Spanish Guitar escrita por Cari-chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!! ^^



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Era uma noite. Apenas mais uma noite. Naquele pequeno bar, numa sala esfumaçada com pequenos sofás de pele preto já um pouco gastos pelo tempo, onde a luz era fraca, apenas sobre aquele pequeno palco, onde podia-se ver um mísero músico a tocar saxofone. Era o seu vício. O jazz. Fazia esquecer-se de tudo, sentir que não estava sozinha. Era apenas uma mísera ilusão. Uma doce ilusão. Era como se tivesse uma chave, não para uma porta, mas para aquele mundo, ilusório. Sabia que estava só por opção própria, já tivera um caso ou outro, mas, de pouca durabilidade, cansava-se de falsas promessas. Falsas juras. Era uma mulher atraente, disso não tinha dúvidas. Sakura era o seu nome. Tinha os cabelos curtos. Rosa. Não era uma cor muito vulgar. Os seus olhos verdes, com marcas de solidão, vazio. O seu corpo definido fazia com que fosse comida para os olhos dos homens.

Tivera muitas propostas para pousar, poderia ser modelo, mas, achava isso, uma profissão demasiado exposta, achava isso, uma ofensa ao ego feminino. Não era um objecto para homens frustrados. Tinha uma carreira promissora no campo da arquitectura, trabalha com os melhores. Olhava para o fumo do seu cigarro, fútil tentativa, covarde maneira de se matar. Olhou para o copo de whisky á sua frente, já com o gelo derretido. Levantou-se e dirigiu-se ao balcão, era cliente desde há muito tempo, o garçon conhecia-a desde sempre, nunca falaram, mas, sabia perfeitamente ler os seus pensamentos.

 

Ela colocou o copo em cima do balcão de mármore negro, e  olhou para o garçon.

 

 - Era mais um, por favor. – disse simplesmente, sem pressas, sem pressões.

 

Até que um som fez com que virasse-se para o pequeno palco. Aaquela melodia, nunca sentira algo tão vivaz, um som tão forte, porém, tão delicado. O som de um violão espanhol. Brilhante, sem nenhum arranhão.

O guitarrista. Era uma mulher experiente, já havia visto e lidado com muitos homens, mas, aquele, aquele tinha algo que os outros não tinham. O seu cabelo vermelho rebelde, lembrava-lhe as cerejas mais doces, suculenta, o vermelho aveludado de uma rosa. A camisa branca aberta, deixando ver e desejar tocar aquele peito definido O seu olhar, pela primeira vez na vida, queria ser olhada da cabeça ao pés por aqueles olhos, que estavam concentrados na viola. Os seus lábios, eram perfeitos, o seu rosto tinha uma beleza masculina fora do comum.

 

 - “ Senta aqui perto de mim, fecha teus olhos e sonha um sonho meu, você vai descobrir que sempre estive aqui.” – pronunciou-se pela primeira vez, o homem que tocava com ternura.

 

Os olhares deles, cruzaram-se, Sakura sentiu um frio percorrer-lhe a espinha, sentiu aqueles olhos verdes sobre si, um olhar intenso, sentiu-lhe o charme, e um desejo inesperado.

Queria, desesperava por estar nos seus braços, tal como aquele violão, em que ele a tocaria pela noite, por toda a noite, onde iriam completar-se, tal como uma melodia completa uma letra. O tempo voou, e a rosada sentiu que ficaria ali horas e mais horas a ouvi-lo cantar, a ouvir aquela voz quente quase hipnótica.

 

 - Quem é? – perguntou ao garçon sem ao menos olhá-lo.

 - Gaara, o novo guitarrista. – respondeu simplesmente, dando lustro a um copo.

 

Viu aquele homem esbelto levantar-se, olhá-la mais uma vez, para depois descer os pequenos degraus, guardando o seu violão dentro do saco, saindo do bar. Ela não conseguiu conter os seus actos, estava demasiado desnorteada, não queria ficar simplesmente com a fantasia daquele belo homem, ela sabia muito bem, que por vezes, a realidade era melhor que a fantasia.

 

 - Fiquei com o troco. – disse depositando uma nota em cima do balcão, agarrando na sua bolsa, e saindo disparada.

 

Quando saiu, olhou para a direita e para a esquerda, e viu-o virar a esquina, desceu rapidamente, e quando já estava perto dele, deixou uma distância entre eles, por precaução. Como um ser humano poderia ser tão perfeito? Seria amor á primeira vista?! Sabia que não, sentia meramente uma atracção por aquele homem, quem sabe, poderiam apaixonar-se. Suposições. Naquele momento o que ela queria era uma realidade. Estar nos braços daquele homem. Viu-o parar ao pé de uma casa rasteira, muito simples, o telhado alaranjado, pintada de branco, fresca, com uma pequena entrada, e um pequeno jardim. Seria comprometido? Olhara para as suas mãos antes, mas, não virá qualquer tipo de compromisso nelas. Tirou as chaves do bolso, mas, a rosada havia-se aproximando de mais, fazendo com que ele notasse a sua presença fazendo ele guardar as chaves.

 

 - Vai ficar ai, ou vai entrar? – perguntou, com a voz grave, sem ao menos olhar para ela.

 

Sentia-se hipnotizada, não conseguiu evitar, já nada importava para ela, o Mundo poderia acabar amanhã, o Universo poderia explodir, ela não estava nem um pouco preocupada, só queria estar com o rapaz dos cabelos vermelhos.

 

 - Desculpe, não foi minha intenção. – levantou-se, pois, encontrava-se agachada, e dirigiu-se para ao pé da porta.

 

Colocou o violão no chão encostando-o á porta de madeira, voltou-se e olhou intensamente para a mulher á sua frente.

 

 - Sentis-te, não sentis-te? – disse perto da sua cara, fazendo ela sentir aquele hálito fresco, a mentol.

 

 - Senti. – disse, parecia até dominada, como uma presa indefesa, sabia perfeitamente do que aquele homem falava-lhe.

 

Ele a contra gosto, voltou-se novamente, tirou as chaves do seu bolso, colocou-a na fechadura e abriu a porta.

 

 - Entra. – disse, sem ao menos olhá-la.

 

Ele entrou, e ela ficou uns míseros segundos á porta, aquilo não podia ser verdade, nunca havia desejado tanto um homem como hoje, deu alguns passos e adentro em sua casa, fechado a porta com uma mão.

 

A casa, era moderna e confortável. As janelas enormes deixavam ver as luzes da cidade reflectidas no rio. Ao longe, alguns barcos deslizavam vagarosamente pelas águas calmas. Viu-o sentado no sofá, dirigiu-se para lá, sentando-se ao lado dele, não sabia muito bem o que fazer, era estranho, mas isso só aumentava o seu desejo.

 

Ela estremeceu, quando sentiu aquelas mãos fortes, quentes tocarem o seu pescoço para depois procurar-lhe os lábios. Houve então um calor inexplicável que começou nos seus lábios e lhe desceu pelo corpo até ao baixo ventre, ás coxas, espalhando-se por todo o corpo. As mãos de Gaara procuraram a sua blusa, desabotoando-lhe os botões, um a um, lentamente. Sentia que iria desmaiar de prazer ao sentir as mãos de Gaara passeando pelos seus seios, sentiu os mamilos endurecerem nos dedos dele.

 

Beijaram-se ainda mais, e a língua de Sakura entrava e sai dentro da sua boca com lentidão e sensualidade. Ela tocou-lhe no peito, desabotoou a sua a camisa ela estremeceu ao tocar no seu peito maciço e duro, tirando depois as calças e a cueca preta descendo até ao seu sexo proeminente, que a desejava.

 

Gaara despiu-lhe a saia que usava, retirando a sua cueca rendada depois, deitando-a no sofá, abriu as pernas da mesma, revelando-lhe o seu sexo e o seu desejo. Assim que sentiu Gaara penetrá-la com intensidade pensou que, futuramente, a realidade seria a sua única ilusão. Sorriu de prazer, entregando todo o seu corpo á força da paixão.

 

Sentia-se realizada, as roupas espalhadas pelo chão, deitada sobre o peito daquele Deus grego que dormia tranquilamente que a agarrava-a com força, mas, ao mesmo tempo com ternura. Sentia-se realizada, pois estavas nos seus braços, como aquele violão espanhol.

 


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Notas finais do capítulo

Sabes quando houves uma música, e a ideia simplesmente surge? Pois bem, foi o que aconteceu. ^^

E se aqui chegas-te, agradecia, que deixasses o teu review, ficaria muito feliz! :)

Deixa esta cópia de escritora feliz. *.*

Bjinhoooos. **