The Mess I Made escrita por Patricia m prongs


Capítulo 1
A D E U S


Notas iniciais do capítulo

Olá! Essa fanfic é meu xodó e eu me inspirei tanto nela que espero que gostem. Várias coisas estão diferentes do normal, então se não goste, por favor, não me odeie ♥

Aproveitem, beijos ; *



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Que isso seja um sonho” – desejou.

Ela abriu a porta num baque, entrando furiosa no quarto. Não aguentava mais aquilo. Ela tocou as roupas na mala depressa. Queria sair o mais rápido possível, ficar sobre o mesmo teto que ele a incomodava. Ela ouviu passos e logo o cheiro dele se fez presente no cômodo. Virou-se e o encarou. Ele estava encostado na porta e seu rosto não esboçava emoção. Ouviu a buzina de sua carona soar. Suspirou e pegou a mala. Estava a passos da sua liberdade.

Ela direcionou-se para a porta. Ele estava imóvel, apenas observava cada movimento da castanha.

Deixe-me passar Draco” pediu ela. Ele olhou-a nos olhos e viu a tristeza e dor refletidas neles. Por um instante, deixaram-se perder em olhares. Azul no castanho. Como deveria ser.

Deixe-me passar Draco” pediu mais uma vez. Ele suspirou derrotado e lhe deu passagem. Ela saiu descendo as escadas o mais rápido que conseguia. Em nenhum momento ele tentou impedi-la.

Ela abriu a porta da frente e sentiu o vento gelado da noite bater levemente em seu rosto. Desejou mais uma vez que aquilo fosse um sonho. Então ouviu os passos do loiro descendo as escadas. Ela entrou no carro rapidamente. Quem dirigia era um homem ruivo que a olhou com tristeza. E antes que o carro sumisse na esquina, ela virou-se para trás e o viu na soleira da casa, então deu as costas ao homem que realmente amou.

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♠ ♠ ♠

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Ele ficou parado na soleira até o carro sumir de vista. Fechou a porta num baque mudo. Inspirou fundo. O cheiro dela ainda estava no ar. O peito dele doeu. Saudade. Suspirou e foi em direção ao quarto. Ele fechou a janela, por onde entrava uma leve corrente de ar. Deitou-se na cama de roupa e tudo. Então pegou no sono rápido.

As luzes da cidade iluminavam a noite triste. O ruivo não falou nada o caminho todo. Não havia o que dizer. Hermione abriu a janela e inspirou profundo. Finalmente, depois de tudo, livre.

— Luna disse que pode usar o quarto lá de cima. - O ruivo falara assim que chegaram a uma bela casa do outro lado da cidade. Longe dele.

—Obrigada, Ron. - Ele assentiu com a cabeça e entrou na casa sendo seguido pela morena. Ela abriu os olhos relutantes de manhã. Foi cegada pela luz que adentrava da janela e iluminava o quarto. Institivamente correu os olhos à procura dele. Nada, nem ao menos o cheiro. Sentiu o peito doer. Seria assim toda vez que acordasse? Ela procuraria todo dia por ele? Sua resposta foi um sim. Suspirando, levantou-se e foi vestir-se. Esse sentimento logo teria que passar, afinal, ela sonhou com aquele dia, certo?

A luz da manhã não incomodava mais, não tanto quanto o vazio que ficara quando ela se foi. Draco nem se levantou da cama para trabalhar. Duvidava que conseguisse pensar em outra coisa. Sua mente tentava encontrar uma desculpa para ligar para o Weasley, mas não havia. Ele queria saber como ela estava. Entretanto, isso não ajudaria nada. Sabia que ela iria ficar bem sem ele. A morena nunca dependeu dele, nunca. Sempre fora ele que dependia dela. E agora? Teria que continuar sua vida, não importava como.

De longe, ouviu o celular tocar. Levantou relutante e pegou o aparelho.

—Alô?

— Pensei que gostaria de saber que ela chegou bem. - A voz do ruivo foi ouvida na outra linha. Draco apertou com força o celular na mão. Não disse nada. O silêncio falava por si. - Malfoy...

—Cuide dela, Weasley. - E assim desligou. Não queria ouvir palavras de consolo. Não era o momento. Não queria ouvir mais sobre ela. Não bastava sua mente, agora os outros teriam que lembra-la sempre? Suspirou derrotado. Seria sempre assim daqui pra frente, querendo ele ou não.

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♠ ♠ ♠

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Três anos longos anos se passaram. Ela nunca mais o vira. Era como se ele nunca tivesse entrado na vida dela. Mas era ilusão, as feridas ainda estavam presentes, cicatrizadas, mas ainda assim ali. Lembrava-se de cada detalhe, cada mentira. Triste dizer que depois de tudo, a união dos dois não significava nada. Significava apenas anistia pelos crimes que ele cometera no passado. Quão estupida ela havia sido? Ela já não era mais a mesma de sempre. Mudara bastante. Uma vez machucada, duas vezes mais fria. Mas nem isso adiantava, às vezes, de noite, as feridas, até então cicatrizadas, voltavam a doer.

— Srta. Granger chegaram os pacientes do último ataque.

— E os mortos?

— Também. - O mundo ainda era assolado pelas forças das trevas. Com menos intensidade que antes, claro. Depois da Segunda Guerra Bruxa, Hermione e seus amigos começaram a ter uma vida normal. Ainda trabalhavam dentro da comunidade bruxa, mas vivam como trouxas. Harry ainda tentava acabar de vez com as ameaças dos antigos comensais da morte, assim como Rony. Ele podia ser O Eleito, mas não fazia milagre. Os ex-partidários de Voldemort ainda eram numerosos e sempre atacam em massa. Na última semana, foi a vez de Godric's Hollow. Mais vidas foram perdidas.

—Srta. Granger, você tem certeza? - Ela assentiu com a cabeça. A porta foi aberta e dentro da sala, havia milhares de corpos. Os mortos da vez. Ela foi caminhando entre eles, observando cada rosto, cada alma perdida. No fim da sala, perto a parede, havia um que se destacava. Ela chegou mais e mais perto. Caminhando com presa e medo. Não precisou de tanto e ela logo reconheceu. O morto tinha 1,85, cabelos loiros platinados e incríveis olhos azuis acinzentados, trajava um terno preto e pelo visto caro, assim como os sapatos. Hermione ficou estática olhando para o corpo de Draco Malfoy gélido e mais pálido que o normal. Logo as lagrimas embasaram sua visão, e não conseguiu mais suportar seu peso, ela teria caído se não fosse sido amparada por alguém. Não importava quem, só importava o homem deitado ali.

—Hermione... - Ela escutou seu nome, mas não identificou a voz. Tocou levemente a mão do rapaz. Não havia mais aquele calor emanando de sua pele. Subiu a mão pelo braço, pescoço, até chegar ao rosto. Passou a mão pela boca, contornando o rosto inteiro. Tocou os cabelos, eles ainda eram macios como sempre foram. Então, ela olhou nos olhos sem vida de Draco. E pensar que nunca mais poderia vê-los novamente. Aqueles lindos olhos que tanto amava. Ela os fechou lentamente. Sentiu o aperto dos braços que a seguravam aumentar. Concordou com a cabeça. Eles a puxaram para cima com cuidado, mas Hermione continuou de joelhos ao lado dele, mesmo com alguém a puxando. A morena abaixou-se e selou seus lábios com o de Draco pela última vez. Ela levantou com apoio e foi cambaleante até a saída. Então virou-se para trás, e como dá última vez e pela última vez, deu as costas para o homem que realmente amou.

“Que isso seja um sonho” – desejou.

FIM


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Notas finais do capítulo

LEIAM:

Olá! Um recadinho, antes a história era dividida em 5 partes, mas eu não tava gostando assim então juntei as três primeiras partes e as outras como eram bônus deixei como estava.
Beijos



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