The Perfect Ball escrita por Rocky


Capítulo 10
Insane


Notas iniciais do capítulo

Desculpeeeeeem a demora! Eu queria deixar tudo perfeito então escrevi, reescrevi, escrevi de novo... e saiu isso. Espero que gostem! IMPORTANTE: leia com essa música aqui (https://www.youtube.com/watch?v=9vMh9f41pqE&index=20). Se não abrir, é Tremor - Dimitri Vegas, Like Mike e Martin Garrix



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Quando Dave estacionou o carro e andamos até o festival, eu já estava na metade do cigarro e tudo estava rodando. Tropecei enquanto tentava alcançar os outros.

– Calma aí! – gritei. O chão estava virando.

– Vem logo, Piper. – Ariane agarrou meu braço e me puxou.

Tudo era mais colorido e as pessoas eram mais divertidas, e eu podia fazer tudo o que eu quisesse fazer. Por que eu nunca tinha experimentado isso antes? Era tão bom! Ariane andou um pouco até chegar a uma garota com o cabelo pintado de vermelho que era gata pra caramba.

– Quem é essa, Ari? – falei enquanto ela deu um beijo na ruiva. - Hmmm!

– Gina, essa é Piper! Achamos ela no caminho enquanto a gente estava vindo. Piper, essa é minha namorada, Gina.

– Você nem me falou que tinha uma namorada! Não é justo!

Gina começou a rir, mas não era engraçado, eu estava falando sério.

– Piper, eu e Gina vamos para o bar, você vai ficar bem?

– Acho que sim, foi ótimo te conhecer Ari... E gata da Ari...

Elas saíram e me deixaram sozinha no meio da multidão só com a minha garrafa na mão. A música estava tocando muito alto e as pessoas aglomeradas dançavam de um jeito engraçado. Elas não dançavam desse jeito onde eu morava. Comecei a rir, era tão esquisito. Lá na frente tinha um palco gigante que lançava luzes coloridas nas pessoas, e lá do outro lado tinha várias barraquinhas e bares. Atrás disso tinha um parque de diversões que fazia minha cabeça doer só de olhar.

Fui para o palco e todo mundo estava me olhando de um jeito estranho. Eu não estava feia, Ariane disse que eu era bonitinha. Por que ninguém estava igual a mim? Todos estavam coloridos e com vestidos legais, e não paravam de olhar para a minha bunda. Espertinhos, não era assim tão fácil. Eu não conhecia o DJ que tocava, devia ser um caipira que não tinha conseguido nada na vida assim como a maioria ali.

Andei tropeçando, procurando mais um cigarro como se minha vida dependesse disso. A lua brilhava tanto que parecia estar mais perto do que nunca. Girei em círculos, sorrindo. Eu não me sentia bem assim desde... Eu nunca tinha me sentido bem assim.

Dancei ao som da batida, rebolando. Dei mais vários goles na garrafa, quanto mais eu bebia mais me sentia incrível. Eu ia ensinar o que era uma garota da cidade grande. Bem melhor que aquelas fresquinhas sem nada de bom. Abri caminho até mais perto do palco até meus ouvidos estarem estourando. Eu era maravilhosa. Aquele lugar era maravilhoso. Estar viva era maravilhoso.

Então alguém passou correndo do meu lado e me jogou em cima de uma garota que tinha um copo de refri na mão.

– Tá maluco! Caralho! – gritei. Meu vestido ficou encharcado e minha garrafa caiu no chão rolando. Corri para o outro lado, tentando pegá-la de volta. A outra menina tinha começado a rir. Fui abaixar para pegar a minha breve felicidade de volta, mas bati de cara nas costas de alguém. Puta que pariu, ninguém sabia andar ali?! Pelo menos o cara parecia ser super gato...

– Piper? É você? – ele se virou para mim e teve de gritar, pois ninguém escutava nada. Eu não o reconhecia. Quem esse estranho achava que era?

– Quem é você?! Tá louco?

Encarei aqueles olhos azuis que pareciam o céu. Cabelos loiros emolduravam o rosto que parecia ter saído de um conto de fadas.

– Piper, o que aconteceu?

Eu ri e cheguei mais perto.

– Você tá fingindo que me conhece porque quer me beijar, não é? – dei uma gargalhada. – Não precisa disso...

Passei a mão pelo abdômen dele, subindo até o pescoço. Puxei seu rosto para o meu, mas ele desviou.

– Piper, para com isso.

– O que foi? Não tem problema. Eu também quero beijar você, gatinho.

Ele segurou meus braços e tentou me afastar, mas eu sabia que era um truque. Todos ali queriam estar no lugar dele. Peguei sua mão e botei em minha cintura, ficando com o corpo colado ao dele. Ele era mais alto que eu, mas consegui alcançar seu pescoço e comecei a distribuir beijos por ali. Ele não reclamou daquilo, engraçadinho. Subi o rosto e estava quase dando um selinho quando ele me segurou com força pra caramba.

– Ai! Tá me machucando! – gritei.

– Isso não tá certo. – ele segurou meus braços e começou a me arrastar para longe dali.

– Deixa eu pegar minha garrafa!

Teimei o máximo que consegui tentando me livrar do aperto, mas ele me segurou e me jogou sobre seu ombro, me impedindo de mexer.

– Ei! Qual seu problema???? Eu nem sei quem você é! ME SOLTA! – bati com toda a força que consegui juntar.

– Acho que sabe, mas eu não achava que você fosse assim.


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