All Apologies. escrita por Catarina_Rocks


Capítulo 4
Capítulo 3: Tempo, tempo, tempo, tempo...


Notas iniciais do capítulo

Heey! Outro cap chegou!!! Vou fazer um trato com vocês... Se e eu digo... se... o número de LEITORES for equivalente ao de comentários nesse cap amanhã mesmo eu posto o próximo cap...
É pegar ou largar... vou dar um prazo de quatorze horas... UHSAUHSAUHSA BEIJOS!!!



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Capítulo 3: Tempo, tempo, tempo, tempo...


A vida é uma merda... e então ela fica pior.

Eu estava sentada, encarando a figura de minha madrinha e minhas duas melhores amigas, me martirizando e imaginando o porquê do meu ex-namorado e ex-melhor amigo, havia escondido de sua noiva o fato da minha existência e importância em sua vida.

Meus olhos primeiramente passaram por Rosalie e, como sempre, ela estava deslumbrante. Eu sempre admirei a beleza da minha cunhada e confidente, sempre a comparando com um anjo em terra. Mas, depois de tanto tempo, eu não sei como, mas ela parecia mais bela ainda. Seus olhos azuis refletiam felicidade plena e pura e eu não pude conter o meu coração de se aquecer á aquela imagem.

Logo depois encarei a figura da minha segunda mãe, que mostrava uma expressão doce e gentil – como sempre me lembraria dela. A saudade bateu como uma pancada em minha mente, pois eu não podia contar as noites em que almejei poder dormir em seu colo, enquanto ela me aninhava como uma mãe zelosa.

E então eu olhei a terceira figura no quarto e ela estava...

Estava...

Gigante.

Digo, não gigante, pois Alice sempre fora praticamente meio metro mais baixa que eu, mas seu rosto e barriga sobressalente eram tudo o que eu podia notar agora. Era um tanto engraçado vê-la tão... grávida como ela estava, porque ela realmente estava, muito, muito grávida. Se eu não soubesse diria que quadrigêmeos residiam naquele útero e mesmo assim ela continuava sendo a criatura mais fofa e linda que eu já havia visto.

Esme sorriu largamente para mim e as primeiras palavras que saíram de minha boca, foram completamente inapropriadas.

“Alice... você está enorme!” Minha voz tinha um tom de espanto, enquanto eu a olhava com os olhos arregalados.

Rosalie engasgou uma risada e Esme sorriu ainda mais, porém Alice fechou o semblante.

“Certo, Swan, porquê você dizer que eu estou gorda depois de sete anos, vai ajudar muito na sua situação.” Ela resmungou cruzando os braços.

“Não liga pra ela...” Rosalie disse fazendo um gesto coquete, cheio de ansiedade. “Hormônios da gravidez.” E nisso, ela pulou sobre a cama em cima de mim e de seu até então desacordado irmão.

“Rose, sai de cima de mim” Jasper resmungou assim que despertou, notando-a jogada sobre a cama.

“Não torra, Jazz” Ela retrucou, envolvendo seus braços ao meu redor.

Eu fui de chocada, para completa maluca, quando a puxei em cima de mim e lhe dei o abraço mais forte que pude.

“Eu acho que estou sonhando!” Soltou um gritinho de animação, me apertando mais forte. “Senti tanto a sua falta.”

“Eu também.” Engasguei um soluço de quase choro. “Mas eu estou aqui agora.”

“Sim, você está...” Ela se afastou para me olhar. “Eu estou muito orgulhosa de você; Eu sabia que você não me desapontaria.”

Eu sorri fracamente, pois eu ainda podia imaginar mil cenários onde poderia decepcionar Rose de todas as formas possíveis. Eu ainda tinha em minha mente o quão errada aquela minha volta poderia ser e quantos problemas ainda poderiam acontecer.

Ouvi um pigarro ao fundo e olhei nos olhos de Esme, que abria seus braços para que eu pudesse abraçá-la com um semblante emocionado. Rapidamente, eu me soltei dos braços de Rosalie e caí no abraço mais forte e intenso possível.

Eu pude sentir Esme cheirando meu cabelo, e ouvir seus murmúrios de saudades; tudo com o mesmo apego de sempre. Ela tinha um cheirinho de lavanda e rosas, um abraço quentinho e protetor e eu me senti em casa. Eu havia passado sete anos sem senti-la, sem poder ouvir seus conselhos e sem poder me aninhar em seu colo quando tudo parecia ruim — Eu passei sete anos sem uma mãe, e agora a melhor coisa era poder recuperá-la de volta.

“Oh, minha querida! Eu não consigo dizer o quão feliz eu estou!” Ela vibrou pulando no abraço.

“Eu também não Esme.” Eu funguei sentindo lágrimas intrusas invadirem meus olhos. “Eu te amo.” Me senti na obrigação de dizer aquilo á ela, para que ela soubesse que eu sempre a amaria, independentemente do que acontecesse.

“Eu também, minha Bella-Bee. Desde sempre...”

“...Para sempre.” Eu completei me sentindo em um livro brega de Nicholas Sparks. Não havia sentimentos forçados ou reencontros dolorosos, o que me surpreendeu um pouco. Esme havia ficado muito magoada com a minha partida. Carlisle sempre me implorava para pelo menos ligar para ela, mas eu simplesmente não podia ou não conseguia. Eu imaginava todo o tempo em que fiquei em Chicago, que Esme ainda guardava mágoas do tempo em que me privei de sua presença, mas como toda mãe, ela me acolheu de volta sem se importar com o passado. Eu estava em êxtase por isso.

Depois de mais algum tempo matando a saudades de Esme, eu lentamente encarei uma Alice emburrada encarando Jasper em uma conversa apenas de olhares.

Ela notou meu olhar nela, por isso se virou para mim bufando.

“Você pode me abraçar agora, mas quando você se soltar eu vou voltar ao meu estado de te odiar profundamente.” Ela resmungou.

“Alice!” Esme chamou a atenção. “Trate a Bella bem. Ela é sua irmã.”

“Irmãs não fazem o que ela fez comigo.” Ela me encarou magoada.

“Eu posso pelo menos te dar oi?” Mordi os lábios sentindo o coração bater forte contra o peito.

“Já falei que pode.” Ela bufou quando eu corri para abraçá-la.

Não foi o melhor abraço do mundo, pois sua barriga ficava atrapalhando, mas foi pelo menos um mata saudades de minha pequena Allie. As lágrimas que passaram a correr por meus olhos eram muito mais de tristeza que saudade, pois eu sabia que ela estava mesmo irritada comigo e aquilo me martirizava.

Lentamente, eu me soltei de seu abraço, mas ela me apertou mais forte me impedindo de sair dali.

“Não,” Ela murmurou. “Fica mais... Eu não quero te odiar ainda.”

“Você não tem que me odiar...” Eu disse. “Mesmo que eu mereça e seja uma grande idiota.”

“Ainda bem que você sabe disso,” Ela fungou contra mim. “Mas você ainda tem uma pena a cumprir comigo – uns sete anos de rancor ainda.” E eu pude ver como ela falava sério. Eu não me sentia bem quanto o fator tempo entrava no meio, porque ele não era a minha coisa favorita no mundo. Quando eu ouvia sobre o tempo, eu me lembrava e lembrar sempre me fazia sofrer.

“Eu não acredito que você está grávida” Abaixei até a altura de sua barriga, tentando mudar o foco. “É o quê?” Perguntei sorrindo, mas vi o olhar distante e um pouco frio de Alice.

“Não queremos saber... Só quando nascer.”Ela deu de ombros.

“Você está mesmo enorme... Tem certeza que aqui não são gêmeos?!” Brinquei, tentando descontrair.

“Você é uma idiota.” Ela disse balançando a cabeça em negação, mas algo me dizia que a raiva estampada em seus olhos não era pra valer.

“Eu sei...” Sorri sacana.

“Certo, Bells! Vem...” Rose interrompeu meu momento, beijando-a-barriga-de-Alice e me puxou entusiasmada até estarmos sentadas na cama. “Me conta como você está, o que tem feito... Quero saber tudo!”Ela disse muito empolgada.

“Dá um descanso para ela, Rose.” Jasper esfregou o sono de seus olhos, chamando Alice para juntar-se a nós na cama; um tanto relutante, ela sentou encarando-me inexpressível enquanto eu mordia meus lábios em meio a sua hostilidade.

“Que tal você tomar um banho e por uma roupa?” Esme sugeriu ainda em pé. “Se você ainda usar o manequim de antes, tem muitas roupas velhas pelo quarto. E então, quando você estiver mais confortável eu vou preparar um jantar e você pode nos contar tudo e deixar todo mundo sugar essa saudade da gente.”

“Eu trouxe as malas, mas obrigada por isso. Eu não posso dizer o quão feliz eu estou em saber que você guardou as minhas coisas, Même.” Eu disse chamando-a pelo seu apelido, fazendo com que seus olhos brilhassem.

“Não foi nada, meu amor. E fazia tanto tempo que eu não ouvia isso.” Ela sorriu para mim.

“Nós te chamamos assim sempre, mãe.” Alice disse.

“Mas nós não somos a Bella.” Rosalie retrucou me abraçando novamente.

E Jasper nos abraçou também e tudo o que eu pude sentir fora meu cheiro de suor vencido e imaginar o meu estado deplorável.

“Acho que a Esme tem razão. Eu realmente preciso de um banho.” Eu brinquei cheirando a mim mesma.

“Então vai logo.” Rose sorriu. “Nós te esperamos aqui. Temos muito o quê conversar.”

“E muito o que te contar.” Alice completou.

“Filha!”Esme olhou como um aviso. “Deixe isso apenas para quem interessa.”

“Mas interessa pra mim, mãe.” Alice fez seu famoso bico. Sorri á aquela imagem.

“Eu não me importo de ouvir.” Eu me intrometi imaginando o que elas queriam me dizer. Honestamente, era o que eu mais esperava ouvir. Eu queria entender toda a situação que em breve enfrentaria e queria saber se estava muito ruim ou não.

Peguei minha pequena mala de mão, ouvindo uma Alice resmungar por meu desleixo em relação a moda e me dirigi ao banheiro do quarto, deixando três dos meus melhores amigos lá. Eu podia ouvir Rosalie e Jasper dando broncas a Alice por seu comportamento comigo, mas eu realmente não a culpava.

Ela tinha estado perfeita para quem passou pelo o que eu a fiz passar. Eu realmente estava tendo um bom tratamento, pois se tratando de Alice Cullen, algumas alfinetadas eram coisas leves quando ela podia fazer coisa bem pior. Eu me sentia de um tanto aliviada por ela não me odiar... totalmente.

Liguei o chuveiro quente e enquanto eu sentia a água escorrer por meu corpo, eu pude notar detalhes simplórios, mas muito significativos que me faziam pensar em Esme como a melhor pessoa do mundo.

Eu tinha um xampu de morangos, que ela sabia que eu amava usar, escovas de dente e toalhas, todas, na cor azul, que ela sabia ser minha cor favorita e até mesmo uma revisita de culinária ao lado do vaso sanitário, pois Esme conhecia minha estranha mania em ler sobre comida enquanto... cuidava de negócios, se assim poderia dizer. Ela era realmente minha mãe, pois caixas e caixas de bombinhas para asmáticos se encontravam dentro do armarinho do banheiro com o nome BELLA escrito na frente. Se alguém de fora chegasse ali, diria que vivi todos esses setes anos em Forks, a julgar pelo quarto perfeitamente equipado para mim.

Me permiti ficar alguns minutos a mais no banho, afinal eu estava realmente precisando. Algo como o banho sendo meu pequeno removedor de pensamentos impróprios e algo que me desse mais tempo para analisar minha situação. Eu estava tentando ao máximo não entrar no território proibido que aquela conversa de Edward omitindo quem eu havia sido para ele era.

Eu sabia que Alice estava empenhada em contar, pois ela não gostava e não admitia segredos – então eu tinha a quem recorrer caso qualquer um deles decidisse me poupar da verdade.

Coloquei uma roupa leve e simples; um vestido de alças florido que ia até meus joelhos e uma sandália baixinha e confortável. As flores faziam parte essencial de qualquer peça de roupa que eu usava, pois eu tinha essa filosofia que consistia em sempre estar alegre em minha moda pessoal, independentemente de como estava meu estado de espírito.

Penteei meus cabelos e rapidamente me senti pronta para encarar o que quer que fosse. Quando abri a porta do banheiro e entrei em meu quarto, vi oito figuras por todo o lugar no meio de uma discução acalorada.

“Hey,” Eu chamei atenção tentando fazê-los me notar. “gente, o que foi?”

Nada.

“Gente!” Repeti, vendo Rosalie fazer gestos estranhos em direção ao Seth, que parecia discutir com Nessie, que parecia querer bater em Jasper, que tentava acalmar Alice, enquanto Sue e Esme olhavam atormentadas a situação.

Nada

“GENTE!” Gritei alto, mas nada.

“MEU DEUS, SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊS FICAREM QUIETOS?” Eu explodi, sentindo minhas bochechas corarem, quando eles meio que congelaram em suas posições.

Olhei rosto por rosto e eles pareciam estar petrificados a minha reação, andei até o meio do quarto e com os braços cruzados arqueei uma sobrancelha.

“O que está havendo?” Falei em um tom baixo, porém autoritário.

“Nós precisamos conversar.” Nessie disse me olhando com cautela.

Eu me senti em uma intervenção. Cada olhar receoso e preocupado que recebia de todos eles, me davam uma certeza. Eu conhecia aquele tipo de olhar. Ou eles sabiam o meu território proibido – que era meu segredo com todos eles, ou era algo sobre Edward.

Eu já sabia que a primeira opção era quase carta fora do baralho, mas aquilo não me deu mais segurança ou alento.

“Mandem ver.” Eu pedi respirando fundo.

“É melhor você sentar aqui.”Rose bateu na cama para que eu me sentasse ao seu lado.

“Vocês estão me assustando pra caramba.” Eu disse me sentando e olhando diretamente para Alice.

Esme quem começou.

“Querida...” Ela respirou fundo. “você sabe como estamos mais que felizes por você ter voltado, mas...”

“Tem uma coisa que você precisa saber.” Jasper completou.

“Você meio que deixou algumas marcas aqui.” Sue disse cautelosa.

“Marcas bem fundas.” Alice fez questão de dizer com um ar magoado.

“Eu peço desculpas por isso.” Eu disse. “Eu amo vocês, mais que minha própria vida. Mas eu tive meus motivos.”

“Nós sabemos disso.” Esme retrucou. “E entendemos que você não quer ou não pode falar, mas alguns de nós não entendemos. E—”

“Eu sei o que vocês querem me dizer.” Eu interrompi fazendo com que eles me olhassem de modo estranho. “Eu ouvi vocês falando sobre isso.”

“Eu mandei você falar baixo.” Rose olhou para Alice com uma carranca.

“Agora é minha culpa?!” Alice grunhiu e se virou pra mim. “Você concorda comigo que deveria saber disso, não é?”

Acenei em concordância e respirei fundo olhando em minha visão periférica para todos eles.

“Você está com raiva, né?” Nessie perguntou baixinho.

“Claro que ela está!” Seth respondeu antes de mim. “Poxa, o melhor amigo dela finge que ela não existe.”

“Seth!” Sue chamou a atenção batendo na nuca do garoto.

“Olha, vocês estão sendo hipócritas. Não é como se o Edward estivesse sendo um imbecil.” Alice olhou pra mim. “Como ela também teve os dela, ele tem seus próprios motivos.”

“Alice, você sabe que não pensa assim.” Jasper a repreendeu.

“Claro que ela pensa, Jazz.” Rose disse magoada. “Ela está com raiva da Bella e acha que por isso pode tratá-la como qualquer uma. Isso não me parece coisa de irmãs.”

Alice estava pronta para retrucar, quando eu me cansei de ver aquele espetáculo estúpido.

“Escutem aqui.” Eu disse um tanto brava. “Cada um dentro dessa casa teve sua maneira de lidar com tudo o que aconteceu. Cada um deve respeitar o que o outro sente, porquê não é igual pra todo mundo. Se eu fosse a Alice, também ficaria magoada comigo. Na verdade, eu nem entendo como todos vocês aqui me aceitaram tão bem depois de tudo o que eu fiz.” Respirei fundo e vi Esme querendo discordar de mim, mas estendi minha mão para ela pedindo um tempo. “Se a minha volta vai gerar tanta discórdia, eu prefiro ir embora,” Ouvi lamentos e exclamações surpresas. “Eu não quero ir... Vocês não sabem como é bom voltar e ter todos vocês por perto, independente do modo como vocês estão me acolhendo. Eu só quero que vocês entendam que eu não tive um motivo qualquer para ir embora e eu não quero mesmo tocar nesse assunto. Estou bem de volta pra MINHA casa, com a MINHA família e eu sinto muito pela dor e pelos momentos de angústia. Mas eu amo vocês e é só isso o que importa.”

O silêncio se seguiu então, para logo após todos eles – menos Alice – fizessem um abraço coletivo a minha volta.

“E quanto ao Edward,” Eu comecei quando nos separamos. “ele e eu somos uma coisa diferente. Eu fui uma péssima amiga, uma péssima companheira, uma péssima mulher pra ele. Não que eu não tenha sido com vocês, mas com ele foi pior. Eu o entendo e se ele quer fingir que não me conhece e que eu e ele nunca fomos nada, será assim. E eu peço que vocês não se intrometam.”

“Então você está nos pedindo pra agir com o teatrinho?” Jasper perguntou confuso.

“Eu estou pedindo pra vocês respeitarem a vontade de Edward.” Eu suspirei. “Eu e ele temos muito o quê resolver e acho que provavelmente as coisas serão melhores assim.” Olhei para toda a minha família e percebi olhares de resignação em cada um deles. Nenhum disse nada, mas eu pude perceber que eles não estavam a favor na minha decisão.

“Está bem,” Esme disse decretando. “Nós vamos descer e jantar agora, pois eu só quero matar as saudades da Bella.”

Todos começaram a sorrir e a brincar com um clima leve, ao começarem a se dirigir para o andar de baixo.

Eu fui logo atrás, porém sendo impedida quando Rosalie me puxou pelo braço.

“Ela está lá em baixo, Bells. A Izzy.” Ela me olhou com cautela. “Você tem certeza de que vai ficar tudo bem?” Eu tive que engolir em seco antes de respondê-la.

“Tenho, Rose.” Assenti com a cabeça. “Eu só preciso que você esteja ao meu lado.”

“Sempre.” Ela retrucou sorrindo para mim, me acompanhando de braços dados.

Assim que meus pés posaram do último degrau da escada, vi Masen correndo para minha direção, um pouco assustado. Ele estava estranhando um pouco a nova casa, afinal, ele não vinha para cá desde que era apenas um porquinho bebê.

Ele roncou em contentamento quando parei e o peguei no colo, seguindo para a sala de estar onde eu sabia que estavam todos.

Quando lá cheguei, todos sorriram alegres para mim, mas entre eles traçavam olhares de cautela, sempre desviando de mim para a figura sentada no sofá.

Foi então quando eu a vi.

Ela estava de costas pra mim, mas eu podia ver seus cabelos longos e ondulados, num tom dourado. Eu já tinha quase certeza de que ela seria linda, mas eu realmente estava rezando para que as minhas expectativas fossem excessivas.

Todos reinaram em silêncio, assim que pus meus olhos nela. Todos pareciam com medo do que podia acontecer vindo do meu encontro com a... atual.

“Bella...” Seth começou lentamente. “Essa aqui é... a Izzy.” Ele olhou para a garota que estava de costas para mim. “Izzy, essa é a Bella.”

Quando ela virou-se para mim, eu senti múltiplas vontades ao mesmo tempo. Primeiro, eu quis subir para o meu quarto e encher meu rosto de reboco, pois não havia como eu estar no mesmo recinto que aquela mulher e não me sentir a última das criaturas.

Ela era...

Muito linda.

Não tão linda quanto a Rose, mas ela tinha esse sorriso de merda que contagiava como herpes, que te fazia querer pôs óculos de Sol devido à brancura de seus dentes.

Se eu não tivesse certeza de que não estava sonhando, podia jurar que olhava para a réplica humana da Barbie. Até mesmo a postura da criatura era ereta e angelical. Sim, eu estava me sentindo uma merda perto daquela quase Miss.

Depois, eu senti raiva dela. Eu tinha certeza de que ela não conhecia Edward como eu conhecia. Ela provavelmente não sabia que quando tínhamos sete anos, quando visitamos o circo pela primeira vez, Edward havia sido “atacado” pelo elefante e desde então pirava quando via um.

Ela provavelmente, não sabia qual era o prato favorito dele — o que vinha a ser uma receita antiga da vovó Swan de Frango Alfredo, que apenas eu sabia preparar.

Ela também não devia saber que Edward chorava quando ouvia Bein' Green do Caco, o Sapo de Vila Sésamo e muito menos que seu Muppet favorito era, secretamente, a Miss Piggy.

E por último eu senti ciúmes, muito, muito ciúmes.

Alice estava sentada ao lado dela, de mãos dadas como se fossem confidentes e elas pareciam isso mesmo.

E eu senti como se fosse à gota d’água.

Minha melhor amiga não, Vaca!

“Oi, Bella” A voz de sinos dela me despertou e o sorriso dela se alargou mais. “É um grande prazer te conhecer.”

E aí foi do nada.

Mas muito do nada mesmo.

A maluca correu e me abraçou.

Ela me abraçou.

Quer dizer, quantas vezes na vida você chega a ser abraçada pela noiva do seu Ex?

Tudo bem, ela não sabia que eu era Ex do seu noivo, mas mesmo assim... Eu era apenas a irmã sumida do Emmett para ela. Não precisava me abraçar.

O que me levou a pensar que ela estava se esforçando muito, que levou a perceber que ela era muito falsa. O que me fez odiá-la só mais um pouquinho.

Ok, talvez ela fosse muito simpática.

Mas eu realmente não gostava de pessoas simpáticas, porquê eu mesma não era simpática.

Ela me apertou mais no abraço e com meu rosto virado para a minha família eu os fitava em confusão, os perguntando silenciosamente o que aquela louca estava fazendo.

Nessie, Seth e Jasper chegavam a rir da situação, mas Alice e Rosalie tinham sorrisos apologéticos e tinha certeza que elas me entendiam.

A tal Izzy superou os três segundos aceitáveis de um abraço e continuou lá, cheirando meu cangote como um cachorro grudento.

Masen que permanecia em meu colo, não estava muito confortável com o sufocamento da maluca e resolveu se mexer e grunhir como um louco.

Não posso dizer que não o impulsionei a se irritar mais.

Sim, eu estava sendo uma vadia. Mas eu tinha meus motivos.

Sem querer deixar a garota mal, acabei que por passando meus braços em volta de sua cintura e oferecer duas batidinhas em seu ombro como sinal de que já era tempo de acabar aquele abraço.

Mas o que eu senti não foi legal.

Ela era magra. Bem magrinha.

Mas não magra horrível tipo modelo maluca com bulimia.

Ela era magra tipo a Mary-Kate Olsen e a Nicole Richie. Era magra tipo... tipo... a Barbie.

Certo, eu podia me matar agora.

“Oi,” Eu tentei sorrir soltando-a finalmente e dando um espaço a mim e ao meu filho. “é um prazer ver você também.”

Houve um silêncio desconfortável e de repente, Seth pulou em direção à janela e eu pude ver faróis de um carro se aproximando.

Por favor, não seja.

Não agora.

Não comigo estando sem maquiagem e ao lado dessa reencarnação da Marilyn Monroe.

Não com Masen mastigando as flores estampadas em meu vestido.

E por favor, não sem antes uma preparação adequada.

Não chegue agora Edward!

Não, não, não, não...

Mas quando a porta se abriu, por um segundo eu me esqueci do porquê estava tão apreensiva e desejando tanto que não fosse quem eu pensava que fosse.

“Oh de casa!” A voz estrondosa surgiu e eu não pude deixar de correr em direção á ela.

Continua...



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Notas finais do capítulo

Estamos apenas no 3° capítulo ainda, então relaxem... Edward chegará no próximo capítulo e acreditem... vocês terão overdose dele. SAUHASUHS
Daqui a sete dias tem mais...
Desculpem a demora. Isso não voltará a acontecer.
Beijos, beijos.