0012 a Espada Sagrada escrita por Cdz 10


Capítulo 1
Capítulo 001 - Uma importante decisão




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Capítulo 001: Uma importante decisão. 

 

            O relógio marcava seis horas da manhã em Tóquio, a capital do Japão. Era dia primeiro de dezembro. Todas as ruas da capital estavam tomadas de um grande brilho ofuscante pelo sol, que estava nascendo fortemente. Os pássaros cantavam, acordando os moradores de diversas ruas. Entretanto, muitos habitantes já estavam se encaminhando para os seus respectivos destinos. Um cenário realmente típico de cidade grande.

            Em um dos bairros de Tóquio, morava um garoto de treze anos de idade. Seu nome era Sato Akira. Um garoto de altura relativamente normal, de mais ou menos, um metro e sessenta centímetros e cinqüenta quilos. Cabelos pretos, com uma pequena franja sobre a testa. Seus olhos também eram bem pretos.

            Sato dormia profundamente em seu quarto, onde havia um computador, um vídeo-game e uma mesa de cabeceira ao lado de sua cama e também havia um guarda-roupas do outro lado. Às seis horas da manhã, o despertador, que ficava na mesa de cabeceira, tocou bem alto, fazendo Sato abrir imediatamente os olhos, parecendo assustado. Soltou um forte espreguiço e se sentou na cama, com o cabelo todo desarrumado.

            - Ai, ai... já tenho que acordar de novo... – disse Sato, desligando o despertador, ainda bastante sonolento. – Bom... pelo menos hoje é o último dia de aula na escola!

            Sato foi até o banheiro e começou a escovar os seus dentes.

            “Caramba...” pensava Sato, enquanto continuava escovando os dentes. “Essas férias vão ser realmente ótimas! Sempre gostei de artes marciais, e as inscrições para o Clube Marcial de Tóquio começam amanhã... tsc... mas eu nem sei se eu vou fazer! Todo mundo que sai de lá, sai bem forte... mas todos dizem que quase tiveram que “ver o inferno” para alcançarem essa força... bom... eu acho que vou decidir só amanhã...”

            Sato terminou de escovar os dentes. Depois de praticamente meia hora, já havia tomado banho e acabava de se vestir com o uniforme de sua escola.

            - Sato! Venha logo tomar o seu café da manhã, ou você vai acabar se atrasando! – disse a voz de sua mãe, lá de baixo, na cozinha.

            - Sim... já estou indo! – disse Sato.

            Sato sentou-se na cama e começou a calçar os sapatos.

            “Tomara que aquele imbecil do Hikoru não fique de palhaçada lá na escola hoje! Ele podia dar uma folga pelo menos no último dia de aula!” pensou Sato, que acabava de amarrar os sapatos. “Bom... vou esperar que o dia de hoje seja mesmo ótimo!”

            Sato saiu de seu quarto, parecendo bastante animado para o seu último dia. Desceu as escadas e chegou na cozinha, onde havia uma farta mesa de café da manhã.  

            - Bom dia, mãe! – disse Sato.

            - Bom dia, filho! – disse a mãe, parecendo feliz. – Você já decidiu se vai querer entrar no Clube Marcial de Tóquio?

            - Não, ainda não... mas de qualquer forma, as inscrições são só amanhã, então, depende com qual humor eu vou acordar amanhã de manhã... – disse Sato, comendo rapidamente o seu café da manhã.

            Não se passaram cinco minutos até que Sato terminasse o café da manhã. Depois, correu até o seu quarto para pegar a sua mochila e colocar os últimos livros que faltavam. Então, desceu até a cozinha novamente.

            - Tchau mãe, já estou indo... – disse Sato.

            - Sim, filho... – disse a mãe. –  Vê se aproveita o último dia, hein?

            - Ta, pode deixar, mãe. – disse Sato.

            Então, o garoto saiu de casa, batendo rapidamente a porta. Olhou para o seu relógio de pulso.

            - Ah... droga... só tenho dez minutos... – disse Sato.

            Sato começou a andar em alta velocidade até que se lembrou de algo.

            - Mas espera aí... hoje é o último dia... só tem prova... não preciso desses livros... Ah! Eu não tenho tempo para voltar, vou assim mesmo!

            Sato recomeçou a andar em alta velocidade. Às sete horas da manhã, em ponto (horário em que as aulas começavam), o garoto estava na entrada da escola Hyumann. O sinal estava tocando.

            - Beleza! Parece que eu cheguei na hora! – disse Sato, entrando pelo portão principal, que estava quase fechando.

            Sato andou rapidamente até sua sala, Oitavo Ano, 316. Os alunos já estavam todos sentados, mas o professor que aplicaria a prova final ainda não havia chegado.  

            - Heh... que sorte! – murmurou Sato para si mesmo, indo para o seu lugar.

            - Você é ridículo, moleque! – disse um garoto de cabelos castanhos, que estava sentado mais ou menos no meio da segunda fila, olhando para Sato.

            Nenhum dos outros alunos ligou para o que aquele garoto havia dito, já que todos estavam entretidos em suas respectivas conversas.

            Sato se virou para o garoto que havia dito isso. Depois, sem dizer nada, se virou para o seu lugar e então, se sentou.  

            “Cara... quando o Hikoru começa a provocar desde cedo... ele ta querendo confusão hoje...” pensou Sato, enquanto retirava o material que usaria para fazer a prova.

            Então, o professor chegou na sala e rapidamente mandou todo mundo calar a boca. As provas foram distribuídas. 

            - O limite de tempo é de uma hora! Depois disso, todos podem ficar aqui na escola para aproveitarem os festejos de encerramento do ano letivo, ou podem ir para suas casas. Boa prova e boa sorte! – disse o professor.

            Depois de quase meia hora, Sato terminou a sua prova. Por todos os outros trinta minutos restantes, Hikoru colou praticamente todas as questões... até que o limite de tempo se esgotou.

            - Muito bem! Passem as provas adiante! – disse o professor.

            Em poucos segundos, todas as provas estavam nas mãos do professor.

            - Bom... é isso... eu desejo boas férias a todos vocês e espero vê-los todos aqui no ano que vem! – disse o professor.

            Os alunos começaram a sair da sala, inclusive Sato. Enquanto saía, reparou uma conversa entre Hikoru e um outro garoto que era próximo dele.

            - Você se deu bem na prova, Hikoru?

            - Claro... nunca me dou mal, seu idiota! – disse Hikoru, com um grande índice de arrogância na voz. 

            “Heh... se esse garoto não fosse amigo dele...” pensou Sato, saindo da sala.

            Então, Sato chegou ao pátio, quando reparou que todo ele estava bastante cheio.

            - Ah... eu nem vou dar muito tempo aqui... vou só comer alguma coisa... – disse Sato, quando foi interrompido por alguém que chegou perto dele.

            - E aí, Sato? – disse um garoto.

            - Heh! Eu nem te cumprimentei na sala, Kim. – disse Sato, sorrindo. – Foi bem na prova?

            - Sim... razoável. – disse Kim. – E aí, você vai demorar muito aqui? Ou vai para casa?

            - É, eu acho que vou para casa... – disse Sato. – E você?

            - Não... eu vou ficar aqui até acabar a festa... afinal... é o último dia né? – disse Kim, rindo.

            - Hehe... é... mas eu tenho que pensar sobre uma coisa... – disse Sato. – Você sabe o que é, não?

            - Hah! O Clube Marcial de Tóquio... – disse Kim. – Eu não sei se eu vou cara... mas vê se me liga amanhã de manhã... se eu decidir fazer a inscrição e você também... aí a gente vai junto... certo?

            - Ta, tudo bem... – disse Sato. – Ah... eu sabia... olha aquilo lá!

            Sato apontava para Hikoru e seu colega, que estavam levando um garotinho de praticamente um metro e quarenta para os fundos do pátio.

            - Aí, Sato, você não vai fazer nada, vai? – disse Kim.

            - Eu não sei... – disse Sato. – Vou pelo menos ver de perto o que ele vai fazer. Você vem...?

            - Ah... – disse Kim, desviando o olhar. – Ah... não... eu to com fome... depois me conta o que aconteceu, certo?

            Kim foi andando bem rápido para a fila da cantina. Enquanto isso, Sato seguiu por um corredor ligado ao pátio, que dava nos fundos da escola, onde nunca havia ninguém. Chegando lá nos fundos, Sato viu que Hikoru e o outro garoto ameaçavam o pequenininho.

            - Escuta aqui, ô moleque! – disse Hikoru, pegando o garotinho pela camiseta. – Me da logo o dinheiro que você tem, se quiser continuar tendo dentes!

            O garotinho olhava muito amedrontado para Hikoru e o outro garoto, até que ele caiu no choro e então, Hikoru caiu na risada, ainda segurando a camiseta do menininho.

            - Solta ele agora, Hikoru!!! – disse Sato, encarando Hikoru bem seriamente.

            Hikoru fez cara séria e começou a encarar Sato, mas sem soltar a camiseta do garotinho.

            - Sai daqui, ô idiota! – disse Hikoru. – Quem te chamou?!

            - Eu já disse para soltar esse garoto, Hikoru! Agora!!! – disse Sato, parecendo furioso.

            - E se eu não quiser? – disse Hikoru, em tom de deboche.

            Então, sem pensar duas vezes, Sato desferiu um soco bem no meio da cara de Hikoru, fazendo sangue espirrar pelo nariz. O garoto caiu de joelhos no chão, mas rapidamente se levantou.

            - Sai daqui! – disse Sato, olhando para o garotinho.

            O menininho, ainda chorando bastante, saiu correndo. O outro garoto que estava ao lado de Hikoru, tentou atingir Sato com um soco na cara, mas Sato agarrou o braço dele e jogou o garoto no chão, com um giro de trezentos e sessenta graus. Neste momento, Hikoru rapidamente atingiu um chute na cara de Sato, que cuspiu sangue pela boca, mas conseguiu se manter de pé.

            “Caramba! A velocidade do Hikoru é bem maior que a desse outro moleque!” pensou Sato.

            O outro garoto parecia estar inconsciente no chão. 

            “Esse Sato é forte... ele ta completamente apagado!” pensou Hikoru, olhando para o garoto caído no chão.

            Rapidamente Sato deu um forte soco na barriga de Hikoru, que sentiu bastante dor, fazendo ele se abaixar um pouco e, logo depois, Sato atingiu Hikoru com um gancho no meio da cara, fazendo com que mais sangue saísse do rosto do garoto. Hikoru rapidamente se recompôs do golpe e ia avançando contra Sato, quando, dois inspetores chegaram para parar a briga. Cada um segurou um firmemente.

            - Os dois para a diretoria agora! – disse um dos inspetores.

            Então, os inspetores levaram rapidamente os dois para a sala do diretor, sendo que cada um estava com sacos de gelo nos ferimentos.

            - Quem começou essa briga? – disse o diretor, parecendo bastante zangado.

            - Ele!!! – disse um apontando para o outro.

            O diretor olhou atentamente para os dois garotos, principalmente para Hikoru.

            - Bom... eu te dei uma chance para confessar, Hikoru! – disse o diretor. – Um garoto do primário me disse tudo o que realmente aconteceu! Entretanto... você também agiu muito errado, Sato! Como hoje é o último dia, não temos mais como lhes implicar castigo... então, ambos só sairão daqui quando os seus responsáveis vierem buscar vocês! E... terei uma conversa muito série com o seu responsável, Hikoru!

            - Ah, que droga! Olha o que você fez, seu idiota!!! – disse Hikoru.

            - CHEGA!!!! – gritou o diretor. – Vão ficar os dois aqui até que seus responsáveis cheguem.

            Então, o diretor telefonou para a casa de ambos os garotos e depois de alguns minutos, os responsáveis estavam presentes na sala do diretor, que explicou o que havia acontecido.

            - O Sato não fez a coisa certa... apesar de ter sido por um bom motivo... espero que ele tenha sua devida punição, senhora! – disse o diretor para a mãe de Sato. – Estão liberados!

            Logo, ambos saíram da sala. Como a notícia da briga já havia se espalhado pela escola, Kim esperava Sato do lado de fora da sala do diretor. 

            - Eu sabia que isso não acabaria bem, Sato! – disse Kim.

            - Não se preocupe, Kim! – disse a mãe de Sato. – Ele vai ficar bem! Apesar de eu sempre dizer que não se deve se meter em brigas... esse Hikoru é muito folgado! Esses diretores nem sempre sabem o que realmente acontecem nas escolas! Venha... vamos para casa! Você quer vir também, Kim? 

            - Não, obrigado, Sra. Akira... eu vou ficar aqui por mais um tempinho... – disse Kim. – Até, Sato... melhoras.

            - Valeu... – disse Sato, ainda com um saco de gelo no rosto.

            Sato e sua mãe voltaram para casa e então, Sato trocou de roupa e depois ficou deitado na cama de seu quarto, ainda com o saco de gelo no rosto.

            “Esse imbecil do Hikoru... estava parecendo que eu já sabia que ele faria alguma coisa errada hoje... só não sabia que me envolveria nisso também!” pensou Sato, relembrando da briga daquele dia. “Tsc! Já chega! Eu vou fazer a inscrição no Clube Marcial de Tóquio! Depois dessa briga, Hikoru certamente vai vir atrás de mim... se não nas férias... no próximo ano letivo com certeza! Eu não vou ficar fugindo dessa cara! É isso! Eu vou tentar entrar no Clube Marcial de Tóquio!!!”  


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