3ª pessoa POV:

Draco entrou a correr na casa de Cami assim que Crabbe lhe
contou que seu pai e Bellatrix foram atrás de Harry Potter. Tinham corrido
rumores de que ele estava algures num bairro de Edimburgo. Assim que chegou se deparou com uma cena deplorável: Crabbe a tremer num canto, pálido, a casa em chamas e destruída, facas na parede e uma rapariga a ser torturada no chão.

-CHEGA! – gritou.

-Draco, o que fazes aqui?

-O Crabbe me contou o que vinham cá fazer. O Potter não está
aqui, eu acho que siso é óbvio! Ele deve estar na toca com os piolhentos dos Weasleys e a sangue-de-lama… E quem é essa rapariga?!

-Não sei bem, mas ela tinha o Medalhão Black… E os olhos
dela mudaram de cor e ela atirou facas e guardou o Medalhão com ela sem um único gesto ou palavra e sem varinha!

-Não quero saber, daqui a pouco toda a Ordem da Fénix,
Ministério ou até mesmo o Trio devem estar aqui, e caso não saibam, nós somos comensais. Querem ir para Azkaban?!

-Tá,tá. Pega o Medalhão Lucios!

Lucios se aproximou para pegar o Medalhão, mas uma barreira
lhe deu um choque, que o fez afastar-se de Cami.

-O que é isso?!

-VAMOS EMBORA! AGORA!

Os quatro saíram, deixando a casa em chamas e destruída parcialmente com a jovem lá dentro.

Momentos depois chega Dumbledore, Sirius, Lupin, McGonagall
e Tonks, já apagando o fogo e afastando vizinhos curiosos. Também vão
apressadamente até Cami, que começa a acordar.

Cami POV:

Os meus olhos foram-se abrindo lentamente, as dores a
desaparecer e uma sensação de poder e bem-estar me invadiu. Estranho… Senti que tinha o medalhão na minha mão. Que bom, senão eu ia ter que fazer uma visitinha à Bicha Histérica e ao Loirinho de Farmácia (Eu sou um amor de pessoa, né?). Boa, primeira coisa que vejo quando acordo: Uma velha com um chapéu, uma mulher com cabelos roxos e um velho estilo Papai Noel. O Natal chegou mais cedo! Me levantei na hora. Fazer o quê? Não vou dar uma de Bela Adormecida à frente de tanta gente.

-Você está bem? – perguntou a avozinha.

-Sim… E ai, tudo em cima Noelzinho? – já inventei apelido e tudo.

-Hum… Tudo bem, obrigado…

-Sou Tonks. O que aconteceu na sua casa?

-Oi! Bem, bateram na porta – até que foi muito bem educado
para depois me porem a dormir, mas ok… - e quando acordei um gordinho me mandou calar e havia uma bicha histérica que tava mexendo no meu medalhão, mais uma Doninha Albina e…

-Bicha histérica? Doninha Albina? – interrompeu-me a velhota.

-Sim, tava sempre aos gritos, acho que o loirinha, a Doninha,
a chamou de Nella ou Bella, algo do género. E já agora, é má educação interromper… Continuando, eles eram as coisas mais lerdas deste mundo porque me perguntaram se eu ainda tava aqui, e isso era óbvio, que eu saiba esta ainda é minha casa. E o gordinho disse que meus olhos ficaram vermelhos, mas eu não sou albina, portanto ele devia estar míope. Aí ela não me deu o Medalhão e disse para o loirinho que bastava um Havana, Kabana, Avala, AVADA! É ISSO! – eles arregalaram os olhos quando eu disse Avada, que mal tem isso? O.o – Avada! Mas ele disse que não e que o mestre poderia querer me ver. E aí eu disse-lhe que eu não era uma pintura para ser exibida, e aí… - me calei, e se eles achassem que eu
surtei e me mandassem para o sanatório quando eu lhes dissesse que voaram facas…
Bem, eles também não tinham ar de pessoas muito sãs mas eu não queria arriscar.

-E aí? – perguntou um homem com bigodinho que se aproximou.

-Oi para você também…- disse eu.- Já viu essa gente tá muito
mal educada! - Tonks riu -  e aí voaram facas e o medalhão voltou para a minha mãozinha. Pronto, vocês tão com essa cara, acharam que eu surtei… Sanatório, aqui vou eu… Cadê a camisa de forças Noelzinho?