Never Forget You escrita por KaahEvans


Capítulo 13
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Oi *-* 2013 me trouxe tanta inspiração que eu postei 2 capítulos em menos de uma semana e ainda postei uma nova fic, que lindo isso, né? *o* Eu ia postar esse capítulo só semana que vem, mas como eu sou muito boazinha - só que não - resolvi postar antes! SHAUHSUAHS
Nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/313516/Perfect/
Eu amei escrever esse capítulo, amei mesmo e espero que vocês também amem!
Quero agradecer a todas que comentaram no capítulo anterior, a todas que adicionaram nos favoritos e a todas que acompanham (:
Curtam o capítulo!



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- Eu já te falei Edward. – murmurei pelo que pareceu a milésima vez somente hoje. – Ele é meu melhor amigo! Talvez eu nem tivesse vindo a Forks, freqüentar a escola. Talvez nem tivéssemos nos conhecido se não fosse por ele.

- Oh, então eu devo tudo a ele? – Edward retrucou ainda emburrado.

Thierry havia ligado há uma semana pra avisar que estava vindo a Forks. Desde então não tive noticias dele, ele nem mesmo disse quando viria, mas não passava um segundo sem que Edward fizesse uma pergunta sobre ele.

- Talvez! – respondi com um sorriso irônico.

Ele suspirou e se deitou no sofá preto localizado no meio de seu quarto. Eu estava em pé de frente à enorme estante de CDs tentando escolher algo para ouvir até que encontro exatamente o que eu procurava no momento.

- Debussy? – eu ri suavemente. Antes que eu pudesse piscar ele estava ao meu lado tomando o cd de minhas mãos.

- Você não parece o tipo que ouve Debussy! – ele debochou colocando o cd em seu leitor e apertou o play. Logo a musica encheu a sala me fazendo suspirar enquanto apreciava a melodia.

Senti Edward passar os braços ao redor de minha cintura e começou a cantarolar a melodia da musica em meu ouvido. Era uma pouco difícil me concentrar na musica com ele tão próximo.

- Eu pareço o tipo que ouve o que então? – tentei manter minha voz firme, mas ela falhou um pouco quando ele mordeu o lóbulo da minha orelha.

- Talvez uma fã de Britney Spears. – ele riu. Revirei os olhos, ele sabia que eu gostava.

- Ainda não sei o que você vê de errado nela. – retruquei.

- E eu não sei o que você vê de certo. Ela é louca! – bufei contrariada, mas soltei uma risada logo depois.

- Nisso eu concordo.

Ele continuou a cantarolar a melodia de Clair de Lune em meu ouvido enquanto eu continuei de olhos fechados. Alguns segundos depois a musica acabou, abri meus olhos e estiquei o braço para procurar outro cd, Edward continuou na mesma posição, me abraçando por trás. Eu não me queixei, eu gostava quando ele me abraçava assim. Nessa ultima semana isso foi o que costumava afastar minhas lembranças de meu tempo com James. O abraço de Edward... E Rosalie.

Sim, as lembranças de James continuavam a me perseguir e estavam cada vez mais claras e mais freqüentes. Eu estava sozinha em minha casa na quarta-feira quando do nada as imagens de James me torturando giraram em minha cabeça chegando a causar dor, se é que vampiros podiam ter dor de cabeça. Eu só sabia que tinha que arrumar algo pra ocupar minha mente. E foi quando eu decidi ir até a casa dos Cullen.

Eu sabia que Edward não estava na casa, ele havia me falado que iria junto com sua família em uma curta viajem de caça e voltaria na manhã seguinte, mas mesmo assim eu fui até lá na esperança de encontrá-lo.

Como eu já sabia, ele não estava. Mas me surpreendi ao ver que a casa não estava totalmente vazia, havia uma pessoa lá. Especificamente, Rosalie.

Ela também ficou surpresa ao me ver lá, mas logo a surpresa foi substituída por preocupação. É obvio que ela insistiu para que contasse o que havia acontecido, mas eu não queria contar isso a ninguém, não agora. Mas de alguma forma eu senti como se devesse contar, como se Rosalie fosse entender toda dor que eu passei e talvez ela até pudesse me ajudar. Eu não sabia de onde veio aquele meu surto de confiança repentino em Rosalie, eu só sei que a abracei e que ela ficou o resto da noite me consolando. Depois daquele dia, nosso relacionamento se desenvolveu bastante, para surpresa de Edward e Alice. Surpreendentemente, a fadinha – apelido carinhoso com o qual eu a chamava – não teve nenhuma visão do meu surto. Eu agradeci internamente por isso. Eu não queria mais pessoas preocupadas com isso além de Rosalie, por isso pedi a Rosalie para não contar nada a Edward.  

- No que está pensando? – Edward perguntou descansando a cabeça em meu ombro. Somente depois que ele me tirou de meus pensamentos eu percebi que minha mão continuava erguida, imóvel, em frente à estante. Abaixei minha mão automaticamente e me recostei no peito de Edward.

- Em nada especificamente. – falei – Você tem me perguntado muito isso nos últimos dias. – apontei.

- E você tem respondido a mesma coisa sempre que pergunto. – ele retrucou.

Virei-me em seus braços para encará-lo. Eu evitava fazer isso quando ele me perguntava coisas como: “O que você está pensando?” “Por que está com essa carinha triste?” ou “Quando vai me falar tudo o que aconteceu em seu passado?”

Essas eram as perguntas que eu não estava pronta para responder e eu não sabia quando estaria. Eu sei que ele merecia a verdade, ele merecia saber o que aconteceu comigo enquanto eu estava com James, ele precisava saber de todas as coisas que James fez comigo, mas eu estava insegura.

Eu tinha medo de que Edward me desprezasse se soubesse das atrocidades ao qual eu tive que me submeter quando era humana. E se depois que soubesse, ele decidisse que não queria passar a eternidade comigo? E se ele pensasse que eu era nojenta? Mesmo depois de tantos anos eu ainda sentia a mesma insegurança de uma garota estuprada.

- Eu tenho medo de que você me deixe se eu te contar. – admiti com um fio de voz. Eu nunca estive tão séria com ele como estava agora.

- É tão sério assim? – ele sussurrou. Somente assenti com a cabeça, não confiando em minha voz.

A expressão dele se contorceu um pouco, abaixei a cabeça e soltei um suspiro pesado. E então suas mãos estavam uma em cada lado do meu rosto, segurando-o firmemente para que eu pudesse encarar seus olhos.

- Bella, não importa o que aconteceu, já passou. – ele beijou minha testa castamente, depois afastou o rosto um pouco para que pudesse ver meus olhos de novo. – Não importa o que aconteceu e nem o que pode acontecer. O que eu sinto por você é imutável, e eu nunca seria capaz de deixar você!

Eu sorri suavemente para ele e passei meus braços ao redor de seu tronco apertando-o contra mim. Senti uma lagrima de veneno escorrer de meus olhos, mas não me movi para limpá-la. Eu me sentia tão segura e protegida em seus braços, quando eu estava abraçada a Edward eu sentia que todas aquelas lembranças que me aterrorizavam fossem pesadelos e que logo eu os esqueceria. Naquele momento eu só queria que Edward me segurasse para sempre. 

- Eu amo você! – declarei. Notei que essa era a primeira vez que um de nós declarava seus sentimentos tão abertamente. Eu não entendia o porquê, dizer essas palavras para ele era tão natural como respirar.

Edward não disse nada por um momento, me senti insegura de repente. E se o que ele sentisse por mim não fosse tão intenso quanto o que eu sentia por ele?

Afastei-me um pouco dele para poder visualizar seu rosto. O medo que eu sentia de não ser correspondida se esvaiu ao ver a expressão de Edward.

Um largo sorriso se espalhou por seus lábios e seus olhos brilhavam com uma felicidade inexplicável que eu nunca vi antes nos olhos de ninguém. Em um milésimo de segundos ele me abraçou apertado enquanto me girava no ar. Quando ele parou de me girar, ele me beijou sem me soltar do abraço. Eu soltei uma risada de alivio.

- Eu também amo você, muito! – ele disse entre o beijo. – Você é minha vida agora!

Eu não poderia parar de sorrir nem se quisesse. Edward me amava. Eu sabia que não havia motivos para duvidar dos sentimentos de Edward por mim, ele nunca fez nada que me fizesse pensar o contrario, mas ainda sim minhas inseguranças falavam mais alto.

De repente eu me senti cansada. Não fisicamente, mas emocionalmente. As lembranças de James, os segredos que Edward escondia de mim, o fato de que ele me amava me fizeram tão cansada que pela primeira vez em anos eu quis dormir, a realização de que eu realmente podia, me deixou consideravelmente mais feliz.

- Eu me sinto tão cansada. – falei baixinho encostando minha cabeça em seu peito e fechando meus olhos. Eu não ouvi se ele respondeu ou não. Minha mente foi levada pela inconsciência e eu caí em um sono profundo que eu não experimentava há anos.

Estava escuro. E frio! Era só o que eu poderia processar naquele momento.

O pequeno quarto daquela cabana nunca se pareceu tanto com um cenário de filmes de terror como agora. Eu tentei forçar minha visão, mas a escuridão era demais para minha limitada visão humana. Tentei ficar quieta aqui em minha cama, sem me mover ou fazer barulho, mas minha respiração estava acelerada, e o som de meu coração acelerado era audível até mesmo para mim.

Eu observei a parede manchada do quarto até que notei um ser parado nas sombras. Como um anjo da morte, ele veio para me tirar de toda aquela dor. O ser deu alguns passos a frente e com certa ironia eu pude constatar que quem me tiraria da dor era exatamente aquele que me colocou nela. James.

Ele se ajoelhou a minha frente na cama, e olhou diretamente para mim. Os olhos dele estavam negros de sede, eu podia ver isso mesmo estando tão escuro. Algo dentro de mim me alertou que era o fim, mas de alguma forma, eu não tive medo. Eu senti o alivio. O alivio de saber que daqui alguns instantes eu não precisaria mais ser usada, violentada ou agredida somente para a diversão do sádico vampiro a minha frente.

- Sabe Bella? – ele murmurou passando os dedos pelo meu rosto, fazendo uma caricia. – Nossos anos juntos foram incríveis, mas infelizmente nossa historia acaba aqui! – a gargalhada gutural dele soou pelo quarto, com o susto eu me afastei tão rápido quanto possível e acabei batendo as costas contra a parede. Um gemido de dor escapou de meus lábios.

- Shh shh! Não fique assim, meu amor! – ele me puxou para seus braços e me segurou apertado. Eu sentia vontade de vomitar, mas prendi meus lábios juntos. Só mais alguns segundos. Já vai acabar Bella! Agüenta firme!

- Você não sabe o quanto me dói fazer isso com você! Sabe que é minha companheira e que eu te amo desde que pus meus olhos em você treze anos atrás. – estremeci com suas palavras. Alguém como ele não tem a capacidade de amar. Como ele podia dizer isso pra mim? – Estamos juntos há tanto tempo não é mesmo? Será tão difícil pra mim, passar a eternidade sabendo que nunca mais vou olhar pra esse seu rosto perfeito!

Ele arrastou o dedo indicador pela minha bochecha. Meu corpo inteiro se arrepiou de desgosto, como sempre acontecia quando ele me tocava.

- Infelizmente, isso é um Adeus! – ele suspirou ao mesmo tempo que eu, mas o suspiro dele foi de tristeza enquanto o meu foi de alivio e impaciência. Ele queria tornar tudo mais dramático, eu não me importava com as ceninhas dele. Só queria que ele acabasse de vez com a minha vida!

- Eu te amo, Bella! – ele se aproximou de mim e encaixou a cabeça na curva de meu pescoço. – Nunca esquecerei você! – foi a ultima coisa que ele disse antes de me morder.

- Bella? – meus olhos se abriram instantaneamente ao ouvir a voz quase suplicante me chamando. – Graças a Deus! Você está bem? O que aconteceu?

Olhei ao meu redor querendo limpar a neblina que turvava minha mente. Edward ainda estava frenético, mas parecia aliviado por, pelo menos, eu estar acordada. Quando me senti consciente o suficiente, me sentei. Percebi que eu ainda estava no quarto de Edward, mas agora deitada no seu sofá de couro preto em vez de em pé em frente à estante como quando adormeci.

- Bella, você está me ouvindo? – ele balançou meus ombros de leve.

- Eu estou bem, não se preocupe. Eu só dormi. – tranqüilizei-o, mas ele ainda parecia preocupado. Franzi a testa um pouco.

- É só que... – ele suspirou. – Você estava falando em seu sono... E você parecia tão assustada! – seu rosto estava contorcido como se ele estivesse com dor. Enrijeci. O que eu disse? Droga!

- Foi só um pesadelo! – sussurrei. Estiquei minha mão e passei a ponta de meu polegar na testa enrugada de Edward. Essa expressão preocupada não combinava com o rosto angelical que ele possuía.

- O que eu disse? – perguntei meio gemendo. Descansei a mão na bochecha dele. Meu toque parecia pacificar sua expressão.

- As coisas que você disse eram bastante desconexas, mas eu pude pegar o rumo do pesadelo. – ele se inclinou contra minha mão enquanto falava. – Você estava dizendo que queria morrer. – a voz dele estava entrecortada, parecia que apenas dizer aquelas palavras o fazia sentir dor.

- Você também disse um nome. James! – ele rosnou o nome com ódio. – Você me disse esse nome antes. Foi o vampiro que te seqüestrou não foi? Diga-me Bella... O que ele fez com você?

Suspirei tristemente. Eu sabia que tinha dito mais que aquilo, e foi então que eu notei que o momento que eu mais tentei evitar desde que cheguei a Forks havia chegado. Era a hora de contar a Edward que James me estuprou. 


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Notas finais do capítulo

haha, e aí ansiosas pelo próximo? Se eu conseguir muitos reviews com esse capítulo eu posto ele no sábado *-*
[AAA] Eu não coloquei isso no capítulo, mas Edward e Bella estavam sozinhos na casa dos Cullen durante esse capítulo.. sei lá onde o resto dos Cullen estavam :s usem a imaginação! SHAUHSUAHS
Beeem, eu quero MUITOS reviews e MUITAS recomendações, por que eu acho que estou merecendo! Só acho. SHAUSH
Beijos e até o próximo :*