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_Deixa de ser fresco, seu louro escandaloso e chiliquento!

_Escandaloso? Chiliquento? Eu? Olha aqui seu quatro olhos de uma figa, esse hipogrifo alucinado quase me matou, sabia?

_Para Draco! Quase te matou! Uf. Um arranhãozinho de nada!

Draco abriu e fechou a boca várias vezes, tão indignado que não conseguia nem responder. Desabotoou o punho da camisa com movimentos bruscos e arregaçou a manga o mais que pode, enquanto Potter apenas olhava pra ele com desdém.

_ Olha aqui seu cego, o arranhãozinho de nada! – Disse enfiando o braço embaixo do nariz de Potter pra ele ver o estrago que a besta fera tinha feito nele.

Do cotovelo até metade do braço podia- se ver três finas linhas esbranquiçadas, cicatrizes daquele antigo ferimento.

_ Ah Malfoy, olha só pra isso. Ficou só uma cicatriz fininha, isso foi só um arranhão.

Malfoy bufou indignado.

_ Potter, nem você pode ser tão burro. – Harry apenas arqueou as sobrancelhas. _ Você sabe o tamanho que um corte tem que ter pra deixar uma cicatriz dessa? Eu tomei um balde de poções e mesmo assim ficou a marca, idiota.

Potter levantou mais ainda as sobrancelhas, Draco revirou os olhos, aquele tapado não entendia nada de ferimentos e poções de cura.

_Exagerado!

_ O imbecil, lembra do Sectumsempra que você me mandou no sexto ano? – Draco ia falando e desabotoando a camisa _ Você lembra a profundidade dos cortes? – Harry apenas fez que sim com a cabeça _ então, olha aqui. –Draco falou e aproximou o antebraço do peito comparando as cicatrizes. _ Tá vendo, quase igual. Significa que a profundidade dos cortes foi a mesma! – concluiu triunfante.

_ É mesmo! tadinho! – Harry falou se aproximando perigosamente e tocando a fina linha que cruzava o peito de Draco de cima abaixo.

Draco paralisou sobe o toque suave.

_ Eu nunca mais vou te machucar de novo, nem vou deixar ninguém te machucar!

_ P-Potter, o-oque v-você tá fazendo?

_ Nada, não to fazendo nada.

_ E-então é m-melhor v-você ir d-dar com-comida pro se-seu hip-hip...

_ Hipogrifo.

-É-é, i-isso.

_ Dou sim, você não precisa entrar lá. – Harry falava com voz rouca e continuava com a mão no peito de Draco, que ia se afastando assustado, até seus joelhos colidirem com o sofá e ele cair sentado num baque. Harry colocou a mão em seus ombros e o forçou gentilmente a ser deitar, prendendo-o sob si.

_ P-Potter, v-voc...e-eu...

_ Sim, você e eu.

_N-não...

_Sim.

_E-eu...

_É. Você!

_Ma-mas...

_Quieto!

E Draco ficou quieto quando Harry colou seus lábios nos dele, mas não pôde ficar quieto por muito tempo, porque Harry fez coisas nele que o obrigaram a assumir que ele era sim, um pouquinho escandaloso afinal.

Mas chiliquento não.

Nunca!

fim