A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Oi gente linda! Feliz Natal adiantado! É já daqui a 2 dias!
Capítulo 22 – Conversas de cozinha
-Quem era aquele rapaz? – Klaus irrompeu pelo corredor quando ela fechou a porta, ainda com aquele sorriso parvo nos lábios dormentes.
-Quem? – ela desconversou e deixou as chaves dentro do cinzeiro que havia na mesa que tinha o espelho por cima.
-Não desconverses – disse ele, agitando o copo de whisky nas mãos.
-Se me tivesses atendido o telemóvel, Wren não tinha que me ter dado boleia.
-Não pude – Klaus justificou-se. – Tive…
-Uns assuntos, sei – ela falou irónica. – Olha, estou cansada, vou para o meu quarto.
Ela passou por ele e entrou no seu quarto. Mas Klaus entrou logo a seguir a ela.
-Então! – ela exclamou e atirou para cima da cama o saco com o equipamento de natação. – Já nem se bate á porta?
-Só quero que me respondas – falou ele, fechando a porta atrás de si. Ele não estava furioso com ela. Ainda.
-Bem, ele chama-se Wren, está no segundo ano de Medicina, conheci-o no jantar de ontem e ele faz parte da equipa de remo. Precisas de mais algum detalhe?
-Diz-me que não foi o teu primeiro beijo.
Teresa arregalou os olhos para ele e colocou as mãos na cintura.
-Fora daqui!
Ele sorriu e levantou as mãos num gesto de rendição.
-Já fui.
Assim que ele fechou a porta, Teresa atirou-se para cima da cama e sorriu. Aquela não era ela. Nunca tinha beijado um rapaz por simplesmente beijar, e esse foi o caso de Wren. Quer dizer, quem nunca beijou ninguém no teste da garrafa? Ela já, e várias vezes, mas tinha sido um desafio, tinha um propósito: não passar uma vergonha maior.
E Wren… primeiro de tudo, ele era britânico. Depois, ele era simpático e preocupado com ela, logo no segundo dia! Havia paixão? Não, mas uma enorme atração por ele. Será que estava a bem?, pensou ela.
Primeiro namorado na Faculdade, logo encontrado no primeiro dia de aulas. As coisas estavam a correr muito bem para o lado dela.
Teresa olhou para as horas: dez da noite. Levantou-se e foi para a cozinha, preparar o jantar.
-O que vais fazer amanhã à noite? – indagou Klaus, entrando na cozinha e pegando num copo e numa bolsa de sangue que estava na gaveta dos legumes (onde não haviam legumes) do frigorífico.
-Dormir? – Teresa falou. – Quando sair do treino vou estar exausta.
-Mas amanhã é sexta.
Teresa parou de mexer o esparguete a ferver na panela e fitou-o.
-E?
-E não te queres divertir?
-Talvez Wren tenha uma ideia. Depois pergunto-lhe.
-Isso é sério?
-Klaus…
-A sério, responde á pergunta – ele interrompeu-a e bebeu um gole de sangue.
-Eu não sei. Porquê a preocupação?
-Não te quero ver de coração partido. Porque se isso acontecer, eu vou sentir.
-Oh – Teresa disse, virando-se de repente para a panela, sentindo-se corar como um tomate. – Maldita ligação.
-Relaxa, eu irei dar-te privacidade.
-Não é como se pudesses desligar, Klaus – ela falou. – Ai, que vergonha!
-Ei – Klaus levantou-se e foi até ela. – Não sintas vergonha por teres sentimentos.
-Olha quem fala! Um híbrido com mil anos que não tem sentimentos.
-Achas que eu não sinto? – ele perguntou, ofendido. Ele sabia que ela disse aquilo apenas para se defender, mas ofendeu-o na mesma.
-Desculpa, eu… - ela respirou fundo e continuou a mexer o esparguete. – Eu sei que tu sentes, caso contrário não terias aquela raiva toda do outro dia e… já me terias matado.
Klaus não disse nada, apenas voltou a sentar-se na cadeira e a beber o seu copo de sangue.
Tocaram à campainha e os dois trocaram um olhar.
-Estás á espera…
-Não, não estou – Klaus falou.
-Toma conta do esparguete – ela pediu e foi até á porta.
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Quem acham que será que tocou à campainha?
Espero que tenham um bom Natal! Eu vou ter de certeza, a minha BFF vai estar de volta de uma viagem ao outro lado do Mundo!
XOXO