O Segredo De Westminster escrita por Nica Tomlinson


Capítulo 5
A menina esquisita e o super-herói.


Notas iniciais do capítulo

oi gente. desculpa por demorar. mas aqui está o novo capitulo. espero que goste >.



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"Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras... diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino." - William Shakespeare.

Nash Kendrick vagava pela sala sem saber o que, realmente, deveria estar fazendo ali. Todos os alunos entravam na sala e passavam pelas barracas montadas, cheias de folhetos e alunosnerds explicando como as coisas funcionavam por ali. Alguns alunos anotavam coisas em seus cadernos. Nash nem ao menos tinha um caderno. Ele estava prestes à sair da sala e ir atrás de seus amigos quando viu ela entrar. Ela andou com suas botas pretas até o joelho pela porta e seguia anotando coisas desesperadamente em seu caderninho. Seus cabelos castanhos ondulados tremulando ao redor de seu corpo magro.

Ele nunca tinha estado na presença dela até aquele momento. Toda parte de seu corpo desejava ir ao encontro dela. Ela parecia tão misteriosa, e tão excitante ao mesmo tempo. Nash estava indo puxar conversa quando viu tudo acontecer, como em um filme em câmera lenta.

Um menino que estava andando junto com um grupinho se aproximou dela pelas costas e a empurrou, fazendo com que ela derrubasse todos os seus livros no chão. A menina estava indo ao encontro do chão quando Nash a segurou pela cintura. Seus olhinhos negros estavam arregalados de susto. Mas um segundo depois, eles pareciam ter saído de foco. Nash a balançou algumas vezes e ela começou a ofegar, seus olhos voltando ao normal.

"Coitada, ela realmente foi pega de surpresa", Nash pensou. 

Se certificou de que ela estava bem e então virou-se para o garoto idiota que ria com seus amigos.

-Ei, você! - Nash chamou, mas ele continuou a rir e ignorou seu chamado.

Nash caminhou até ele e cutucou seu ombro.

-Eu estou falando com você.

O silêncio reinava na sala. O grupo de meninos havia parado de rir e agora todos eles encaravam Nash com sobrancelhas arqueadas e com expressões um pouco surpresas.

-O que foi? - O menino que estava rindo revirou os olhos.

-Acho que você deve desculpas àquela menina. - Nash apontou para a ofegante menina, que ainda mantinha uma mão no lugar onde Nash tinha tocado, mas que olhava com um olhar duro e sério em direção aos dois.

-Hum, você acha? - o menino olhou para os outros atrás dele e riu. - Eu não. Quem mandou ela ser esquisita? Deveria ter caído de cara no chão pra deixar de ser louca.

Todos os meninos começaram a dar risada, e Nash observou algumas pessoas na sala darem risadinhas abafadas. A menina abaixou a cabeça.

Ao vê-la quase chorando, Nash perdeu a cabeça. 

Deu um soco forte na boca do estômago do menino que ria, cujo qual instantaneamente caiu de joelhos no chão, aos seus pés.

Nash se abaixou para ficar da mesma altura que ele. Todas as risadinhas e murmúrios cessaram.

-E quem sabe com esse soco, você deixe de ser trouxa, e aprenda a mexer com alguém do seu tamanho.

O menino lutava pelo ar que não vinha, e sua pele começou a adquirir uma nova coloração roxa quando Nash deu-lhe outro tapa na cara. 

-Olha pra mim! - Nash gritou. Ia dar mais um tapa no menino quando sentiu alguma coisa tocar-lhe o ombro.

O toque trouxe à ele uma sensação de fogo e brasa, e queimou-lhe a pele, como uma brasa saltitante que salta de uma fogueira e aterrissou em cima da pele de seu ombro. Como se tivessem acabado de encostar uma chaleira quente à sua pele. Mas aquele fogo não o queimava doloridamente, era uma chama confortável, que o energizava e o fazia sentir vivo. Era uma chama serena e calma, que depois de agitar-lhe, acalmou seu espírito e o fez ofegar. Quando teve coragem de olhar para seu ombro percebeu que lá, estava uma mãozinha branca. Seguiu seu braço e chegou à um par de olhos negros, que o observavam com doçura.

-Deixe-o. Ele já aprendeu a lição. - A menina linda falou, sua voz doce era como melodia de ninar à seus ouvidos. Nash pensou que poderia ouvir aquela voz para sempre.

Ele virou-se de frente para ela e percebeu que a sala inteira os observava com atenção e cautela.

-Quer sair daqui? - ele falou, olhando dentro dos olhos dela.

A menina enrubesceu e desviou o olhar por um segundo, antes de o olhar de novo e dizer, baixinho:

-Sim.

Ele pegou na mão dela e seguiu por entre as pessoas curiosas que os observavam. Enquanto caminhavam, sentiu a mão dela esquentar, mas ela disse que estava bem, então continuaram.

-Então. - ele puxou assunto. - Não vai me dizer seu nome? 

Ela corou e sorriu, dizendo:

-Carolina. Meu nome é Carolina. Mas pode me chamar de Carol.

Nash se aproximou dela e tirou uma mecha de seus cabelos castanhos da frente de seus olhos.

-Meu nome é Nash. Muito prazer.

Ele sorriu e Carol se aproximou.

-Então... Você é meu super-herói, hein? – disse ela, sorrindo pra ele.

Nash riu e olhou bem dentro daqueles olhos negros que tanto o fascinavam.

-Não... Eu sou só o Nash.


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Notas finais do capítulo

gostaram? espero que sim! deixem reviews fantasminhas...