Sábado, noite.

Rachel e Kurt passaram a tarde pesquisando sobre Freddy e tentando não dormir, a casa estava estranhamente quieta, uma vez que nos sábados Hiram e Leroy costumavam a tocar e cantar músicas da Céline Dion e Whitney Huston, hábito que ás vezes até a própria Rachel não gostava.

- Ainda acho que estão escondendo alguma coisa. – Sussurrou Rachel a si mesma, enquanto lia sobre uma seita maligna que acreditava em um demônio que podia matar pessoas nos seus sonhos. Há alguns dias atrás se falassem isso a Rachel ela acharia loucura.

Rachel levantou-se da cadeira e deitou em sua cama.

- Estou tão cansada! – Tampou os olhos com a mão, mas até a escuridão causada pelas suas mãos a assustava á essa altura.

- Toma! – Kurt jogou ao seu lado uma trouxinha de plástico onde estavam comprimidos laranja.

- O que é isso? – Rachel trouxe a trouxinha até o alto de seus olhos, encarando o plástico.

- São aspirinas, descobri que elas diminuem o sono em um site da internet. – Kurt sentou-se ao lado da amiga.

- Você vai confiar em um site de internet? E se essas pílulas não forem seguras? – Rachel deixou com que a trouxinha caísse em sua cama.

- A essa altura poderia até usar crack se soubesse que isso me impediria de ter esses sonhos. – Kurt entregou novamente a trouxinha para Rachel, que dessa vez se levantou e colocou uma em sua boca.

- Obrigada Kurt. – Rachel pegou algumas pílulas e guardou com ela, quando o celular de Kurt tocou, era uma mensagem de texto.

- É meu pai, ele está querendo que eu o ajude com algo. – Disse Kurt, sem tirar os olhos de Rachel.

- Tudo bem. – Rachel sorriu, mas sabia que seria mais difícil se manter acordada sozinha.

- Tchau! E não se preocupe, vamos achar um jeito de acabar com isso. – Kurt saiu do quarto.

Rachel tentou se distrair, mas estava cada vez mais difícil ficar acordada, então colocou uma versão karaokê de “don’t rain on my parade” e foi até o espelho, pegou a escova e começou a cantar na frente do espelho. Mantinha os olhos fechados, deixando-se levar pela música, foi quando se assustou ao ver que alguém tocou seus quadris.

- Noah! Que susto. – A garota virou-se rapidamente, e sorriu ao ver que era apenas Puck.

- Acalme-se, não sou o Krueger! – Puck riu. Rachel lembrou-se do depoimento de Hiram, e que ele a salvara de Freddy quando eram pequenos.

- Obrigada! – Rachel abraçou Puck, o que fez com que ela pudesse ouvir seu coração batendo.

- Obrigada por não ser o Freddy? – Puck voltou a rir, retribuindo o abraço da garota.

- Apenas obrigada! – Rachel se soltou de Puck, sentando-se na cama. – O que está fazendo aqui?

- Vim ver se você está bem, e garantir que você não durma. – Puck sentou-se ao lado da garota, fazendo com que ela corasse.

- Eu... Eu vi a morte de Brittany em um sonho. – Disse Rachel, como se essas palavras a libertassem.

- Você está bem? – Puck pegou nas mãos da garota, fazendo com que ela pudesse olhar seus olhos.

- Sim, não foi uma experiência boa, mas pelo menos ele não me machucou. – Rachel sorriu, e pode ver que Puck ficou aliviado.

- Que bom que está bem. – Puck sorriu, mas dessa vez não conseguiu resistir e a beijou. Por mais incrível que pareça, dessa vez Rachel não o interrompeu, apenas permitiu com que ele a beijasse.