Help, I Am Alive escrita por Livis, Julia A R da Cunha


Capítulo 3
O2 - "Sussurros"


Notas iniciais do capítulo

Capítulo feito por eu, a chatinha que escreve super ruim, Livia, rs.
Espero que gostem!



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“Haymitch Abernathy!”

A voz da mulher falando meu nome na Colheita ainda estava terrivelmente nítida em minha mente, chamando-me para a morte sem parar, sem nenhuma pausa ou descanso. Eu não sabia se isso era medo, apenas sabia que estava ligeiramente surpreso, porque eu nunca me imaginei realmente nos Jogos Vorazes, imagine o Massacre Quaternário. Mas nunca deixaria isso me abater.

Me sentei no banco que havia no quarto do Edifício da Justiça, me acomodando levemente, olhando para o teto acinzentado do recinto esperando pacientemente no meu canto. Provavelmente, minha mãe iria entrar caindo aos prantos, ou até gritando. E a única coisa que eu poderia dizer para ela é: “vai ficar tudo bem.” Mas não vai ficar tudo bem. Eu não posso mentir para ela muito menos para mim mesmo.

A maçaneta da porta começou a girar.

- Vocês têm cinco minutos. – ouvi um Pacificador falar, fechando a porta logo depois com um baque surdo.

Eles me olharam e eu olhei para eles, vendo em suas expressões o quanto estavam tristes por mim, pela minha possível morte, olhando-me com a pena explícita nos olhos.

- Meu filho... – minha mãe sussurrou com a voz rouca, as lágrimas brotando em grandes dos olhos agora. – Meu filho vai para o...

- Segundo Massacre Quaternário. – completei com a voz controlada. – Seu filho vai pra lá junto com mais quarenta e sete tributos.

Eu sabia que não poderia ter dito isso, mas eu não mentiria. Minha mãe começou soluçar ainda mais, vindo correndo para me abraçar, enfiando sua cabeça no meu peito, deixando seus lamentos abafados e tentando controlar os soluços constantes.  

Meu irmão se aproximou de nós, entrando no abraço.

- Eu não quero que você morra. – ele meio resmungou, meio choramingou.

- Eu não vou.

- É uma promessa?

- É.

Ele pareceu um pouco satisfeito.

Os próximos minutos passaram tão rápido que até me assustou, mas nessas situações, o tempo se vira contra você como todas as outras coisas a sua volta.

- O tempo acabou. – proferiu o Pacificador abrindo a porta com veemência, encarando-nos com um ar desgosto. – Vamos vocês dois.

Dei um último abraço em ambos, depois voltei a me sentar no banco, repensando em tudo e esperando a hora de entrarmos no trem e vermos como seria a partir de hoje. Os treinos, os tributos e por fim, a arena.

Depois de um tempo, a porta foi aberta novamente fazendo-me levantar rapidamente do banco, nem esperando para ver o que ela queria dizer, simplesmente corri até ela e abracei-a. Ficamos assim, abraçados, por minutos, provavelmente desperdiçando um belo tempo do nosso tempo extremamente limitado.

- Você vai vencer? – ela sussurrou com a cabeça ainda apoiada em meu ombro. – Você vai conseguir?

Fiquei um momento sem dizer nada, apenas fazendo um cafuné em seus cabelos castanho-claros, pensando em uma resposta. Eu prometi que não morreria e promessas não podem ser desfeitas.

- Eu vou. – sussurrei de volta.

Ela suspirou se enfiando ainda mais em meus braços, encolhendo-se entre eles.

- O tempo de vocês terminou. – o mesmo Pacificador apareceu de novo, separando-nos.

Ela esperneou inicialmente, não querendo se separar de mim, como eu não queria me separar dela, se debatendo contra o Pacificador. Ele não ligou primeiramente com o nervosismo dela, mas depois ele se irritou de verdade, apertando-a no braço e a arrastando – literalmente – para fora.

- Não! – gritei quando a porta se fechou na minha cara, não podendo ver o que acontecia lá fora. – Se você machucá-la, eu juro que eu te mato! Eu te mato!

Comecei a dar uma série de socos na porta, mas não acontecia nada, nem mesmo com os chutes. Esperei um pouco, dando um tempo nos socos e chutes, mas ainda histérico por não ter resposta e por não ouvir nada lá fora.

Depois de alguns minutos que pareceram horas, o Pacificador abriu a porta.

- Hora de ir para o trem.

- Onde está Jean?

Ele não me respondeu.


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se: os primeiros caps sempre são os mais chatinhos, depois vai ficar muito melhor. k
Comentem! ♥



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