Observei todos os cinco homens em minha frente cuidadosamente.

O que havia feito a pergunta, estava usando a roupa da Akatsuki e possuía cabelos cinzas, Deidara estava na frente do homem de cabelos cinzas e Sasori permanecia quieto atrás de dois outros homens.

– Quem é ela? – perguntou um homem com cabelos negros presos em um pequeno rabo de cavalo.

– Ela é a garota que salvou Tobi – falou Sasori casualmente.

– Então é ela... – murmurou um homem azul alto.

Eu os fitava curiosamente, procurando entender o motivo de ainda não terem me atacado, afinal de conta o “amiguinho” deles deixara bem claro que não gostava de mim, e eu não via motivo para os outros não fazerem o mesmo.

– Se vocês quiserem... – falei hesitante – Podem comer alguns dangos, acabei fazendo mais do que o necessário – expliquei.

Eles me olharam surpresos, talvez pelo fato de eu, uma completa desconhecida, estar oferecendo dangos aos membros de uma organização assassina que mata suas vítimas sem piedade. Irônico como eu sou tão boazinha, apesar de já ter sofrido tanto, afinal, a maioria das pessoas que sofreram, se tornam amargadas e fechadas. Somente de pensar que eu poderia ser amarga e fechada, acabei fazendo uma careta.

– Arigato – respondeu o homem de cabelos negros – Me chamo Itachi.

– Me chamo Kin – fuzilei-o com meus olhos e voltei-me para o resto do pessoal. – Vou indo agora, qualquer coisa... estou no quarto de Tobi.

Todos eles assentiram e eu fui logo pegando dois pratos com cinco dangos cada um, um pote de salada de frutas e dois copos com suco de laranja.

Vocês devem estar se perguntando como eu iria carregar tudo isso, simples, eu coloquei o pote de salada de frutas na cabeça, segurei os dois copos de suco de laranjas com as mãos e apoiei os pratos em meu antebraço.

Assim que já estava tudo pronto, saí correndo em direção as escadas, enquanto os membros da Akatsuki me fuzilavam assustado. Não liguei muito para tal fato e continuei meu percurso enquanto cantarolava “Kin is a good girl”, acho que tinha pegado essa mania do Tobi, mas por algum motivo não me importava.

Chegando em frente ao quarto, percebi que a porta estava fechada, soltei um suspiro e encarei a maçaneta, e ela começou a girar, até que ela fez um “click” e a porta se abriu. Eu adentrei no quarto e abri um largo sorriso ao ver que Tobi continuava dormindo. Deixei nosso café da manhã em cima da mesa no centro do quarto de Tobi e fui andando em direção a cama.

– Tobi – sussurrei perto de seu ouvido. – Acorda.

Vendo que Tobi não havia nem ao menos se mexido, subi em cima da cama, ficando por cima dele e comecei a sacudi-lo enquanto eu sussurrava para que ele acordasse.

20 minutos depois.

– Acorda ,Tobi! – falei frustrada, vendo que todas as minhas tentativas de acordá-lo haviam sido inúteis.

Tobi se remexeu, porém não acordou. Desisti e me pus a observá-lo. Quando vi que o mesmo estava indefeso, pensei que seria uma ótima chance para tentar arrancar aquela máscara de seu rosto e descobrir finalmente quem ele era. Abri um sorrisinho sapeca e fui engatinhando até ficar em cima de seu abdômen, ficando de quatro. Cuidadosamente coloquei minhas mãos em cima da máscara e fui contornando-a até chegar em seu pescoço. Assim que eu ia retirar finalmente a máscara, Tobi agarrou minha cintura e me colou ao seu corpo.

– Tobiii – murmurei surpresa. – Acordou?

Ele nada respondeu. Achando o silêncio desconfortável decidi olhar para o rosto de Tobi e ver se seus olhos vermelhos estavam a me observar. Fechei a cara quando vi que ele estava dormindo.

Soltando um suspiro, desisti e apoiei minha cabeça em seu abdômen definido e fechei um pouco meus olhos por trás da venda.

Estava tudo calmo até eu sentir as mãos de Tobi afrouxando minha cintura e, uma delas caminhando lentamente por meu corpo. Abri meus olhos e os arregalei quando vi que o percurso da mão de Tobi havia mudado e rapidamente já estava debaixo de minha blusa.

– Ei ,Tobi! Que história é essa?! – sussurrei, logo corando, ao ver que ele estava cada vez mais perto de meus seios.

–Tobi! – esbravejei em um sussurro – Para já com isso!

Mais uma vez fui ignorada e suas mãos continuavam, chegando cada vez mais perto. Tentei levar minhas mãos ao encontro de sua mão “pervertida”, porém a outra mão as agarrou e segurou-as fazendo uma leve pressão.

Dei um suspiro quando sua mão parou a poucos centímetros “deles”. Precisava sair o mais rápido dali antes que fosse violentada por um sonâmbulo, não que eu me importasse já que era Tobi, mas qual é! Ele estava dormindo!

– Tobi! – sussurrei desesperada ao ver que as mãos que se encontravam debaixo de minha blusa, agora estavam perambulando por minhas coxas – Tobi se você não parar eu vou... – estava desesperada demais para pensar em alguma coisa e tenho certeza que não conseguiria fazer algo contra aquele ser que me deixava a mercê de tantas emoções boas, que nunca havia sentido antes.

Vendo que nada iria adiantar, resolvi participar do jogo. Calmamente, consegui achar uma posição que deixasse meu rosto perto do o de Tobi.

– Ah é? – sussurrei fazendo uma voz rouca e sensual. (pelo menos uma vez na vida ela tem que sair né? U.u)

Levei minha boca até o pescoço de Tobi e depositei um beijo, vendo que um beijo não seria o suficiente para minha vingança, decidi morder o lugar e dar leves chupões.

Já adivinharam para que?

Se vocês chutaram que foi apenas para fazer o mesmo sentir prazer, vocês estavam errados.

(Pervertidos vocês, hein!)

Agora, se você chutou que foi para deixar uma marca bem visível de nossa querida brincadeirinha, vocês acertaram.

Quando acabei de mordiscar/beijar/sugar o pescoço de Tobi, eu me deitei novamente com a cabeça em seu peito e vi que os movimentos de sua mão haviam parado, e agora se encontravam novamente em minha cintura, pressionando-a contra seu corpo. Suspirei aliviada e fechei meus olhos.

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– Kin...

– Hum – murmurei sonolenta.

– Kin, acorda! – falava uma voz bem perto de meu ouvido.

Abri meus olhos por debaixo da faixa e encarei os olhos vermelhos do ser que me olhava. Olhei em volta e me lembrei de tudo o que Tobi havia aprontado e acabei corando.

– Você está bem, Kin? – perguntou preocupado – Está vermelha.

– Eu... eu... estou ótima! – falei ainda corada, observando que nossas posições era a mesma de quando eu adormeci, a única coisa que mudou, foi o fato da segunda mão de Tobi, agora estar fazendo um cafuné em meu cabelo. – Está com fome? – perguntei tentando esconder o possível constrangimento.

– Hai... mas Tobi não sabe cozinhar – falou ele olhando para o chão, com um ar de decepcionado.

– Olhe em cima da mesa – falei abrindo um largo sorriso ao ver a expressão que Tobi fez quando viu os dangos.

– Dangos! – gritou ele, enquanto me levantava e me carregava no colo até a mesa, logo me colocando em uma das cadeiras. – Você comprou dangos para o Tobi?

– Eu os fiz! – falei enquanto observava Tobi olhar para as comidas com um brilho em seu olho.

– Jura?! – perguntou ele surpreso, agora com o olhar focado em mim.

– Hai! – cantarolei

– Kin... eu... não sei como agradecer! – falou, era divertido como Tobi mudava seu jeito de falar de uma hora para a outra.

– Não precisa agradecer! – falei, levantando-me e abraçando-o por trás. – Hey, Tobi...

– O que foi? – perguntou curioso.

– Nada! – falei rapidamente, corando logo em seguida.

Ele continuou me olhando por alguns minutos, até que ele sentou-se no chão e pediu para que eu meu sentasse ao seu lado.

– O braço de Tobi está dormente – falou manhosamente – Tobi não consegue comer.

Eu senti que ele abriu um sorrisinho ao ver que eu realmente estava acreditando no que ele disse.

– Você quer que eu...? – falei olhando-o.

– Hai! – respondeu alegremente. – Será que a Kin poderia alimentar Tobi? – falou colocando colando sua testa na minha, fazendo com que eu pudesse ver melhor sua orbe vermelha.

– Tobiiiii! – falei com uma voz repreensiva, porém desisti de começar um debate, quando Tobi me olhou nos olhos e falou:

– Onegaaaai! – pediu com um ar de inocente.

– Tudo bem – falei dando-me por vencida. – Mas depois será a sua vez! – murmurei, focando meu olhar na marca avermelhada que estava no pescoço de Tobi, acabei soltando uma risadinha.

– Arigato, Kin! – falou, me dando um abraço.

– O que você vai querer primeiro? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

– Dangos! – respondeu, ou melhor, cantarolou.

– Tobi... Será que você poderia...? – perguntei olhando para os lados, evitando seu olhar.

– Ah! Tobi se esqueceu da máscara!

Assenti com um breve movimento em minha cabeça e observei-o levar suas mãos até sua máscara e levantá-la um pouco, deixando a amostra, sua boca. Fiquei olhando-o incrédula com o fato de ele só ter tirado aquela parte da máscara. Soltei um suspiro e olhei-o tristemente.

– Kin – chamou ele – Quer me ver?

Não acreditei no que ele havia perguntado e o olhei com um brilho surgindo em meus olhos.

– Hai! – exclamei.

– Muito mesmo? – perguntou ele, mudando seu tom de voz.

– Hai – assenti, deixando os dangos em cima do prato e chegando mais perto de Tobi.

– Tudo bem – suspirou ele. – Mas terá que me dar algo em troca.

– O que você quiser – respondi, minha curiosidade era com certeza maior do que as consequências que eu teria mais tarde. – Posso?

Ele afirmou com a cabeça e eu pus minhas mãos e retirei a máscara lentamente, querendo apreciar cada traço de sua face.

“Ele é perfeito” – pensei.