- Ah..eu...eu.... - olhei para baixo tentando arranjar uma desculpa, que não tinha, quem entraria em um colégio fechado em plenas férias, isso é invasão de propriedade, e se chamassem a polícia, eu ia ser presa, iria passar anos na prisão, minha irmã ia me matar. - olha, não chama a polícia eu estava só... - levantei o rosto, abri bem os olhos, meu corpo se arrepiou, eram Andrew que estava alí, lindo como nunca, ele estava parado a minha frente, me olhando com desaprovação, mesmo assim ele ainda era perfeito, suspirei, ainda estava sonhando. - Andrew...

- Andrew? Garota você está bem? - ele me olhou confuso, eu também não dizia coisa com coisa, decidi seguir o roteiro dos meus sonhos.

- Estou Andrew...Sou eu a Maddy... - sorri para ele, dando um passo a frente para me aproximar, diferente do que eu esperava ele afastou-se bruscamente, assustado.

- Hei, você é louca?

- Hã?! Louca...? Andrew? - não conseguia entender, o que minha imaginação estava fazendo, ele não era assim, meu Andrew era encantador, fofo, galanteador e possuía um sorriso só pra mim, porque ele não estava agindo assim? - O que acha que está fazendo! Eu te inventei! - ordenei, sendo severa, caramba era tão difícil assim tomar o rumo certo.

- Hã?! Com quem acha que está falando garota estranha? - a voz dele foi cortante para meus ouvidos, mesmo sua voz sendo tão aveludada como sempre.

- Porque está fazendo isso comigo? - meus olhos se encheram de lágrimas, não era assim para acontecer, me agachei chorando.

- O que eu...olha, espera... - aquele jeito doce de falar havia voltado, talvez por ter me visto chorando. - Quem é Andrew? Você está perdida? - ele havia se agachado mas não se aproximado.

- Hã?! - parei de chorar quando ouvi ele perguntar quem era Andrew, espera como ele não sabe que ele próprio se chama Andrew? Agora era eu que estava confusa. - Como assim...quem é Andrew, é você... Andrew Cullen...- explicava.

- Meu nome é Larium....como sabe meu sobrenome? - perguntou curioso.

- Como assim, Larium...? - meus olhos brilharam, como eu amava minha mente, ela havia criado um irmão gêmeo do Andrew pra mim, meu romance ia ser um triângulo amoroso? Ai, como eu sou feliz. - Ah! muito prazer Larium, eu conheço seu irmão gêmeo Andrew Cullen, e o resto da sua família também, a propósito, Nessie e Jacob não formam um lindo casal? - virei-me para onde toda família Cullen havia ido, percebi que o corredor estava vazio. Acho que estar com Larium alí, deveria ser uma daquelas cenas à sós que minha mente imagina.

- Irmão gêmeo? Garota, você usa drogas?

- Claro que não! - Bufei, ele ainda estava insinuando que eu era louca, poxa, isso magoa, cansei de brincar de sonhar, abanei as mãos como se para a imaginação se dissipar no ar, mas não se dissipou. - Hã? Mas o que...? - arregalei os olhos, me proximei dele, antes que ele se afastasse mais, pude tocar levemente seu casaco, era, real, senti por alguns momentos meu coração parar.

Ele era real? Espera, os Cullens existem? Mas, o que..? Minha mente não conseguia concentrar-se em mais nada, nem pensar coisa com coisa, eu estava confusa. Vampiros existem? Olhei fixamente para ele à minha frente, como poderia ser real? Ele era fruto da minha imaginação, não pode ser, não é possível. Eu só posso estar sonhando, não tem outra explicação. Para tudo, e, se ele for um vampiro mal? Ele vai me matar? Ai não! Me afastei instintivamente. Ele lançou um olhar confuso.

- Olá? Você está bem? - ele balançava a mão freneticamente na altura de meus olhos, eu devia estar muito concentrada, isso acontecia de vez enquando, quando eu pensava em algo importante para mim, e vampiros são importantes, venhamos e convenhamos, são os Cullens né?

- Na...na...não....- continuava me afastando, mas, espera, ele disse que o sobrenome, eu havia acertado o sobrenome, ele era um Cullen, um vegetariano, do que eu estava com medo, recobrei a sanidade, se é que tenho alguma, e encarei-o, ele se surpreendeu com minha ação, ora eu estava morrendo de medo, e em outra eu o estava encarando. Queria poder ter o poder de Edward para ler o pensamento dele.

- Garota...você está me ouvindo? Você está bem? Será que ela fugiu do hospício?

- Que?!?!?! - me irritei, fala sério, ele não era nada do que eu esperava que fosse, só estava me ofendendo, era um idiota! Aumentei o tom da voz e comecei a falar, tudo o que vinha na minha mente.- Olha aqui! Seu vampiro idi...

Não sei bem o que aconteceu foi tudo muito, muito, muito rápido, eu estava falando e ai, que mão gelada! Ele estava tapando minha boca com a mão, seu corpo estava contra o meu, e eu encostada no armário. Olhou a volta preocupado, e lançou-me um olhar que me arrepiei por completa, se ele era um vegetariano, senti que hoje ele ia quebrar um dia de dieta, tremi ao pensar nisso.

- Quem é você? Do que acha que está falando? Vampiros? Como sabe sobre isso? - eu conseguia sentir o ar gélido que saía de sua boca pela proximidade em que estávamos. Minhas pernas perderam a força, não sei ao certo o motivo, senti suas mãos soltarem minha boca e me segurarem pela cintura para que meu corpo não caísse.

- Sou Maddy...você é vampiro, assim como os Cullens, tá tudo escrito em um livro. - expliquei, me recobrando do susto.

- Em um livro..? Não sei nada sobre isso... Quem saberia sobre nós...? - espera, ele falou "nós", nossa se isso for um sonho não quero acordar. Percebi ele balbuciar algumas palavras e se afastou me soltando, ele havia percebido que eu já estava estabilizada. - Você vem comigo!

Ele começou a me puxar, andando em passos rápidos, tive que correr para poder acompanhá-lo, não que ele estivesse em uma velocidade sobre-humana, mas é que eu era lenta mesmo. Paramos em frente à um carro Maclaren, era um diablo vermelho, comecei conhecer carros depois que vi que os Cullens gostavam, claro que pesquisei só os mais velozes, mas nunca havia visto um assim tão de perto, o máximo eram fotos do google. Ele abriu a porta e me empurrou levemente, olhei-o com desaprovação. Larium podia parecer meu Andrew, mas era completamente diferente dele, isso me irritava um pouco. Sentei contrariada no banco e ele passou o cinto e fechou a porta, mal pisquei os olhos e ele estava ao meu lado ligando o carro.

- Uau... - fiquei impressionada, ele fez uma cara de riso e começou a dirigir, não demorou muito já estava quase à 300 km/h - Onde estamos indo...?

- Se está tudo escrito em um livro, e você pelo jeito supostamente já leu esse livro, você sabe onde vamos... - ele falou parecendo perdido em pensamentos.

- Você quer dizer que...

- Chegamos. - ele me interrompeu anunciando que havíamos chego.