Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 28
Capítulo 28 - Girls Time!


Notas iniciais do capítulo

Geeente, desculpem pela demora!!
No início de Julho eu tive que ir ao aniversário de um primo que mora no sul (eu me mudei para o norte há um tempinho) e papai achou que seria uma boa passarmos o resto do mês lá! Tipo, sem meu notebook e sem vida!
Mas enfim, agora que estou de volta a minha confortável casa. Quero implorar o perdão de vocês!!

Agradeço a recomendação de SheWolf!
E aos reviews que responderei embreve ^ ^

Curtam esse capítulo, que está... Bem, legal, mas não tanto quanto o próximo.

Beijos!



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Capítulo 28 – Girls Time!

Nossa operação foi um sucesso.

Bem, tecnicamente nós não havíamos ido lá para arruinar o “encontro de negócios” do meu irmão, então havíamos terminado a nossa missão num sucesso total. Apesar de ter permanecido uma dúvida: “quem realmente era aquela mulher para Fred?”. Porém, como eu havia dito para Clarice, tudo o que eu mais queria era o meu quarto de volta e aquele cara fora da minha casa.

E por culpa do disfarce de Clarice, tivemos que sair de fininho do restaurante, pois Paparazzis estavam aparecendo na porta do restaurante e tentando até mesmo entrar no mesmo. Só acho engraçado que eles não tenham se perguntado como uma mulher que acabou passar por uma cirurgia na bacia poderia estar andando divamente por Nova York.

Porém, meus verdadeiros problemas começariam quando pegamos o táxi para casa. Eu estava congelando, e então ela me ofereceu o seu paletó de Jo Calderone. Juro que o taxista olhou estranho quando Clari se desmontou toda em seu carro e colocou tudo na sacola.

- Então... – Ela começou soltando um pigarro. – Você e o Hyde hã...

- É. Eu sei. Nem eu acredito – resmunguei olhando pela janela. – Só... aconteceu.

Eu dei de ombros para enfatizar, mas ela não se contentou com isso.

- Você não me engana com esse papinho curto! – ela me acusou, rindo. – Como foi? Como foi que você soube que gostava dele? Como foi que vocês começaram a namorar?

- Aff, Clarice. Eu não fiz essas perguntas quando você começou a namorar o Luc – reclamei revirando os olhos.

- Isso é porque eu falava sobre Luc até mesmo quando você NÃO QUERIA ouvir – ela replicou me dando língua. – Você é mais reservada, então eu sei que, se não forçar, nada vai sair dessa boca. Agora para de me enrolar e fala logo!

Eu cruzei os braços e olhei pela janela.

Ela tinha razão, eu era reservada, mas não era porque não confiava nela. Era porque eu achava que esse tipo de assunto, quando tudo ia bem, era o tipo de coisa que deveria ser guardada somente par mim. Quanto menos pessoas souberem como eu me sinto, dou-lhes menos armas para tentarem me destruir. Era o que eu havia aprendido.

- Eu não sei como eu soube que gostava dele tá. – Solto um suspiro. – Ele estava falando-me sobre a sua mãe, parecendo muito triste... E, de repente, eu fiquei agoniada. Porque... Hyde é tão idiota e brincalhão... Que deveria ser um crime alguém como ele se sentir culpado por algo como aquilo; algo fora do seu controle.

Clarice, que até então me olhava pelo reflexo da sua janela, se virou para me encarar. Apesar de eu estar com o rosto virado para a minha janela, eu sabia que ela tentava analisar a minha postura. Coisa de sua família. Foi assim, justamente me analisando desse jeito, que D. Ângela começou a cuidar de mim sem eu nem perceber.

- Quando dei por mim... Estávamos nos entendendo. E nos beijando – continuei encostando a testa no vidro. Olhando para um engarrafamento que surgia de repente. – Eu juro que tentei encontrar alguma lógica naquilo, afinal, eu o odiava. Ou melhor, eu tentei odiá-lo... Ele foi tão mal educado comigo, tão irritante... Mas acho que ele me ganhou.

De repente, eu senti a mão de Clarice segurando a minha. Hesitante, encontrei-a com os olhos marejados. Como quando ela ficava quando via ou lia uma história melosa. Argh, tá vendo. É por isso que Clarice é irritante às vezes.

- Amiga... Ele é a azeitona da sua empada! – ela disse.

- Argh, que metáfora é essa? – briguei. – Se bem que é digno já que ele se acha no centro de tudo... Mas ele tá mais para... A gema do meu ovo.

 Ela riu.

- O marca-página do seu livro – ela continuou.

- A dor da minha bunda... – resmunguei.

Clarice não evitou e gargalhou ao me ouvir falar isso de repente. Eu não ri porque achei o que eu disse engraçado, eu ri da sua risada. Clarice tinha uma risada que começava de um jeito crescente, fazendo um tour pelas vogais. Era tipo: “Roinc, Roinc” pelo nariz, “Hu hu” pela garganta, “Hihi” pela faringe e “Haha” pela boca. Muito estranho.

Infelizmente, o “Hehe” só vinha quando ela soltava sarcasmo.

- Ele era a putinha do seu beco! – ela continuou. – A piranha da sua lagoa! O macaco da sua bananeira! O queijo da sua goiabada! “Avião sem asa, fogueira sem brasa... Sou eu, assim sem vocêee!”.

- Acho que isso é efeito da Vodca que você tomou...

- “Carro sem estrada, queijo sem goiabada... Sou eu, assim sem vocêee!” – Ela continuou, ignorando meu comentário. – Vamos Senhor Taxista, cante comigo!

E então os dois começaram a cantar juntos.

E eu queria cair morta ali mesma. Eu estava mortificada de vergonha ao ver aquele carro virar quase um Karaokê sem ritmo. Mas isso não foi problema quando o taxista começou a batucar no painel de seu carro.

Eu fiquei tão sem graça que, quando chegamos à frente do nosso prédio, eu saí correndo do táxi e deixei a conta para Clarice pagar e corri para o hall. Chamando o elevador com pressa. Ela me alcançou rindo, quando o mesmo havia acabado de parar no térreo.

- Aí, Lyne, você não vai acredita, mas aquele taxista... – Ela se interrompeu quando a porta do elevador se abriu e a D. Gina apareceu com sua típica cara azeda.

Ela olhou para mim de cima a baixo e fez o sinal de cruz. Para ela justamente não me reconhecer, tentei cobrir o meu rosto com parte dos cabelos loiros da minha peruca. Eu demorei meses para formar uma reputação limpa e pura diante dela, porque odiava ver aquela velhinha me recriminando, não seria agora que eu criaria uma má ideia sobre mim.

Ela passou com seu irritante ar superior por nós e entramos no elevador.

- Você parou para pensar que o porteiro sequer pediu minha identificação?- eu reclamei. – Será que ele deixa qualquer um entrar aqui?

- Vai ver ele percebeu que era você pelo tamaninho de Polly – ela respondeu, rindo.

Fuzilei-a com o olhar.

- Você está muito saidinha para o meu gosto Clari – reclamei. – Quer morrer?

Clarice jogou os cabelos ruivos para trás e disse:

- Até parece que você teria coragem de me matar, Lyne... Todos esses anos você jamais encostou um dedo em mim, e acho que não vai ser agora... Ah!

Interrompi-a com um mata-leão. Passando o meu antebraço pelo seu pescoço e ameaçando esganá-la. Apesar de eu saber que jamais me atreveria a machucá-la de verdade, um sustozinho ia bem, né? Mesmo assim, ela estava rindo.

- Termina de falar! Vamos termina! – ameacei.

- Eu... Roinc... Eu... retiro o que disse! Você é uma máquina mortífera! Uma pequena máquina mortífera! Solte-me agora! – ela mandou rindo.

Eu a soltei, não porque eu havia me dado por satisfeita, mas porque havíamos chegado ao nosso andar. Porém, antes de sair do elevador eu disse:

- Pequena, não. Apenas compacta: tudo de bom ocupando pouco espaço! – Joguei meus cabelos loiros para trás, beijei meu ombro divamente e me virei quando... Deparo-me com Hyde.

Aff... Ele tinha que estar aqui a essa hora? Quer dizer, por que ele não ligou?!

Ele cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha para mim.

- Chihuahua?

Olho para Clarice, depois olho para ele. Com um senso de humor que não faço ideia da onde tiro, coloco óculos escuros e digo:

- Não, sou Lady Gaga!


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