A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC


Capítulo 47
Capítulo 47 - Melhor amiga e melhor mentiroso


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas, as fanfics saíram finalmente do hiatus e eu estou finalmente de férias!
Olhem, eu sei que foi muito chato estar dois meses sem capítulos novos para ler, mas ainda bem, porque eu estudei tanto tanto tanto que não escrevi uma única palavra! Nesta última semana só tenho pegado nas fanfics e feito reviews de TVD, enquanto estava a estudar para os exames não tive tempo nenhum! Eu chegava a estudar oito horas História! Ainda bem que a High School já acabou para mim! hahaha
Bom capítulo!



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Capítulo 47 – Melhor amiga e melhor mentiroso

Seis meses se passaram e os Originais continuavam com a tortura em Klaus. Agora algo era óbvio: ele não queria voltar a ligar. Klaus sempre foi conhecido na família por ser teimoso e os seus irmãos já estavam cansados de tanta tortura.

Liliana assistia tudo com imenso interesse. Ela lembrava-se de Klaus apagar a sua memória algumas vezes e também de lhe pedir para tomar conta de Teresa. Ela era muito importante para Klaus, talvez até mesmo mais do que os seus irmãos. Ele amava Teresa e com o desligar dos seus sentimentos, então isso também tinha ido embora. Mas enquanto os seus irmãos tentavam trazê-lo de volta através da dor, Liliana foi mais esperta.

Estavam todos a dormir, menos ela. Levantou-se e vestiu o seu robe de seda roxo. Desceu silenciosamente as escadas até á cave e abriu a porta para a divisão onde Klaus estava. Ele levantou o seu olhar azul e cansado para ela.

-Ora, ora. A vampira bebé decidiu fazer uma visita – Liliana não respondeu, fechando a porta atrás de si. – Estou um pouco confuso em relação aos dias, mas o amanhecer não é só daqui a umas horas?

-Sim, é – respondeu a loira, aproximando-se devagar. – Vamos dizer que isto não é uma visita oficial.

-Isso já eu percebi – a voz de Klaus era melancólica e sarcástica. Isso não agradou a Liliana.

-Pensei que quisesses saber da Teresa – murmurou ela, com uma voz doce e calculada.

Klaus enrijeceu e o seu olhar mudou.

-Não quero saber.

-Porquê?

-Porque eu não me importo.

-Não acredito.

O silêncio imperou entre os dois e Liliana deu um longo e alto suspiro.

-Ela está a acabar o primeiro ano na Faculdade – disse Lilia.

-Como disse, eu não me importo. Não quero saber dela.

-Sério? – Liliana foi irónica na retórica. – Porque eu vejo claramente nesse teu olhar que estás desconfortável por eu estar a falar dela.

-Eu não…

-Te importas, eu sei – ela revirou os olhos. – Já ouvi esse discurso. É esse o teu melhor, Klaus?

-O que vieste aqui fazer? – perguntou ele.

-Vim dizer-te que não ponho os olhos nela há seis meses. E isso é uma treta, Klaus. Sempre fomos amigas e agora estou impedida de a ver pelos teus irmãos. Sou loira, mas não sou burra. Sei que Elijah quer que continue os meus estudos para me manter ocupada, sei que Rebekah me quer distrair com idas ao shopping e Kol… bem, ele faz-me alugar milhões de filmes desde o início dos anos 30. Sei o que estão a tentar fazer comigo, mas não está a resultar. Eu lembro-me dela todos os dias, a todas as horas. E sabes de quem é a culpa disso? Tua! Céus, até lhe apagaram a memória de todos nós!

Klaus mexeu-se na cadeira, desconfortável.

-Que disseste?

-Isso mesmo, Klaus. Ela não se lembra de mim, de ti ou de qualquer outra memória que aconteceu com ela desde o momento em que te conheceu. Ainda não te importas?

-Eu não me importo. E sabes que mais? – encolheu os ombros. – Ainda bem para ela.

Liliana riu, nervosa. Mordeu o lábio inferior com força, tentando controlar a sua frustração. Colocou as mãos nos ombros de Klaus e aproximou-se do seu rosto.

-Deves de estar a esquecer-te de todos os momentos bons que passaram. Do quanto ela estava entusiasmada por ir para Londres estudar numa Faculdade de topo. Lembras-te disso, Klaus? O teu coração recusa-se mesmo a não aceitar que essa alegria não existia?

O olhar de Klaus endureceu, enfrentando o olhar azul celeste de Liliana.

-Que coração?

-Podes enganar os teus irmãos, mas não me enganas. Posso ser uma vampira bebé, como tu dizes, mas eu sei quando vejo alguém que se importa. Tu preocupas-te com ela. Não tentes negar, Klaus. O próprio Elijah disse que qualquer outro vampiro já teria sucumbido a toda esta dor. Mas tu não. Porquê, Klaus? Qual é o motivo por que te recusas a ligar a tua humanidade outra vez?

-Porque se eu me permitir ligar, tudo o que sinto é dor – murmurou Klaus e Liliana viu aí a grande e profunda racha que havia naquela personalidade desligada de qualquer humanidade.

-Mas quanto tu sentes dor, tu és capaz de amar! – a voz doce de Liliana tornou-se quase muda no final da frase. – Vá lá, Klaus! Não queres vê-la a ser feliz de novo? Com todas as suas memórias? Não a queres ver de volta? Não desejas abraçá-la?

Klaus não disse nada, baixando o rosto, sentindo-se derrotado.

-Não te posso obrigar a ligar, Klaus, isso não me cabe a mim. Mas se queres voltar a ver o seu sorriso, liga. Teresa não vale toda a dor? Todo o sangue, suor e lágrimas?

-Eu não posso…

-Sim, tu podes! – reforçou Liliana. – Pensa no assunto. Pensa em todas as coisas boas que poderiam acontecer se ela voltasse para nós.

-Esther voltará a atacar – disse.

-E nós vamos combatê-la! – prometeu Liliana. – Nós somos mais inteligentes que ela. Somos imensos e ela é apenas uma.

Klaus não respondeu nem tentou argumentar.

-Pensa sobre o assunto.

Liliana saiu, fechando a porta. Subiu as escadas de volta ao primeiro andar com um sorriso nos lábios.

Abriu a porta do quarto de Kol e tentou não rir da forma como ele estava a dormir. O Original abriu os olhos, alerta.

-Vamos chamar Teresa. Está na hora de ela voltar para casa.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Quem estava cheia de saudades do Klaus, quem? o/
XOXO, até domingo!