Diego’s POV

Eu estava preocupado com ela, pelo jeito que ela saiu praticamente correndo de mim, parece que sou sempre eu que faço as coisas erradas e ninguém nunca releva porra nenhuma, cansa de pedir desculpas mesmo não estando errado... Enquanto eu pensava sobre ela no meu quarto escutei uma gritaria que me tirou do transe, vinha do corredor.

- ANDA ALEX, CHAMA A AMBULANCIA, ELA NÃO TA ACORDANDO! – Uma voz feminina gritou parecendo desesperada, fui devagar até a porta, abri e era do apartamento da Luciana, a não, não não não... Abri a porta e sai correndo, passei pelos dois que gritaram e me chamaram mas eu apenas os ignorei, subi as escadas e quando olhei para dentro de um quarto a Lucy estava estirada no chão, fui correndo em sua direção e a deitei nos meus braços carinhosamente, seu corpo estava ficando frio, eu respirei fundo e fui descendo devagar as escadas e quando cheguei na porta ambos me olhavam.

- Você é o vizinho não é? – A mãe dela perguntou aos prantos.

- Sim, vou levá-la para o hospital. – Eu disse ignorando tudo o que aquele cara estava falando, depois desci as escadas, a coloquei no carro e eles desceram correndo, entraram no carro deles e foram atrás, porra, se eles tinham carro porque não á levaram? Ficar fazendo esse auê no corredor em vez de levar ela QUE ESTA QUASE MORRENDO pro hospital.

- A gente já ta chegando pequena. – Eu disse e logo após acelerei o carro, cheguei no hospital, sai do carro, a peguei e a coloquei em meus braços delicadamente, entrei correndo no hospital e gritei por ajuda, em segundos vieram médicos com uma maca e a levaram, depois os pais dela chegaram e o tal de Alex também. Fui em direção á ele calmamente.

- Você que é o Alex né? – Eu perguntei o olhando, ele deu um sorriso cínico.

- Sou sim, e você deve ser o Diego. – Ele disse estendendo a mão, ao invés de pegar sua mão fechei meu punho com força e deu um foto bem na fuça daquele desgraçado.

- QUAL É O SEU PROBLEMA? – A mãe dela gritou indo em direção ao cara, mas ele a empurrou para o lado e veio na minha direção, ele era mais forte do que aparentava ser, começamos a nos bater, ele me socava no rosto, e eu devolvia, foi assim até os guardas virem e nos separarem, seu rosto sangrava e o meu também, vieram enfermeiras e nos levaram para uma sala, elas nos sentaram em camas e limparam os machucados, costurando o que precisava e etc. Então um médico veio até nós e começou a falar.

- A Luciana perdeu muito sangue e está internada inconsciente, precisamos de alguém que doe sangue para ela. – Ele disse e eu involuntariamente falei.

- Eu dou. – Eu disse e o médico me olhou.

- Venha comigo. – Então eu me levantei e fui com ele.

Lucy’s POV

Acordei com uma tontura, olhei e me encontrei em um quarto branco, eu estava com uma camisola e tinham milhares de fios em mim. Sentei assustada e olhei para os lados, o Diego estava sentado do meu lado segurando a minha mão, sacudi a mesma para acordá-lo.

- hã que? – Ele disse e quando levantou o rosto percebi que seu olho estava roxo e tinha umas marcas no rosto.

- O que houve? – Perguntei preocupada.

- Eu briguei com seu padrasto. –Ele disse envergonhado.

- Porque? O anjo, porque fez isso hein? – Perguntei o abraçando.

- Os fios Lucy. – Ele disse e eu percebi que estava me embolando toda, puxei um por um e depois me levantei, ele me olhou assustado e acompanhou meus passos.

- Ai. – Eu disse puxando o ultimo e indo em direção ao armário.

- O que você está fazendo Lucy? – Ele disse e eu o olhei.

- Vou embora desse lugar, é ruim que vou ficar aqui. – Eu disse pegando a minha bolsa e achando uma roupa legal. – Agora se vira. – Eu disse e ele me olhou, depois que percebeu se virou e eu troquei de roupa. – Vem vamos. – Eu disse colocando a bolsa nos ombros e segurando a mão dele, puxei ele por todo o corredor e não larguei da mão dele até chegarmos na porta do hospital, onde ele foi buscar o carro e me levou para casa, chegamos na mesma e subimos até o nosso andar, ele me envolveu com seus braços fortes em um abraço carinhoso que eu correspondi e sussurrou em meus ouvidos.

- Se cuida dessa vez hein pequena, não faz besteira. – Ele disse e eu suspirei, dei um selinho nele e entrei em casa.

- Então já foi liberada do hospital. – A minha mãe disse em um estado de êxtase e fumando.

- Já sim. – Eu disse subindo a escada e indo para o meu quarto, entrei no mesmo e me tranquei, só queria ficar sozinha agora, para organizar a minha cabeça, eu estava com tanta dor de cabeça e esse vizinho novo e a minha mãe, meu deus.

- Filha, vem comer algo. – A minha mãe disse docemente, e quando ela me convida pra comer e ainda docemente aposto que ela fez lasanha (minha comida favorita) e irá me contar algo enquanto eu como para eu não ficar muito puta com ela. Respirei fundo e desci as escadas, fui até a mesa e olha só, lasanha! Olhei para ela e para o Alex, os dois abraçados, eca.

- Se sente por favor. – Ele disse e eu o encarei, depois me sentei e me servi, eles se sentaram também mas não comeram.

- Estávamos pensando muito e Alex me pediu em noivado. – Na hora que ela falou isso eu quase cuspi toda a comida que eu tinha na boca.

- Mas que porra?!?!? – Eu disse limpando a minha boca e fazendo força para engolir. – Não, e não. – Eu disse apontando para os dois, praticamente joguei o meu prato na pia e subi correndo as escadas e me tranquei no quarto de novo, meu deus, parece que estão querendo me ferrar, mas não é possível, eu estava no meu banheiro com uma lâmina pressionada no meu pulso machucado quando sinto meu celular vibrar, uma mensagem nova. “Não faz besteira pequena. Di” Parece que ele lê mentes não? Como ele... ok, era meio lógico, afinal, sou assim e fim, joguei a lâmina na gaveta e a fechei, tomei uma ducha sentindo todos os pontinhos onde as agulhas tinha sido colocas arderem, coloquei meu pijama e fui dormir, amanhã ia ser um longo dia.