A medida que meus pés davam mais um passo , menos um bombardeamento meu coração vazia. Eu tava ficando cada vez mais nervosa. É claro que a parte do coração e do bombardeamento tar falhando , não é bem assim. Ou secalhar é , e eu nem sei. Será que esta é a hora certa pra perguntar: O que é esta coisa do amor afinal?

Diz que é amar , e eu sei que amo Justin. Diz que é dar a vida, e eu daria minha vida por esse garoto. Diz que é estar sempre lá, e eu não estou. Não é por eu não querer, que eu quero. Mas agente ta bem e logo fica mal. Logo. E a prova disso sou eu agora. Uma garota correndo eu direção á praia feita louca pra se encontrar com o seu garoto , e nem sabe o que vai dizer. Sim , porque um ' olá , como vai? ' não chega.

Avistei a praia e vi alguém - provavelmente Justin - sentado na areia olhando as ondas do mar, que agora eram mais fortes por já ser noite. Me dirigi a ele e o fiquei olhando. Concerteza ele já teria me sentido , mas queria que fosse eu a primeira a falar. Mas o pior era mesmo isso. Eu não queria ser a primeira a falar, precisamente. Não sei o que devo dizer. É como que , alguém me enfiou um pauzinho de madeira na garganta e eu agora não falo.

– Me desculpa. - Eu decidi me pronunciar com a unica coisa que poderia ser dita naquele momento, por mim.

Justin nada respondeu e continou olhando o mar. Ele fungou e respirou fundo. Vi ele se levantar e ele simplesmente - por estranho que pareça– me abraçou. Abraçou bem forte. Abraçou como que se não me quisesse largar nunca mais. Mas , ele largou.

– Você me pordoa? - Eu perguntei. Eu sabia que ele não perdoava. O que eu fiz? Eu mudei ele! E já não sei se isso é bom ou mau. Quero dizer, antes de tudo isto Justin era um cafajeste mas era feliz. Agora, ... Agora ele está magoado por quem ele mais tentou proteger. Eu. - Fala alguma coisa, por favor.

– Eu não posso. - Justin disse balançando a cabeça negativamente.

– Não pode me perdoar ou não pode falar comigo? - Eu perguntei confusa e me contendo pra não chorar. Como todos sabem eu sou uma chorona.

– As duas. - Ele me respondeu de imediato e eu fiquei confusa.

– O quê, como isso, como ... - Ele me interrompeu.

– Eu tou noivo. - Justin disse tristemente e me olhou. Minha boca se abriu e fechou e abriu de novo. Eu nem queria acreditar. Quer dizer , eu também tou noiva mas eu tou disposta de tudo pra largar Damon e ficar com Justin. Eu não quero esses casamentos! E tenho quase certeza que Jeremy e minha mãe estão por detrás disto.

– Quem? - Eu perguntei. Queria saber quem era a garota que me iria substituir.

– Nicole. - Justin respondeu num suspiro. E eu assenti com a cabeça de leve. - É melhor assim.

Mal ouvi essas palvras eu me afastei. ' Melhor assim? ' Em que vida?

– Não é não. - Eu falei chorando já. Não falei que era uma chorona? É. - Não é. Eu não vou casar com o Damon, nem - Ele me interrompeu.

– Você tá noiva do Damon?! - Ele gritou. - Uau. Parece que eu nem vou fazer muita falta então.

– Como você pode dizer isso? - Eu gritei. Aqui eu poderia gritar tudo, porque agente tava sozinho na praia. - Eu gritei pra todo o restaurante que eu fui estuprada! Eu gritei com os pais de Damon dizendo que amava você! Esse casamento não vai acontecer! Eu não quero!

– Pode não acontecer de sua parte mais vai acontecer da minha! - Justin gritou. Com que então ele queria esse casamento? Parece que a menos importante agora , sou eu. Justin me chocou dizendo isso.

– Não, não. - Eu sussurrei. - Não. - Eu cheguei ao pé de Justin e segurei suas mãos. - Não. Agente vai embora, vamos viver nossas vidas. Você me perdoa , agente tem nossos .. - E logo eu tomei consciência do quão louca eu tava sendo. Nossos filhos, era isso que eu ia dizer.

– Nossos quê, Charlotte? Filhos? Você não pode tê-los, se lembra disso! - Justin gritou com raiva me fazendo chorar mais ainda. Ele tocou em meu ponto fraco. Eu me deixei cair no chão, mas não me machuquei como estava machucada por dentro. Justin se abateu do meu lado.

– Você me faz mal. - Eu cheguei nessa conclusão. Amor nos faz mal.

– Digo o mesmo de você. - Justin sussurrou. - Você está ficando louca.

Justin se levantou e começou a ir embora. E me deixou ali. Ali no meio. Eu me levantei sem medos e gritei com todas as minhas forças o que estava sentindo.

– Eu te odeio ! – Eu gritei e Justin parou de andar. Ele não estava muito longe por isso ele concerteza me ouviu. ´

Justin recuou e voltou pra trás em minha direção. Segurou meu rosto , e por míseros instantes pensei que ele me iria bater. Ele me olhou nos olhos - encharcados de água – e logo direccionou seu olhar pra meus lábios.

– Tem certeza? - Ele perguntou malicioso. Ele me puxou mais pra si e me beijou. Logo aquela sensação de borboletas invadiu meu estômago. Agarrei seu rosto e o puxei mais pra mim - como se isso fosse possivel. Eu podia dizer tudo o que eu quisesse, mas se eu dissesse que não amava ele , estaria mentindo.

Nos separamos pela falta de ar - te odeio oxigénio– e Justin fez um sorriso malicioso e torto.

– Aqui está a conclusão que você é louca. Nem sente o que diz. - Justin disse e eu não estava reconhecendo esse Justin. Espera, estava pois. Era o Justin antes de me conhecer.

E me largou seguindo o seu caminho, e desta vez, de vez. Justin foi não sei pra onde, mas acho que , pra casa não foi.

Me dirigi pra casa pensando em tudo.

Acabei de ter a maior discussão de minha vida com ele. Ele me ajudou , ele tirou minha virgindade com amor , ele me fez feliz , ele me fez apaixonar , ele tinha o sorriso mais lindo. Mas isso tudo aconteceu porque ele quis. E se agora ele não quiser me ver feliz?

E nem me fale do papo do casamento, que eu vou aceitar mesmo. Se Justin quer se casar com aquela prostituta - eu nem conheço a garota - ele que case. Também hei-de casar com o gostoso do Damon.

E ele me chamou de louca? Eu falo a louca pra ele. A culpa disso é mesmo dele. Ele me beijou e me chama de louca! Então, ele gosta aqui da louca.

E eu irei ser feliz, mas não sem ele. Palavra de Hudson. Sou eu quem vai liderar jogo.