Only My Little Clove (Jogos Vorazes) escrita por Clove Flor


Capítulo 32
Capítulo 33- Don't scare me anymore.


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM NÃO MORREU!
Sim! Eu tenho bons motivos por ter demorado quase 4 meses. Se passaram uns 3 meses, não?
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LEIAM LEIAM LEIAM LEIAM LEIAM LEIAM
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—-Então gente, nessas férias, foi tudo muito corrido pra mim. Primeiramente, eu criei uma nova Fanfic se Jogos Vorazes, universo alternativo e tenho me dedicado a ela durante esse tempo. E ela está me agradando, quem quiser ler, é Are You Mine? (link nas notas finais);

—-Eu viajei uma semana na praia com umas tias (nossa, legal) e outra com meus pais. Não levei o pc.

—-Eu tinha um final SUPER LEGAL na minha cabeça pra OMLC. Mas adivinhem? Ele era uma merda. Aí não, não, eu tinha que mudar. Então eu meio que já até escrevi uma parte do próximo capítulo.

E é isso. Eu queria pedir minhas sinceras desculpas. Senti muitas saudades de vocês, tá?
Um beijo meus amores!



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Capítulo 33 – Don’t scare me anymore.

─Peeta!

O grito feminino ecoou na arena durante alguns segundos antes que Clove desse um sorriso ameaçador. Katniss não era a garota mais inteligente da Arena, é claro. Com seu modinho de ‘preciso proteger minha família’, como se todos nós não tivéssemos uma.

─Vamos lá, Cato! Preciso afiar minhas facas um pouquinho. – implorou.

Voltei a abraçá-la, sentindo-a tentar recuar. Mas logo sua cabeça pendeu em meu ombro, os pequenos braços apertando-me em minhas costas. Ela estava quente, mas os dedos gelados. Seu rosto se escondeu na curvatura de meu pescoço, e tive que reprimir um riso ao sentir sua respiração fazer-me cócegas.

Nós poderíamos esperar o tempo que fosse.

Menos para ir embora, é.

Meu pai dizia isso para mim. Eu não aguentaria de ansiedade para entrar nos Jogos, e depois não iria aguentar a ansiedade de sair. Que ser vitorioso é a melhor coisa que você pode fazer, mas também a pior.

Porque você não ganha de verdade.

De qualquer modo, eu gosto da Capital. Eles sabem que os treinamentos são ilegais, mas mesmo assim deixam. Por quê? Porque somos os melhores, óbvio. Não que nossos tributos ganhem todos os anos. As vezes perdemos para o 1, 4 e 7, devido treinamentos ou os trabalhos que são precisos força bruta. Porém, do quesito de mortes por tributos, o Dois está sempre na frente.

─Cato? – a garota empurra meu ombro com sua pequena mão, e então a livro de meus braços. ─Vamos logo?

─Já perdemos a chance, Clove. ─ lhe disse, botando-me de joelhos para pegar uma garrafa d’água.

─Estou cansada de esperar. ─ bufou, revirando os olhos. A vi abrindo a tenda, pondo-se para fora.

Respirei fundo. Ela tem razão. Precisamos acabar logo com isso.

Encontrei minha espada largada ao meu lado, e logo a empunhei, observando a lâmina que refletia parte de meu rosto. Pude perceber uma fina camada de fuligem por minha pele. Há quanto tempo não vou ao lago?

─Meu Deus, como você é imprestável, Cato. Venha logo para cá! ─ a garota gritou, e a irritação em sua voz era quase palpável.

Limitei um sorriso. Eu não preciso mais me preocupar. Clove está a salva: ela sabe se cuidar, e eu me certifico disso. Agora que dois tributos poderão vencer, tudo está bem. Tudo tem que estar bem.

─Cato! CATO! – sua voz soou desesperada, e não consegui ver pela fresta aberta da tenda os pés da morena que antes de encontravam lá.

Tudo tinha que estar bem. Que porra, hein?

Meu coração se agitou, e minhas pernas gelaram. Senti o sangue borbulhar em minhas veias até eu perceber que continuava parado.

Clove?

Clove?! Clove! – eu também gritei. Saltei da tenta, sem tempo de juntar minhas coisas, e meus olhos tentaram se adaptar com a falta de luz. Não consegui parar de repetir seu nome mentalmente. Onde ela está? O que houve?

Os idealizadores bem que podiam tornar o céu claro!

─CLOVE! – tentei mais uma vez, adentrando uns passos na floresta para tentar encontrá-la. Clove, Love, Clove, Love.

Eu deveria manter a calma, afinal, o canhão não soou.

Mas, na verdade, isso é o que me preocupava.

─Idiota.

Virei-me, totalmente desconcentrado e quase desferi um golpe no ombro da garota pequena, magra de cabelos compridos presos em um rabo de cavalo já se desfazendo. A postura desleixada, como se estivesse com sono, o sorriso irônico, mas também sincero.

Parecia estar feliz.

─Porra!—eu soltei, abraçando-a novamente no dia, mas dessa com força, meu corpo tremendo. Pude sentir meu peito relaxar, e soltei um silvo. Meu Deus, eu quase morri.

─Só assim para você vir. ─ abriu um sorriso. Aquele lindo, que faz suas bochechas ficarem mais redondinhas e rosadas, destacando as sardas salpicadas em seu rosto.

─C-Clove, - tentei formular uma frase coerente, mas fracassei ao gaguejar. Pare com isso! ─Nunca mais f-aça isso, t-ta bom?

Inspirei fundo, cansado. Meu coração ainda martelava dentro de mim, mas consegui regular as batidas ao respirar com um pouco mais de tranquilidade durante um curto tempo. Seu cabelo ainda cheirava a cereja. Tentei lembrar, com certa dificuldade, a voz de Brutus ao me instruir: “Você precisa se controlar, Cato. Precisa se focar nos Jogos, entendeu? Foco; Não importa se você a ama. Vão existir muitos amores na sua vida ainda. A única coisa que você deve fazer é se proteger e matar. Matar é prioridade, okay?”

Okay, respondi mentalmente. Acho que sai um pouco dos trilhos.

Afinal, quem eu queria enganar? Simplesmente não dá. Essa garota é a única em toda minha vida que eu quero ter. Ao menos poder terminar essa maldita missão que tenho dentro de mim: mantê-la viva.

─Pode me soltar agora, garoto dramático. – sua voz soou ríspida, mas parecia um tanto brincalhona. Estava sorrindo, eu sabia que estava. Levemente, fui afastando meus braços de seu corpo. Dramático?! Ser dramático é chorar por uma unha quebrada!

─Qual o seu problema, Clove?! – lhe indaguei, e novamente meu coração acelerou. Eu estava com raiva, muita. ─ Acha que pode fazer isso? Acha que pode brincar assim comigo?!

Suas sobrancelhas se arquearam em surpresa. Talvez estivesse se questionando sobre o quão explosivo eu poderia ser.

Continuou calada e isso me fez ter mais motivos para gritar.

─Olha aqui, ─ comecei, flexionando os joelhos para poder encará-la nos olhos. ─ vai ter uma hora em que talvez eu não consiga te salvar. E se você sumisse de verdade? E se eu não conseguisse te achar, Clove? Você teria que dar um jeito sem mim.

Os olhos esverdeados da garota de arregalaram. Seus braços se cruzaram e a boca parecia mais vermelha que antes.

─Eu sei muito bem lidar sem você, Cato.

Nesse momento, quis matá-la.

─Ah é? Ah é? Então por que raios você está sempre a chamar pelo meu nome?!

Dessa vez não falou mais nada.

Inspirei fundo, e então segurei sua pequena mão. Estava gelada, tanto quanto o clima. Se eu olhasse bem, conseguiria ver uma pontada de luz no horizonte.

Era isso o que eu precisava:

Um pouco de luz.

~*~

Dois dias, ou algo assim, depois.

Havíamos acabado de montar nossa barraca entre duas pedras após uma longa ronda pela floresta a procura de algum tributo. Em um momento, jurei ter visto uma cabeleira laranja, como uma raposa, correndo para longe, mas não conseguimos mais visualizar nada.

Sentei em cima de meus joelhos, meu olhar se desfocava às vezes devido os pensamentos que me faziam esquecer de piscar.

Hoje deve ser uma sexta feira. Seria um dos dias mais legais da semana em meu distrito: uma ida ao cinema ou ao treinamento. Talvez alguma boate, ou também na campina com Clove. Mas sempre um dia diferente.

Bem, dessa vez não mudou muito. Houve uma diferença.

Uma ágape.

O que também não era normal.

Era, na realidade, uma oferta dos patrocinadores; Sim, claro, a verdadeira intenção não é nos ajudar, mas sim nos matar. Como um segundo banho de sangue. Então, enquanto eu tentava pensar no que mais precisávamos, Clove e eu – novidade!- brigamos de novo.

─Eu só estou dizendo que acho que eu deveria ir! ─ argumentou, gesticulando com suas mãos, visivelmente estressada.

Ri sem humor.

─Aham, ‘tá’. ─ eu respondi, sem dar muita atenção, enquanto encarava meu reflexo em minha espada. O que mais precisamos? O que mais precisamos?

─É sério, Cato. Qual o problema? Vou te provar que não preciso de você para tudo. Não vou precisar chamar seu nome. Não vou precisar de sua ajuda, só eu mesma. ─ vi que ela estava sorrindo orgulhosa. Desviei meu olhar para seu rosto, meio corado nas maçãs. Estava bonita. Mesmo depois de duas (ou três?) semanas que entramos, estava bonita. Os olhos cansados e os cabelos bagunçados, mas bonita. Como ela conseguia?

─Nada disso. Clove, não queira me provar nada. ─ murmurei, revirando os olhos. Que saco.

Quando a olhei de novo, depois de alguns segundos, vi que seu sorriso estava agora erguido em apenas um lado. Estava mais perto do que antes, os olhos brilhando em... pura luxúria. Desejo.

Minha vontade de rir ocupava boa parte de meu pensamento. Rir por sua iniciativa, rir por ser sua primeira opção para me fazer deixá-la ir.

Passou a pena por meu colo e as prendeu em meu quadril. Tentei prestar atenção em cada movimento seu, mas ficava difícil também não encará-la nos olhos: tão brilhantes e faiscantes.

Clove, gemi em pensamento (espero que tenha sido só em pensamento) ao sentir seus lábios roçando com os meus, em uma fricção lenta e, de certo modo, angustiante.

Seus cotovelos estavam apoiados em meus ombros e ela segurava cada lado de meu rosto. Consegui, de alguma forma, despertar de meu transe e passei as pontas de meus dedos por suas costas. Fazia desenhos circulares, abstratos, qualquer coisa, mas sentindo-a.

─C-clove... anh... ─ tentei formular alguma frase, mas não sabia o que dizer. Talvez ter uma briguinha com ela não fosse tão ruim.

─Eu te prometo... – sussurrou bem próximo de meus lábios. Sua voz era quase rouca e o tom baixo era... (Qual a classificação da fic mesmo?) ─ que se me deixar ir, darei um show na Garota Em Chamas. Por você.

Balancei a cabeça em concordância, vidrado em seus olhos. Minhas mãos se prenderam em sua cintura, e finalmente, sua boca se encontrou com a minha. Foi um choque forte, quente, bom. Bom demais.

E eu fui um idiota ao permitir que ela fosse.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de me deixar um review, mesmo dizendo "oi". Eu realmente sinto saudades de vocês
Link de Are You Mine?: http://fanfiction.com.br/historia/451064/Are_You_Mine/