Law Revenge! escrita por ChaosRobesu


Capítulo 1
Capítulo 1: Breaking the Habit




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Clarefield – Centro da Cidade – 19:45

Em uma noite escura, uma mulher voltava do trabalho, caminhando por um beco que encontrou no meio da rua. Aquela viela provavelmente seria um atalho para chegar mais rápido em casa. Após alguns metros, um homem barbudo, com uma toca e um casaco rasgado se aproximou. Assustada, a mulher começou a correr, mas o homem logo a alcançou.
- Gatinha, por que você não reserva um pouco do seu tempo pra mim, hein? Eu vou te enlouquecer toda essa noite... –
- ME SOLTA! SOCORRO! SOCOR... – O bandido colocou a mão sobre a boca dela, impedindo-a de falar. A agarrou e a colocou na parede, tentando beija-la, mas a mulher tentava sair de qualquer jeito. - SEU SAFADO, ME LARGA! – Desesperadamente, a moça tentou chutar o criminoso, mas sem sucesso. O alarme da polícia tocava após alguns segundos.
- Caramba é a policia... Vem gracinha! – O bandido a pegou e a levou para o carro, um Chevrolet velho, sendo que o modelo era de mais ou menos de 1990. Com força, amarrou a garota com cordas e colocou uma fita em sua boca. No inicio da rua o barulho do alarme já aumentava. Sem pensar, o criminoso começou a dirigir em alta velocidade, desrespeitando todas as regras de trânsito. No banco de trás, tinha um grande cobertor, e misteriosamente uma mão saía de lá. A garota se espantou, mas o jovem que havia se infiltrado lá fez um gesto de silêncio. Lentamente retirou a arma do bandido do banco, e começou a mexer nela. O infrator estava muito preocupado fugindo da polícia.
- Ele é Jim Burnes? Aquele sequestrador foragido? – No carro da polícia, o policial checava a informação com seu companheiro.
- Sim, exatamente, a placa do carro bate com a das analises feitas nos últimos dias. Ele cometeu mais de 12 crimes nos últimos 5 meses. Precisamos captura-lo com urgência. –
- é necessário aumentar a velocidade então! – De 40km/h por hora, a velocidade aumentou para 50km/h. 

Sem muitas opções, Jim, o bandido, aumentou ainda mais a velocidade. O garoto que estava escondido colocou a arma lá lentamente, e não demorou muito ao carro bater em um poste. Um pouco ferido, Jim ficou meio tonto e puxou a mulher sequestrada e saiu do carro com a arma. A policia parou e começou a segui-lo. O policial que estava dirigindo foi checar o carro do ladrão e o adolescente que estava escondido simplesmente saiu de lá.

- Sean? PODE ME EXPLICAR O QUE ESTá FAZENDO AQUI? – Perguntou o policial.
- Tio, calma, eu posso explicar! Abaixa essa arma, o cara está fugindo! – Ele saiu correndo na direção oposta do criminoso, entrando em um beco próximo á aquela rua.
- Droga, esse garoto... –

Correndo desesperado, Jim estava com o rosto sangrando devido a batida do carro. A sequestrada estava quase desmaiando, era um milagre que houvesse suportado aquilo. Praticamente sem saídas, o bandido parou em uma parede, cercado por cinco carros da policia. Cerca de 13 policiais se aglomeravam ali, tentando se aproximar do alvo.

- FIQUEM LONGE, SE NãO EU ATIRO NELA! – A arma estava apontada para a mulher, que chorava um rio de lágrimas, como se aqueles fossem os últimos momentos de sua vida. – PARA DE CHORAR, SACO, TODO MUNDO AQUI VAI MORRER! –
- Se renda, se você continuar com isso vai ficar mais anos na cadeia! –
- ESSE SEU PAPINHO NãO ME CONVENCE EM NADA! – Jim tremia demasiadamente, e apertava com força o braço da mulher.
‘Droga’ – o capitão da policia pensava. Porém, naquele mesmo instante, seu celular acendia. Era uma mensagem de Sean, que dizia: ‘Pode acomoda-lo’. O policial não entendeu de inicio, mas logo raciocinou o que aquilo queria dizer.
- VAI FICAR MEXENDO NESSE CELULAR? SE FOR, EU VOU MATAR ESSA IDIOTA AGORA! –
- Fique a vontade... – Respondeu o capitão.
- CAPITãO, O QUE SIGNIFICA ISSO? – Perguntou um dos policiais.
- ENTãO EU VOU ATIRAR!! – Um clima incerto dominava aquele local. Rapidamente, o criminoso apertou o gatilho da arma, que estava apontada para a mulher, que chorava em desespero. Estranhamente, nenhum barulho foi produzido. Os policiais mal podiam entender alguma coisa. Mas a resposta era simples: a arma estava sem balas.

- IMPOSSIVEL! ISSO é IMPOSSIVEL! DROGA... – Jim Burnes largou a moça alí mesmo e começou a correr em alta velocidade por um dos becos alí. Os policiais acomodaram a moça e a cobriram com uma blusa.
- Vamos pegá-lo! – Sugeriu um dos policiais.
- Não, ele não vai muito longe... – O capitão alertou.
- O que quer dizer? –

No beco, o homem corria muito, além do mais se fosse pego pela Policia ele iria ficar anos na cadeia. De repente, um pé ficou na frente dele, e o fez levar um tombo. O mesmo garoto que entrou em seu carro – Sean – estava alí, frente a frente com o bandido.

- Olha, sério, você é um ladrão genial. A cidade precisa mesmo de bandidos como você. – Era um rapaz alto, cabelos castanhos e arrepiados, pele clara, olhos pretos, e tinha mais ou menos 171cm, vestindo uma blusa preta aberta e uma calça jeans.
- SEU MOLEQUE! QUEM é VOCê? –
- Ah sim, fui eu que desarmei o seu revolver, mas acho que você não está muito interessado nisso agora. – Ele sorria, colocando a mão no queixo.
- EU TE MATO! – O criminoso simplesmente foi pra cima do jovem, tentando soca-lo, mas Sean desviou e ainda lhe deu um cruzado de direita no meio do rosto.
- Você não pode simplesmente me atacar assim. Eu sou praticamente uma criança, nem fiz 18 ainda, isso é crime cara. –
Com uma expressão diabólica, Jim levantou com um pouco de sangue saindo do nariz, e retirou do bolso um canivete.
- Hm... Um canivete, muito assustador, estou com tanto medo... Sério. –
O foragido foi simplesmente pra cima do jovem, tentando corta-lo. O protagonista, por sua vez, tentou segurar o braço o qual ele segurava a arma, que estava quase penetrando em sua barriga. Um pouco de sangue agora estava na ponta da lâmina.
- Miserável... Isso dói! – O garoto deu uma joelhada contra o fora-da-lei, que foi empurrado contra o muro. Tentando uma reviravolta, ele tentou enfiar o canivete novamente, mas Sean conseguiu segurar seu braço e cravou o canivete na parede, logo após dando um chute na barriga de Jim, que segurou sua perna e o jogou contra o chão. Sem desistir, o adolescente foi pra cima do bandido disferindo uma sequência de socos, que o atordoou.
- VOCê é RESISTENTE, MAS NUNCA CONSEGUIRIA ME DETER! –
O jovem simplesmente se aproximou e deu um pontapé em suas partes de baixo, fazendo-o berrar de dor e cair no chão.
- Isso sempre funciona. – Alguns minutos depois a policia chegou, prendendo os braços dele com algemas. No rosto do adolescente haviam alguns ferimentos, mas eram poucos. O que o preocupava era o corte em sua barriga.

- Você está a bem? Não faça isso de novo, Sean Blake... – Falou o Capitão, que possuía o distintivo com seu nome: William Blake.
- Não se preocupe, ‘capitão’. Eu consegui capturar um sequestrador foragido a 5 meses, eu mereço um pouco de crédito né? –
- Tá, mas como você fez isso? –
- Eu estava de olho nele há algum tempo, observando-o, consegui localiza-lo com sorte, sabe como é, com a Internet dá pra fazer qualquer coisa... Quando ele pegou aquela mulher eu consegui entrar no carro dele pela janela e me esconder com um cobertor, peguei a arma dele e tirei as balas, claro, também tive a sorte que ele só possuía uma arma. Se houvesse outra, aquilo teria sido em vão. –
- Você é muito esperto hein? Mas tá de castigo por um mês. –
- Castigo? Eu tenho 17 anos! –
- Se continuar reclamando, vão ser 2 meses. – Ele sorriu, colocando um pano para secar o sangue do adolescente.
- Que droga... – Ele saiu andando, com o pano na cabeça.
- Vai pra casa, descanse um pouco. – Ordenou seu tio.

Com a cabeça baixa e meio tonto, o garoto rapidamente chegou em casa, cambaleando. Quando abriu a porta, caiu e bateu de cara no chão. Sua Avó, Felicia Blake, o pegou e tentou leva-lo ao quarto.

- Sean, meu deus... O que você fez? –
- Acho que dessa vez passei dos limites – Sorriu, subindo a escada.
- Amanhã eu quero ter uma conversa com você, hein! –
- Tá, só quero descansar... -
- Certo, mas tente se cuidar. Boa noite. – A avó beijou a testa do jovem, que subiu as escadas sem responder.

Entrando no quarto, ele se jogou na cama, e olhou fixamente para o teto. Quando percebeu, a foto de seu pai estava caída no chão. Com rapidez ele a pegou e colocou em cima da mesa, olhando-a. Começou a chorar, passando a mão em seu rosto. Logo ele simplesmente já estava a dormir. Em seus sonhos, ele só conseguia ver o rosto do seu pai. Eram várias as versões de sua morte: com a cabeça cortada, comido por um tubarão, corpo queimado, entre muitas outras. Sean suava, não eram somente os sonhos, mas no fundo, uma grande dor o consumia. é como se sua existência não valesse de nada sem ter conhecido o pai; algo talvez comum entre algumas pessoas que tiveram a mesma perda.
Na manhã seguinte, ele acordou, caindo da cama. Levantou-se meio tonto, e tomou um banho. Colocou uma blusa bege com capuz preto, e um tipo de luva com a parte dos dedos cortada. Parecia mais um marginal do que um estudante, pra ser sincero. Desceu para tomar um café, e sua avó estava lá, assistindo televisão na cozinha.

- Bom dia! – Cumprimentou a avó, sorrindo e sentando-se na mesa. Pegou um sanduiche e passou maionese, comendo-o com muita pressa.
- Hey, calma ai. Não fique tão entusiasmado. – A avó sorriu de volta, e se sentou junto do neto, olhando fixamente para ele.
- O que foi? –
- Olha, Sean, eu sei como se sente. Você sabe que dia é hoje, não é? –
- Ah, qual é, sério que precisamos conversar disso agora? –
- Precisamos sim! Você acha que eu não te vi suando e virando de um lado pro outro ontem a noite, enquanto dormia? –
- Er... Sério? –
- é. Olha, eu sei que faz 15 anos que seu pai morreu, mas... Bem, aconteceu, filho... –
- é, mas isso teve que acontecer logo comigo... –
- Sean... Eu sei que é difícil para você as vezes... Mas... –
- Não quero ter essa conversa dramática. Tô indo, ok? –
- Espera! Eu só quero... – Antes que pudesse terminar, o garoto pegou sua mochila e foi embora, fechando a porta. – Ai ai... –

Em 15 minutos, Sean chegou em seu colégio. Midtown High School. Era um bom colégio do Ensino Médio, um dos melhores da cidade. O jovem não era muito popular, para falar a verdade ele não tinha nenhum amigo e suas notas eram boas para alguém tão rebelde. Porém, aquele dia era diferente. Enquanto caminhava lentamente, os demais alunos do Midtown olhavam para ele de forma estranha, e parecia que estavam tentando se distanciar. O rebelde logo percebeu isso, e os encarou, indo até o corredor do seu armário. Pegou alguns livros, fechou a porta e quando percebeu, havia uma menina ao seu lado.

- Oi, você é o Sean né? – Perguntou, sorrindo.
Naquele instante, ele sentiu algo novo. A beleza da garota havia o encantado. Ficou com cara de bobo, enquanto se encostava no armário e a observava.
- Hey, tudo bem? –
- Ah... Claro, sim e você? –
A garota ria, tirando da mochila um pedaço de jornal.
- Eu vi ontem o que você fez. Impressionante, como conseguiu? –
- Conseguiu o que? –
- Deter aquele ladrão, oras! – Ela mostrava a ele o papel com a imagem e o texto. – ‘Estudante de 17 anos encurrala ladrão e consegue desmaia-lo’. Esse é você, não é? –
- C...CARAMBA! – Ele puxou o jornal com força e começou a ler. – COMO FIZERAM ISSO? –
- O jornalismo hoje em dia é bem discreto, digamos assim. – Ela riu, mostrando uma câmera com as fotos do garoto enquanto dava uma surra no sequestrador.
- COMO VOCê...? –
- Eu estava passando por ali depois de vir do Shopping, e resolvi tirar algumas fotos. Fiquei meio preocupada quando você quase levou uma facada, você está bem agora? –
- E...Eu tô bem, foi só um arranhão... Peraí o que você fez com as fotos? –
- Enviei pro jornal local e eles publicaram minha matéria, hi. –
- Ah, tá... Olha você é doida? – Perguntou ele, fazendo uma cara estranha.
- Eu não diria doida, mas sim esperta. –

Ela o puxou, enquanto começava a andar pelos corredores do colégio. Uma nova amizade surgia.

"Eu não sei como fiquei desse jeito
Eu sei que isso não está certo
Então, estou quebrando o hábito
Quebrando o hábito

Esta noite"


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