Levantei-me as 6:00h da manhã, Arthur espiou por trás dos ombros, mas não falou nada, logo depois também se levantou e falou:

- Bom dia!

- Bom dia, pensei que você fosse ficar mais um pouco lá na banheira.

- Que nada, quero ficar perto de você o dia todo.

Eu senti como se ele quisesse ficar ao meu lado, porque tinha medo que eu fizesse alguma coisa errada, mas eu estava decidida a fugir dali, só que eu tinha que ir hoje à noite, porque se eu fosse de dia seria capaz de ser presa ou algo do tipo, eu iria atacar pessoas ou chamaria atenção com meu comportamento estranho e meus olhos vermelhos assustariam as pessoas. Eu desci as escadas, depois de me trocar é claro sem Arhtur por perto, sentei no sofá e disse em voz alta:

- Eu queria fazer alguma coisa diferente hoje.

Uma voz me respondeu de longe, era a de Arhtur:

- Nós podíamos tomar banho no lago.

- Outra coisa diferente.

- Nós também podíamos caçar.

- Eu já sei, você bem que podia me ajudar a me controlar perto de humanos.

David chegou na mesma hora e disse:

- Ele não pode te ajudar, ele não é um vampiro, eu te ajudo.

Arthur ficou com uma cara estranha e preocupada e disse apontando com a cabeça pra mim:

- Tudo bem eu confio em você.

David me puxou pela mão até a floresta, quando chegamos a uma parte da floresta ele disse:

- Primeiro você tem que ter certeza de que está sem fome. Você está com fome?

- Um pouco.

- Então vamos caçar.

Ele correu pelas árvores, eu pensei que seria uma ótima hora para eu poder fugir, mas pensei que ele rapidamente me alcançaria apesar de eu ser mais rápida do que ele, e estava claro para mim que eu estava conseguindo controlar meus pensamentos, porque ele não havia me perguntado nada até agora. Ele chegou com um cervo no ombro e disse:

- Porque você ficou aí parada?

- Estava só pensando.

- Não está armando alguma coisa não é?

- Claro que não só estava pensando.

Antes que ele pudesse me dizer mais alguma coisa eu chupei o sangue que estava pingando da barriga do cervo, depois que eu terminei ele disse:

- Depois de ter se certificado que não está mais com fome, o próximo passo é ficar o mais longe possível dos humanos em quanto faz uma visita a cidade. Depois comece a se enturmar fazer o que eles fazem e nunca chegue muito perto deles, pois mesmo se controlando o sangue humano é bem diferente do sangue dos animais, ele é mais doce e quando se coloca sangue humano nos lábios se perde o controle e você pode matar toda e qualquer pessoa que passe por ali e assim não para mais. Vem vamos dar um passeio na cidade e antes que eu me esqueça outra dica que precisa saber tape a respiração toda vez que chegar um pouco perto ou sentir que vai atacar.

- Claro, vamos.

Nós passamos por diversas árvores correndo eu sentia como se estivesse voando, e sentia um aperto em meu peito, afinal nunca tinha corrido tanto. Depois de ter passado por diversas árvores nós chegamos à cidade e de repente eu senti o cheiro de sangue, parecia que eu não estava totalmente satisfeita e que meu corpo tinha necessidade de caçar novamente sendo que minha barriga não tinha mais espaço, o cheiro era doce e muito gostoso, quando vi já estava dando passos mais a frente para me mostrar as pessoas, foi quando David me puxou pelo braço e disse:

- Você está maluca, não pode aparecer em público e você sabe disso e o porquê.

- É claro, me desculpe, vamos voltar.

Eu voltei para as árvores extremamente grandes, quando me dei conta já estava em casa e estava determinada a ir para a biblioteca ás 18:00h, pois ela fechava as 18:30h não podia evitar de encontrar o Sr. Berry lá, infelizmente eu sabia disso e mesmo sabendo que era ele que estaria lá, eu estava cada vez mais decidida, afinal ele estava me perseguindo com intenção de se aproveitar de mim através de meus poderes. Eu subi para o quarto sem nem ligar para Arhtur e Jennifer que estavam esperando na sala por nós, Arhtur veio logo atrás de mim e disse:

- Você não vai para a biblioteca, e sim eu consegui ler seus pensamentos, e estou desapontado por tomar essa decisão sozinha. Eu vou com você.

- Não você não vai e se continuar insistindo vai se arrepender da discussão que vamos ter. Eu não vou mais lá.

Eu estava mentindo, mais eu não consegui, não podia deixar ele me impedir, o que tinha que fazer tinha que ser sozinha, decidi não ir naquela noite, passou-se três semanas e Arthur continuava me vigiando, até que um dia eu pedi para que viesse praticar comigo perto da cidade o meu controle com os humanos, mesmo sendo um lobisomem ele me acalmava, quando voltávamos para casa vi todos da família em volta no campo esperando por nós, Allan disse:

 - Nós no reunimos aqui a cada seis meses para praticar nossos poderes e habilidades e agora que faz parte da família Sara, precisa treinar junto conosco, eu e Charlotte vamos primeiro.

Ele e Charlotte tomaram distância um do outro e Charlotte correu em direção a Allan, ele desviou e deu uma rasteira nela que pulou para cima dele antes que ele a golpeasse, depois quando ela o derrubou no chão, ele rolou para trás e deu um golpe em uma árvore com o pé, com sua força a árvore caiu e Charlotte a segurou-a e jogou em sua direção e ele caiu no chão quando jogou a árvore para o lado, se transformou em um lobisomem preto e avermelhado, correu em direção a ela e na mesma hora ela desviou e quando ela pulou em cima dele, ele a jogou no chão segurando-a pelo pescoço e David falou:

- Acabou Allan conseguiu imobilizá-la. Agora é a vez de Arthur e Sara.

Eu e Arthur fomos para os determinados lugares, eu não sabia o que fazer foi quando David gritou:

- É fácil, é só confiar em seus instintos e atacar, mas cuidado para não machucá-lo muito.

Ele deu uma risada em direção a Arhtur, e Arhtur veio pra cima de mim, eu joguei meus pés para o lado me esquivando e ao mesmo tempo colocando as mãos para o lado em que Arthur vinha, minhas mão o jogaram pra longe onde ele caiu no chão com força, ele olhou pra mim, dando risada e dizendo:

- Vamos, com mais força!

Ele correu em minha direção e quando ele pulou em direção a minha barriga, eu me abaixei quando ele passou pelo ar por mim, eu dei um soco em suas costas, ele caiu e meteu a cabeça em uma pedra que quebrou com a força da pancada, então ele disse:

- Vamos ver como você se sai, se eu começar a pegar pesado.

Ele correu novamente em minha direção e eu subi em uma árvore me esquivando quando dei um pulo que chegou até a metade do campo pelo ar, ele veio em minha direção também pelo ar e se transformou rapidamente em questão de segundos, aquele garoto lindo se transformou em um lobisomem preto muito grande e com pelos arrepiados, vindo com garras enormes pra cima de mim, eu não pensei duas vezes e me protegi, colocando os braços em forma de X e acelerei minha velocidade com uma força que fez eu cair de um lado e ele cair para outro, eu me machuquei pra valer, quando olhei para Arthur, ele havia caído e em volta dele um buraco no chão, quando ampliei minha visão, vi que Arthur tinha assumido sua forma normal, com roupas muita rasgadas e sem camisa,eu corri observando mais de perto o tremendo buraco que havia sido feito ali com minha força, era quase um túnel pequeno, eu fiquei imaginando a força que Jennifer tinha que era bem maior do que a minha. Corri ainda mais para socorrê-lo ele estava imóvel, foi quando perguntei se ele estava bem, através de minha mente, e ele gritou em meus pensamentos “me ajude”, David também havia escutado e pegou ele pelo braço, o colocou em suas costas e o levou até o seu quarto eu nunca tinha entrado no quarto de Arthur, mas parecia ser normal, eu estava tão preocupada com ele, que me ajoelhei do lado da cama e fiquei lá até ele acordar, e então ele disse:

- Você deve tá me achando um fraco não é?

- Claro que não, eu to me sentindo culpada por ter, você sabe, você está bem?

- Eu estou, mas preciso ficar de repouso só para meus ossos ficarem no lugar.

- Me desculpe de novo, eu vou estar lá embaixo.

- Tudo bem.

Eu estava mais confiante, poderia acabar com o Sr. Berry, e esse era o momento perfeito para eu ir lá à biblioteca, já era de noite, desci as escadas e todos estavam na sala, então eu disse:

- Eu preciso ficar sozinha, vou dar um passeio lá fora.

Acho que ninguém desconfiou, saí para a floresta e logo que sai de vista corri o mais rápido possível pelas árvores, e rapidamente cheguei à cidade, tapei a respiração e entrei na biblioteca, o sininho tocou na porta, para avisar que alguém havia chegado, e uma voz lá no fundo disse, era a voz de Jack:

- Desculpe-me mais já estamos fechando, já são 18:30h.

A voz vinha de trás de uma instante cheia de livros, então eu disse rapidamente, não saindo de trás da instante:

- Vai ser rápido, tenho um assunto para tratar com o Sr. Berry, dá pra chamá-lo, por favor, diga a ele que é Sara Potter, quem ele tanto estava atrás.

Ele se levantou da cadeira e veio para perto de mim me examinando,como se quisesse ver se eu era real, ele me olhou e saiu correndo porta a fora da biblioteca assustado. Eu procurei rapidamente nas sessões de livros misteriosos, e achei, lá estava o livro que um dia eu lera “Mistérios da Floresta Negra”. Eu peguei o livro e abri a porta para ir embora o mais rápido que eu pode, mais avistei o Sr. Berry saindo de sua casa do outro lado da rua, eu joguei o livro no meio da neve no chão e entrei para a biblioteca. Ele entrou e para que ninguém percebesse fechou as cortinas e fechou a porta, então me olhou de cima abaixo e disse:

- To vendo que finalmente eles te transformaram e cadê eles para te proteger agora?

- Pois é foi o senhor que disse que eu só pusesse os pés aqui quando minha transformação estivesse completa e não preciso de proteção me viro sozinha.

- Então quer dizer que agora a mocinha está corajosa, ao contrário daquele dia que eu estive em sua casa. E você veio fazer o quê aqui?

- Vim enfrentar você, de igual para igual.

- Não, isso não está certo, de igual para igual seria se eu fosse mais novo e estou cansado, não posso fazer muita força, por isso Nick, Jack e Zac vão cuidar disso pra mim.

Os três entraram pela porta e me encararam, quando eles se aproximaram, eu dei um soco em Zac, que rapidamente me deu outro, eu bati em Nick com toda a minha força e ele caiu sobre as instantes de livros, abrindo o caminho para que nós brigássemos, Jack veio pra cima de mim e me deu um tapa no rosto, eu cai na mesa da frente e me empurrei na parede para revidar, Jack conseguiu me bater novamente mais dessa vez eu não cai, me esquivei e dei um soco nele com toda a minha força, ele caiu sobre a parede que se partiu ao meio e ele foi parar na floresta, Zac me empurrou em direção ao mesmo lugar que Nick, que se levantou já em sua forma de lobisomem e me deu um soco na barriga, quando de repente alguém chegou à sala, era Jennifer, que deu um soco na cara de Zac que ele foi parar no mesmo local que Jack, só que fez outro buraco na parede. Nick deu uma rasteira em Jennifer, que pulou e o chutou, ele caiu de novo na pilha de livros, eu ainda estava caída no chão, quando me levantei e derrubei o Sr. Berry no chão apertei em seu pescoço e ele me empurrou, caí na mesma pilha de livros que Nick, que estava desmaiado, Martin pegou Jennifer pelo pescoço e disse que iria matá-la, e começou a apertar, ela poderia ter morrido, mais se eu não soubesse que vampiros não morrem tão rápido e fácil assim, fiquei calma, ergui uma instante e joguei na cabeça de Martin, ele caiu no chão e me puxou pelo pé, eu dei vários chutes nele, ele já estava tonto, quando desmaiou, eu puxei Jennifer pelo braço e mandei uma mensagem pra ela, com meu pensamento que dizia “vamos sair daqui o livro está aqui perto”, eu saí pela porta e reparei que ninguém tinha percebido a zuada que tinha acontecido na biblioteca, eu peguei o livro na neve e saí andando e tapando a respiração, quando notei que o pensamento tinha sido alto de mais, o Sr. Berry estava atrás de mim com seus filhos em forma normal mais andando depressa quando notou que eu estava com o livro, nós entramos na floresta e começamos a correr sentindo que tinha gente nos perseguindo, corremos muito até chegarmos a casa de nossa família, e eu estava extremamente aliviada de ver aquela casa, entrei e todos me olharam com cara feia, inclusive Jennifer que me acompanhava, todos ficaram em silêncio por um bom tempo, mas logo o silêncio foi interrompido.