Com Amor, Giulia escrita por vitorialondero


Capítulo 32
Agora eu sinto (CONTADO PELA GIULIA)


Notas iniciais do capítulo

Aeee, mais um capítulo galera!
Espero que vocês gostem, esse é muito especial pra mim e eu escrevi com todo o carinho. Boa leitura!



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Ficar grávida aos 16 anos é extremamente complicado. Eu tinha enjôos e tonturas constantemente. O dia da minha primeira ecografia já estava marcado. Eu via Bill todos os dias, e dessa vez sem problemas. Ele se preocupava muito, e com certeza iria ao médico junto comigo e com meus pais. Eu tinha todas as pessoas que eu amava ao meu lado, e o resto nada mais importava. Aquela criança antes mesmo de nascer já tinha conseguido me unir ao Bill. Se não fosse por ela, sabe Deus onde eu estaria hoje. Talvez em um internato ou qualquer coisa do tipo, e o pior: sem ele ao meu lado. Isso seria demais pra mim, não sei por quanto tempo eu agüentaria. Foi ela que conseguiu me unir ainda mais aos meus pais, fazendo eles entenderem meus sentimentos.

Toda mãe aprende a amar seu filho antes mesmo de ele nascer, e agora eu sabia disso mais que ninguém. Apesar dos pesares eu estava me sentindo muito bem. Era uma sensação de que finalmente eu iria ser feliz, ao lado do meu filho e da pessoa que eu mais amo no mundo.

 

----x----

 

Eu estava deitada na cama do consultório. Minha mãe estava do lado esquerdo da cama, enquanto a médica estava do lado direito. Bill estava nos pés da cama, parecia um pouco nervoso. Meu pai acompanhava tudo da porta da sala. Tinha a mesma expressão de Bill, mas parecia ainda mais nervoso. Digamos que ele estava aflito e com medo, coisas de pai. Afinal, sua filha única estava passando por uma gravidez precoce, e isso nunca é bom.

Eu não estava nervosa, muito pelo contrário. Estava morrendo de vontade de pode ver meu filho, ou filha.

A média passou aquele negócio transparente e gelado na minha barriga. A temperatura estava fria, o que provocou calafrios em minha pele.

Ela começou a deslizar o aparelho por toda a extensão do meu ventre. No monitor, apenas imagens acinzentadas. Desde pequena eu sempre me perguntei como os médicos entendiam tudo aquilo.

Todos na sala estavam ansiosos para conhecer o mais novo bebezinho que iria vir ao mundo.

Foi quando a médica estabilizou a imagem.

 

- Está vendo Giulia? Aqui está o seu bebê. – dizia ela fazendo o contorno pelo monitor.

 

Eu fiquei estática olhando, e apesar de não conseguir distinguir muito a imagem, eu senti uma vibração, uma sensação boa dentro de mim. Era como se meu filho, mesmo ainda sendo um feto, quisesse mostrar que estava ali mesmo. Meus olhos encheram-se de lágrimas, e nesse mesmo instante pude ouvir as batidas de coração. A emoção tomou conta de mim. Todos na sala ficaram comovidos. Minha mãe já estava aos prantos, ao meu lado. Meu pai tinha aquela cara de durão, mas seus olhos já estavam segurando o choro também. Bill saiu dos pés da cama e veio ao meu lado. Segurou-me apertado pela mão, como se quisesse passar para mim todo o sentimento positivo e de força que ele tinha. Parecia que recém a ficha tinha caído: era realmente uma vida que se desenvolvia dentro de mim.

 

- É... É tão incrível. – gaguejei com o rosto já encharcado pelas lágrimas.

 

- É o nosso filho. – falou Bill, dando um beijo na minha testa com um sorriso enorme. Ele parecia estar sem palavras, maravilhado demais para ter qualquer reação.

 

Meu pai então tomou coragem e veio até mim.

 

- Minha filha... Eu não sei o que dizer. Eu só queria que você soubesse que isso foi a coisa mais linda que eu já senti em toda a minha vida. Eu sempre esperei por isso, por essa cena. Óbvio que não tão cedo assim, mas... Eu estou muito feliz, e quero que você saiba que eu e sua mãe vamos estar ao lado de vocês sempre. Para tudo que vocês precisarem, nós amamos você muito, minha menininha. – ele deu um sorriso e uma lágrima correu pelo seu rosto.

 

- Obrigada pai, eu também amo vocês. – falei emocionada.

 

Os três me deram um ‘abraço coletivo’, e eu me senti a pessoa mais amada do mundo.

 

- Doutora, já dá pra ver se é menino ou menina? – perguntou Bill ansioso.

 

- Bem, ainda não... Mas daqui a algumas semanas, creio que já vai dar pra ver. O bebê está numa posição não muito favorável para isso, mas geralmente quando isso acontece é uma menina. É claro que não posso afirmar nada para vocês ainda. – falou a doutora com um sorriso no rosto.

 

Depois, eu me limpei daquele gel e nós fomos até a sala da mesa da doutora.

 

- Bem Giulia, em primeiro lugar, eu queria parabenizá-la. Pelo que eu vi você está se cuidando muito bem, comendo o tipo de alimento necessário. Sua gravidez está correndo bem, porém, você precisa tomar muito cuidado.  – falou ela em um tom sério.

 

- Por quê? Está acontecendo alguma coisa? – perguntei aflita.

 

- Não, como eu disse, sua gravidez está indo bem. – ela deu uma pausa - Mas ficar grávida na sua idade sempre exige mais cuidados do que uma gravidez normal. Você é mais frágil, e não estava preparada pra isso. Evite fazer muito esforço, correr demais e carregar coisas muito pesadas. Agora que sua gravidez está evoluindo, você precisa se cuidar muito, pelo seu bem e pelo bem do bebê, ok?

 

- Pode deixar doutora. Essa menininha vai cumprir tudo direitinho, não é Giulia? – disse Bill, me dando um beijo na bochecha.

 

- Sim, sim, pode deixar. – respondi sorrindo.

 

Depois de mais alguns minutos de conversa, saímos do consultório e seguimos direto para minha casa. Fomos o caminho inteiro conversando sobre o bebê, meus pais estavam tão animados escolhendo nomes, e Bill também. Na verdade, pra mim o nome não importava muito. Desde que meu filho fosse extremamente saudável, tudo estaria bem. Mas a hipótese de ‘Sofia’ ainda não saía de minha cabeça.

Chegando ao portão de minha casa, Mary veio ao meu encontro. Meus pais entraram em casa e eu e Bill paramos para falar com ela.

 

- Oi Mary! – falei dando um abraço de urso nela.

 

- Giulia, que saudades! – nós ainda estávamos abraçadas.

 

- Bill, essa é a Mary, acho que você já conhece ela não é? – perguntei.

 

- Ah sim, é claro. – falou ele – Aquela vez, do seqüestro...

 

- Pois é... – falou ela – Acho que eu devo um pedido de desculpas.

 

- Relaxa. Já passou, o que importa é que agora tá tudo bem. – sorriu Bill.

 

Nesse instante, o celular de Bill tocou.

 

- Ah, desculpem, só um pouquinho. – Bill caminhou até o jardim para atender.

 

Mary e eu ficamos conversando, ela perguntou como tinha sido a consulta e como estava o bebê. Depois de alguns minutos, Bill retorna do jardim.

 

- Giulia, eu preciso falar com você. – disse ele.

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? Digam o que pensam gente!