0012 a Espada Sagrada escrita por Cdz 10


Capítulo 76
Capítulo 076 - O único jeito.




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Capítulo 076: O único jeito.


 


            Na ampla sala de Krinzor, o líder do Clube Marcial da Nova Zelândia, Tsukynare e os outros treze lutadores do Clube Marcial de Tóquio estavam sentados diante do líder do Clube.


            - O que me diz? – disse Krinzor. – Eu repito que só desta maneira eu contarei alguma coisa a vocês sobre o Rinus!


            Tsukynare olhou para os demais lutadores e depois voltou a se virar para Krinzor.


            - Certo! – disse Tsukynare. – Eu acho que é mesmo justo! Estamos pretendendo sair daqui até o final do dia, então, talvez amanhã de manhã já devemos estar lá no Japão e então, vamos providenciar uma considerável quantidade de lutadores para virem até aqui e ficarem protegendo este Clube... mas... por quanto tempo o senhor gostaria que eles ficassem aqui?


            - Eu não sei! – disse Krinzor. – Pelo menos, até que nós nos sintamos seguros!


            - Espera aí! – disse Kim. – Vocês se sentiam inseguros quando o Rinus estava por aqui ameaçando a toda a população da Nova Zelândia, não é? E mesmo depois que ele saiu daqui, vocês continuaram com medo! O que eu quero dizer é que mesmo que nós o derrotemos agora, vocês podem continuar com medo pra sempre e conseqüentemente, os lutadores de nosso Clube vão ficar aqui pra sempre também! Isso não está certo!


            - Kim, cale-se agora mesmo! – disse Tsukynare. – Eu já disse que apenas eu falarei aqui, portanto, fique quieto! Eu sei resolver as coisas!!!


            - Ce... certo, me desculpe, Tsukynare... – disse Kim.  


            - Bom... – disse Krinzor. – Nós não precisamos de vocês! São vocês que precisam da gente! Portanto, decidam agora! Eu falo com a condição de que tenhamos proteção!


            - Me desculpe, senhor Krinzor, mas... – disse Tsukynare. – Não vamos colocar os nosso lutadores aqui por tempo indeterminado aqui! Acho que nós podemos entrar em um acordo... talvez... por meio ano! Deixamos os nossos lutadores aqui por meio ano e então, você nos conta o que sabe, está bem?


            - Não! – disse Krinzor. – E quem garante que depois desse meio ano, o pessoal do Rinus não venha atacar percebendo que a segurança diminuiu! Na verdade... eu quero proteção até o momento em que eu ver o cadáver do Rinus!


            Kim fechou os punhos sentindo muita raiva. Um dos lutadores de nível 10, que estava sentado a duas cadeiras de Kim, se aproximou do garoto.


            - Kim, por favor, se controle! – cochichou o lutador. – Não importa se ele é de outro Clube, é uma falta de educação muito grande agir como você está agindo com um líder de um Clube Marcial, não importa qual Clube seja! O Tsukynare também está irritadíssimo, mas ele está se controlando, então, eu espero que você faça o mesmo, entendeu? Não se esqueça de que o nosso Clube é um dos melhores e mais conhecidos do mundo!


            - É, eu entendo... – disse Kim, parando de apertar os punhos.


            Tsukynare estava olhando nos olhos de Krinzor.  


            - Temos que chegar a um acordo, senhor Krinzor... – disse Tsukynare.


            - A segurança do meu Clube e de toda a Nova Zelândia é a prioridade para nós! – disse Krinzor. – Eu sei muito bem que ajudar vocês é uma boa opção, já que Rinus está voltando, mas... bom, a melhor alternativa para nós é que vocês enviem alguns lutadores para cá, por tempo indeterminado! Mas, para compensar, vocês mandam poucos lutadores, talvez uns quatro, cinco, ou seis lutadores de nível 10 bem experientes, o que acham?


            - É, pode ser... – disse Tsukynare. – Afinal de contas, temos que fazer o possível para recuperarmos Sato o quanto antes...


            - Temos um acordo? – disse Krinzor.


            - Sim! – disse Tsukynare. – Mas os lutadores só chegarão amanhã!


            - Certo, certo, quando a cumprir promessas eu não me preocupo... – disse Krinzor. – Afinal, vocês fazem parte de um famoso Clube Marcial...


            - E então, qual é o boato sobre o Rinus? - disse Anika.


            Krinzor olhou para Anika, mas depois voltou o seu olhar novamente para Tsukynare.


            - Bem... – disse Krinzor. – Algumas testemunhas daqui da Nova Zelândia, da época do terror que foi implantado aqui... algumas delas disseram que... Rinus fugiu para o extremo norte da Rússia quando ele foi derrotado por Kousuke!


            Todos arregalaram os olhos.


            - Rú... Rússia?! – disse Tsukynare.


            - Sim! – disse Krinzor. – Isso é tudo o que eu sei! É o boato que até hoje corre em algumas regiões de nosso país...


            - Rússia, entendo... – disse Tsukynare. – Ele escolheu um lugar bem distante da Nova Zelândia... bom, se era essa a informação, eu devo agradecer, senhor Krinzor... já estamos de saída!


            Tsukynare e os demais lutadores do Clube de Tóquio se levantaram e rapidamente colocaram as cadeiras perto das paredes. O mesmo fez Krinzor.


            - Até mais, senhor Krinzor! – disse Tsukynare. – E não se preocupe porque amanhã mesmo estarão chegando cerca de cinco lutadores de nível 10!


            - Certo! – disse Krinzor. – Eu lhes desejo sorte em recuperar o tal Sato...


            - Obrigado! – disse Tsukynare.


            Então, os catorze lutadores saíram rapidamente do Clube e ficaram de pé na sua entrada, no pico da grande montanha.


            - Rússia! – disse Kim. – Depois que chegarmos no Japão, devemos ir imediatamente para lá, não é?


            - Claro que não, Kim! – disse Tsukynare.


            - Por que não? – perguntou Kim.


            - Por uma razão muito simples! – disse Tsukynare. – Essa informação não é uma informação exata! É apenas... um boato! Viajar para a Rússia tomará muito tempo e não temos cem por cento de certeza de que Rinus esteja lá, então, se nós viajarmos até a Rússia e não encontramos nada será mais tempo perdido, ou seja, mais tempo em que Sato ficará nas mãos daquele cara! Precisamos investigar mais para sabermos qual será o destino de nossa próxima viagem!


            - É! O Tsukynare está absolutamente certo! – disse Wagaky.


            - De fato! Não podemos perder tempo! – disse Zabou. – A cada segundo que passa, o Sato vai correndo cada vez mais perigo!


            - Isso mesmo! – disse Wagaky.


            - Certo, certo, foi uma péssima sugestão... – disse Kim.


            - Bom... – disse Tsukynare. – Daqui a umas duas horas mais ou menos vai começar a escurecer, eu acho melhor começarmos a nos prepararmos para voltar ao Japão, parece que não há mais nada para fazer aqui, tudo o que podemos coletar nós já coletamos!


            - É, eu acho uma boa idéia... – disse um dos lutadores de nível 10.


            - E levando em consideração que, quando viemos para cá... – disse Tsukynare. – Saímos do Japão à meia-noite e chegamos por volta das seis e meia da manhã aqui, se sairmos daqui a uma hora pelo menos, vamos chegar mais ou menos no meio da madrugada... aproveitaremos o restante do dia lá no Japão, isso vai ser bom! 


            - É, considerando que eu acordei bem cedo ontem! – disse Kim. – E não dormi até agora! Eu sei muito bem que o Sato precisa da nossa ajuda, mas eu não sou de ferro não! Eu vou ter que tirar um sono quando chegarmos no Japão, senão eu vou acabar é atrapalhando a tarefa de salvar o Sato!


            - Sim, você tem razão, Kim! – disse Tsukynare.- não se preocupe, porque nós vamos descansar quando chegarmos no Japão!


            - Bom, então, vamos logo? – disse Haiki.


            - Sim! Vamos! – disse Tsukynare.


            Então, eles começaram ma descer a montanha em grande velocidade.


            No Clube Marcial de Tóquio, Herzuz estava em sua sala que estava examinando com o olhar o sangue que havia coletado de Sato.


            - Deve funcionar, deve funcionar... – disse Herzuz.


            Neste momento, um lutador entrou na sala de Herzuz.


            - Mandou me chamar, senhor? – disse o lutador.


            - Sim, sim, mandei sim! – disse Herzuz. – Eu gostarie que você fizesse uma pesquisa bem afiada pra mim!


            - Claro! – disse o lutador. – E do que se trata a pesquisa, senhor?


            Herzuz se aproximou do lutador.


            - Se trata de um determinado aparelho... – disse Herzuz. – Com tecnologia bastante avançada que possa reconhecer a energia sobrenatural de uma pessoa através do sangue!


            O lutador arregalou os olhos.


            - Mas... senhor! – disse o lutador. – Isso é impossível! É necessário um avanço tecnológico muito grande! Eu até acho que nem o Japão tem algo desse nível...


            - Eu sei que não tem! – disse Herzuz. – E é justamente por isso que eu quero que você faça uma pesquisa bem afiada para descobrir onde eu posso achar um aparelho como esse!


            - Eu entendo, mas o senhor sabe se existe algo assim em algum lugar do mundo? – disse o lutador.


            - Sim, eu sei, senão eu não estaria pedindo pra você pesquisar! – disse Herzuz. – Eu só não sei onde é que tem... muitos Clubes Marciais desenvolvem pesquisas tecnológicas muito avançadas, como você mesmo sabe! E eu me lembro que vi em algum lugar o projeto de um aparelho que reconhece a energia sobrenatural através de qualquer parte do corpo e, através desse reconhecimento, ele pode indicar não só o nível de energia, como também as informações físicas, como altura, peso e também movimentação de poder sobrenatural, capacidade que a pessoa tem de lutar e de reconhecer outros poderes, enfim...  e o mais importante para nós neste momento... localização da pessoa!


            - Ah, saquei... – disse o lutador. – Então, esse aparelho é para tentar achar o Sato, não é?


            - Sim! – disse Herzuz, erguendo o pequeno vidro com sangue de Sato. – Se não me engano, vi uma informação de que era em algum lugar na Europa, mas não estou absolutamente certo disso... de qualquer forma, é melhor que você comece a pesquisa o quanto antes! Por favor!


            - Sim, eu já estou indo, senhor... – disse o lutador.


            - Ah! Só mais uma coisa... – disse Herzuz. – Eu sei que as aulas estão uma bagunça, mas... você sabe se os estudantes estão comentando o seqüestro do Sato?


            - Não, na verdade apenas os estudantes acima de nível 3 estão falando sobre isso... – disse o lutador. – Mas sem muito terror, enquanto que os estudantes de níveis 2 e 1 nem estão falando sobre isso...


            - Certo! – disse Herzuz. – Pode ir...


            - Sim, senhor... – disse o lutador.


            Então, o lutador saiu da sala enquanto Herzuz voltou a se sentar em sua cadeira.


            “Tomara que ele consiga achar a localidade deste aparelho! Vai demorar para que possamos usá-lo, mas é a única chance que temos, se o Tsukynare não vier com uma informação verdadeiramente consistente da Nova Zelândia!” pensou Herzuz, olhando para o sangue de Sato dentro do pequeno vidro.


            As horas estavam se passando e quando estava prestes a começar a anoitecer na Nova Zelândia, Tsukynare e os outros estavam defronte ao Oceano Pacífico. Todos eles estavam preparados para mergulhar.


            - Isso! – disse Tsukynare. – Se mantermos a mesma velocidade que mantivemos quando viemos pra cá, conseguiremos chegar ao Japão de madrugada! Estão prontos para entrarem no oceano de novo?


            - Sim! – disseram os outros lutadores.


            - Então, vamos! – disse Tsukynare.


            Todos os catorze lutadores mergulharam e começaram a nadar rapidamente para frente.


            - Vamos lá, pessoal! – disse Tsukynare. – Vamos nadar bem rápido! 


            Eles estavam nadando em grande velocidade e as horas estavam se passando. Kim estava toda hora reclamando de dor em todas as partes do corpo, mas então, quando no Japão era quase uma hora da manhã, eles chegaram em terra firme. Correram rapidamente na direção do Clube Marcial de Tóquio e então, quase três e meia da manhã, eles chegaram nos limites da cidade de Tóquio.


            - Ufa! Finalmente em casa! – disse Kim. – Em pensar que saímos da Nova Zelândia na tarde de ontem! As minhas olheiras vão me consumir daqui a pouco! 


            - Calma, Kim! – disse Tsukynare. – Vamos logo ao Clube Marcial de Tóquio e depois, vamos descansar!


            - É, vamos logo! – disse Haiki. – Eu estou morrendo de sono! 


            Depois de quase uma hora, eles entraram no Clube Marcial de Tóquio e depois foram direto até a sala de Herzuz.


            - Ainda acordado, senhor Herzuz? – disse Tsukynare.


            - É claro! – disse Herzuz. – Eu não posso dormir nem por um instante, eu nem conseguiria de tão tenso que estou! E então? Que informação conseguiram?


            Tsukynare se aproximou de Herzuz e começou a contar tudo o que havia acontecido e tudo o que haviam descoberto sobre Rinus e até mesmo sobre os lutadores que eles deveriam mandar até a Nova Zelândia.


            - Hum! Aquele Krinzor... – disse Herzuz. – O terror que o Rinus colocou naquele país fez com que não só ele mas muitas outras pessoas se transformassem em humanos completamente amargos... mas tudo bem, mandaremos cinco lutadores de nível 10 bem fortes e experientes para reforçar a segurança do Clube Marcial da Nova Zelândia! Mas... quanto ao que ele falou de que há um boato de que Rinus fugiu para Rússia...


            - Eu não sei, senhor... – disse Tsukynare. – Pode ser verdade como pode não ser, não é mesmo?     


            - De fato, outra viagem longa e sem certeza absoluta está fora de questão... – disse Herzuz. – Mas eu acho que há uma coisa que pode muito bem nos ajudar!     


            - E o que é? – disse Tsukynare.


            - Um aparelho que existe que pode reconhecer a energia de uma pessoa através de qualquer parte do corpo, inclusive do sangue e assim, reconhecer também a localização da pessoa, assim como muitas outras informações físicas! – disse Herzuz. – Eu coletei esse sangue aqui da casa de Sato e acho, que com ele, podemos achá-lo!


            - Heh! Essa é uma ótima idéia! – disse Kim. – E então? Onde é que ta esse tal aparelho?


            - Bem, na verdade, eu não sabia, mas eu mandei um dos lutadores daqui pesquisar e há algumas horas atrás, ele me informou a localização deste aparelho... – disse Herzuz. – Ele está sendo desenvolvido por um Clube Marcial que fica...


            - Fica aonde? – disse Tsukynare.


            - Na França! – disse Herzuz. – Como eu esperava, é um Clube da Europa que está desenvolvendo esse projeto, eu me recordo de ter lido sobre esse aparelho em algum lugar...


            - Então, se nós tivermos esse aparelho... – disse Zabou.


            - Sim! – disse Herzuz. – Poderemos achar o Sato!


            - Hehe! Que maravilha! Beleza! – disse Kim.


            - Eu não gostaria de usar esse método por dois motivos... – disse Herzuz. – Primeiro, que perderemos muito tempo até ir até a França... e segundo, porque segundo as informações que o lutador me trouxe... o aparelho ainda está em teste!


            - Está em teste? – disse Tsukynare.


            - Sim! – disse Herzuz. – Assim que esse aparelho estiver completamente pronto... ele pode reconhecer muito bem a localização da pessoa, altura exata, peso exato e até cor dos olhos e cor do cabelo, e também o nível de poder, e milhares de outras funções... mas como ele está em teste... ele dá apenas uma estimativa de altura e peso e também do nível de poder sobrenatural... e também, apenas uma estimativa de localização!


            - Mesmo assim é ótimo! – disse Anika.


            - Realmente! – disse Kiwa. – Com a estimativa, podemos saber se o Sato está mesmo em algum lugar da Rússia ou não!


            - Sim! – disse Herzuz. – Portanto... o que nós devemos fazer é mandar alguém até a França para usar esse aparelho...


            - Mas espera aí, senhor... – disse Tsukynare. – Que garantia nós temos de que aqueles que estão desenvolvendo esse aparelho vão deixar que nós o usemos?


            - Sim, essa uma é mesmo uma questão a pensar, Tsukynare, eu já tinha pensado nisso antes... – disse Herzuz.  


            - Mas nós precisamos tentar, não é? – disse Kim.


            - Claro! – disse Tsukynare. – Com certeza, de alguma forma, nós vamos ter esse aparelho!!! É o único jeito de acharmos o Sato!   


                    


               


             


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