Recomeço. escrita por casslopez


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

oi oi oi, capítulo novo! Espero que gostem ♥



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“–Até a próxima, Srta. Swan. –ele disse quando eu fechei a porta do carro. Ele sorriu e depois partiu. Fiquei parada na calçada vendo seu carro se afastar.

O que aquele homem estava fazendo comigo? Eu não consigo pensar direito quando estava perto dele, ele fica me olhando como se fosse uma criança admirando um brinquedo novo. E eu era esse brinquedo novo.”

POV Bella.

Droga de cabelo! Prendi ele em um coque pela terceira vez e decidi deixá-lo assim. Tomei um café e saí do meu apartamento às pressas novamente. Assim que cheguei no hotel Rose não disse nada sobre o meu pequeno atraso. Novamente o louge estava cheio de homens para a tal reunião. Passei por todos aqueles homens e fiquei nervosa, com medo de algum deles me reconhecer. Por sorte eles nem pareceram se importar com a minha presença no lounge. Peguei o elevador de serviço e subi para arrumar os quartos.

...

O dia passou rápido. Cheguei em casa e me arrumei rapidamente para ir ao meu segundo trabalho. Quando estava a caminho do Michelle’s House fiquei pensando no que faria se eu encontrasse Edward lá. Simples, eu iria ignorá-lo. Não havia motivos para ele ir falar comigo, eu recusei o meu programa para ele.

–Bella. –Jared me chamou assim que eu entrei no Michelle’s House. A casa estava cheia. –Gata, vêm aqui.

Fui até Jared e ele sorria de orelha a orelha.

–O que você quer, Jared? –eu perguntei. Ele colocou as mãos no meu ombro e me virou com força. –Ele quer falar com você.

Demorei para ver de quem Jared estava falando. Mas não foi difícil achar o homem mais lindo da casa encostado na parede olhando para mim. Ele sorriu torto e eu suspirei. Me virei para Jared e ele sorria.

–O que você está esperando? Vai lá falar com ele.

–Ele não quer somentefalarcomigo, Jared.

–Se você não for ele vêm. –ele disse rindo. Eu me virei e Edward estava caminhando em nossa direção. –Eu vou ver se a Camila precisa da minha ajuda.

Ele me mandou um beijo e saiu correndo. Fiquei parada perto do bar com a boca entreaberta.

–Olá, Srta. Swan. –Edward disse perto do meu ouvido. Eu me assustei e me virei rapidamente para encará-lo. Ele sorria torto para mim e eu revirei os olhos.

–Oi. –eu disse seca.

–Pensei que iríamos tentar nos conhecer melhor. –ele disse calmo.

–Não me lembro de ter concordado com isso.

–Concordou no exato momento em que entrou no meu carro, Srta. Swan.

Não, não concordei com nada. Eu realmente queria dizer isso mas eu não queria provocá-lo ou irritá-lo.

–Eu não posso ficar conversando, Sr. Cullen. Eu preciso trabalhar. –eu disse olhando para um homem que me olhava atentamente. Edward acompanhou o meu olhar e ficou sério.

–Com ele não. –ele disse com raiva. Eu estremeci assim que ele pegou meu pulso com força e me tirou da vista do homem que me encarava.

–Você é doido? –eu gritei com ele esfregando meu pulso. –Nunca mais toque em mim.

–E estranhos podem? Homens sujos que só querem usar você?

–Olha, se é assim que você se refere aos homens que só querem meu corpo então você é um homem sujo também. –eu disse colocando as mãos na minha cintura.

–Eu já disse que não quero seu programa, Srta. Swan.

–Então me deixe ir trabalhar. –cruzei os braços no peito e olhei para o homem sobre o ombro de Edward. –Eu preciso ir.

Saí andando e me aproximei do homem que me encarava. Ele sorriu e estendeu a mão para mim e eu aceitei. Nós subimos as escadas e olhei para Edward, ele estava  ignorando uma menina que tentava conversar com ele pois estava me olhando, ele não parecia estar com raiva nem com pena.

...

Terminei de arrumar a cama e passei um creme nas minhas coxas. Ser muito branca dá nisso, qualquer força sobre a minha pele fica uma marca. Os homens não ligam muito para isso. O meu último cliente apertou minha coxa com tanta força que seus dedos ficaram evidentes em minha nela, quatro faixas vermelhas que logo ficariam roxas.

Saí do meu quarto e me despedi de algumas garotas que moravam no Michelle’s House. Pendurei minha bolsa no meu ombro e abri a porta de entrada. Estava chovendo e ventando forte. Bufei irritada e voltei para dentro. Abri minha bolsa procurando meu guarda chuva mas não o encontrei. Peguei uma revista e abri ela sobre a minha cabeça e saí novamente. Fiquei um tempo parada, olhando o caminho que eu faria, vendo se tinha alguma obstáculo como poças ou buracos. Respirei fundo e corri para atravessar a calçada. Me abriguei no ponto de ônibus e esperei ele chegar. Olhei meu relógio e vi que estava atrasada novamente. Droga!

Respirei fundo e decidi ir até o ponto de táxi. Segurei a revista novamente em minha cabeça e saí andando. O vento estava muito forte, sentia meu agasalho e minhas pernas molhadas. A revista estava molhada e o vento acabou levando. Bati o pé, como uma criança mimada, e cruzei os braços. Eu já estava molhada então não faria diferença alguma andar mais um pouco e chegar ao ponto. Com os braços cruzados sobre meu peito eu começei a andar novamente. Pelo caminho não havia ninguém.  Todos estão abrigados e eu estou aqui, toda ensopada.

Olhei para a outra calçada e o carro dele estava lá. Merda! De novo não. Acelerei meu passo e ele me acompanhou. Olhei para o carro e virei na primeira rua que eu vi. O carro também virou. Argh! Homem chato. Apertei minha bolsa sobre meu peito e acelerei o passo novamente.

–ISABELLA. –ele gritou. Olhei para o lado e o carro estava parado e ele se debruçava até a janela do passageiro. –Esse não é o caminho da sua casa.

Sério mesmo?

–Jura? Wow, acho que eu errei o caminho. –eu disse irônica. Continuei andando e tentando ignorar o carro que me acompanhava.

–Isabella, entre já nesse carro. –ele disse bravo. Eu olhei para ele rapidamente e voltei a andar. –ISABELLA, ENTRE NESSA PORRA DE CARRO AGORA!

–Não, obrigada.

–Não me faça ir aí e te forçar a entrar no carro.

Eu parei de andar e olhei para ele. Ele parecia muito irritado.

–Virou meu motorista agora? –eu perguntei irritada. –Não preciso e não quero sua carona.

–Por favor. –ele disse. –Entre no carro.

–Você anda me seguindo? –eu perguntei irritada. Abri a porta do carro e entrei. Ele desligou o ar condicionado e me entregou um lenço. Limpei meu rosto e minhas pernas que estavam molhadas. Coloquei o cinto e ele ligou o aquecedor.

–Você deve estar com frio. –ele disse calmo.

–Não respondeu a minha pergunta. –eu pressionei

–Não. Eu estava indo comprar um remédio para meu filho.

Oh! Louis está doente?

–Ele está bem? –eu perguntei baixo.

–É só uma febre. –ele respondeu sem olhar para mim. Ele estava dirigindo com atenção. Será que ele estava realmente bem? Eu gostei tanto daquela criança, não ia suportar saber que ele estava mal. –Ele está bem, não se preocupe. A babá ainda está em nossa casa.

Ele me olhou e sorriu. Eu sorri fraco e ele voltou a olhar para a rua. Eu coloquei meu cabelo todo para só um lado e peguei meu creme na bolsa. Passei na minha coxa e Edward estava olhando meus movimentos.

–Não sei se me preocupo com isso ou se acho extremamente sexy. –ele disse sorrindo torto. Eu revirei os olhos e voltei a passar o creme. –Quem fez isso com você?

Eu olhei para ele e sorri.

–O Batman. –eu respondi rindo e ele ficou sério. Que homem chato. –Um cliente.

–Um cliente? –ele perguntou. Eu assenti com a cabeça. –Eles não se procupam com vocês, né?

–O que você acha? Que eles vão chegar lá levando uma caixa de bombom e buquê de flores? Não funciona assim, querido.

–Achei que alguns saberiam como tratar as mulheres. –ele disse olhando para mim.

–E por acaso você sabe? –eu perguntei rindo. –Você quase me matou e ainda mostrou o dedo do meio pra mim. UAU, você realmente sabe como tratar as mulheres.

–Você está exagenrando. –ele disse rindo. –E eu estava atrasado para a reunião e estava irritado, desculpe pelo dedo do meio.

Eu sorri e ele sorriu para mim quando parou no sinal vermelho. Ele estava fitando meus olhos e eu desviei o olhar. Olhei para o farol e voltei a olhar para ele. Ele estava com um sorriso fraco e eu corei.

–Verde. –eu disse quebrando o silêncio.

–Oi?

–O sinal está verde. –eu disse olhando para o farol. Ele também olhou e piscou algumas vezes e voltou a dirigir.

Nós ficamos em silêncio até chegar no meu prédio. Assim que ele estacionou na minha frente do prédio eu tirei o cinto e entreguei o lenço para ele.

–Obrigada. –eu disse sorrindo.

–Não foi nada. –ele disse. –Amanhã você vai estar lá?... No Michelle’s House?

–Sim. –eu disse desviando o olhar. Ele suspirou e destravou a porta.

–Eu queria poder conversar com você melhor.

–Não posso ficar conversando lá, Edward. –eu senti meu rosto ruborizar.

–Eu sei. Infelizmente eu sei. –ele disse olhando para baixo. Eu olhei para o meu prédio e respirei fundo.

–Eu já vou. Obrigada novamente. –eu disse.

–Eu disse que queria poder conversar com você melhor. –ele disse olhando para mim.

–Agora? Creio que se eu ficar molhada por mais um minuto eu vou ficar doente. –eu disse sorrindo fraco.

–Posso subir? –ele perguntou e eu o encarei assustada. –Vamos só conversar. Não vou fazer nada que você não queira.

Olhei novamente para o meu prédio e pisquei algumas vezes. Eu nunca levei um homem para dentro do meu apartamento. Nunca.

–Pfft...Claro. Pode sim. –eu respondi. Ele sorriu e saiu do carro rapidamente e abriu a porta para mim.

Sorri para ele e ele pegou a minha mão. Eu olhei para ele e ele sorria fraco. O porteiro abriu a porta e nos deu boa noite olhando Edward com desconfiaça. Edward percebeu e ficou olhando o porteiro também. Chamei o elevador e esperamos ele chegar no térreo enquanto ele acariciava minha mão.

Entramos no elevador desse jeito. Em silêncio e com ele acariciando a minha mão.

–Sinta-se em casa. –eu disse quando abri a porta do meu apartamento que ficava no sétimo andar. A sala estava um pouco iluminada pela luz da lua. Joguei minha bolsa no sofá, tirei meu all star e coloquei ao lado da porta. Edward entrou e tirou a jaqueta pendurando ela no sofá. Eu liguei as luzes da sala e andei até a cozinha. Ele me seguiu e se sentou em uma cadeira alta.

–Quer um chá? –eu perguntei enquanto pegava o bulê e enchia de água.

–Sim, obrigada. –ele respondeu sorrindo.

–Vou tomar um banho. –eu disse corando. –Será rápido.

–Tudo bem, estarei esperando. –ele disse calmo. Assenti com a cabeça e saí da cozinha indo em direção ao meu quarto.

O que ele quer conversar comigo? Ele quer me conhecer melhor? Eu nunca deixei um estranho entrar no meu apartamento e ele está aqui. Um home casado que está na minha cozinha enquanto eu estou indo tomar banho. Esse homem está me deixando doida.


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Notas finais do capítulo

deixem review ♥
O que será que ele vai conversar com ela? rsrsrs
xoxo, Cass