Capítulo 015: Desvende o enigma da pedra.

            A energia de Hikoru estava aumentando cada vez mais e o seu golpe da Navalha do Trovão já estava pronto para ser desferido.

            - Venha, Daiken! Vamos resolver isso de uma vez por todas! – disse Hikoru, assumindo uma forte postura de combate.         

            “Preciso ir com todo o meu poder!” pensou Daiken, aumentando sua energia e examinando Hikoru. “A Navalha do Trovão é uma técnica muito forte... se eu for atingido em cheio... posso até morrer!”

            - Muito bem, então, Daiken! Se você não vai vir até mim... então eu irei te você! – disse Hikoru.

            Hikoru começou a correr em grande velocidade na direção de Daiken, cujo corpo estava envolto de uma forte aura de energia sobrenatural.

            “Vamos lá então!!!” pensou Daiken.

            Daiken correu rapidamente contra Hikoru, ao mesmo tempo que Hikoru corria rapidamente contra Daiken.   

            Enquanto isso, Sato corria rapidamente na direção em que antes havia sentido uma energia sobrenatural.

            “Ela está cada vez mais perto... essa energia sobrenatural que estou sentindo está cada vez mais perto... eu só espero que seja mesmo a pedra... se não for... eu vou acabar perdendo muito tempo..., mas só pode ser ela! Eu tenho certeza de que não é a energia sobrenatural de nenhum candidato!” pensou Sato, enquanto continuava a correr em velocidade máxima, sempre parando de cem em cem metros para fazer um “X” nas paredes da caverna.

            O garoto continuou correndo por mais uns poucos segundos até que ele sentiu que a sensação ficou muito mais forte do que estava antes. Então, ele parou de correr.

            “É aqui!” pensou Sato, olhando a sua volta. “Eu tenho absoluta certeza de que a pedra está por aqui!”

            Enquanto isso, Daiken, se aproximava de Hikoru e tentou desferir-lhe uma rasteira, mas Hikoru saltou bem alto, se esquivando do golpe de Daiken. Então, Hikoru começou a descer, empunhando sua mão direita, esticada e brilhante, na direção de Daiken, que assumia uma postura bem defensiva.

            “Daiken provavelmente não está querendo se defender da minha técnica com o seu próprio corpo!” pensou Hikoru, enquanto descia na direção do outro garoto. “Ele com certeza vai ficar se desviando até achar uma brecha e me atacar! A Navalha do Trovão consome bastante energia sobrenatural e eu não posso ficar sustentando-a na minha mão por muito tempo... então... eu terei que abrir uma brecha...”

            Então, quando Hikoru estava quase chegando em Daiken, Hikoru desfez sua Navalha do Trovão e mudou sua posição para uma voadora.

            “Essa é a minha chance!!!” pensou Daiken, aumentando sua energia sobrenatural.

            Hikoru tentou desferir a voadora em Daiken, mas o garoto se desviou do golpe com um rápido movimento para o lado.

            “É AGORA!!!!!” pensou Daiken, despertando toda a sua força.

            Rapidamente, Daiken desferiu um soco fortíssimo na cara de Hikoru, que cuspiu bastante sangue, mas antes que começasse a ir para trás devido ao impacto do ataque, Hikoru agarrou fortemente o braço de Daiken.

            - O que?! – disse Daiken. – Será que...?!

            - ISSO MESMO!!!! – gritou Hikoru, formando sua Navalha do Trovão na sua mão direita. – TOMA!!!!!!!

            Hikoru desferiu a Navalha do Trovão que atingiu em cheio a barriga de Daiken, que soltou um alto grito de dor e começou a sentir uma forte corrente elétrica tomando conta de todo o seu corpo. Então, Hikoru retirou sua mão da barriga de Daiken, que foi, lentamente, fechando os olhos e caindo, até cair definitivamente de frente no chão.

            - Dro... droga... – disse Daiken, quase desmaiando, ainda sentindo um pouco de eletricidade dentro de seu corpo. – Você... é bem esperto... desfez a Navalha do Trovão apenas... apenas para abrir uma brecha e formar... a técnica rapidamente... já que... já que a energia já havia sido concentrada antes na mão direita... você poderia formá-la então num período muito mais rápido do que antes... apenas... para me atingir de surpresa... você é... demais, cara...!

            Neste momento, Daiken desmaiou completamente.

            - Finalmente eu te peguei... – disse Hikoru, sentindo muita dor no corpo e principalmente no rosto, que estava bastante ensangüentado. – Bom... agora eu só preciso achar a pedra... eu sei muito bem que ela está aqui...

            Enquanto isso, Kim já estava sentindo que seu corpo estava se recuperando e as dores estavam diminuindo.

            - Beleza... – disse Kim, se levantando, recostando a cabeça de Anika em uma parede.

            Kim começou a olhar a sua volta. 

            “Vamos lá... vamos aumentar a energia e descobrirmos onde a pedra realmente está!” pensou Kim.

             Kim começou a aumentar sua energia sobrenatural.

            Sato, olhando a sua volta, também aumentava sua energia sobrenatural. E o mesmo fazia Hikoru, em diferentes lugares da caverna.

            Enquanto isso, Haiki também já aumentava seu poder, e, então, desferiu um forte soco no chão, abrindo uma cratera de quase cinco metros de diâmetro. Então, ele viu um baú de madeira. Rapidamente o pegou.

            “Embaixo da terra!!!” pensou Sato, aumentando sua energia e sentindo uma fortíssima sensação abaixo dele.

            Rapidamente, Sato também desferiu um golpe e viu um baú de madeira. Rapidamente o pegou. Não demorou muito para que Kim e Hikoru, nos lugares onde estavam, percebessem que havia um baú enterrado e então tirarem de lá.

            Sato percebeu que havia um longo papel por cima do baú.

            - Epa, o que será isso? – perguntou-se Sato.

            Então, ele começou a ler o papel.

            “Olá! Aqui começa um divertido enigma! Para pegar a pedra e, conseqüentemente, passar nessa prova, será necessário que você desvende o enigma a seguir.”

            - Ah! Que droga! Um enigma?! – disse Sato a si mesmo. – Agora eu me lembro que eu vi em algum lugar que era necessário capacidade intelectual... acho que foi no papel que dizia as regras do torneio... ah, isso não importa agora! Vamos ler isso aqui...

            “Dentro do baú, estão cinco pedras, das quais apenas uma é a correta. O enigma consiste em algumas dicas, através das quais você deverá descobrir qual das pedras é a correta. Entretanto... se você escolher a pedra errada... uma grande explosão tomará conta de todo o local... e a sua sobrevivência dependerá apenas da sua própria resistência para suportar a explosão.”

            - Ah! O que é isso?!?! – disse Sato, parecendo assustado com o que lia. – Uma explosão?!?!?! Cara... isso ta ficando perigoso!

            Sato abriu lentamente o baú e viu cinco pedras, uma do lado da outra, formando uma linha. Ambas eram bem redondas.

            - Puxa... pelo que eu estou vendo, parece que todas essas pedras são revestidas de energia sobrenatural... – disse Sato, sentindo várias sensações agora. – São bem espertos... se colocassem cinco, mas apenas uma tivesse energia... seria muito fácil nós identificarmos qual era a certa através da percepção... mas agora... isso é impossível! Eles são bem inteligentes... Ah! Que droga! Bom, vamos lá...

            “Começando o enigma: 1- A pedra correta está no local de onde a bola parte normalmente, devido à força daqueles que representam a sorte e o azar neste enigma. À medida que a bola vai se mexendo, a resistência física, normalmente, também vai diminuindo.”

            - Local de onde a bola parte?! – disse Sato sem entender nada. – Eu hein... bom, vamos continuar...

             “2 – Escolhendo a pedra cuja localização é a característica dos destros, a sorte tu não terás.”

            - Característica dos destros... – disse Sato. – Direita! Isso significa... que se eu escolher a pedra da direita... eu não terei sorte... já que será a pedra errada e ocorrerá uma grande explosão... então, a da direita está eliminada! Hah! É isso aí! Vamos lá!

            Enquanto isso, Hikoru, Kim e Haiki também liam o enigma e tentavam decifrá-lo arduamente.

            - Cara... isso é mesmo muito difícil, que droga!!! – disse Kim.

            - Ele é mesmo complicado conforme o Daiken falou... – disse Hikoru.

            - Apenas pessoas bem inteligentes conseguem resolver isso aqui... é impressionante... – disse Haiki.

            Sato ia dirigindo os seus olhos pela terceira dica.

            “3 – A pedra, localizada em outra direção, que representa o azar neste enigma (de acordo com que as pessoas dizem), o fará sofrer.”

            - Direção que representa o azar neste enigma...? – disse Sato a si mesmo. – Cara, isso ta difícil pra caramba!!! Vamos à quarta...

            “4 – Comece considerando que, essas pedras unidas, formam um tipo de ponte. Partindo das duas direções, de azar e sorte, há mais duas pedras, respectivamente... entretanto, se escolher uma delas, a ponte poderá cair. Mas, elas guiam para a pedra certa.

            “Pergunta-se: Qual das pedras é a correta?”

            - Aaaaaah!!!! Que droga! Eu não entendi nada nisso aqui!!!! – disse Sato. – Que saco! Parece que eu nunca vou conseguir passar nessa prova!!!

            Sato foi olhando a sua volta para ver se alguém se aproximava, mas não via ninguém.

            - Como é que eu vou conseguir desvendar essa porcaria?! – disse Sato. – Com exceção da segunda dica, eu não entendi nada!!!

            Do lado de fora da caverna, os professores do Clube Marcial de Tóquio esperavam a chegada de ao menos um candidato, mas não havia ninguém. 

            “Vamos lá, Sato... eu confio em você... você é forte e é inteligente também... consiga passar nessa prova, por favor...” pensou Tsukynare, olhando fixamente para a entrada da caverna.

            Sato observava fixamente as cinco pedras.

            “Qual dessas será a certa...?” pensou Sato.

            O garoto ficou olhando para as pedras fixamente.

            - Ah, eu só passei o olho pelas dicas... eu preciso decifrá-las uma a uma... – disse Sato. – Vamos lá!

            Sato foi relendo o papel.  

            - A pedra correta está de onde a bola parte normalmente através da força daqueles que representam o azar e a sorte... – disse Sato. – O que bolas tem a ver com isso...?! Bom, continuando... 

            Sato foi lendo o resto da primeira dica.

            - Quando a bola vai se mexendo, a resistência física diminui... – disse Sato. – Aaaah! Eu vou deixar essa pra depois! A segunda eu já desvendei... então, vamos pra terceira!

            Sato começou a ler a terceira dica.

            - A pedra localizada em outra direção que representa o azar (de acordo com que as pessoas dizem)... – disse Sato. – Representa o azar? As pessoas dizem...? Cara, que saco!!!!

            Sato leu de novo a terceira dica.

            - Peraí, vamos analisar bem... – disse Sato, lendo atentamente o papel. – Azar... azar... bom, neste enigma, temos pedras... direções... então, esse negócio de azar... tem a ver com direções... mas isso tem a ver com o que as pessoas dizem... cara, eu to a ponto de desistir dessa chatice!!!

            Sato olhou a sua volta novamente.

            - Ah... eu não posso ficar pulando as dicas senão eu não vou conseguir nunca! – disse Sato. – Preciso decifrar essa terceira de qualquer jeito...

            Ele releu novamente a terceira dica.

            - Azar... tem a ver com o que as pessoas dizem... tem a ver com direções... e tem a ver com a dica número 1, já que essa tal bola parte através da força daqueles que representam o azar e a sorte... – disse Sato. – Ah... que coisa...

            Sato abaixou a cabeça e ficou pensando. Depois de alguns segundos, ele percebeu seus dois pés. Arregalou os olhos.

            - Espera um pouco!!! – disse Sato. – Azar... tem a ver com o que as pessoas dizem... e tem a ver com direções... esquerda... o pé esquerdo! Normalmente, quando as pessoas dizem que “começou com o pé direito” dizem, que começou com sorte e se “começou com o pé esquerdo”, começou com azar! E isso o fará sofrer... por causa da explosão! Hahaha!!! É isso aí!!! Beleza!!! Já desvendei a terceira!!! Vamos pra quarta...

            Sato, bastante feliz começou a ler a quarta.

            - Se essas pedras alinhadas formam uma ponte... – disse Sato, pensando. – Partindo das direções de azar e sorte, há mais duas pedras, respectivamente... que guiam para a certa, mas nenhuma delas não são a certa... hummm... estranho... mas como eu precisava desse negócio de azar pra desvendar a primeira, vamos voltar à ela, pelo menos eu já sei que a da direita e a da esquerda não são as certas... 

            Sato releu a primeira.

            - A bola parte através da força daqueles que representam a sorte e o azar... – disse Sato. – Ou seja, através dos pés, direito e esquerdo, respectivamente... e quando a bola vai se mexendo, a resistência física vai diminuindo... bom, vamos ver... o que normalmente envolve bola e gasto de resistência física...?

            Sato pensou por alguns segundos.

            - Bom, temos bola em várias situações, mas, elas são muito usadas nos esportes e... – disse Sato, pensando mais um pouco. – A resistência física também é bastante usada nos esportes! É isso! Esse negócio de “de onde a bola parte” tem a ver com esporte... e considerando que ela parte devido à força dos pés... futebol!!! Isso significa que a pedra certa... é... A DO CENTRO!!! Mas espera...

            Sato foi revendo o papel.

            - Eu preciso decifrar a quarta para ter certeza... – disse Sato.

            O garoto releu a quarta.

            - Partindo das direções de sorte e azar... – disse Sato. – Essas direções são direita e esquerda... partindo da direita... temos a pedra... que está entre a do centro e a da direita... e partindo da esquerda, há mais uma que está entre a da esquerda e a do centro... e ambas as duas não são as corretas! Então, definitivamente... É A DO CENTRO!!!!!!! É ISSO AEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

            Sato arregalou os olhos e colocou as mãos na boca.

            “Cara, o que eu fiz?!?! Eu gritei... que droga, isso vai fazer alguém vir pra cá, com certeza... preciso pegar logo a pedra e sair daqui!!!!”

            Sato foi dirigindo a mão para a pedra do centro, mas então, parou.

            “Espera... se eu não decifrei certo... eu posso morrer...” pensou Sato. “De qualquer maneira, eu preciso aumentar minha energia, se houver uma explosão... eu tenho chances de sair vivo dela com minha energia elevada...”

            Sato começou a elevar bastante sua energia.

            “Preciso ir rápido, senão vou acabar atraindo alguém com o aumento da força...” pensou Sato, dirigindo sua mão para a pedra do centro.

            Sato estava quase pegando a pedra, seu coração batia muito rápido.