Niall POV

– Podem crer - o policial fala provavelmente tentando imitar a linguagem que nós "jovens" usamos.

– Só não fala assim por favor - falo com a mão na testa preocupado

– Mocinho pode ir abaixando a asa porque quem ta mandando aqui agora sou eu e qualquer coisinha que vocês fizerem terá um resultado... e não será dos melhores - ele diz e Alice aperta minha mão com força

– E, se a gente for pra cadeia - Alice começa mais é interrompida

– Vocês vão - o policial diz rindo de lado.

"Idiota" - penso em dizer mas desisto

– Que seja - Alice balança as mãos - Quem vai tirar a gente de lá? Ou a gente vai ficar lá pra sempre?

– Não exagera - susurro em seu ouvido e ela ri

– Ai alguma alma mal amada vai tirar vocês de lá - no mesmo instante penso em Louis ou Logan.

– Logan - Alice tira o celular do bolço e na mesma hora o guardinha infeliz pega da mão dela

– Sem celulares e qualquer material que vocês possam se comunicar com outras pessoas por favor - ele ergue a mão e a velinha que estava calada até o momento faz uma cara de vitoriosa

– Você vai ver quando eu sair de lá -Alice diz fuzilando a pobre (nojenta e sarnenta) que nos colocou na cadeia

– Bom meninos - o guardinha mais uma vez começa e eu o interrompo

– Eu exijo que me chame de "ladrão de bicicletas" - digo e eu e Alice começamos a rir

– Que seja, vocês terão direito a uma ligação e agora iremos até a delegacia - ele aponta até a viatura e a velinha chega mais perto.

– Bem feito pra vocês - ela aponta o dedo para nós e mais uma vez rimos

– Como andam seus netos? - pergunto irônico e vou entrando no carro. Logo depois de mim Alice entra e a velha chata e o policial entram também.

O começo do caminho é em silêncio até que Alice susurra em meu ouvido.

– Você sabe o que meu pai vai falar quando descobrir?

– Você sabe o que minha mãe vai falar quando descobrir? - retruco nervoso

– Então podemos fazer com que nenhum dos dois saiba - ela susurra com a boca mais próxima do meu ouvido causando cóssegas e viro meu rosto me preparando para um beijo.

– Aqui não - o guarda bate em minha cabeça.

Na real, qual é o problema dessa gente? O que eles veem de tão errado com a minha cabeça? Toda vez que alguém chega perto de mim lá me vem um tapa na cabeça, e o pior é que todas as vezes o tapa dói.

– A gente ta chegando? - Alice reclama deitada em meu colo

– Vai demorar um pouco, vocês foram longe demais com essas bicicletas - o policial diz e a velinha nos encara

– Mas ta chegando? - Alice resmunga manhosa

– Vai demorar - e o policial só diz isso.

– Eu to morrendo de calor - ela reclama

– Você só sabe reclamar? - pergunto sério

– E você sabe fazer oque? - ela pergunta me encarando nervosa

– É só pedir que eu te mostro - sorrio malicioso e ela belisca minha perna.

Os sentimentos que sinto por Alice são muitos, e além de serem muitos, são diferentes. As vezes sinto raiva, ódio, as vezes sinto amor,carinho ou afeto e na maioria elas sinto desejo ou bem... vocês sabem. Tiro uma mecha de cabelo que cobre seu rosto, o mesmo se encontra vermelho de raiva, permito-me rir um pouco e ela fica ainda mais vermelha. É incrível como ela consegue ser perfeitamnete desejável e irritante ao mesmo tempo. Encaro o teto e penso melhor no que está acontecendo, puta que pariu, eu indo preso com minha namorada por culpa de termos pego "emprestado" sem pedir duas "bicicletas" de uma velinha rabugenta e mal amada.

Coloco minha cabeça em cima da de Alice e pego no sono.

– Vão ficar ai? - alguma coisa encosta no meu ombro e depois de piscar muito os olhos vejo uma garota de olhos escuros que aparenta ter minha idade. E uau!

– Oi é.. - digo me levantando confuso e Alice pigarreia atrás de mim - Meu nome é Niall e essa é minha namorada - falo segurando firme a mão de Alice

– O meu é Carolina e é bom vocês saírem daí logo - ela olha com nojo para Alice logo depois dando de costas.

– Ficou com ciúmes? - Alice fica vermelha

– Não Niall! Credo! Eu não sinto isso - ela esconde o rosto no meio dos cabelos

– Sei - fico em sua frente - Mas Alice, eu quero que saiba que já que estamos namorando agora você é a única pessoa que existe no meu mundo e não é uma menina idiota que a gente mal conhece que vai estragar tudo isso! - ela sorri já mais animada e com menos raiva.

– Então vamos entrar? - ela pergunta me roubando um longo e único beijo e depois entrando na delegacia.

– Os dois para dentro daquela cela - o policial nos empurra em direção a um lugarzinho pequeno no canto da entrada da delegacia - Primeiro as damas, já que não gostei muito do cavalheiro. Alice não é? - ele pergunta e Alice acente - Ligue para quem você quiser e de preferencia seus pais.

Ela corre rapidamente em direção ao telefone na parede e provavelmente liga para alguma amiga pedindo para busca-la, depois de alguns minutos ela volta saltitante e me diz que ligou para Bárbara. Me levanto e pego o telefone pensando para quem irei ligar.

"Alô seu nojento" - digo

" Continua que eu desligo" - Zayn diz

" Não pelo amor de Deus! É o seguinte chama o povo ai e vem me tirar da cadeia" - percebo ele rir do outro lado da linha e viro os olhos

" Sério Niall? conta outra?"

" Por favor! Sério mesmo, eu levei Alice pra ir passear ai a gente pegou umas bicilcetas de uma velinha e fugiu ai a polícia achou a gente e prendeu a gente"

" de verdade?" - ele parece mais preocupado

" não estamos presos" - dou enfase no "presos" - " estamos detentos e vocês tem que vir me tirar daqui"

" ta certo Lord Voldemort, é onde?"

" na rua do supermercado"

" no que a gente vai sempre?" - ele pergunta

"isso" - digo desligando o telefone e voltando a me sentar do lado da Alice.

[...]

– Vocês me dão trabalho viu! - Bárbara chega sorrindo nos olhando

– Ô se dão - Zayn e Harry  aparecem

– Cadê o Liam? - pergunto

– Ele não quis vir porque tava passando um filme que ele gosta, você sabe, o Liam é o Liam - Harry diz e Louis já está conversando com o guarda.

– Liberados - a pórta é aberta e eu e Alice saimos derretendo de suor

– Então que tal irem pra casa? - Bárbara pergunta

– Só não conta nada pra minha mãe - Alice ri de lado

– Idem - digo abraçando ela por trás.