Com Amor, Giulia escrita por vitorialondero
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
É, eu sei. Fiquei UM TEMPÃO sem atualizar a fic, e mais uma vez me desculpo por isso. Eu sei como é ficar esperando meeeeeses por um capítulo novo, mas é que ultimamente eu ando muuuuito sem saco pra escrever. ):
Mas saibam que eu ainda AMO essa fic e vou terminá-la. By the way, esse é um capítulo pronto que eu tinha guardado há muito tempo e esqueci de postar (isso mesmo, podem me matar KKK)
Enfim, boa leitura.
Giulia’s POV
Hans dirigia rapidamente, eu precisava chegar ao hospital logo, ou teria meu bebê dentro de um carro no meio da avenida mais movimentada de Berlim. Para minha infelicidade, o trânsito não poderia estar pior. Scheisse. Pegávamos engarrafamentos constantemente, estava cada vez mais difícil aguentar.
- Droga... Droga! Tá doendo... - fiz uma pausa para respirar -... Muito. – a última palavra foi quase que um resmungo. Eu estava aninhada em Bill, ele segurava minha mão forte. Eu respirava ofegante, era como se todo o ar do planeta tivesse sumido pra mim.
- Calma, respira fundo. – ele estava tremendo e muito aflito – Vai dar tudo certo, eu prometo. – beijou minha testa – Droga Hans, não tem um caminho mais curto até o hospital? O trânsito aqui está uma merda. – Bill estava visivelmente nervoso e irritado com todos aqueles carros na nossa frente.
- Sinto muito senhor Kaulitz, esse é o caminho mais curto que conheço. Mas nós já estamos chegando.
As últimas palavras caíram como um alívio para mim. De repente, senti o carro reduzir a velocidade outra vez. Quando olhei para a enorme fila de carros que havia em nossa frente, definitivamente perdi o controle.
- Mas que droga! Eu vou acabar parindo aqui dentro. É SÉRIO. – coloquei as duas últimas palavras em um “negrito verbal”.
- Hans, quanto tempo ainda falta pra chegar nessa droga de hospital? – Bill perguntou impaciente.
- Estamos a duas quadras dele.
- Tá legal, ótimo. – Bill respirou fundo e levou a mão até a maçaneta da porta do carro. – Venha.
- O quê? Cê tá maluco? – olhei pra ele com uma cara de WHAT THE FUCK, me contorcendo de dor.
- É a única saída. - Bill saiu do carro, colocou as mãos em volta de mim e me pegou no colo. – A gente precisa ir Hans. – Ouvi apenas o barulho da porta do carro fechando. Ótimo. Agora vou ter minha filha no meio de uma calçada.
As pessoas que estavam dentro dos outros carros logo nos reconheceram, e o trânsito todo voltou seus olhos a nós. Bill caminhava rápido por entre as filas de carros, até chegarmos à calçada.
- Tá... – respirei – DOENDO! – gritei alto, enquanto segurava firme o pescoço dele.
- Calma, calma, a gente tá quase lá. Aguenta só mais um pouquinho meu amor, só mais um pouquinho. – ele choramingou.
Todas as pessoas que estavam na rua paravam para olhar a cena: Bill Kaulitz, direto de seu casamento, levando sua esposa-de-vestido-branco-quase-dando-a-luz até o hospital. Eu até daria risada, se não estivesse sentindo uma dor horrível me rasgando por dentro e uma falta de ar do tamanho do mundo.
Bill ia acelerando o passo cada vez mais, até estar praticamente correndo. Segurei minha outra mão no casaco dele, apertando com toda a minha força, a fim de amenizar aquilo que eu estava sentindo e evitar um grito ensurdecedor que pararia a rua ainda mais.
Finalmente avistei a escadaria do hospital. Bill Subiu elas quase voando e adentrou a recepção. As enfermeiras logo me colocaram em uma maca e foram levando-me para dentro. Ele ficou ao meu lado o tempo todo enquanto atravessávamos os longos corredores brancos, sempre segurando minha mão. De repente, avistei minha mãe correndo até nós.
- Giulia! Você está bem? Ah querida, a mamãe está aqui com você, não se preocupe. – falou, acariciando minha testa.
- Mãe... Cadê o papai... E todo mundo? – perguntei.
- Já estão na sala de espera. – ela sorriu – Estão muito ansiosos e na expectativa, torcendo por você.
- Vai dar tudo certo Giulia. – Bill beijou minha mão, deixando algumas lágrimas escaparem em seu rosto.
Minha visão estava ficando turva e embaçada. Eu olhava para o rosto dele fixamente, seus olhos estavam mais castanhos do que nunca. Fomos chegando até uma porta, então as enfermeiras pararam.
- Ok... Eu... Vou estar na sala de espera. – gaguejou ele.
As lágrimas ficaram mais intensas. Bill deu-me um selinho longo e delicado.
- Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Eu vou trazer nossa filha para a vida, prometo. Eu te amo. – falei com dificuldade, enquanto as lágrimas teimavam em cair.
Ele me deu um abraço apertado. – Eu te amo.
Senti seu perfume em meu nariz, era tudo que eu precisava naquele momento. O abracei o mais forte que pude, então senti a maca em movimento outra vez. Observei enquanto eu me distanciava cada vez mais dele. Agora eu precisava ser forte mais do que nunca. Segurei a mão de minha mãe, enquanto ela me dava um beijo na testa. Ela estaria do meu lado agora.
Levaram-me até uma sala, onde removeram meu vestido e me prepararam para o parto. Essa criança tinha me unido a pessoa que eu mais amava no mundo, e agora eu seria capaz de dar a minha própria vida por ela.
Bill’s POV
Caminhei até a sala de espera do hospital. Lá já estava o pai de Giulia, minha mãe, Gordon, Tom, Georg e Gustav.
Todos estavam muito ansiosos para conhecer a mais nova membra da família. Eu ficava andando de um lado para o outro, sem conseguir pensar em mais nada a não ser nas duas coisas mais importantes para mim. Minhas mãos tremiam, minhas pernas estavam adormecidas e mal conseguiam sustentar o peso do meu próprio corpo. Meu coração batia forte e estava tomado por um sentimento estranho. Eu estava feliz, mas ao mesmo tempo alguma coisa me deixava preocupado - eu só não conseguia saber o que era. Tudo que eu queria era ultrapassar aquelas portas e correr para perto de Giulia, estar com ela naquele momento.
Os minutos iam passando devagar, parecia que cada segundo era uma eternidade para todos ali naquela sala.
- Eu sei como você está se sentindo. Você sabe que eu sei, e como eu sei. – Tom chegou ao meu lado, dando um sorriso – Lembra, desde que éramos pequenos foi assim. – retribuí o sorriso - Mas vai dar tudo certo, meu irmão. Eu sei que vai. – ele me abraçou apertado – Daqui a pouco você vai conhecer sua filha! E eu vou ser titio! – nós dois rimos.
- Obrigada Tom. – o abracei também.
De repente, ouvimos um grito de horror vindo da porta do corredor. Alguns enfermeiros acompanhavam a mãe de Giulia, que vinha praticamente arrastada, chorando desesperadamente. Meu coração disparou. Todos na sala levantaram.
O médico veio logo atrás dela, acompanhado de uma enfermeira. Fui correndo em direção a eles.
- NÃÃÃO, NÃÃO, NÃÃÃO... Não pode ser. – Suzanne berrava – Eu quero a minha filha, agora! – as lágrimas jorravam de seu rosto.
- Mas o que aconteceu? – perguntei com lágrimas nos olhos – Como a minha filha está? E a Giulia?
O médico estava sério, com uma expressão estranha.
- Senhor Kaulitz... A sua filha nasceu totalmente bem e saudável. – ele olhou fundo em meus olhos e fez uma pausa.
Dei um sorriso torto, um pouco mais aliviado. – Posso ver ela agora? Posso ver minha filha? E Giulia, ela está bem?
Silêncio total. O médico e a enfermeira se entreolharam.
- Sua esposa... Teve uma parada cardiorrespiratória durante o parto. Tentamos de tudo para reanimá-la, mas não foi o bastante. Eu sinto muito senhor Kaulitz.
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E aí? Triste, né? :/
Estão ansiosos pra saber o que aconteceu? Então não percam o próximo capítulo e só pra constar: a fic está na reta final.
Beijos, até a próxima.