0012 a Espada Sagrada escrita por Cdz 10
Capítulo 074: Uma marca profunda.
Todos os catorze lutadores do Clube Marcial de Tóquio estavam dentro da cúpula energética que era mantida por Tsukynare e os cinco lutadores de nível 10. Neste momento, mais jatos de energia sobrenatural, ambos muito poderosos, avançavam em grande velocidade na direção dos lutadores.
- Escutem! – disse Tsukynare, com os jatos se aproximando cada vez mais. – Eu tive uma idéia! Logo que esse ataque acabar, vamos desfazer a barreira rapidamente e depois, todos nós vamos direto para a direção de onde esses ataques estão vindo! Eu e os outros lutadores de nível 10 vamos na frente para desferirmos um forte ataque,. Enquanto que vocês devem nos seguir por trás, entenderam?
- Mas isso é perigoso demais!!! – disse Kim.
- O Kim tem razão! Essas energias são poderosas, o que significa que aqueles que estão as lançando contra nós são poderosos demais também! – disse Anika.
- NÃO TEM OUTRO JEITO!!!!- gritou Tsukynare. – Se continuarmos assim, a cúpula irá se enfraquecer e aí sim estaremos em sérios apuros!!!
Neste momento, os jatos de energia atingiram fortemente a cúpula de energia sobrenatural. Por quase dez segundos, os jatos vinham cada vez mais rápidos atingindo a cúpula, até que os ataques pararam.
- AGORA!!! – gritou Tsukynare.
Então, Tsukynare e os outros lutadores de nível 10 desfizeram a cúpula e então, começaram a avançar em grande velocidade na direção de onde estava vindo os ataques enquanto que os outros oito lutadores seguiam-nos por trás. Ambos estavam indo em direção a uma grande montanha.
- Parece que os ataques estão vindo por de trás daquela montanha! – disse Tsukynare. – Atenção, lutadores de nível 10! Vamos atacar de uma vez só, certo?
- Sim, nós entendemos! – disseram os lutadores de nível 10.
Enquanto isso, na sala de Rinus, novamente um homem de capuz preto chegava.
- Senhor Rinus! Os invasores estão demonstrando resistência! – disse o homem. – Vamos mandar mais um lutador, certo?
- Sim! Faça isso imediatamente! – disse Rinus.
- Certo! – disse o homem de capuz preto, saindo da sala.
Tsukynare e os outros estavam cada vez mais próximos da montanha e quando eles estavam a quase dez metros de chegarem nela, vários vultos começaram a sair por de trás dela.
- São eles!!! – disse Tsukynare. – ATACAR!!!!
Tsukynare e os lutadores de nível 10 começaram a lançar uma grande quantidade de energia sobrenatural e todas as energias se fundiram, formando um jato gigantesco que avançava em grande velocidade na direção dos vultos.
Enquanto isso, o homem de capuz preto voltava à sala de Rinus.
- Acabou mestre! – disse o homem. – Os invasores foram eliminados. Eram dois lutadores estrangeiros que estavam perdidos por aqui, mas nós já os matamos!
- Certo! Não era ninguém tão forte ou alguém daquele Clube de Tóquio, não é? – disse Rinus.
- Não, não era, o senhor pode ficar tranqüilo! – disse o homem.
- Muito bem então! – disse Rinus. – Agora saia, imediatamente!
- Sim! – disse o homem, saindo da sala.
Os vultos que avançavam contra os lutadores do Clube Marcial de Tóquio foram fortemente atingidos pelo poderoso jato energético desferido por Tsukynare e os outros lutadores de nível 10. Vários gritos tomaram conta do lugar e então, quase quinze pessoas caíram no chão, defronte à montanha e defronte aos lutadores do Clube de Tóquio.
- Eram vocês que estavam nos atacando, não? – disse Tsukynare.
Tsukynare rapidamente pegou um deles pelo pescoço.
- Seu verme imundo! – disse Tsukynare. – Responda agora mesmo onde é que está o Rinus senão a sua cabeça vai cair literalmente, seu desgraçado!
- Ri... Rinus... – disse o homem que estava sendo enforcado por Tsukynare. – E... Então... vocês não são enviados dele?!
- É óbvio que não! – disse Tsukynare. – Espera um pouco... então... vocês também não são subordinados dele?!
- NÃO!!!- gritou o homem.
Então, Tsukynare rapidamente soltou o homem que voltou a cair fortemente de cara no chão.
- Quem... quem são vocês...?! – perguntou o homem, bastante ferido.
- Nós estamos aqui para encontramos o Rinus!!! – disse Tsukynare.
- Eu lamento... – disse o homem. – E nos desculpem... por termos atacado vocês, achávamos que... eram subordinados de Rinus!
- Vocês foram muito feridos! – disse Tsukynare – Eu peço desculpas, não acredito nisso!
Um dos lutadores de nível 10 chegou perto de Tsukynare.
- Escuta, Tsukynare, eu sei várias técnicas de cura... – disse o lutador. – Se quiser, eu posso curar esses caras aí... não completamente, mas acho que posso salvar a vida deles!
- Certo! – disse Tsukynare. – Então, faça isso!!!
O lutador de nível 10 foi para mais perto dos quinze homens que estavam caídos e começou a curá-los.
- Droga! – disse Kim. – Se esses caras não são subordinados do Rinus, talvez ele realmente não esteja mais aqui!
- Calma, Kim! Vamos esperar a cura deles terminar e aí podemos conversar com eles! – disse Tsukynare.
Então, depois de quase meia hora, todos os quinze homens estavam quase que completamente curados, mas algumas de suas feridas ainda estavam bastante abertas.
- Venham conosco, por favor! – disse um dos quinze homens.
Então, eles entraram numa caverna que se localizava na enorme montanha, da qual estava vindo os ataques. Dentro da caverna, eles acenderam uma fogueira e todos se sentaram em volta dela.
- Escutem, nós mais uma vez pedimos desculpas por termos ferido tanto vocês! – disse Tsukynare. – Tínhamos certeza de que se tratavam de subordinados de Rinus!
- Nós compreendemos! – disse um dos quinze homens.
- Escutem... – disse o lutador de nível 10 que havia curado os homens. – É melhor vocês descansarem bastante e não lutarem mais, porque as feridas de todos vocês podem acabar abrindo novamente!
- Certo... – o mesmo homem. – Mas eu gostaria de perguntar uma coisa a todos vocês?
- E o que foi? – disse Tsukynare.
- Por que vocês estão atrás do Rinus? – disse o homem.
- Porque ele raptou o nosso amigo! – disse Kim. – E faremos de tudo para trazê-lo de volta, não importa o que aconteça!
- Hum, entendo... – disse o homem.
- Mas pelo que parece, vocês conhecem muito bem o Rinus, não é mesmo? – disse Tsukynare.
- Sim... – disse um outro homem dentre os quinze. – Nós o conhecemos sim...
- Infelizmente sim... – disse o outro homem. – Mas se vocês estão mesmo pretendendo salvar o amigo de vocês... eu tenho uma coisa bem forte para lhes dizer... desistam dessa missão suicida!
- Não, é claro que não! – disse Anika. – Nós já sabemos muito bem que o Rinus é uma pessoa extremamente perigosa, mas não somos covardes a ponto de abandonar o nosso amigo por medo!
- Hum, vocês também parecem conhecer o Rinus muito bem, não é? – disse o homem. – Bom, mas afinal de contas, eu acho que não há alguém nesse mundo que não conheça o Rinus!
- É, eu concordo... – disse Tsukynare.
- Pessoal... – disse o homem. – Vocês são do Japão, certo?
- Sim, somos sim... – disse Tsukynare.
- Vocês não têm idéia de quanto aquele Rinus é cruel... – disse o homem. – Vocês já devem saber que o antigo Clube Marcial dele era aqui na Nova Zelândia, não é?
- Sim, nós sabemos disso... – disse Tsukynare.
- Foram épocas sombrias... – disse o homem. – Muitos daqui foram mortos pelo Rinus e muitos outros dominados por ele enquanto a Espada Sagrada se encontrava em seu poder... uma grande quantidade de refugiados daqui da Nova Zelândia tomou conta de muitos outros países...
- Sim, eu imagino muito bem como deve ter sido, afinal de contas... – disse Tsukynare. – Nós, do Japão, também sofremos muito com as ações dele no passado!
- Mas, escutem, vocês estão procurando pelo Rinus? – disse Anika.
- Não, é claro que não... – disse o homem. – Nós só atacamos vocês, porque... até hoje, nós cremos que o Rinus ainda está vivo em algum lugar deste planeta! Desde que ele foi supostamente dado como morto há alguns anos atrás e então saiu deste país... nós começamos a formar diversos grupos de lutadores poderosos, e também independentes, ou seja, sem participar de nenhum Clube Marcial... para ficarmos monitorando todo o litoral e também toda a parte aérea... porque na verdade, mesmo depois da suposta morte dele, alguns lutadores poderosos desapareceram daqui da Nova Zelândia e alguns outros foram assassinados! Não temos provas concretas de que possa ter sido ele, mas o que tudo indica, foi ele sim! Desta forma, sempre que captamos energias sobrenaturais chegando no país, nós atacamos sem poupar esforços! E foi exatamente por isso, que atacamos vocês...
- Entendo, mas então, isso tudo significa que o Rinus não está mais aqui na Nova Zelândia, mas vocês sabem onde ele está? – disse Tsukynare.
- Não... ninguém sabe! – disse o homem. – Até porque, nós nem queremos saber, para depois, não corrermos o risco de sermos mortos pelos seus subordinados! Na verdade... a Nova Zelândia é marcada por uma profunda história de terror provocada por Rinus, uma ferida... que nunca vai se cicatrizar!
- Então.. parece que nós perdemos tempo vindo até aqui! – disse Tsukynare.
- Realmente! – disse Zabou. – Cruzamos todo o Pacífico a toa!
- Mas o que realmente aconteceu? – disse o homem. – O que ele fez na verdade?
- Bom... – disse Tsukynare. – É que nós somos do Clube Marcial de Tóquio e lá, existe um garoto chamado Sato Akira...
Então, Tsukynare passou quase dez minutos contando tudo o que havia acontecido, desde a ameaça de Kurodo até o seqüestro do garoto.
- Entendo... – disse o homem. – É bem do Rinus! Raptar para dominar o lutador... se esse Sato é mesmo tão forte, é natural que ele tenha sido pego pelo Rinus!
- É, mas a gente não vai deixar isso barato! – disse Daiken. – Eu nem tenho tanta amizade com o Sato, mas de qualquer maneira, eu não sou covarde e então vou deixá-lo nas mãos dele!
- Mas, escutem... – disse Tsukynare. – Vocês não têm nenhuma pista de onde o Rinus possa estar hoje?
- Não, não temos nada! – disse o homem. – Ninguém daqui se atreveu a investigar, afinal, foi como eu falei... todos daqui treme só em ouvir falar do nome do Rinus! A nossa história foi marcada por ele!
- Droga! – disse Tsukynare. – Completamente inútil! É melhor voltarmos hoje mesmo ao Japão!
- Mas, esperem um pouco... – disse o homem. – Vocês podem ir ao antigo Clube Marcial dele, hoje em dia, esse Clube não é mais maligno ele é do bem e presta serviços a boa parte da população... e talvez eles tenham alguma pista, talvez Rinus tenha deixado algo para trás por lá...
- É, até que pode ser uma boa idéia! – disse Shukan.
- Realmente! – disse Wagaky. – Já que nós estamos aqui, temos que tentar investigar o máximo possível!
- É, eu concordo! – disse Haiki. – Talvez o único lugar em que possamos encontrar alguma coisa, pode ser nesse Clube Marcial!
- Definitivamente sim! – disse Kiwa. – Certo, Tsukynare?
- Sim, nós vamos até lá, sim! – disse Tsukynare.
- É, mas antes, vamos tentar descansar um pouco... – disse Kiwa. – Ficamos horas nadando no Pacífico!
- Sim, sem dúvidas! – disse Tsukynare. – Mas vamos tentar até o final da noite, voltar para o Japão...
- Vamos nadando de novo? – disse Kim. – Ninguém merece!
- Sim! – disse Tsukynare. – Caso o senhor Herzuz volte a nos avisar sobre alguma informação nova, talvez desviemos a nossa rota para algum outro lugar, o que não poderemos fazer num avião!
- Hum, vocês são mesmo do Clube Marcial de Tóquio! – disse o homem, impressionado com o que eles estavam acabando de dizer.
Tsukynare se levantou.
- Certo então... – disse Tsukynare. – Eu agradeço a vocês por todas as suas informações... e... iremos até o Clube Marcial daqui, mas onde ele fica exatamente?
- Ah, espere um pouco... – disse o homem se levantando.
Então, o homem tirou um papel do bolso.
- O que é isso? – disse Tsukynare.
- Bom, como nós temos que patrulhar algumas áreas do litoral e outras poucas aéreas... – disse o homem. – Nós temos sempre que andar com um mapa do país no bolso, entende? Então, eu gostaria que ficasse com ele... vai ajudar bastante!
- Mas, ele não vai fazer falta pra vocês? – disse Tsukynare.
- Não! – disse o homem. – Todos nós aqui temos mapas, cada um com o seu, afinal, podemos conseguir outro facilmente!
- Certo! Muito obrigado mesmo! – disse Tsukynare.
Então, Tsukynare e os demais se despediram dos quinze homens e depois saíram andando lentamente, se distanciando cada vez mais da caverna. Os homens ficaram observando os catorze lutadores indo embora.
- Não acredito... – disse o homem. – Os períodos de terror vão voltar! Eu estou sentindo que o mundo ficará tomado por uma grande guerra muito em breve! Eu só espero... que esses caras consigam recuperar o amigo deles...
Em Tóquio, a Sra. Akira, que havia conseguido dormir bem tarde na casa de Kim, estava acordando. Ela tomou banho e ajudou a Sra. Hian a preparar o café da manhã.
- Você está mais calma? – disse a Sra. Hian.
- Não! – disse a Sra. Akira. – Nós não tivemos notícia nenhuma até agora!
- Mas fique tranqüila! – disse a Sra. Hian. – Eu também estou bastante preocupada, mas mesmo assim, eu estou tentando me tranqüilizar e acreditar que o Kim está em segurança, apesar de tudo...
No Clube Marcial, as aulas estavam uma verdadeira bagunça e Herzuz estava cada vez mais tenso em sua sala.
- Droga! O Tsukynare não dá notícias! – disse Herzuz. – A essa hora, eles com certeza já chegaram na Nova Zelândia! Droga! Droga!!!
Depois de quase vinte minutos, com Herzuz bastante tenso, o telefone em sua sala tocou. Herzuz atendeu rapidamente. Era Tsukynare.
- E então, Tsukynare? – disse Herzuz. – Encontraram alguma coisa aí na Nova Zelândia?!
- Não, senhor Herzuz, infelizmente não! – disse Tsukynare. – Mas, nós vamos ao Clube Marcial que era do Rinus e tentaremos achar alguma coisa lá...
- Ah, eu não acredito nisso! – disse Herzuz. – Isso significa que foi quase tudo em vão!
- Pois é! Mas já que estamos aqui, tentaremos conseguir alguma coisa nesse Clube... – disse Tsukynare. – Se tudo der certo, até o final do dia de hoje estaremos começando a voltar ao Japão, então, eu acho que talvez amanhã de manhã já estaremos chegando aí...
- Certo, eu entendo... – disse Herzuz. – Até mais então, Tsukynare... e tome cuidado...
- Certo, fique tranqüilo, senhor Herzuz. – disse Tsukynare. – Até mais!
Então, os dois desligaram o telefone.
- Certo! – disse Tsukynare. – Nós devemos ir comer alguma coisa!
- É! Essa é uma ótima idéia, eu estou faminto! – disse Kim.
- Vamos tentar achar uma lanchonete mais sofisticada, que dê pra comer um bom café da manhã! – disse Tsukynare. – E depois, vamos descansar um pouco em algum hotel e em seguida, vamos até o Clube, entenderam?
- Sim! – disseram todos os outros demais lutadores.
Herzuz estava bastante tenso.
“Se eles não acharem nada nesse Clube da Nova Zelândia...” pensou Herzuz. “Tem um outro jeito de conseguir achar o Sato, mas isso vai demorar... mas acho que vai ser o único jeito!”
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!