Friends Not Forever escrita por Princesa do Parker


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e deixe reviews!!



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O medo me consumia a cada minuto. Havia se passado duas horas desde que eu havia falado com ele, o que significa que ele já devia ter voltado. Era a sexta ou sétima vez que eu havia ligado para ele, mas ninguém atendia. Eu já estava acostumada com Max saindo altas horas da noite e só voltando dois ou três dias depois, mas agora era diferente. Ele estava descontrolado e consumido pela raiva de não poder ter quem desejava. Tornou-se uma pessoa cega e simplesmente não enxergava ninguém que tentasse ajuda-lo. Meu amigo estava jogado no fundo do poço.

Eu convenci a mim mesma de que ele voltaria e eu não precisaria ligar para Tom, mas após tantas horas de espera sem uma resposta às minhas ligações, eu precisava me comunicar com uma das pessoas que com certeza saberia onde ele estava.

-Thomas?

Ele resmungou algo incompreensível do outro lado, mas eu não liguei e continuei a falar.

-Desculpa estar te ligando a essa hora, mas é que o Max ainda não voltou e eu queria saber se você sabe onde ele está. Estou preocupada.

-Rebekah, eu não sei exatamente onde ele está, mas da ultima vez que a gente se viu, ele disse que ia passar na Michelle. Talvez tenha passado em um bar depois e agora esteja afundado em litros de cerveja. Se eu fosse você não me preocuparia muito. Ele vai voltar... Bêbado, mas ele volta.

E mais uma vez a Michelle entrava no meio da historia. Ela era a culpada de tudo que estava acontecendo e foi ela que fez o meu amigo se tornar o que ele é hoje. Agradeci ao Tom e desliguei o telefone. Saber que ele voltaria para casa bêbado não me animava nem um pouco. Joguei meu telefone dentro da bolsa e peguei as chaves do carro. Querendo ou não, agora a Michelle iria me ouvir. Ela iria ouvir coisas de mim que jamais imaginei dizer a uma pessoa.

Já estava trancando o meu apartamento quando ouvi a voz de Max vindo de dentro do elevador. Larguei minhas coisas ali mesmo e corri para vê-lo. Ele estava sentado no chão do elevador segurando uma garrafa de uísque pela metade e brigava com os botões. Depois de muito esforço, consegui tira-lo de lá e arrastei-o para dentro do meu apartamento jogando-o no sofá.

-Você é uma gata! –Ele disse dando uma risada abobalhada.

Eu odeio quando ele fica bêbado, pensei.

-E você é um gato que precisa descansar. Agora seja bonzinho e me de essa garrafa! –Falei pegando a garrafa dele sem dar-lhe a chance de dizer que não.

Joguei-a na lata de lixo e quando voltei para a sala, ele já dormindo. Troquei sua roupa vestindo-o com um pijama decente e eu não poderia sair agora o deixando naquele estado. Estava decidido: sairia amanhã.

***

Dirigia pelas ruas de Londres na companhia das minhas próprias lagrimas depois de passar a noite em claro apenas ouvindo Max murmurar o nome de Michelle enquanto dormia. Aquilo me machucava muito. A vida não fora justa com Max e ele sofria muito, não precisava ser um especialista para perceber aquilo. As coisas podiam ter sido mais simples se não tivéssemos nos conhecido naquele maldito retiro para jovens rebeldes. Acreditem ou não, mas eu já fui uma jovem rebelde.

Max, Michelle e Rebekah: Três jovens totalmente diferentes, mas unidos pelo mesmo proposito. Juntos enfrentávamos os desafios que a vida nos pregava e um deles era a distancia. Max e Michelle moravam na mesma cidade e eu morava quase do outro lado do mundo. Foi essa minha ausência que por um longo tempo fez com que os dois se aproximassem tanto a ponto de tornarem-se namorados. Eu sempre fui contra e podia ter feito milhões de coisas para impedir isso, mas apenas sentei e fiquei assistindo tudo acontecer. Por isso me sinto tão culpada e para reparar o meu erro do passado, eu faria qualquer coisa para ajudar o Max.

Entrei no luxuoso saguão do hotel em que Michelle estava hospedada e sem falar com ninguém, me dirigi até o elevador. Minha cabeça doía e as olheiras de uma noite mal dormida já eram presentes. O elevador parou no decimo segundo andar e respirei o mais fundo possível antes de bater na porta do quarto dela.

-Precisamos conversar. –Falei assim que ela colocou a cabeça para o lado de fora e franziu o cenho antes de abrir a porta para que eu entrasse.

***

-Bekah, eu sei que você está com raiva de mim...

-Verdade. Estou morrendo de raiva de você! Você tem noção do que fez com o Max? Acabou com a vida dele! – Falei alterando um pouco a voz.

-A culpa não é minha...

-A culpa é sua sim! Se você tivesse cortado todas as esperanças dele no início nada disso estaria acontecendo. Mas não! Você tinha que brincar um pouquinho com ele, como faz com todos!

-Bekah, eu não quero mesmo brigar...

-Mas eu quero!- Falei interrompendo ela pela terceira podia ver que a qualquer momento ela iria explodir. Mas eu estava pouco me lixando.

-Michelle já que você está nesse hotel porque não aproveita e vai para o raio que te parta e deixa a gente em paz?

-Você acha que eu não tentei afastar ele? Fiz tudo ao meu alcance, mas ele continuava insistente...

-Eu infelizmente não consigo acreditar em você...

-DÁ PARA ME DEIXAR TERMINAR A PORRA DE UMA FRASE? VOCÊ ACHA QUE É A ÚNICA QUE TEM PROBLEMAS AQUI? EU NÃO TENHO CULPA SE O MAX É UM ADULTO MIMADO QUE TEM A MELHOR AMIGA COMO MÃE QUE RESOLVE TODOS OS SEUS PROBLEMAS. ESTÁ NA HORA DELE CRESCER. ENTÃO SE FOR FALAR ALGUMA MERDA SOBRE ESSE ASSUNTO CALA A BOCA E SAI DAQUI AGORA!

Michelle chorava muito e não mantia contato visual comigo. Fiquei um tempo ali parado olhando a garota a minha frente chorar descontroladamente e depois sai do apartamento. Assim que entrei no carro as lagrimas vieram. Ela estava certa o Max precisava crescer, mas não era fazendo o que ela estava fazendo que fosse o fazer crescer, ser independente. Só iria piorar mais as coisas.

[...]

Entrei no apartamento e encontrei o Max na cozinha procurando alguma coisa para comer. Ele deu um sorriso sem graça para mim e quando notou a presença de algumas lagrimas caindo ele veio ao meu encontro.

- Hey pequena, não chora eu estou aqui!

Ele me puxou para um abraço, eu enfiei minha cabeça no pescoço dele e chorei, chorei o máximo que podia. Não sei ao certo quanto tempo passamos assim, mas fora bom para mim. Quando eu finalmente havia me acalmado ele me levou para a sala e eu sentei no sofá.

- Você foi atrás da Michelle, não foi?- Apenas assenti – Eu suspeitava que você fosse fazer isso. Não importa o que vocês conversaram eu queria te dizer que eu só fui lá ontem para me despedir dela. A Michelle vai embora, por isso que ela está naquele hotel. Ela recebeu uma ótima oportunidade para fazer uma novela, mas para isso ela precisaria sair da cidade. E eu bebi porque eu sei que nunca mais vou vê-la e isso dói, dói muito.

-Max eu não sabia de nada, ela não tinha me falado nada sobre isso. Eu sou uma idiota mesmo. Me perdoa!

Olhei aqueles belos olhos verdes e me senti terrivelmente culpada por ter ido atrás da Michelle sem ter falado nada com ele antes. Ele apenas sorriu e me abraçou mais uma vez.

-Não vou lhe perdoar porque fez o certo. Eu também faria a mesma coisa, mas o que importa é que agora eu preciso seguir em frente e você que vai me ajudar nessa tarefa.

-Você nem precisa pedir eu lhe ajudaria mesmo que não quisesse. Eu te amo Max, amo muito e prometo que jamais vou lhe abandonar!

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e deu um beijo carinhoso na minha testa, depois entrelaçou as nossas mãos.

-Por que eu não me apaixonei por você hein Beki? As coisas teriam sido mais fáceis, ninguém estaria sofrendo. Oh Pequena! Também te amo muito e prometo estar para sempre aqui enchendo seu saco, prometo te proteger de cada garoto idiota e prometo estar com você até o fim!

As lagrimas insistiam em cair e eu não me contive. Ele secou cada lágrima e depois me abraçou. Aquele momento ficou eternamente na minha memoria e em todos os momentos bons e ruins o Max estava do meu lado. Ele nunca me abandonou assim como eu nunca lhe abandonei. Ele cumpriu todas as suas promessas até o fim da sua vida e eu apenas agradeci a Deus por ter tido tamanha sorte de ter o Max como amigo, pai, irmão...

The End


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