Me encarei olhando aquele par de olhos azuis e aquele cabelo liso e preto. Nada mais , nada menos que um Deus grego em minha frente. Como se descreve alguém assim?
Ainda Justin pensa que eu sou parecida com um anjo , ui ...

- Te conheço? - Eu perguntei , caindo em mim.

- Ahm... eu ..tenho ... adeus! - O garoto falou e deu longos passous até á saída do aeroporto.

E lá estava eu , com uma careta confusa e triste no mesmo segundo. Me lembrei da razão por estar ali no meio de tanta gente. Justin.
Eu tinha de me mentalizar que havia acabado. Algo que eu não queria , mas , era assim.

Comecei chorando - de novo - e me senti com tonturas.

- Charlotte? - Alguém me chamou de novo. Mas diferente daquele outro alguém , eu conhecia essa voz. Era meu amor. Meu garoto. Meu Justin.

- Justin? - Eu confirmei. Nem acreditava que ele ainda não havia ido pro Canadá! Corri até ele e o abracei. Ao contrário do que eu tava esperando Justin me " empurrou" em modo de me afastar. - Justin ...

- Agente não pode mais ... Eu te amo, mas ... - Justin falou e logo rolou lágrimas de meus olhos.

- Não, não. Eu fui uma besta consigo , eu .. eu sou culpada. Minha mãe abriu meus olhos , eu - Justin me interrompeu.

- Sua mãe abriu seus olhos? - Justin riu com sarcasmo. - Sua mãe é quem nos quer ver separados!

- O quê? V-você ... Justin. - Eu não sabia o que falar. Estava gaguejando que nem uma idiota. Oh, me esqueci: eu sou uma idiota.

- Charlotte ... - Justin sussurrou meu nome e colocou suas mãos em minha cara. - Eu amo você , por isso que estou fazendo isso.

- Você sempre diz que ama , que ama , mas nunca mostra isso! Nunca! Você me ama , e me vai deixar? Que tipo de amor é esse? - Eu gritei.

- Charlotte , eu tenho meus motivos! - Justin gritou.

- Então , diga , grite , faça o demônio , mas me conte! - Eu gritei de volta. Eu não ligava pra quem estava observando agente. Não queria saber. Se todo esse escandalo me devolvesse Justin eu gritaria mais alto ainda.

- Porque não pergunta pra vadia de sua mãe?! - Justin berrou em meus ouvidos praticamente.

- Sua mãe deve ser mais vadia que a minha! - Eu berrei em resposta. Justin ficou visivelmente irritado e se conteu pra não me bater. Eu notei isso. Ele respirou fundo e me respondeu calmo.

- Minha mãe não andava metida com seu pai. - Justin respondeu calmo e eu congelei. Ele estava insinuando que minha mãe e seu pai ...? Não podia ser.

- Que seja. - nem sei como respondi isso. - É razão pra acabar tudo comigo? - Justin ia responder mas eu o cortei. - Leia meus lábios: Eu-te- Justin me cortou.

- Não diga isso. - Justin disse e me puxou pra ele olhando em meus olhos. Claro que como previsto , minha respiração falhou.

Justin pra minha surpresa e puxou mais perto e me beijou. Beijou como se não houvesse amanhã. Sentia sua língua se debater com a minha e explorava todos os cantinhos de minha boca. Me sentia como se tivesse engolido um balão e eu fosse voar á qualquer hora.

Infelizmente , seres humanos precisam de ar e nos separamos por causa deste.

Justin sempre tinha aquele efeito bobo em mim. E odiava esse efeito , porque me fazia entregar completamente á ele. Odiava isso.

- Venha. – Justin disse e me puxou.

- Você não vai pro Canadá? – Eu perguntei com um sorriso bobo.

- Canadá, é a ultima coisa que me interessa agora Angie. – Justin respondeu com sua expressão serena. Assenti de leve com minha cabeça e corri com Justin , pra … nem eu sei onde.

Justin parou num jardim publico, onde haviam casais, passarinhos, patos, crianças brincando e mais coisas que nem dão pra reparar em apenas um segundinho.

- Angel, você tem de me escutar. – Justin falou segurando minhas mãos. – Você vai pra Nova York … - interrompi ele.

- Eu não vou. – Eu respondi de imediato.

- Como assim você não vai? – Justin perguntou não acreditando  em minhas palavras.

- Não indo. – Eu sorri. – Se você ficar aqui, eu fico. Minha mãe anda estranha e até me pediu pra vir atrás de você. De meu amor. Porque você tem de complicar o que é simples? – Eu falei pro garoto de cabelos cor-de-mel em minha frente.

- S-sua mãe falou isso pra você? – Ele me perguntou gaguejando.

- Sim! – Eu concordei. Porquê todo esse espanto? Tudo bem que mês pais, nunca apoiaram minha relação com Justin 100 %, mas nem era assim tão mau.

- Sua mãe me perdoou? – Justin perguntou, com uma expressão pálida.

- Perdoou? De que você tá falando? – Eu perguntei, não entendendo o que ele tava dizendo. Afinal, Justin sempre foi claro naquilo que dizia e agora me andava com meias palavras.

- Você … Sua mãe não queria que agente ficasse junto. – Justin me informou. Franzi meu cenho em interrogação.

- Charlotte, me promete que não vai fugir de mim á sete pés quando eu falar a verdade pra você.

- Eu prometo. – Eu prometi, eu prometeria qualquer coisa por Justin.

- Naquela noite, em que você foi conhecer meu pai, ele me contou algo. – Justin revelou.

- É eu reparei. – Eu disse me lembrando do quão triste e feliz foi aquele dia.

- Ele … Ele tinha um caso com sua mãe quando você tinha apenas 12 ou 13 anos. – Justin disse trémulo e eu congelei. Minha mãe andava traindo meu pai?

COMO isso era possível? Meu pai é o homem da família, sempre fez tudo por agente. Como ela teve coragem? Não de enganar apenas meu pai. Enganar agente. Eu e ele. Uma lágrima rolou de meus olhos e eu a sequei logo de seguida.

- E foi … - Justin tentou continuar. – E depois de saber isso se lembra: eu te amo.

- Fala logo. – Eu pedi desesperada.

- Foi meu pai que estuprou você.