Com Amor, Giulia escrita por vitorialondero


Capítulo 37
Afundando


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
É, eu sei. Fiquei UM TEMPÃO sem atualizar a fic, e mais uma vez me desculpo por isso. Eu sei como é ficar esperando meeeeeses por um capítulo novo, mas é que ultimamente eu ando muuuuito sem saco pra escrever. ):
Mas saibam que eu ainda AMO essa fic e vou terminá-la. By the way, esse é um capítulo pronto que eu tinha guardado há muito tempo e esqueci de postar (isso mesmo, podem me matar KKK)
Enfim, boa leitura.



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Giulia’s POV


Hans dirigia rapidamente, eu precisava chegar ao hospital logo, ou teria meu bebê dentro de um carro no meio da avenida mais movimentada de Berlim. Para minha infelicidade, o trânsito não poderia estar pior. Scheisse. Pegávamos engarrafamentos constantemente, estava cada vez mais difícil aguentar.

- Droga... Droga! Tá doendo... - fiz uma pausa para respirar -... Muito. – a última palavra foi quase que um resmungo. Eu estava aninhada em Bill, ele segurava minha mão forte. Eu respirava ofegante, era como se todo o ar do planeta tivesse sumido pra mim.

- Calma, respira fundo. – ele estava tremendo e muito aflito – Vai dar tudo certo, eu prometo. – beijou minha testa – Droga Hans, não tem um caminho mais curto até o hospital? O trânsito aqui está uma merda. – Bill estava visivelmente nervoso e irritado com todos aqueles carros na nossa frente.

- Sinto muito senhor Kaulitz, esse é o caminho mais curto que conheço. Mas nós já estamos chegando.

As últimas palavras caíram como um alívio para mim. De repente, senti o carro reduzir a velocidade outra vez.  Quando olhei para a enorme fila de carros que havia em nossa frente, definitivamente perdi o controle.

- Mas que droga! Eu vou acabar parindo aqui dentro. É SÉRIO. – coloquei as duas últimas palavras em um “negrito verbal”.

- Hans, quanto tempo ainda falta pra chegar nessa droga de hospital? – Bill perguntou impaciente.

- Estamos a duas quadras dele.

- Tá legal, ótimo. – Bill respirou fundo e levou a mão até a maçaneta da porta do carro. – Venha.

- O quê? Cê tá maluco? – olhei pra ele com uma cara de WHAT THE FUCK, me contorcendo de dor.

- É a única saída. - Bill saiu do carro, colocou as mãos em volta de mim e me pegou no colo. – A gente precisa ir Hans. – Ouvi apenas o barulho da porta do carro fechando. Ótimo. Agora vou ter minha filha no meio de uma calçada.

As pessoas que estavam dentro dos outros carros logo nos reconheceram, e o trânsito todo voltou seus olhos a nós. Bill caminhava rápido por entre as filas de carros, até chegarmos à calçada.

- Tá... – respirei – DOENDO! – gritei alto, enquanto segurava firme o pescoço dele.

- Calma, calma, a gente tá quase lá. Aguenta só mais um pouquinho meu amor, só mais um pouquinho. – ele choramingou.

Todas as pessoas que estavam na rua paravam para olhar a cena: Bill Kaulitz, direto de seu casamento, levando sua esposa-de-vestido-branco-quase-dando-a-luz até o hospital. Eu até daria risada, se não estivesse sentindo uma dor horrível me rasgando por dentro e uma falta de ar do tamanho do mundo.

Bill ia acelerando o passo cada vez mais, até estar praticamente correndo. Segurei minha outra mão no casaco dele, apertando com toda a minha força, a fim de amenizar aquilo que eu estava sentindo e evitar um grito ensurdecedor que pararia a rua ainda mais.

Finalmente avistei a escadaria do hospital. Bill Subiu elas quase voando e adentrou a recepção. As enfermeiras logo me colocaram em uma maca e foram levando-me para dentro. Ele ficou ao meu lado o tempo todo enquanto atravessávamos os longos corredores brancos, sempre segurando minha mão. De repente, avistei minha mãe correndo até nós.

- Giulia! Você está bem? Ah querida, a mamãe está aqui com você, não se preocupe. – falou, acariciando minha testa.

- Mãe... Cadê o papai... E todo mundo? – perguntei.

- Já estão na sala de espera. – ela sorriu – Estão muito ansiosos e na expectativa, torcendo por você.

- Vai dar tudo certo Giulia. – Bill beijou minha mão, deixando algumas lágrimas escaparem em seu rosto.

Minha visão estava ficando turva e embaçada. Eu olhava para o rosto dele fixamente, seus olhos estavam mais castanhos do que nunca. Fomos chegando até uma porta, então as enfermeiras pararam.

- Ok... Eu... Vou estar na sala de espera. – gaguejou ele.

As lágrimas ficaram mais intensas. Bill deu-me um selinho longo e delicado.

- Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Eu vou trazer nossa filha para a vida, prometo. Eu te amo. – falei com dificuldade, enquanto as lágrimas teimavam em cair.

Ele me deu um abraço apertado. – Eu te amo.

Senti seu perfume em meu nariz, era tudo que eu precisava naquele momento. O abracei o mais forte que pude, então senti a maca em movimento outra vez. Observei enquanto eu me distanciava cada vez mais dele. Agora eu precisava ser forte mais do que nunca. Segurei a mão de minha mãe, enquanto ela me dava um beijo na testa. Ela estaria do meu lado agora.

Levaram-me até uma sala, onde removeram meu vestido e me prepararam para o parto. Essa criança tinha me unido a pessoa que eu mais amava no mundo, e agora eu seria capaz de dar a minha própria vida por ela.

Bill’s POV

Caminhei até a sala de espera do hospital. Lá já estava o pai de Giulia, minha mãe, Gordon, Tom, Georg e Gustav.

Todos estavam muito ansiosos para conhecer a mais nova membra da família. Eu ficava andando de um lado para o outro, sem conseguir pensar em mais nada a não ser nas duas coisas mais importantes para mim. Minhas mãos tremiam, minhas pernas estavam adormecidas e mal conseguiam sustentar o peso do meu próprio corpo.  Meu coração batia forte e estava tomado por um sentimento estranho. Eu estava feliz, mas ao mesmo tempo alguma coisa me deixava preocupado - eu só não conseguia saber o que era. Tudo que eu queria era ultrapassar aquelas portas e correr para perto de Giulia, estar com ela naquele momento.

Os minutos iam passando devagar, parecia que cada segundo era uma eternidade para todos ali naquela sala.

- Eu sei como você está se sentindo. Você sabe que eu sei, e como eu sei. – Tom chegou ao meu lado, dando um sorriso – Lembra, desde que éramos pequenos foi assim. – retribuí o sorriso - Mas vai dar tudo certo, meu irmão. Eu sei que vai. – ele me abraçou apertado – Daqui a pouco você vai conhecer sua filha! E eu vou ser titio! – nós dois rimos.

- Obrigada Tom. – o abracei também.

De repente, ouvimos um grito de horror vindo da porta do corredor. Alguns enfermeiros acompanhavam a mãe de Giulia, que vinha praticamente arrastada, chorando desesperadamente. Meu coração disparou. Todos na sala levantaram.

O médico veio logo atrás dela, acompanhado de uma enfermeira. Fui correndo em direção a eles.

- NÃÃÃO, NÃÃO, NÃÃÃO... Não pode ser. – Suzanne berrava – Eu quero a minha filha, agora! – as lágrimas jorravam de seu rosto.

- Mas o que aconteceu? – perguntei com lágrimas nos olhos – Como a minha filha está? E a Giulia?

O médico estava sério, com uma expressão estranha.

- Senhor Kaulitz... A sua filha nasceu totalmente bem e saudável. – ele olhou fundo em meus olhos e fez uma pausa.

Dei um sorriso torto, um pouco mais aliviado. – Posso ver ela agora? Posso ver minha filha? E Giulia, ela está bem?

Silêncio total. O médico e a enfermeira se entreolharam.

- Sua esposa... Teve uma parada cardiorrespiratória durante o parto. Tentamos de tudo para reanimá-la, mas não foi o bastante. Eu sinto muito senhor Kaulitz.


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Notas finais do capítulo

E aí? Triste, né? :/
Estão ansiosos pra saber o que aconteceu? Então não percam o próximo capítulo e só pra constar: a fic está na reta final.

Beijos, até a próxima.