Havia passado uma semana desde que Tsuna tinha recebido uma carta que o deixava intrigado todos os dias. Mukuro e Chrome ainda não tinham voltados, o deixando preocupado. Será que tinham encontrado Pietro? E se tivesse acontecido alguma coisa? Perguntas atormentavam o décimo Vongola, e claro que o destino não iria facilitar nem um pouco. Naquela hora, a presença de um hitman é percebida por Tsuna, junto dele estava às presenças de mais três pessoas, dois ilusionistas e uma quarta pessoa.

Um alivio invadiu Tsuna, porém ele sabia que estava na hora de contar tudo a todos. A porta do escritório foi aberta com um chute e Reborn entra seguido do todos que estavam na casa, que naquela hora eram todos os seus guardiões.

- Pode me explicar porque você está atrás de um cirurgião? – ele parecia com raiva e preocupado ao mesmo tempo.

- Não tem com que se preocupar só quero fazer algumas perguntas. – sua voz calma e a resposta fazem todos se acalmarem.

- Se é só isso, tudo bem. Mas o que você quer com esse rato de esgoto?

Só depois do comentário, Tsuna reparou no homem que estava atrás de Reborn. Era baixo e com uma cara inchada, estava com roupas furadas e sujas, e o cheiro não ajudava muito.

Ao perceber o olhar do chefe da família Vongola pairar sobre ele, Pietro abaixou o olhar e ficou encarando o chão.

- Recebi uma carta e quero que ele me confirme à história. – a voz de Tsuna estava calma porem séria.

-E o que dizia a carta?- Todos estavam tão quietos que parecia que só Tsuna e Reborn estavam no escritório.

Tsuna abriu a gaveta, pegou a carta, abriu-a e mostrou a todos. Se tinham vontade de rir, o rosto sério de Tsuna tirou essa vontade. De novo só Reborn falou.

- Você esta de brincadeira, isso pode ser só uma armação de alguma família inimiga.

- Infelizmente não estou. Na hora pensei que fosse, mas mesmo assim liguei para minha mãe e ela acabou dizendo que é verdade o fato de que eu deveria ter uma irmã.

- Deveria? – Reborn levantou uma sobrancelha.

- Parece que ela morreu no parto, porém meus pais nunca viram o corpo, e depois de uns anos recebo uma carta dizendo que ela não está morta. Por isso pedi para Mukuro ir atrás de Pietro já que ele fez o parto da criança. Então, poderia nos contar o que sabe doutor Pietro?

Ao ouvir seu nome o homem parecia que queria sumir. Mukuro o empurrou e ele caiu na cadeira em frente à Tsuna.

- E-E-Eu fiz o parto de sua mãe sim, Vongola. Mas me arrependo de não ter dado a criança a eles. É que ela me fascinou. - O homem suava de tanto nervosismo.

- Como assim fascinou? – A voz de Tsuna fez com que todos se arrepiassem, ela estava extremamente séria.

- E-E-E-Ela tinha uma aura muito poderosa, eu havia conhecido o 9º Vongola alguns messes antes e a aura daquela criança era muito parecida, por isso a levei comigo para a Itália.

- E o que aconteceu depois? – estava claro que Tsuna estava irritado, todos podiam perceber isso.

- Foi quando aquele home apareceu.

- Que homem apareceu? – Reborn assustou a todos e logo depois colocou sua arma Leon na cabeça do médico que acabou desmaiando.

- Poderia ter evitado a arma, Reborn. – Tsuna estava frustrado, mas não nervoso, já que aquele homem não sairia da mansão tão cedo. – Mukuro leve Pietro para um dos quartos de hospede e tranque a porta. Tenho certeza de que ele ira tentar escapar, por isso, Gokudera-kun, Yamamoto, fiquem de olho nele, por favor. E o resto volte às atividades normais que estavam fazendo.

- Pode deixar 10º.

Assim dada sua ordem todos saíram exceto Reborn que permaneceu no escritório com uma cara séria.

- Há quanto tempo recebeu essa carta?

- Faz três dias.

- E quem a mandou?

- Se eu soubesse ficaria satisfeito, porém a carta veio somente com meu nome nela. – Os dois estavam com caras sérias e pensativas, até que Reborn quebrou o silencio.

- Tsuna, você quer encontra-la? A sua irmã. Alias ela é mais nova ou mais velha?

- Ela é dois anos mais nova do que eu. E quanto a sua primeira pergunta, eu realmente não sei responder.

O silencio tomou conta da sala até que Chrome apareceu e disse que era hora do jantar. Ninguém falava nada em relação ao assunto, todos tentavam evitar para que seu chefe não ficasse com aquela cara séria de novo. Tsuna pediu para uma das empregadas levar um pouco de comida para seu prisioneiro. Depois do jantar, ainda ninguém tinha falado nada, mas Tsuna sabia que aquele assunto não ficaria em silencio por muito mais tempo, e infelizmente ele estava certo.