Tomando Chá Com Os Mortos escrita por IFToldoTASilva


Capítulo 6
Capitulo 1- Vida?... Acho que não...


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos órfãos!
Bom gente esse é o primeiro capítulo oficial
a história vai ser contada pela Sam...
Espero que gostem!



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Samantha-

E mais uma vez está chovendo aqui... Como se isso fosse novidade,

Estou olhando a chuva cair pela janela do meu quarto e enquanto jovens nesses momentos escutam músicas em fone de ouvidos eu escuto gritos abafados pelo som de vidro espatifado. Droga de vida.

Vamos ver os estragos de hoje, Dois roxos, um joelho ralado e um corte na mão, nada demais, já tive piores, pra falar a verdade eu já até me acostumei afinal são 16 anos vivem assim...

Isso me lembra de que hoje é o meu aniversário, viva eu! Como se isso importasse para alguém... Não tenho amigos, todos me acham estranha e de certa forma medonha, afinal não é normal um adolescente aparecer com um machucado novo todos os dias.

De repente o barulho para lá em baixo, e ainda olhando pela janela pude ver um homem, que deveria ser chamado por mim de pai mais ele não merece isso, sair correndo pela chuva, ou melhor, cambaleando de tão bêbado, idiota.

–Sam?

Minha mãe aparece na porta do meu quarto mais uma vez chorando e sangrando.

–Oi mamãe... Você está bem?

Pergunto já sabendo a resposta, ou, a resposta verdadeira.

–Estou, olha eu sei que é o seu aniversário mais infelizmente seu pai comeu o bolo que eu tinha feito para você.

Ela diz entrando no meu quarto, sentando do meu lado e mentindo a parte do “estou”.

–Não tem problema mãe, é só mais um aniversário e aquele cara faz isso todo o ano, está tudo bem.

Tento falar escondendo o meu ódio, só não mato ele por que não quero ir para a cadeia e deixar minha mãe sozinha.

–Esse cara é o seu pai.

Ela sempre tenta... Mas não consegue.

–Não ele não é, prefiro ser órfã de pai a ter ele como pai! Olha o que ele faz com você mãe! Eu não entendo por que não fugimos, por que a senhora não denuncia ele, não entendo!

Minha raiva é tanta que malditas lágrimas começam a escorrer, minhas velhas inimigas.

–Samantha... Você já é bem grandinha para entender que se não fosse por seu pai a gente não teria onde viver, o que comer ou o que vestir, não teríamos nada.

Minha mãe não pode trabalhar, por que aquele cara não deixa, quando eles se casaram, detalhe contra a vontade da minha mãe, ele a proibiu de trabalhar e de estudar, dizia que lugar de mulher é em casa cuidando de tudo. E agora como minha mãe não tem formação e como ela tem medo dele não teria como a gente sobreviver sem ele, isso me dói de tal forma que parece que sangra por dentro. Odeio ele!

–Sei... Desculpa.

Disse, só para não a ver chorar mais uma vez, mais não me sentia culpada pelo que eu disse, era verdade poxa!

–Tudo bem, agora vai dormir que você tem que acordar cedo amanha para ir pra escola, boa noite meu anjo.

Ela se levanta me dá um beijo na testa e desse as escadas. Eu sempre tenho que acordar mais cedo do que o normal, para que quando eu sair ele não me veja, senão me espancaria. Ele me odeia uma coisa que temos em comum, um odeia o outro.

Quando esse cara conheceu minha mãe ela tinha apenas 15 anos, era jovem bonita e inteligente o que mais um cara de 29 anos poderia querer?, ele era rico tinha muitas propriedades e era solteiro, ou melhor, vivia de rolinhos, nossa família era pobre, e o meu avô, graças a Deus que está morto senão eu o mataria, ele só pensava em dinheiro, então ele viu a oportunidade perfeita de enriquecer, casou minha mãe obrigada com o cara rico.

Mas ai, ele perdeu todo o seu dinheiro em aposta e gastou o resto em bebidas, se tornando o idiota, bêbado e estúpido, que minha mãe é obrigada a conviver, ele a traia na cara dura e na sua frente, e depois batia nela como se não houvesse amanha e logo depois a violentava.

Quando ela ficou grávida ela ficou com medo de dizer a ele, afinal se alguma das prostitutas dele ficava grávida ele mesmo a fazia abortar, mais então minha mãe tomou todo o cuidado do mundo para não aparentar estar grávida e quando chegou a hora de eu nascer. Ela foi para a floresta e lá me teve, ela sempre me escondia dele, só que uma noite ele descobriu. Ele a bateu, xingou, torturou, mais não me matou por que ela implorou. Mas isso não impede ele de me odiar.

Cresci assim, apanhando, sendo torturada, vendo minha mãe chorando, todos os dias é a mesma coisa sempre, sem parar. Minha mãe não pode sair de casa, ela não pode nem se quer comprar pão, tudo ela depende dele, e isso me mata por dentro.

Tudo o que eu queria era ser livre! Pode fugir daqui com a minha mãe, se possível mata-lo, mais o amor pela minha mãe me prende aqui, fazendo com que eu não tenha forças para fazer nada fora do que ela me pede. Droga de amor! Droga de Vida!

Vida?... Isso existe?... Acho que não.



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Notas finais do capítulo

Tadinha da Sam...
Bom gente espero que tenham gostado... quem ai quer matar o pai da Sam? Eu quero muito!
Logo voltaremos com mais um capitulo...
Hey! Cade meu chá???



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