Strani Amori. escrita por Ale Brenny


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu queria (só queria mesmo) que a música acompanhasse certinho o capítulo, mas ela é muito grande e ele, muito pequeno. Mas mesmo que você acabe de ler e a música ainda não tiver acabado, ouça até o fim, é bem linda!
http://www.youtube.com/watch?v=DEg4apuzePM
Agustín Amigó - Every Breath You Take



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Veneza, 2005.

Eu estava encantado com as maravilhas dessa cidade ao norte da famosa “botinha”, ou Itália. Era por volta das nove horas e meia da manhã e o sol resplandecia em meu rosto me dando um bem estar que eu nunca antes havia sentido. Eu estava inexplicavelmente calmo. Podia ouvir o som tranquilo da minha respiração e sentia que nada poderia me afetar naquele dia.

Tomei sorvete, tirei fotos.

Mas foi ao passar por um canal que avistei em uma das gôndolas por ali uma pessoa que eu não esperava ver “do outro lado” do mundo. A pessoa que sempre conseguia me deixar com sensações estranhas, sensações que nem eu mesmo conseguia decifrar. Sensações as quais eu havia até por certo tempo fugido.

Senti meu coração falar em minha cabeça “É essa!” ou “Vá atrás dela”.

Ela estava radiante, mais até que o sol. Seu sorriso e sua felicidade ingênuas iluminavam a cidade. Mas o espanto foi meu que no mesmo momento em que nossos olhares se cruzaram e a gôndola passou por debaixo da ponte a qual eu estava meu coração começou a bater mais rápido e eu corri para o outro lado da ponte.

Vi que ela também estava ansiosa, pois ficou de pé sobre o barco sem tirar por um minuto os olhos de mim. E foi sendo levada pela água. Mas o momento não podia morrer simplesmente, sem ao menos nada mais acontecer.

Novamente corri. Atropelei as pessoas a minha frente, sempre me desculpando. Estava até meio tonto. Parecia que as minhas pernas estavam me comandando, elas seguiam o caminho e eu só tinha de obedecê-las.  Quando me vi, já estava pulando muros, fazendo loucuras, que mesmo para um contrário como eu, eram inimagináveis.

Finalmente, quando a gôndola parou e eu cheguei ao seu encontro justamente quando ela havia desembarcado, senti nossos corpos se aproximando, nossos perfumes se conectando e nossos futuros se entrelaçando. Senti-me alegre! Como nunca havia me sentido antes.

Cheguei perto o suficiente dela para que nossos rostos estivessem realmente muito próximos. Consegui sentir sua respiração, inicialmente acelerada, mas tentando controlar-se. E foi no impulso do momento que coloquei minhas mãos em seu rosto, senti seu suave hálito de menta e a beijei.

Foi um prazer inenarrável. Parecia que tínhamos sido feitos um para o outro. E foi com um único beijo que consegui comprovar isso.

 Eu não sei o que me deu, desculpe-me!

Ri.

 Isso se chama amor.  falei colocando seus cabelos atrás da orelha.  E eu que a beijei.

Ela tocou os lábios brevemente com os dedos médio e indicador e percebi que eu não era a única pessoa irradiando felicidade ali. Ela riu.

Passamos uma tarde inesquecível pela cidade. Passeamos mais algumas horas pelas românticas gôndolas. Fizemos um piquenique sentados na macia grama do parque, nos sujamos e molhamos, brincamos, fomos observados inúmeras vezes por desconhecidos e depois os mesmos eram contagiados pela nossa alegria, pelas nossas risadas. E ao pôr do sol terminamos nosso dia com mais um dos milhares de beijos e trocas de afeto que se seguiriam a partir dali.

Eu finalmente tinha encontrado meu caminho, meu porto-seguro. E era recíproco.

E pensar que eu fui até o outro lado do mundo para descobrir que o que eu mais precisava sempre esteve diante de mim. Minha Mônica. Minha vida.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente eu não revisei antes de postar, então se conter erros, perdoem-me!
E deixem reviews se gostarem, se não gostarem, se leram só um pedaço ou sei lá, mas deixem reviews, haha!