentar surpreende-los pela frente. Ele era mais rápido a saltar do que propriamente a correr, o que naquele momento me estava a agradar substancialmente. Sabia que poderia usar o pouco que me restava do poder da Jane, que ainda se encontrava comigo, no entanto temia que não fosse suficiente para ambos. Já não estava com Jane à algum tempo, então não podia “carregar” o seu poder dentro de mim.

Era assim que funcionava, tudo que usavam comigo, eu parecia que absorvia e depois só podia usar aquela percentagem com alguém. Ao inicio custou-me a controlar tal poder, só o conseguia usar caso estivesse realmente nervosa, agora era bem mais fácil, usava quando queria e como queria.

Finalmente Angel conseguiu saltar para a frente deles, o que os fez parar abruptamente e olhar na minha direcção, vendo assim que estavam encurralados. Contudo, não foi isso que parar, invés disso, um deles lançou-se a Angel e outro a mim. Senti todo o meu corpo chocar contra um poste de electricidade, este desfez-se em 1000 pedaços. Não gostei da situação, não estava habituada a que me fizessem frente. Mas estava decidida a não usar os meus poderes, iria para uma guerra todos eles iriam ser necessários. Levantei-me e sacudi a poeira do cimento de cima de mim, estava já a pensar no possível acidente em que teria que simular ali para aquele aparato todo do poste de electricidade.

–Não devias ter feito isto. – desviei o meu olhar para encontrar Angel, estava a lutar com o vampiro, no entanto havia um buraco no chão, supôs que seria ali que Angel teria caído quando o outro vampiro se lançou sobre ele – Não deviam enfrentar a guarda dos Volturi, é pior para vocês.

–Volturi!? Vocês são dos Volturi? – o meu vampiro parecia confuso, o vampiro de Angel parou imediatamente de lutar e levantou os braços em sinal de redenção.

–Não sabíamos! Pedimos imensa desculpa. – dizia o vampiro do Angel – o meu nome é Johnny, esse é o Chester – apontou para o meu vampiro que a esta hora estava com as mãos juntas em frente à face como que a pedir perdão.

–Olhem para o lindo serviço que vocês fizeram? – olha à volta a verificar pela segunda vez os estragos feitos. – Vocês andam a dar muito nas vistas, por isso é que fomos obrigados a intervir.

–Desculpe, não sabíamos… - Chester se fosse humano iria com certeza estar a chorar, parte de mim tinha pena dele.

–Quem vos criou não vos ensinou a caçar? Não sabem que não podem dar nas vistas?

–Não, apenas nos disse que não podíamos contar a ninguém sobre os vampiros, senão vinham os Volturi e matavam-nos. Pensamos sempre que não existiam, como nunca vos vimos, nem conhecemos ninguém que vos tivesse visto. – Johnny estava mais confiante um pouco, mas não o suficiente para conseguir parar de tremer.

Era esta a parte que eu detestava, a parte em que os matava. Eles não tinham feito nada de mal, não tinham realmente quebrado as regras, apenas se tinham descontrolado um pouco, e se o que eles me diziam era verdade, tudo isto se devia á péssima formação do criador deles.

Não que haja alguma lei em que os criadores sejam “obrigados” a tomar conta das suas crias, mas faz parte do bom senso de cada vampiro ensinar alguma coisa, senão para quê que os criaram se não os queriam para nada?

Angel arrastou Johnny na minha direcção, pegou num carro e enfaixou-o, mais ou menos, no poste destruído, como se o carro tivesse embatido nele, depois retirou o isqueiro e uma garrafinha com gasolina enquanto se encaminhava na minha direcção. Sabia o que aquilo significava, era a morte deles. Eles tinham dado nas vistas e depois caíram no erro de nos desafiar, normalmente quando isto acontecia não se safavam.

–Angel, espera! – dei as minhas mãos às mãos deles, Johnny e Chester respectivamente. – Eles dizem a verdade, eu consigo ver. Além disso eles podem dar-nos jeito com isto dos Cullen. Podem ser testemunhas.

Olhava para Angel, ele sabia que isto se devia à minha péssima vontade de matar. Não gostava de matar os da minha espécie da mesma forma que não me agradava a ideia de matar um humano apenas para beber o seu sangue.

– Não sei Caroline, os Volturi não dão segundas hipóteses. – fulminei-o com os olhos, como que a tentar lembra-lo da nossa conversa sobre os Cullen. Ele como que percebendo acrescentou. – Não, sem o consentimento de Aro, não dá-mos segundas oportunidades.


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Notas finais do capítulo

Obrigado mais uma vez pelo apoio...
Se gostaram deixem um comentário em baixo (é importante para os autores sentirem-se acarinhados) e não se esqueçam de favoritar a história...podem também recomendar (já agora, ahah)