Nova Vida escrita por Hayley Cullen


Capítulo 6
Esses Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Demorei bastante, mas voltei finalmente
Não tenho um cronograma pra essa fanfic mas tentarei atualizar mais frequentemente.
Espero que gostem e se puderem comentem é muito importante pra mim.
Bjss =]



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POV Edward

Como a vida é estranha e prega peças na gente quando menos esperamos. Quando imaginaria que minha mãe se casaria de novo e justo com o pai da garota que eu sempre fui apaixonado.

Desde que eu me conheço por gente ela povoa mesmo sonhos e atormenta minha mente. Não sei dizer ao certo quando esse sentimento se tornou algo tão perturbador assim. Até hoje não sei o porquê de ela ter me rejeitado duas vezes inclusive acho que não superei isso ainda. A primeira foi quando tínhamos apenas 12 anos eu sei que éramos muito novos era tudo muito confuso, em meio a tantas descobertas, mas eu sonhava em um dia ainda poder beija-la com todo o amor e paixão que me consumia insistentemente.

Alguns anos se passaram e tentei novamente no seu aniversario de 15 anos ela estava linda, maravilhosa, deslumbrante, porem mais uma vez não aconteceu nada e isso me trouxe uma certa magoa e irritação. Será que eu sou tão ruim assim para ela me desprezar dessa forma, será que ela se acha tão superior assim?

Esses anos de convivência sempre mostraram sua gana por controle e comando, seu gênio complicado e instável, um momento sorria, outra parecia estar absorta em outro mundo, outra realidade, se mostrava delicada tantas vezes outras agia como uma selvagem.

Mas acima de tudo sempre admirei sua capacidade de enfrentar tudo de frente, em lutar, correr atrás, insistir, fazer o seu melhor, sua sabedoria, seu amadurecimento, suas pequenas conquistas, sua inteligência, sem senso de humor distorcido. Tudo nela inclusive os defeitos sempre me atraíram evidenciando cada vez mais o imenso abismo que nos separa.

Sempre fui um garoto humilde, mas nunca me faltou nada tive uma educação maravilhosa, apesar de não ter tido um pai presente em minha vida. Dona Esme fez um excelente trabalho cuidando de dois garotos sozinha, ela é minha melhor amiga, meu exemplo. Porem em minha vida sempre faltou algo, um vazio que me persegue.

Contudo quando soube desse seu namoro fiquei apreensivo não por mim, mas por irmãozinho Seth ele sempre foi um garotinho mais tímido, tranquilo na dele, mas sabia que ele sofria em silêncio. Porem ele me surpreendeu mostrando-se empolgado com essas novas possibilidades ter uma família completa, uma irmã. Não o culpava ele era ainda uma criança tinha o direito de sonhar e fantasiar.

Entretanto essa era a parte que mais me assustava ver minha mãe casar de novo, morar com eles, começar tudo de novo, e torcer pra que de certo, e não ver mais ninguém que você verdadeiramente ama destruído e machucado novamente.

Minha mãe sempre fez mistério sobre esse seu namorado, acho que ela tinha receio de nos magoar de alguma forma. Porem quando fui apresentado finalmente ao mesmo meus diques de emoções parece ter rachado e todo aquele sentimento que tanto escondi tão bem dentro de mim resurgiu com força total, misturado agora com todo esse meu medo.

Eu agora podia ser considerado até amigo de Bella, aceitava isso porque sabia que era só isso que poderíamos ser. E do nada minha mãe me aparece toda sorridente dizendo que vai se casar com o pai dela e que moraríamos todos juntos naquela mansão. Tudo era caos e confusão na minha cabeça e coração. Diga-me o quão ruim as coisas poderiam ser de agora em diante.

As coisas já eram estranhas e perturbadoras mesmo na escola onde nos víamos apenas algumas horas. Imagina agora morando debaixo do mesmo teto, como sufocaria todo esse sentimento que me assola.

Eu só queria que ela sentisse um pouquinho disso tudo que sinto, a confusão, o medo, toda essa insegurança que me assombra diariamente. Sempre percebi que ela me olhava diferente, mas devia ser coisa da minha imaginação alguém como ela não se interessaria jamais por mim, alguém que nem sabia ainda o que quer pra sua vida. Ela já deixou tudo muito claro há anos atrás. Ela sempre seria meu sonho mais bonito e inalcançável.

Teria agora que tentar deixar tudo isso pra trás e enfrentar essa situação de frente pela primeira vez na minha vida da melhor maneira possível, afinal minha mãe merece essa oportunidade de ser finalmente feliz novamente depois de tanto tempo, não tiraria isso dela jamais. A vida lhe devia isso, e Carlisle a amava muito percebia por seus pequenos gestos, palavras, que ele faria de tudo pra vê-la sempre sorrindo e isso fazia tudo valer a pena.

Não podia ser egoísta nesse momento. Dei sempre o melhor de mim para ajudar minha mãe no que podia, cuidei sempre do pestinha do Seth, uma tarefa que não é lá muito fácil. E agora não seria diferente se isso era importante pra eles eu me esforçaria pra dar tudo certo e tentaria deixar o passado tão distante finalmente pra trás. E tentaria ser o melhor irmão do mundo pra Bella, talvez seja o destino me pregando mais uma peça, mas não mais fugiria como antes.

Minhas tentativas viraram pó no instante em que ela entrou no meu quarto procurando por mim, sabia que não conseguiria gostar dela somente como irmão mais velho. Seu olhar brilhava e estava em sintonia com o meu, o seu cheiro me confundia, suas palavras me intimidavam por mais simples que fossem. Quais as chances disso dar certo se eu conseguisse sobreviver a um ano inteiro sem enlouquecer, já estaria no lucro.

Eu simplesmente também não queria que ela se acostumasse com essa situação algum dia, a me ver somente como um amigo, um irmão. Isso nunca daria certo, não era certo pelo menos não pra mim.

A realidade me bateu quando a vi descendo as escadas ali toda doce e inocente, não consegui evitar meu olhar de cobiça sobre ela, com um pijama tão infantil e ainda sim provocante que se moldava perfeitamente as suas maravilhosas curvas. Ela ficou envergonhada sob meu olhar malicioso e subiu as escadas rapidamente não sem antes de nos cumprimentar gentilmente.

Naquela cerimônia vendo-a ali parada, linda sorrindo docemente pra mim. Eu simplesmente não conseguia desviar o olhar, queria que fossemos nos ali algum dia nos casando, que toda essa felicidade e todo seu amor fosse exclusivamente dedicado a mim. Sendo invadido por tamanha emoção, paz e felicidade, meu coração estava disparado pelo simples fato de te-la ali ao meu lado tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

Achei tão fofo sua reação no momento da festa quando alguns amigos de seu pai achando que éramos um casal, ela ficou toda corada e sem graça e parecia incomodada e frustrada com o fato daquilo não ser verdade. Será verdade?

Aquela semana tentei evita-la o maximo possível não deixaria esses malditos sentimentos me dominarem e me confundirem novamente, sua presença me desestabilizava, eu tentei ser somente o mais cordial possível, ela parecia incomodada com isso, mas o que esperava que eu fizesse ficasse sorrindo o tempo todo, conversando normalmente com ela enquanto o que queria realmente é agarra-la e te-la em meus braços, fingindo de alguma forma uma tranquilidade que eu não sentia.

Não sabia se havia algo pra ser dito. Quando via ali na minha cara a evidente amizade e cumplicidade que meu irmão criou com ela em tão pouco tento me bateu uma raiva, porque criaram em tão pouco tempo esse vinculo tão precioso que eu durante todos esses anos nunca consegui alcançar plenamente. Isso é muito frustrante!

Ela cantando ali naquela sala de estar tão bem, descontraída, feliz, bem distante de toda aquela timidez constante que ela possuía, nunca imaginei que ela possuísse mais esse talento. Até aquele outro lado dela que muitos desconheciam, o meu irmão teve o privilegio de conhecer e eu não. Que droga! Porque tinha que ser assim?

Eu estava irritado e meu irmãozinho ainda ficava tirando uma com a minha cara, parecia saber da minha paixão platônica por ela e não perdia a oportunidade de ficar me provocando constantemente mostrando que ele alcançou coisas tão simples como essas principalmente seu afeto tão rapidamente. Que merda de vida!

Pensando bem agora eu nunca havia verdadeiramente lutado por ela, antes eu era um garoto imaturo, medroso e inseguro, mas esses anos me transformaram. Tenho que ao menos tentar algo e tirar de uma vez por todas essas malditas duvidas insistentes que me perseguem.

Eu ia fazer do meu jeito, não sei se funcionaria do jeito que espero. Mas com Isabella Swan com toda aquela marra iria ser divertido provoca-la bastante e descontar um pouquinho as minhas frustrações que ainda vivem dentro de mim por causa dela, sua teimosia, e sua arrogância.

A ideia da aposta então surgiu em minha mente, iria induzi-la aceitar minha proposta, sempre soube que ela adorava jogos e competição. A desafiei em um jogo que eu dominava bem e a deixei ganhar no começo exaltando facilmente sua autoconfiança e seu ego. Foi divertido ver sua cara de decepção e falso ultraje ao perder tão rapidamente pra mim.

Confesso que peguei um pouco pesado durante essa semana em que a obriguei a cumprir minhas diversas ordens.

Você deve pensar que tudo isso é ridículo e incomum. Mas momentos difíceis requerem medidas desesperadas. Foi interessante vê-la totalmente irritada, nervosa e mortificada com a situação que se colocou. Sua eminente vontade de pular no meu pescoço a qualquer minuto e me esganar se possivel. Eu ainda preferia que ela me beijasse loucamente em vez de me bater. Entretanto seria engraçado vê-la tentar me machucar de alguma, futuramente ela com certeza se vingaria. Porem não vou me preocupar com isso agora, quando chegar o momento certo a domarei de uma vez por todas e mostrarei para aquela mandona quem esta no controle realmente.

Agora tudo infelizmente se encaminhava para o fim o meu controle sobre ela acabaria. Porem não queria que isso terminasse jamais. Não te-la mais por perto, mesmo furiosa ainda assim podia desfrutar de sua companhia constantemente, ouvir sua voz, sentir seu cheiro, inventar qualquer desculpa idiota simplesmente para toca-la de alguma forma.

Ao entrar naquele quarto sabia que essa poderia ser a ultima chance de tentar aquilo que me atormenta há tempos. Eu tinha medo da rejeição é obvio, estava inseguro, mas tinha algo me dizendo que eu tinha que fazer isso. Só assim estaria completamente liberto deste sentimento que me assola e assombra minha mente.

Então criei finalmente coragem e pedi o que eu tanto ansiava. Confesso que estava preparado pra tudo, um tapa na cara, uma torrente de xingamentos, mas não esperava que ela aceitasse assim tão facilmente e quando ela beijou minha bochecha lentamente e dolorosamente devagar, apenas pra me provocar, não me segurei mais e beijei delicadamente aquela boca chamativa, convidativa, deliciosa que tanto ansiava.

Ela correspondia à altura a tudo que estávamos experimentando pela primeira vez ali juntos o que me surpreendeu grandemente, não me envergonho de dizer que nunca havia beijado ninguém em toda minha vida, a única pessoa que senti essa necessidade foi por essa maluca. Nunca me interessei por mais ninguém, não gostava de misturar as coisas tinha receio de me machucar novamente, então todos que se aproximavam eu dava um jeito de afastar.

No entanto ela parecia estar gostando tanto quanto eu daquele momento ela assim como eu parecia inexperiente, ganhei mais confiança com esse fato e me permitir desfrutar plenamente desse nosso momento de descoberta. Completávamos-nos perfeitamente, seu gosto doce ainda estava impregnado em meus lábios, inebriado com seu calor, sua pele macia e cheirosa. Ali tudo parecia tão certo e perfeito o lugar e a pessoa a quem eu realmente pertenceria e que por um milagre me pertencia e me aceitava também.

No momento seguinte ainda estávamos nós dois ali presos na nossa bolha particular, eu precisava olhar dentro dos seus olhos e ver que tudo isso é real e que ela me ama também afinal ela não me beijaria assim tão carinhosamente e docemente não permitiria que eu tocasse seus lábios virginais se não sentisse nada por mim. Eu era o seu eleito, seus olhos brilhavam e sua bochecha estava corada como sempre.

Toquei suavemente sua face ela se arrepiou completamente e sorri satisfeito sabendo que tinha esse efeito sobre ela.

– Minha linda garota corada- disse lhe dando um selinho suavemente. Ela sorriu feliz e também tocou meu rosto.

– Eu não acredito que isso finalmente aconteceu. Eu não sei o que dizer, o que pensar, foi surreal, parece um sonho. Você não sabe o quanto esperei por esse momento. - disse docemente sorrindo.

Eu sabia o que ela estava sentindo, pois compartilhava do mesmo emaranhado de emoções. Mas algo eu tinha a mais absoluta certeza nesse momento, ela nasceu pra ser minha e vou lutar por isso que temos e sentimos. Não abrirei mão dos meus sentimentos, ainda mais agora sabendo que sou correspondido pela garota mais incrível que sou perdidamente apaixonado há anos. Não a deixaria escapar dessa vez.

Esse também era o momento ideal para ela saber quais as minhas reais intenções em relação a ela. Sempre mereceu algo nada menos que perfeito, me esforçaria para corresponder todas as suas expectativas e sonhos sempre.

– Quer namorar comigo?- disse olhando dentro de seus olhos que brilhavam intensamente

Se ela disser não eu juro que me jogo dessa janela agora mesmo.



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