Lights Will Guide You Home escrita por Dorothy Eaton


Capítulo 6
It was like a happy memorie.


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo para vocês nindos. Espero que gostem :3



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Seu expediente tinha chegado ao fim. Depois de um cansativo dia de trabalho, correndo de um lado para o outro no meio de leitoras malucas, Hermione resolveu que tiraria algum tempo para visitar as ruínas de Hogwarts. Desde o dia em que chegara, uma semana atrás, que não as visitava.

Hermione gostava muito das ruínas, na verdade. Sentia-se em casa, como em nenhum outro lugar no vilarejo do mesmo nome. Era como uma lembrança de um tempo feliz. Mas as ruínas realmente lhe traziam boas memórias: tinha ficado com Ronald pela primeira vez atrás de um dos grandes blocos de pedra deslocados.

Sorriu, deixando que seus pés a guiassem. Fechou os olhos, visitando o passado novamente, como costumava fazer quando sentia saudades e estava longe. Lembrou-se das brincadeiras, dos sorrisos, e mesmo das quedas e das lágrimas. De um certo ruivo.

Abriu os olhos.

Mas o ruivo ainda estava ali.

“R-Ronald?” sua voz era hesitante e baixa, mas chegou aos ouvidos da figura sentada na escadaria de mármore.

“Hermione.” disse com sua voz rouca, sem mesmo levantar os olhos. Reconheceria aquela voz mesmo que milhões de anos se passassem. “Hermione.” repetiu, como que para garantir que ela ouviria.

“Ronald.” Percebeu tarde demais que tinha repetido seu nome, e para disfarçar, acrescentou uma pergunta, depois de uma pausa “O... que faz aqui?”.

“Tornou-se um hábito visitar as ruínas depois que você foi embora.” Suspirou, olhando o horizonte “lembrava-me de você”.

Era interessante saber que não era a única que achava as ruínas um bom lugar para lembranças. Era interessante saber que ele não a esquecera.

Deu um passo para trás.

Não. Seu coração batia forte no peito, suas mãos suavam, e seus pensamentos coerentes tinham simplesmente desaparecido.

Ela conhecia esses sintomas.

Sentira-o todas as vezes que via o ruivo em sua adolescência, e com ninguém mais depois dele. Tentara, realmente tentara apaixonar-se por algum cara intelectual da cidade grande. Por algum cara rico.

Apaixonar-se.

Sim, porque estava apaixonada por Ronald Weasley. Sempre fora, sempre seria. E mesmo que se passassem um milhão de anos, isso não mudaria. Era um fato, e aprendera que não se devia ir contra os fatos. Mas seu orgulho muitas vezes ia contra sua lógica, e seu orgulho não permitiria que ela pedisse desculpas.

Mesmo que estivesse errada.

E tivesse consciência disso.

Mal percebeu que o ruivo estava em sua frente, até que sentiu o hálito dele em sua face. Quase automaticamente tentou dar um passo para trás, que foi impedido por um braço forte envolvendo suas costas.

Como ele fora parar ali mesmo? A pergunta soou em algum lugar desconectado de sua mente, mas foi calada pela voz rouca do ruivo sussurrando seu nome, antes de colar seus lábios nos dela.

Era impossível lutar, e Hermione ao menos tentou. Os lábios dele eram tão macios, e transmitiam muito mais que o desejo e o amor limitado de adolescente.

Era o beijo de um homem.

Várias sensações passaram pelo seu corpo, que tremeu de saudade. Sua mente não funcionava mais, mas seu instinto mandou que passasse seus braços pelo corpo dele, e foi o que ela fez.

Ela gemeu pedindo por mais, mas ele apenas a afastou ofegante. Hermione pensou que devia falar alguma coisa, mas não conseguiu encontrar as palavras.

“Senti saudade disto” ele murmurou.

Doeu saber que ele era capaz de pensar coerentemente depois de um beijo que deixara-a tão abalada, feriu seu orgulho saber que era tão vulnerável diante dos desejos do próprio corpo.

É falta de prática, tentou convencer-se. Seu último homem tinha sido Tom, e ele era mais frio que uma estátua de gelo. Hermione podia achar que ele era frio, não tivesse sentido o calor de sua fúria na pele.

Não fora por isso que fugira? Acuara-se como uma presa indefesa diante do predador e correra para casa. Ele a deixara em paz, não é? Depois daquela carta que recebera, tinha certeza que ele procuraria outra vítima, outra mulher indefesa.

Mas ela seguira sua vida.

E se encontrava ali, ainda ofegante por causa de um beijo. 


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