Something Old, Something Blue. escrita por Mel Fonseca


Capítulo 1
So close.


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi essa fanfic ouvindo três músicas... A primeir foi love me tender (versão da Norah Jones, a Segunda foi "So close (brazilian version) - Do filme encantada" e um video de 08min com a trilha do labirinto do fauno.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/256649/chapter/1

Ela ouviu um barulho vindo de sua janela, sobressaltou-se. Deixou o livro que lia de lado e empunhou sua varinha. Foi até a janela viu pequenos pedregulhos baterem a sua janela. Ela abriu o vidro, franzindo o cenho:

– o que esta fazendo aqui Tom?! – Exclamou surpresa.

– Eu precisava vê-la uma ultima vez antes de ir embora... – Ele murmurou para a janela do segundo andar – Tenho uma surpresa para você... Pode descer?

– Sinto muito Tom... Meus pais estão na sa... – Ela se interrompeu em meio a frase olhando para trás – Espere...

O moço encarou a janela com expectativa em seus olhos acinzentados. Segundos depois avistou Hermione de volta a janela. Ela jogou uma manta pela janela. 

Apoiou o corpo para fora da janela e desceu pela vegetação presa às paredes de sua casa. Tom a ajudou a botar os pés no chão com facilidade, virando-a em seus braços e colando seus lábios num beijo romântico:

– Vamos logo querida Julieta, antes que seus pais me expulsem da cidade... – Ele disse dramaticamente, fazendo Hermione rir, enquanto se abaixava para recolher a manta. 

Os dois correram para alguns metros dali, onde o cavalo preto de Tom estava a pastar. Ele montou sobre o lombo do animal com maestria e elegância, em seguida ofereceu uma mão a Hermione, que montou atrás do rapaz, envolvendo-o pela cintura:

– Pronta? – Ele perguntou sorrindo. Hermione não gostava de montar, mas pelo menos esse animal não possuía asas como os Testrálios ou Hipogrifos, e além do mais, ela estava com seu Tom.

– Pronta! –  respondeu apertando seus braços envolta dele. Tom chacoalhou as rédeas e o animal galopou para longe dali.



Pararam em uma clareira não muito distante da casa dos Grangers. A luz da lua refletida pelas águas de um pequeno lago, iluminava o lugar, dando um ar romântico a clareira. 

Postaram a manta sob um pequeno carvalho. Tom ergueu seus olhos para o rosto de Hermione admirando-a, deu um passo combrindo a distancia entre eles. Granger tocou seu rosto com as pontas dos dedos como se pudesse, com suas digitais, memorizar cada mínimo traço daquele rosto sonserino. Como se ela não já o tivesse decorado, pensou com seus botões. Tom acariciou seus cabelos trazendo seu rosto para perto encostando a ponta de seus narizes:

– Tom...- A menina o chamou.

– Sim? – Ele respondeu de olhos fechados.

– Como será de agora em diante? Você se vai... – Ela perguntou com a voz embargada. Tom abriu os olhos, segurando o rosto dela entre suas mãos de pianista.

– Mas eu voltarei...- Ele lhe garantiu fitando os olhos acastanhados da menina – Hermione, não será tanto tempo... Prometo escrever-lhe toda semana!

Uma lagrima rolou pelo delicado rosto da jovem. Tom respirou fundo, sentia-se mal ao ver pessoas chorando, não sabia bem como agir, mas quando sua Hermione chorava, aquilo lhe atingia de uma forma grandiosa, ele seria capaz de qualquer coisa para evitar suas lágrimas:

– Não chore... – Ele pediu abraçando-a de maneira protetora.

– Vou sentir tanto sua falta... – Ela confessou apertando o abraço. Tom beijou-lhe o topo da cabeça.


– Eu mais ainda – Ele sussurrou, mais para si do que para ela– Vamos aproveitar essa noite... Para que ela valha por todas as noites que não poderei amá-la e tê-la em meus braços – Ele a beijou sofregamente.

Hermione aproximou mais seu corpo do de Tom. Eram quase um só. As pequenas mãos de Hermione se perderam em meio aos cabelos negros do sonserino. Ele a deitou delicadamente sobre a manta, sem nunca interromper o beijo.

Escorregou os lábios para o pescoço.

***

Depois de fazerem amor, Tom a abraçou levando seus lábios até o ouvido dela:

– Eu te amo – Murmurou para uma Hermione adormecida. postou um beijo em seu delicado pescoço e descansou a cabeça sobre a dela. E então adormeceu.

 ***

Hermione despertou.

Tom ainda estava em seus braços. Ela suspirou aliviada, apertando-o num abraço. Ele ainda estava ali, graças a Merlim, ele não havia partido como tivera que fazer em inúmeras outras vezes, deixando para ela somente um espaço vazio ao seu lado.

Tom dormia como um anjo. Ela ficou ali, observando-o dormir, sua respiração elevando e descendo o peito lentamente, o cabelo sempre tão bem arrumado, agora um pouco despenteado, os lábios fechados numa linha reta e uma expressão de calma tomando seu rosto.

Tom piscou e então abriu os, maravilhosos, olhos acinzentados. Voltou-os para a mulher ao seu lado:

– Bom dia – Ele sussurrou com um olhar amoroso. Hermione sorriu deixando seus lábios caírem sobre os dele.

– Bom dia... – Respondeu.

Ficaram abraçados por algum tempo em silêncio, apenas aproveitando o tempo que ainda lhes restava juntos. Tom brincava com os cachos de Hermione, puxando-os para depois soltá-los.

A menina engoliu em seco e sentiu um bolo formar-se em sua garganta. Logo as lágrimas saíram de seus olhos, silenciosas.

O rapaz a conhecia muito bem. Pela respiração notou que sua Hermione estava a chorar. Ele levou os dedos ao seu queixo, fazendo-a erguer os olhos lacrimosos para ele:

Foi tão ruim assim? – Tom questionou, divertido, fazendo Hermione rir entre suas lágrimas.

– Você vai para Berlim hoje Tom... - Ela soluçou. O rapaz ergueu-se e a abraçou.

– Hermione eu voltarei num piscar de olhos... – Ele garantiu – Farei o máximo para que não sinta minha falta, vou escrever todos os dias se você quiser... Mandarei presentes da Alemanha, para que se lembre de mim.

– Tom, quatro anos é muito tempo... E se você achar alguém... - Ela considerou horrorizada.

– Hermione! – Ele a repreendeu com seu melhor tom de monitor – Eu amo você! Ninguém mais! Você sabe o que isso significa?

Ela voltou os olhos para ele esperando que ele a respondesse.

– Que não importa tempo, distancia ou qualquer outro fator, eu jamais deixarei de amá-la, nenhuma mulher nesse mundo pode fazer com que eu me sinta da maneira que você faz... Eu ainda fico pasmo com a maneira que você, com esse jeito doce conseguiu me transformar. Lembra-se? Como eu era frio e mesquinho, o jeito que eu a tratava por ser nascida trouxa, todas as maldades e crueldades que eu fiz?! - Ele questionou olhando-a nos olhos - Você fez com que eu me arrependesse de cada uma delas, e mesmo eu sendo uma pessoa horrível, mesmo assim, você, dentre todas no mundo, você foi a única que conseguiu me amar. A única capaz de amar alguém que lhe causou tanta dor... - Tom falou com o olhar perdido. Ela o silenciou com um beijo rápido. 

– Você não é uma pessoa horrível Tom - Ela disse devagar, para que ele entendesse cada palavra - nunca foi! Você só cresceu privado de coisas que deveria ter tido.

– Coisas que você me deu, coisas que me transformaram num bom homem – Ele completou - É por essa razão Srta. Granger que não posso amar mais ninguém... Se não você.

 Hermione sorriu. Ela estava segura, mais disposta a esperar por ele.

– Eu te amo Tom Riddle - Disse seriamente, enfiando seus dedos nos macios cabelos de Tom.


– Eu a amo Srta. Granger – O rapaz respondeu no mesmo tom, beijando-a.

***

Montaram no lombo do cavalo e Tom a levou de volta para a casa dos Grangers.

 Ambos desceram do animal.

Hermione beijou Tom profunda e demoradamente.

Vou sentir sua falta – Murmurou. O coração da jovem apertou ao pronunciar essas palavras. Ela virou-se para entrar. Não sabia se suportaria ver seu Tom indo embora.

– Hermione... Espere – Ele segurou seu braço. Ela se voltou para ele – Eu a amo e como prova disso – Ele se ajoelhou, tirando uma pequena caixa do interior de seu casaco. Hermione sentiu as pernas tremerem e o coração bater forte dentro do peito – Hermione Jean Granger... Aceita-se casar comigo?

A rapariga não pode controlar as lágrimas, jogou os braços ao redor do pescoço do rapaz.

Sim... Sim... Sim – respondeu – mil vezes sim...

Ele a beijou, encaixando a aliança no dedo anular direito de Hermione. Esta era prateada, ornamentada com uma esmeralda reluzente. Uma aliança digna da Sonserina.


– Nos casaremos oficialmente assim que eu voltar de Berlim – Ele garantiu antes de beijá-la pela ultima vez envolvendo-a num abraço apertado. 

Tom não gostava de despedidas e acima de tudo não gostava nenhum pouco da ideia de deixar Hermione para trás.

Caminhou de volta ao cavalo e montou no lombo do animal com o coração apertado dentro do peito. Assentiu para a moça e fez o cavalo galopar à frente.

E assim ele desapareceu na segunda curva.

Hermione sentiu vontade de correr até lá, de mantê-lo em Londres, mas sabia que nada podia fazer. Teria que esperar por ele.

Admirou sua aliança com lágrimas nos olhos. Pelo menos ele havia deixado algo além de lembranças.

Com esse pensamento martelando em sua cabeça ela entrou em sua casa.

***

Alguns dias se passaram. Hermione estava deitada em sua cama a ler um livro quando ouviu um barulho a sua janela.

Seu coração disparou, enquanto ela corria em direção a esta. Logo viu a majestosa coruja de Tom, Hera, pousar no parapeito de madeira.

Hera, esse era o nome da enorme coruja negra de Tom, também era o nome da deusa, ao qual Riddle prestou homenagem. Ele decidiu por esse nome, pois o animal era extremamente apegado a ele, chegando a atacar pessoas que tentaram machucar o sonserino. Ela quase atacara Hermione uma vez. Hera parecia não gostar muito da Srta. Granger, mas mesmo assim ela a respeitava por ser a escolha de seu dono.

Trazia no bico a primeira carta do rapaz. Hermione recolheu a coruja e a carta indo até a bandeja de prata ao lado de sua cama, pegando uma torrada e dando como agrado para o animal.  Enquanto era se deliciava e descansava Hermione sentou à sua cama e abriu o envelope.

A carta dizia:


Querida Hermione,

Berlim é uma cidade maravilhosa. Não posso descrever o quanto gostaria que estivesse aqui para conhecer a cidade comigo. As coisas por aqui são agitadas demais, sinto falta da calmaria de Londres. Não tenho muito que contar, pois acabei de chegar, mas posso revelar-te que o EarlGrey não tem o mesmo gosto – Hermione sorriu – Amanhã pretendo dar uma volta para conhecer melhor os marcos da cidade como Berliner Fernsehturm, Siegessäule, Kaiser-Wilhelm Gedächtniskirche e claro, a vista do rio Spree, e tambémBrandenburger Tor.

Não posso descrever o quanto já sinto sua falta. Perdoe-me por essa carta ser tão breve, mas realmente não tenho muito que contar ainda.

Espero que esteja bem, eu te amo.

Tom

Ela se apressou a pegar um pergaminho, pena e tinta.


Querido Tom,

Não imagina o quanto fico feliz por receber noticias suas e saber que chegou bem a Alemanha. Eu queria poder estar ai junto a você para poder conhecer a cidade, mas tenho certeza que me contará tudo em detalhes quando voltar. Quase posso imaginar a sua cara ao colocar os pés na loucura de Berlim. Eu também sinto sua falta... Mais do que eu gostaria de admitir, tanto que estou quase sequestrando sua coruja para ter algo que pertence a ti aqui comigo. – Hermione sorriu ao pensar que Tom iria sorrir ao ler essa carta – Não se preocupe com o tamanho da carta, eu não me importo, com tanto que seja sua. Imagino o quanto sente falta de casa, por isso mandarei um presente junto à esta carta, uma lembrança que fará com que tenha um pedaço de Londres junto a você. - Hermione se ergueu pegou a varinha e transfigurou seu copo de suco num potinho de vidro vazio, - Eu te amo,, para sempre sua...

Hermione.

A jovem colocou a carta no bico de Hera

– Leve essa carta para Tom – Hermione acariciou a cabeça do animal, que abriu as asas e saiu pela janela.

A jovem perdeu o equilíbrio por um segundo e sentou-se na cama sendo tomada por uma leve dor de cabeça.




Em Berlim, Tom estava a estudar um grosso livro sobre anatomia humana, quando Hera entrou pela janela trazendo em seu bico a resposta de Hermione. O rapaz sorriu:

– Obrigada – agradeceu ao animal que subiu no poleiro ao lado da janela. Tom sentou-se e leu a resposta de Hermione.

Riu quando ela mencionou sequestrar a coruja.

“ Eu imagino o quanto sente falta de casa, por isso mandarei um presente junto a carta, um presente que fará com que tenha um pedaço de Londres junto a você”. Tom franziu o cenho retirando de dentro do envelope um vidrinho muito pequeno. Pegou sua varinha e o aumentou de tamanho. Riddle o abriu sentindo o aroma inconfundível. Era EarlGrey, seu chá favorito.

O rapaz sorriu:

– Hermione, Hermione... Sempre sabe como me surpreender – comentou para a carta.  – Tome mais cuidado da próxima vez Hera, pode ser que você não consiga voltar para casa – Tom dirigiu-se a coruja com um sorriso.


O rapaz foi para a cozinha preparar um pouco de chá.

 ***

Tom foi visitar todos os lugares naquela semana, fez questão de comprar lembranças para Hermione e as enviou junto com uma carta. Hermione ficou feliz ao receber a carta e os presentes

Querido Tom,

Receber sua carta trouxe um pouco de felicidade para meu leito. Infelizmente estou de cama, não me sinto bem há alguns dias,, minha mãe imagina que eu tenha contraído uma virose ou algo assim. Espero estar melhor em breve. Suas palavras fizeram com que eu me sentisse melhor e eu adorei os presentes. Fiquei feliz pelo vinho alemão ter conquistado seu exigente estomago inglês! E suas aventuras pelos monumentos de Berlim me mantiveram entretida e sorrindo por um bom tempo... Sinto muito sua falta, queria estar junto a você...

Com carinho,

Hermione.


Tom ficou preocupado com a carta que recebera. Sua Hermione estava doente. Ele queria estar junto a ela, descobrir o que afligia seu delicado corpo. Se ele estivesse lá prepararia algumas poções e em algumas horas ela estaria nova em folha. Era isso! Ele não podia estar lá, mas mandaria as poções junto à próxima carta que escreveria. Montou um laboratório escondido em seu quarto, comprou todos os ingredientes necessários e colocou-se a trabalhar.

Hermione,

Sua ultima carta deixou-me preocupado, eu gostaria imensamente de estar ai para poder cuidar de você, mas como não posso ainda, preparei-lhe algumas poções que devem curá-la em um dia, ou até mesmo em algumas horas. Eu as reduzi de tamanho, por isso use sua varinha para trazê-las ao tamanho normal. Avise-me caso essas poções não funcionem, o objetivo delas é te curar completamente, se elas não a curarem é porque sua doença é algo mais grave do que uma virose.

Avise-me se houve ou não alguma melhora... Se não houver eu pego o próximo trem para Londres e cuidarei de você pessoalmente. Eu te amo.

Tom

Hermione recebeu a carta. Seu estomago não estava nada bem e ela suava bastante. Leu as palavras de Tom com alguma dificuldade, pois sua visão embaçava de vez enquanto. Ela pegou a varinha e seguiu as instruções de Tom. Tomou as poções que ele lhe enviara e começou a se sentir melhor. O estomago já não incomodava, ela não estava a suar, a visão havia estabilizado, a cabeça parara de doer e não havia mais tontura.

Ergueu-se da cama e foi até a janela para respirar um pouco de ar puro. Aquilo a fez se sentir infinitamente melhor. Era mesmo uma virose. A jovem desceu para ver seus pais:

– Hermione?! O que esta fazendo fora da cama?! – Sua mãe a repreendeu.

– Eu estou bem melhor mãe... – A jovem garantiu – estou com fome...

Sua mãe a fitou desconfiada, mas mesmo assim levou a jovem para a cozinha e preparou uma bandeja de chá. Realmente Hermione parecia bem melhor segundo os olhos de sua mãe, a cor havia voltado ao seu rosto e ela não parecia mais doente. Hermione tomou o chá:

– Como foi que você melhorou tão rapidamente? – a mãe a questionou. Hermione comeu uma torrada.

– Eu não sei mãe, eu sou uma bruxa talvez meu organis...- Hermione se interrompeu em meio a frase. A Sra. Granger olhou a filha com mais atenção.

– Hermione?! O que foi? Filha?

Hermione correu deixando sua mãe sozinha na cozinha. A Sra. Granger apressou-se atrás da filha e a encontrou no banheiro ajoelhada próxima ao vaso sanitário segurando os cabelos para trás enquanto punha para fora tudo o que havia comido. A Mulher foi ajudar a filha.

– Eu sabia que você não havia melhorado, devia ter ficado na cama Hermione...

– Não mãe... Era para eu estar curada... O Tom enviou-me algumas poções, era para eu estar curada...

– Tom?! Tom Riddle?! Você tem conversado com Tom Riddle, Hermione?! – A mãe começou a questionar furiosa – Eu a proibi de falar com aquele garoto! E ele vem te dando poções?! Já passou pela sua cabeça que ele esta tentando envenena-la Hermione?!

– Ele esta em Berlim mãe, pare de se preocupar... Só estamos nos relacionando por carta agora... E Tom jamais tentaria isso contra mim

– Agora?! Como assim “agora”?! Hermione Jean Granger... Vocês tiveram um caso!?


– Mãe não estou me sentindo bem... – Hermione falou com a voz decaindo até que desmaiou. A Sra. Granger gritou pelo Sr. Granger que veio ajudar a mulher a levar Hermione para cima.

Hermione acordou duas horas depois com a mãe ao seu lado.

– Como esta se sentindo? – A mulher perguntou levando a mão a testa de Hermione.

– Melhor – A menina respondeu.

– Hermione, o que houve entre você e aquele rapaz? – Sra. Granger questionou séria.

– Mãe... De novo não...

– É sério Hermione... Pois eu estou começando a achar que ele tem algo haver com sua doença...

– Eu já lhe disse que Tom não esta me envenenando...

– Eu acho que você esta grávida Hermione – A mãe dela a interrompeu. A garota parou de falar encarando a mulher a sua frente. Hermione piscou rapidamente.

– Isso é impossível...

– Então você nunca se deitou com esse rapaz... – A mulher perguntou. Hermione congelou. Sim ela havia dormido com Tom, mas apenas uma vez... Antes de ele ir embora e...- Ah meu santo Deus Hermione! Logo você filha, que sempre foi tão esperta... Eu sabia que esse rapaz era um problema!

– Mãe, Tom não é um problema – Hermione tornou – Eu o amo, ele também me ama... Nós vamos nos casar quando ele voltar de Berlim você goste ou não.

– Você vive no mundo da lua menina, esse rapaz não a ama assim, não se lembra da maneira como ele te tratava?! Ele a esta usando filha! E agora você carrega um filho dele!

– Você não sabe o que esta dizendo, você não sabe de nada... Eu e o Tom nos amamos e ele me pediu em casamento – Hermione ergueu o anel – E eu não me arrependo por futuramente ter um filho do homem que amo.

– E quando esse menino volta da Alemanha ? – Senhora Granger questionou. Hermione congelou. Só em quatro anos... Quatro anos era muito tempo.

– Logo...

– Logo quando Hermione?!

– Em quatro anos – Ela murmurou.

– QUATRO ANOS?! – A mulher questionou – Hermione é tempo de mais! Você ficará mal vista para toda a cidade... Por ser mãe solteira...

– Mas que droga mãe, será que da para parar de pensar na imagem e pensar no que sua filha esta sentindo pelo menos uma vez na sua vida?! – Hermione questionou nervosa – Eu vou me casar com Tom, estou disposta a esperar por ele. Eu vou cuidar de nosso filho enquanto isso... Você goste ou não. – Ela disse num tom que sua mãe não ousaria discordar. A mulher deixou o quarto depois de lançar um olhar de decepção para Hermione.

A jovem pegou um pergaminho e foi escrever uma carta para Tom.


Querido Tom,,

Eu não melhorei, preciso de você aqui, mais que nunca.


Hermione foi até a janela e assoviou para que sua coruja viesse até ela. Perry ficou no parapeito da janela. A garota colocou a carta em seu bico. A ave voou em direção a Berlim.

Tom estava com seu Avô em um bar próximo ao apartamento que alugara. Estava conversando animadamente. Até que avistou a coruja de Hermione pousar na janela de seu apartamento:

– Com licença Vovô, volto logo... – Tom ergueu-se deixando o Sr. Riddle ali sentando. O rapaz correu escada acima e entrou ofegante em seu quarto. Pegou a carta e seu coração pareceu parar por um momento. Ela não havia melhorado. O que sua Hermione tinha!? Ele não podia ir embora de Berlim ainda, mas ele precisava, sua amada precisava dele... “Mais que nunca”. Tom arrumou suas coisas e desceu para encontrar seu avô.


– Onde você pensa que está indo jovenzinho? – Thomas perguntou.

Tom sentou ao lado do avô e lhe contou tudo o que passará com Hermione, disse que ela estava doente e precisava dele lá. Seu avô o encarou sério não parecendo nada feliz.

– Vovô, por favor, você sabe o que é amar alguém! – Tom lançou – Ela precisa de mim, se a vovó Mary precisasse do Sr. nesse exato instante você alugaria até um avião de guerra para chegar até ela... Depois eu voltarei à Alemanha... Mas preciso vê-la, me certificar que ela ficará bem...

– Tom, você não pode ir sinto muito – O avô disse. Tom ergueu uma sobrancelha.

– Felizmente, eu não vim pedir por permissão... Eu só vim avisá-lo que estou voltando a Londres – O rapaz falou antes de se levantar – Passar bem vovô.


Tom foi até a estação de trem e subiu no primeiro que levasse a Londres.


A Sra. Granger esperava, ao lado do Sr. Granger, nervosamente para que o médico saísse de dentro do quarto de sua filha e trouxesse um diagnóstico. A porta se abriu:

– E então?! – A mulher colocou-se de pé avançando para o doutor que deu um passo atrás.

– Acalme-se querida – Sr. Granger a conteve.

– Sua filha esta grávida Sra. Granger – o médico confirmou. A mulher quase desmaiou.

– Hermione esta o que?! – Uma voz veio de trás do casal.

– Riddle! – O pai da garota cuspiu o nome com raiva. Quando ia avançar para cima do rapaz Hermione o impediu.

– Pai não! – Ela se colocou em frente ao rapaz. Tom a virou de frente para ele.

– Hermione... O que aquele homem disse é verdade? – Tom perguntou – Você esta grávida?

– Venha, vamos conversar em particular - Hermione o puxou pela mão. Ela fechou a porta.

– Então?! – Ele questionou. Hermione o olhou.

– Sim Tom, é verdade, estou grávida.

– Quem é o pai? – Ele perguntou de punho cerrado. Hermione o encarou ofendido.

– Como assim “Quem é o pai”?! Você é o pai Tom! – Ela falou brava. Tom recuou.

– Como isso aconteceu?! – Ele questionou mais para si mesmo.

– Acho que você aprendeu como acontece a reprodução humana, imagino... – Ela disse irônica, indo em direção a janela. Tom respirou fundo. Ele sabia que Hermione não seria capaz de se deitar com mais ninguém além dele, foi apenas um momento de ciúmes. Foi até ela.

– Me perdoe querida... Eu... Não sei o que me deu, sei que você jamais se deitaria com outro homem... - O rapaz desculpou-se. Hermione virou-se para olhá-lo.

– Jamais – Ela garantiu e o abraçou.

– Ah Hermione, eu senti tanto sua falta... – Ele confessou beijando-lhe os lábios. Ao abraçá-la Tom sentiu-se completo de novo, o cenário ao redor se dissipou só havia Hermione e ele ali.

– Nem acredito que esteja aqui... Tão perto – Ela murmurou antes de beijá-lo. Ele não ia mais voltar a Berlim, mandaria uma carta ao seu avô. Hermione estava esperando um filho dele... Ele não podia deixá-la... Nunca mais.


– Creio que seja o momento certo para marcarmos a data de nosso casamento – Tom perguntou. Hermione sorriu radiante.


Era o grande dia. O jardim da mansão dos Riddle estava pronto para um casamento. Mary Riddle e A Sr. Granger cuidaram de todos os preparativos. Os pais de Hermione pareceram finalmente aceitar Tom como um membro da família, ainda mais depois de conhecer mais de perto a família Riddle. Todos da cidade haviam sido convidados para o casamento de Hermione, assim como alunos de Hogwarts e o corpo docente da escola de magia e bruxaria.


O rapaz estava num dos quartos da mansão, junto ao pai e ao avô:

– Quem diria que eu viveria para ver você se casar Tom – Thomas comentou dando um tapinha no ombro do neto.

– Estou muito orgulhoso de você filho, Hermione é uma jovem adorável... Eu lhe desejo toda a felicidade do mundo – Tom Sênior abraçou o filho. Tom Jr. Agradeceu. Parou em frente ao espelho tentando dar o nó daquela gravata, mas ela tinha o formato diferente das que ele usava. Ele resmungou de frustração. Sua avó entrou no quarto:

– Quer ajuda com isso querido? – Ela perguntou sorrindo. Tom assentiu. Mary deu o nó na gravata do neto. Lágrimas se formaram nos olhos dela – Vovó, você esta chorando...

– Você está lindo Tom... Nem acredito que vai se casar, como aquele menininho que vivia dentro da biblioteca e passava o dia tocando piano junto a mim cresceu tão rapidamente?! – Tom a abraçou.

– Ele cresceu sim vovó, mas não pense que deixarei de vir passar dias na biblioteca ou a tocar piano ao seu lado – O rapaz respondeu agora com algumas lágrimas nos olhos.

– Ah Tom, eu espero que você seja muito feliz com Hermione – Ela desejou.


– Obrigada vovó.

Em outro cômodo Hermione estava dentro de seu deslumbrante vestido de noiva, a barriga ainda não mostrava muita diferença. Sua mãe estava a arrumar seu cabelo e maquiagem. Ouviu uma batida na porta.

– Entre! – Sua mãe pediu. O pai de Hermione adentrou o quarto, vestido num terno chique. Os dois se olharam por um momento deslumbrados um com o outro.

– Você esta maravilhosa filha – Ele admitiu.

– Você também pai – Ela sorriu.

– Ah já ia me esquecendo – O pai de Hermione falou tirando uma caixa retangular de dentro do bolso do casaco. Ele entregou a ela. A moça a abriu, era um pente prendedor de cabelo prateado com, com pedras brilhantes que formavam pequenas flores azuis...

– Era de sua avó – Ele falou – Algo velho, algo emprestado...


– E algo azul... – Hermione completou com lágrimas nos olhos erguendo-se para abraçar o pai. A menina deu o pente presilha para mãe que o colocou prendendo o véu ao cabelo da jovem. Ela estava pronta. Estava linda. Seus pais a conduziram para baixo. Hermione ouviu dizer que Tom estava pronto no altar. Como ele estaria? Lindo como sempre. Encaixou seu braço no de seu pai. E sentiu o nervosismo tomar conta de seu corpo.

Tom estava de pé no altar com seu maravilhoso terno preto, colete cinza chumbo e uma maravilhosa gravata verde que destacava os olhos verde-acinzentados do rapaz. Ele era definitivamente um noivo sonserino.

A música começou a soar, todos os convidados se colocaram de pé. Tom apertou as mãos nas costas. Ia finalmente ver Hermione depois de dois dias separados, como ela estaria...?! E então seu queixo caiu quando Hermione colocou os pés no tapete vermelho junto ao pai. Ela estava absolutamente maravilhosa. O coração do Jovem Riddle disparou. Ela pertenceria a ele para sempre. Tom sorriu para Hermione. O pai da moça entregou a mão da jovem para o noivo:

– Cuide bem dela Tom, Hermione é uma jóia rara – O pai avisou. Tom assentiu.

– Deixe comigo Sr. Granger, farei de sua filha a mulher mais feliz do mundo – O rapaz respondeu olhando nos olhos de Hermione, que sorriu corando. Eles subiram no altar.

– Estamos aqui hoje para testemunhar a união desse homem a esta mulher... Você Tom Marvolo Riddle, aceita Hermione Jean Granger como sua legitima esposa, para amá-la e respeita-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... Até que a morte os separe?

– Eu aceito... – Tom disse para Hermione.

– E você, Hermione Jean Granger, aceita Tom Marvolo Riddle como seu legitimo esposo, para amá-lo e respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... Até que a morte os separe? – Hermione sorriu.

– Eu aceito.

– Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva – O padre disse a Tom. Ele tomou Hermione nos braços e a beijou. Os convidados aplaudiram eufóricos:

– Agora você é minha Sra. Riddle... – Ele murmurou ao ouvido dela.

– Para sempre – Ela completou.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

provavelmente tem uns errinhos, mas perdoem...