All Apologies. escrita por Catarina_Rocks


Capítulo 18
Capítulo 17.


Notas iniciais do capítulo

Flashback, babys!



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24 de Dezembro de 2004.

Masen corre por toda a casa, enquanto escuto o coral da igreja de Forks cantar pela vizinhança arrecadando doações de porta em porta.

O barulho fica cada vez mais alto e eu assumo que não consigo deixar de achar profundamente irritante.

Eu não sou uma pessoa de corais, mas todos os anos nós contribuímos com doações. Algo sobre a cantoria perfeitamente harmonizada e as crianças usando todas as suas armas de extorsão, derretem meu coração.

Todos os anos, eu juro a mim mesma que não vou doar mais. Todos os anos, penso que não vou nem mesmo me incomodar em abrir a porta.

Mas todos os anos, a mesma coisa acontece.

É natal, tempestades de neve assolam todo o país e o clima de festas e a necessidade de ajudar os outros, cresce.

Eu sempre consigo ouvi-los chegando em minha rua. Sempre sei que vão cantar “Jingle Bell Rocks” na versão mais lenta e entediante que existe.

Eu conheço toda essa tradição de cor.

Mas esse ano as coisas estão diferentes.

Esse ano minha mãe não vai insistir para que eu abra logo a porta e pare de ser uma mal-humorada sem espirito natalino.

Esse ano, ela não vai ter preparado os cookies mais nojentos que existem para as crianças do coral.

Ela não vai pedir para que eles entrem e cantem uma versão especial para nós, enquanto Emmett, papai e eu gememos em nossos assentos, esperando que a tortura apenas acabe logo.

Esse é o primeiro natal sem minha mãe em casa.

Meu pai não se esforçou muito para que montássemos uma decoração ou pensássemos em nossas tradições. Esme acabou se encarregando de tudo.

Ela disse que nós iriamos para casa dos Cullen no dia 24 pela noite e abriríamos presentes todos juntos na manhã do dia 25.

Esme tem se esforçado bastante. Ela liga para Emmett e eu mais vezes por dia do que posso contar, ela busca entender o que acontece em nossas vidas, ela tenta me orientar com conselhos sobre o meu relacionamento com Edward.

Mas não é a mesma coisa, por mais que eu a ame como uma segunda mãe.

Ela não é Renée.

E, embora eu queira muito me manter forte e não desmoronar com a falta dela, eu não consigo.

Emmett não está em casa. Na realidade, Emmett quase nunca mais esteve em casa.

E eu entendo que é melhor pra ele não lidar conosco nesse momento, mas não há mais ninguém aqui que possa me ajudar a lidar com meu pai.

Agora, eu posso ouvir o coral na casa ao lado.

Eu paraliso.

Eles finalmente tocam a minha campainha.

Eu não atendo.

Eles tocam mais uma vez.

Eu ignoro.

Quando eles finalmente desistem, eu quase tenho o impulso de correr até a porta para chama-los novamente, mas algo em mim me trava.

Não há ninguém aqui.

Eu estou sozinha em casa. Ou pelo menos é assim que me sinto.

Charlie não fala comigo e ele se encontra trancado em seu quarto.

Eu ainda tento associar todas as coisas. Eu vou até o computador grande e barulhento da sala de estar e pesquiso muito.

Pesquisar todas as coisas que Carlisle já cansou de explicar vezes e vezes, é como um placebo pra mim. Ou um lembrete.

Eu tenho que me lembrar de todas as coisas que estão acontecendo comigo.

Eu tenho que ser forte.

Eu volto a digitar as minhas dúvidas já sanadas, mais uma vez.

Leucemia tem cura?

Como funciona um transplante medula óssea?

Quanto tempo vive uma pessoa com Leucemia?

Como age a Leucemia em alguém com 19 anos?

Quais as chances de alguém com 19 anos sobreviver a Leucemia?

Eu respiro fundo e penso em ligar para um dos meus melhores amigos, mas me lembro que Carlisle os arrastou para o hospital com a desculpa de que quer todos doem sangue como tradição natalina.

A verdade é que não existe doação de sangue.

Carlisle só quer testá-los para ter certeza de que alguém pode ser parcialmente compatível comigo e, assim, se tornar um possível doador.

Charlie realizou seus testes ontem. No mesmo dia em que tudo aconteceu e Carlisle me contou tudo.

Ontem eu ainda conseguia ver esperança nos olhos de meu pai, mas após os resultados, o olhar é vazio.

Ele finalmente sai do quarto quando a tarde cai.

Ele vai até a cozinha, pega um copo d’água e eu observo da sala de estar, encostada na parede amarela horrenda que minha mãe havia pintado anos antes.

Ele para e vira para mim.

“Está pronta para ir aos Cullen?” Ele finalmente pergunta, com tom apático.

Eu reajo em surpresa, porque essa é a primeira vez em muito tempo que escuto sua voz.

Dou de ombros e murmuro um baixo “sim” em resposta.

Ele acena.

“Você não vai querer falar sobre isso?” Eu me exaspero.

“Falar sobre o quê, Bella? Falar sobre como você está morrendo?” Sua voz soa cansada e meus olhos se enchem d’água.

É a primeira vez que essas palavras me batem. Carlisle sempre trata como se eu fosse uma de suas pacientes e nunca usa termos duros como esse.

“Eu não sei o que fazer.” Ele diz. “Eu só sei sentir dor e ódio agora.”

Eu começo a chorar.

Ele estala a língua e começa a falar, com a voz embargada por um choro preso. “Eu não consigo ser um porto seguro pra você agora. Eu... eu não consigo ser nada agora, me perdoe filha. Eu só consigo sentir ódio.”

O encaro em prantos agora.

“Bella...” Ele começa novamente e dessa vez a dor em sua voz é maior. “Deus que me perdoe, mas eu odeio... Odeio Carlisle por ter descoberto que você está doente. Eu o odeio por ter contado a você. Eu odeio o fato de eu saber disso agora...” Ele balança seus braços no ar em exasperação e então aumenta o tom de voz. “Eu odeio que eu perdi o amor da minha vida há oito meses. E agora... agora, eu estou perdendo a minha filha, pelo mesmo motivo! Eu odeio ter que lidar com isso de novo! E eu simplesmente me odeio por estar sentindo isso. Por não ser um homem forte o bastante para apoiar você...” Ele balança a cabeça em negação. “Eu me odeio por não ser o pai que você merece.”

“Papai, eu...” Eu começo, tentando mostrar a ele que está tudo bem, mas ele me interrompe novamente.

“Eu não sei como fazer isso, Bella.” Ele geme em agonia.

Eu entendo o que ele está sentindo agora. Ele mal conseguiu se recompor pela perda da mamãe.

Eu me lembro de nossas noites no hospital, a quimioterapia, o desgaste.

Algo em mim me diz que eu também não tenho mais forças para lutar. Eu vi tudo isso acontecer antes, num passado não tão distante.

Carlisle diz que tem fé e esperança, mas essa fé e essa esperança só serviram para me destruir mais quando o assunto foi com a mamãe.

Eu penso em Charlie tendo que se submeter a tudo aquilo novamente. Penso em Emmett, penso em Edward... Eu não tenho certeza se serei capaz. E assim como meu pai, eu não sei como fazer isso.

Penso no que Charlie disse, sobre odiar o fato de que Carlisle tenha descoberto tudo.

Eu meio que odeio isso também. Penso se não seria mais fácil, mais leve, se eu apenas nunca tivesse sido diagnosticada e simplesmente acordasse um dia e morresse.

Eu tento imaginar essa cena com Edward ao meu lado também. Eu penso em nós na faculdade e eu um dia acordando ao seu lado, e então, desmaiando morta no chão. Pensar na cena me dá calafrios.

Charlie se aproxima de mim.

Ele me envolve agora num abraço que destrói nós dois.

Um gatilho foi disparado e nós apenas não conseguimos parar de chorar.

Nenhum de nós dois sabe o que fazer a partir daqui.

(...)

“Bella, de verdade, me conte o que está acontecendo?” Esme pergunta gentilmente, enquanto acaricia meus cabelos molhados pela neve.

Estamos na varada da casa dos Cullen e Esme acaba de retirar toda a louça do jantar de natal com a ajuda de Sue.

Nesse natal ela realmente se superou.

Eu sei que ela está tentando ao máximo fazer com que Emmett e eu estejamos bem, mas a coisa toda meio que fica fora de proporção.

Há uma árvore de quase três metros de altura na sala de estar, a casa tem luzes de natal em cada cômodo e as meias de presentes com os nomes de meu pai, Emmett e eu, estão um pouco maiores esse ano.

Após o jantar, todos se dirigem para a sala para ouvir Edward tocar um pouco de piano.

Ele parece muito nervoso essa noite, o que é estranho para mim, mas ao mesmo tempo, é um alívio. Um Edward auto centrado é tudo o que eu preciso, pois ele é um dos únicos que pode notar o clima estranho entre Charlie e eu e os olhares de preocupação de Sue e Carlisle.

Infelizmente, não posso dizer o mesmo sobre Esme.

Ela me nota.

Me segue com o olhar.

Eu chego na varanda na vã esperança de respirar um pouco de ar puro e tento fugir do marasmo de lágrimas que provavelmente vão me perseguir esta noite e que piorariam muito se eu estivesse vendo Edward tocar nossas músicas de amor.

Esme me vê e me segue, me abordando com perguntas que eu não quero responder.

Estamos aqui fora há algum tempo e essa foi a sexta vez em meia hora que ela me pede para contar o que está havendo.

Eu deveria saber melhor.

Meu pai é seu melhor amigo, seu marido também parece ter saído de um funeral e eu não quero nem começar a falar sobre o meu estado. É óbvio que ela notaria.

Na realidade, durante o jantar, eu percebo que todos, menos Edward, notam. Esme deve ter sido a eleita a me abordar.

Esme suspira ao meu lado.

Ela parece estar sendo vencida pelo cansaço.

Eu ainda não digo nada.

“Você sabe que eu estou aqui para você, não sabe?” Ela me olha intensamente e eu estou prestes a dizer.

Eu me lembro da voz de meu pai me dizendo que odiava ter descoberto que eu estava doente.

Eu balanço a cabeça em negação e ela suspira mais uma vez e inclina para beijar minha cabeça.

“Eu te amo, Meme.” Eu digo segurando o choro intruso.

Ela sorri pra mim e aperta meu nariz. “Eu também te amo, querida. Desde sempre, para sempre.”

25 de Dezembro de 2004.

“Edward, são três da manhã! Por que diabos você me trouxe até aqui, em pleno natal?!” Eu grito para ele de dentro do carro.

Estamos estacionados em frente a velha casa Willow, eu estou em meus pijamas da Penélope Charmosa e minhas pantufas de oncinha.

Eu estou profundamente irritada por Edward ter me acordado no meio da noite e me arrastado em sua caminhonete até aqui.

“Sardenta, por favor, relaxe.” Ele me diz nervoso, mas com um sorriso esquisito.

Seu sorriso é meio assustador agora e mostra todos os dentes. Se ele não fosse o homem da minha vida, eu estaria pronta para fugir desse cenário, que mais me lembra uma cena de filme de terror.

O olhar no rosto de Edward é meio lunático. Assim como eu, ele está de pijamas e seu cabelo simplesmente desistiu de tudo, inclusive, da gravidade.

Quando ele me acordou, eu tive quase certeza.

Eu deveria ter notado que ele estava armando alguma. Eu tenho certeza que ele preparou alguma surpresa de natal, por isso todo o nervosismo durante o jantar. Caso o contrário, ele teria notado que eu realmente não estava para surpresas agora.

Eu pareço o Grinch.

Em fato, eu acho que o Grinch ficaria mais feliz com o natal do que eu esta noite.

Edward suspira ao meu lado.

“Certo, eu vou fazer uma coisa hoje a noite e eu preciso que você me escute até o final, porque eu estou muito nervoso e eu não vou conseguir me controlar se você falar alguma coisa... Então, vamos entrar e você vai me deixar falar, ok?” Ele me olha após seu jorro de palavras, com a respiração errante.

Eu apenas aceno uma confirmação com a cabeça, muito curiosa agora.

Por um momento, a negatividade dentro de mim me diz que ele quer terminar comigo.

Não nego que uma onda de alívio me abate, pois se for o caso, eu não terei que pensar nele definhando como Charlie ou socorrendo meu corpo sem vida em algum momento.

Ele me leva até a porta da casa e eu posso ver velas guiando nosso caminho, a partir da porta de entrada.

Há uma decoração muito romântica e cheia de luzes de natal, que nada combinam com o aspecto destruído da casa abandonada.

E então eu escuto “Come as you are” tocando em algum rádio ao fundo.

Parece-se muito com o cenário que imaginei para a nossa primeira vez, cinco anos atrás.

Nós paramos no meio da grande sala iluminada por vela, luzes e flores e ele me beija e nesse momento eu finjo que está tudo bem.

Eu finjo que essa surpresa é a única preocupação que devo ter no momento e que Edward é o homem mais maravilhoso do meu mundo.

E então, ele começa a tremer.

Eu franzo o cenho, tentando realmente manter minha promessa de ficar em silêncio.

Edward se afasta levemente de mim e me olha nos olhos.

“Eu me lembro até hoje da sua primeira palavra: o meu nome...” Ele começa com um sorriso torto que eu já estou mais do que acostumada. Sua voz está quase estridente de nervosismo. “Naquele momento eu soube que você era a coisa mais especial pra mim. E eu tinha só três anos.”

Edward suspira e eu me mantenho em silêncio.

“Eu me lembro de como foi o nosso primeiro beijo... Nós estávamos vendo Lagoa Azul e eu... Nossa, eu queria tanto te beijar. O Jasper estava apaixonado pela Lauren Mallory, lembra?” Ele diz com um sorriso. “E ele passava dias e dias dizendo como ela era linda, como ela era maravilhosa e como ele queria beijá-la. Quando ele dizia aquelas coisas, eu só conseguia pensar em você e então eu não conseguia tirar a ideia de te beijar da minha cabeça. Quando eu vi o beijo no filme, eu só consegui arrumar a desculpa mais esfarrapada pra te beijar e eu percebi ali, que você era o meu primeiro grande amor.”

Suas palavras me levam exatamente para o momento em que ele me beijou pela primeira vez. Eu instantaneamente começo a sentir um revirar no estomago e lágrimas percorrem meus olhos.

“Eu me lembro da primeira vez em que senti ciúmes de você e o idiota do Black te chamou pra sair. Eu fiquei cego.” Ele continua. “Eu sabia que podia te perder e então chamei os meninos para me ajudarem a estragar o seu encontro e eu poder te chamar de namorada. Naquele dia, eu percebi que você não era só o meu grande amor, mas como era o único que eu queria ter.”

Nesse momento, Edward para e me beija novamente. Quando nos afastamos, ele está de olhos fechados.

Ainda de olhos fechados, ele volta a falar. “Eu posso lembrar agora da primeira vez em que te vi como mulher, da primeira vez em que te tomei nos meus braços e nós nos entregamos um ao outro. No dia em que eu gozei junto com você, no dia em que eu e você nos tornamos um, eu soube... Eu soube que eu ia fazer todo o possível para ser o melhor homem para você.”

“Eu acho que eu sempre soube o que eu queria com você. Eu quero ser seu marido, seu companheiro, seu melhor amigo.” Edward diz ao mesmo tempo em que arfo em compreensão.

Ele está propondo.

E duas coisas começam a sondar minha mente.

Eu vejo o nosso futuro, nossa vida e como ela seria perfeita.

Eu vejo meu pai chorando ao lado da cama de hospital da minha mãe.

De repente, a realidade e a minha imaginação se misturam.

“Nós sempre fomos destinados um ao outro e eu sei que nossa vida deve ser construída juntos.” Edward diz.

“Emmett, Bella, eu preciso que vocês me escutem.” Minha mãe diz parada no meio de nossa de estar, nós dois a encarando apreensivos. Ela parece um caco. “Eu estou doente, queridos. Eu preciso que vocês fiquem ao lado do papai nessa hora e que rezem muito. Mas eu prometo a vocês, tudo ficará bem.”

“Eu quero ter filhos com você, quero envelhecer ao seu lado, brigar pelo controle da TV e porque eu não coloquei o lixo pra fora.” Edward sorri e puxa caixinha de veludo azul escuro do bolso de seu pijama.

“Bella...” Meu pai me abraça chorando intensamente no corredor barulhento da UTI. “Você precisa ser forte agora... A sua mãe, a sua mãe... ela... Ela se foi”.

“Isabella Marie Swan...” Edward abre a caixinha e o anel com uma grande pedra central tomam a minha visão.

“Renée, por quê?!” Meu pai grita ao lado da cama quando a máquina que registra os batimentos cardíacos de minha mãe para com seus bipes constantes e se torna somente um barulho agudo. “Fique comigo, Renée! Eu te amo!”

“Você quer se casar comigo, Sardenta?” Edward diz em um choro emocionado.

Eu estou parada ao lado da parede amarela de casa. Meu pai está na cozinha, aos prantos.

“Deus que me perdoe, mas eu odeio... Odeio Carlisle por ter descoberto que você está doente. Eu o odeio por ter contado a você. Eu odeio o fato de eu saber disso agora...” Ele balança seus braços no ar em exasperação e então aumenta o tom de voz. “Eu odeio que eu perdi o amor da minha vida há oito meses. E agora... agora, eu estou perdendo a minha filha, pelo mesmo motivo! Eu odeio ter que lidar com isso de novo! E eu simplesmente me odeio por estar sentindo isso. Por não ser um homem forte o bastante para apoiar você...” Ele balança a cabeça em negação. “Eu me odeio por não ser o pai que você merece.”

“Papai, eu...” Eu começo, tentando mostrar a ele que está tudo bem, mas ele me interrompe novamente.

“Eu não sei como fazer isso, Bella.” Ele geme em agonia.

Eu olho para Edward. A nossa música do Nirvana está tocando em looping.

Eu penso em como sair dessa situação. Mas não há saída.

Eu não posso ignorar o meu instinto.

Eu dou um passo para trás.

“Eu...” Começo e o vejo ansioso, com olhar apreensivo.

“Não!” Eu digo em um grito. “ Eu não posso!”

Continua...

 


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