O Guardião escrita por LJS


Capítulo 7
O dispositivo




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Joseph estava assustado, sem saber o que fazer, precisava arrumar um jeito de sumir com aquela arma, mas o problema é que ele não sabia como. Assim que chegou em casa encontrou os filhos sentados na sala assistindo um filme qualquer, Bonnie e Caroline estavam passeando com Elena, assim que notou como o pai estava preocupado Stefan perguntou:

  -Aconteceu alguma coisa pai?

  -Eu acho que temos outro problema – disse se sentando em uma poltrona qualquer da mesma sala.

  -Fala o que ouve pai – Stefan disse se concentrando totalmente no homem que estava sentado a sua frente.

  -Descobriram de alguma forma que ainda existem vampiros na cidade, quer dizer, que supostamente eles voltaram.

  -Descobriram a gente meu amor? – Jenna perguntou assustada.

  -Não, acho que não, mas encontraram uma forma de nos encontrar.

  -Como assim uma forma de nos encontrar?

  -Aparentemente um antepassado nosso criou alguma coisa pra rastrear essas criaturas, mal sabiam eles que as próximas gerações seriam condenadas ao que eles mais temiam.

  -Mais ou menos né pai, a gente se transformou quando eles ainda estavam vivos, só que ninguém sabia o que tinha acontecido – Stefan disse como se fosse obvio.

  -Pois é, e muita coisa ronda a morte deles.

  -Ta bom, mas como funciona essa arma? – Jenna perguntou um pouco nervosa.

  -Eu não tenho idéia.

  Jenna se levantou e foi até u armário antigo que tinha alguns documentos de família da época em que foram transformados:

  -Talvez aqui tenha alguma coisa – disse carregando uma das caixas até a sala.

  Cada um pegou alguma coisa que estava na caixa para ver se encontrava alguma coisa que pudesse ajudar a resolver esse outro problema da família.

  As meninas estavam passeando, e Justin estava com elas, afinal era preciso, ele era o guardião, e é pra isso que guardiões servem, pra proteger. Caroline não parava de falar e quão ansiosa estava para que os meses passassem mais rápido e chegasse logo o dia do fundador, mas também para as outras festas que teriam em breve, como a que haveria na próxima semana na casa dos Lockwood:

  -Eu já tenho todas as minhas roupas separadas, para cada uma das festas. Meu carro já está quase pronto, não vejo à hora de desfilar pelas ruas com ele.

  -E eu não vejo a hora desse pesadelo acabar – Elena bufou.

  -Elena, eu combinei de me encontrar com o Jeremy no Grill, eu já vou indo beijo.

  Bonnie saiu de perto das amigas indo em direção do Grill, Caroline parecia super empolgada com o que estava acontecendo, até que recebeu um telefonema:

  -É o Matt – ela disse olhando o celular.

  -Ás vezes é alguma noticia sobre a Vicki, vai atende logo.

  Caroline se afastou um pouco para conversar com Matt deixando Justin com Elena:

  -Eu não sei se vou conseguir sobreviver com você no meu pé o dia inteiro.

  -Elena, você tem que entender que é pro seu bem.

  -Você não faz nada, não fala nada, parece até um robô. Isso pé estranho.

  -Não, eu não pareço um robô, só não estou acostumado com o convívio com várias pessoas. A escola, por exemplo, pra mim vem sendo uma experiência sobrenatural, mas por enquanto até divertida.

  -Isso é porque você não teve que ir pra escola todos os dias da sua vida.

  Justin deu uma risadinha super fofa que deixou Elena um pouco admirada:

  -Aconteceu alguma coisa? Você tá me olhando estranho.

  -Não aconteceu nada, é só que... deixa pra lá.

  Caroline voltou para perto deles:

  -Parece que a Vicki melhorou um pouco, mas continua dormindo, ele disse que vai passar a noite com ela.

  -Me desculpe, mas, onde está a mãe deles? – Justin perguntou um pouco tímido.

  -Ela sumiu pelo mundo, ninguém sabe onde ela está, mas eles estão melhores sozinhos – Caroline disse.

  -Isso deve ser horrível.

  -E é.

  Elena estava um pouco confusa, ela tinha visto uma pessoa que de alguma forma era conhecida pra ela:

  -Eu acho melhor eu ir pra casa, meus pais devem estar preocupados – ela disse ignorando seus pensamentos.

  -Ta, então tchau pra vocês, a gente se vê por ai – Caroline deu um abraço em Elena e desapareceu pela praça da cidade.

  -Não acha que está na hora de contar pra ela a verdade? – Justin disse.

  -Elas não vão mais olhar na minha cara depois que eu fizer.

  -Mas você vai ter que contar, elas vão acabar notando que você não envelhece.

  -Mas você vai me ajudar a quebrar esse feitiço, não é? – disse em tom desesperado.

  -Vou fazer o possível pra te ajudar, mas você tem certeza que quer isso pra você?

  -Eu quero viver cada fase da minha vida, ter uma família de verdade, respeitar a natureza humana, mesmo que pra isso eu tenha que fazer a minha família sofrer, porque é isso que vai acontecer.

  -Vamos embora, é a melhor coisa que temos pra fazer.

  No hospital, Matt estava no quarto onde sua irmã havia sido internada. Seus olhos demonstravam claramente a tristeza que sentia ao ver a irmã naquela situação, desacordada. De repente sentiu que ela se mexia:

  -Vicki?

  -Matt, que bom que você está aqui – disse com uma voz um pouco fraca, mas na condição em que ela estava ela aceitável.

  -Ainda bem que você acordou, espera que eu vou chamar os enfermeiros – Matt sentiu ela segurar seus braços.

  -Não vai, fica aqui comigo.

  -Tudo bem, eu fico, mas a enfermeira pediu para eu chama-la assim que você acordasse.

  -Tudo bem, então vá, mas não demore.

  Vicki estava apavorada, parecia que qualquer coisa que mexesse iria atacá-la, mas não era por menos. Matt não demorou muito para voltar para o quarto:

  -Pronto, eu nem demorei viu – ele se sentou novamente na poltrona ao lado de Vicki – Olha Vicki, eu não quero te pressionar, mas, eu preciso saber o que aconteceu com você naquela floresta, só assim vão encontrar que animal está fazendo isso, você foi só o começo, ele já atacou várias pessoas na cidade.

  -Não foi um animal que me atacou Matt, foi um vampiro.

  A expressão de Matt era de susto e medo, mas ao mesmo tempo ele desacreditava no que a irmã falava essas coisas de vampiro para ele eram lendas de terror:

  -Você deve estar tendo alucinação, aposto que estava drogada na festa – disse com o tom de voz um pouco alterado.

  -Eu juro que não foi uma alucinação, tudo bem, eu tinha bebido um pouco sim, mas eu não me droguei e nem vi coisas.

  -Vicki, vampiros não existem.

  -Eu também pensava assim, antes de um ter me ATACADO.

  -Calma, você esta nervosa, não precisa ficar assim, se você acha que foi um vampiro que te atacou tudo bem, mas eu quero ver você falar isso para os guardas que querem te interrogar.

  -Eu sei que eles nunca vão acreditar em mim, assim como você, mas precisa me ajudar, eu juro que foi um vampiro.

  -Chega Vicki.

  Matt saiu nervoso do quarto do hospital.

  Assim que Elena chegou em casa encontrou todos reunidos na sala com alguns livros bem antigos em mãos:

  -Eu perdi alguma coisa?

  -Estamos procurando alguma coisa que empeça a nossa morte! – Damon disse extremamente tranquilo diante da situação.

  -Com assim morrer?

  -É isso que a Carol quer fazer, mas nunca se sabe, pode dar errado.

  -Ela quer que eu leve o relógio de família pra ela, disse que ele ativa essa arma – Joseph disse jogando o relógio pra Elena.

  -Você vai entregar o relógio pra mulher do prefeito? –Justin entrou na conversa.

  -Eu tenho, mas antes eu arrumar um jeito de quebrar o feitiço dessa coisa, mas a gente tem primeiro que saber o que é.

  Eles passaram a tarde procurando até que Stefan descobriu alguma coisa:

  -Parece que aqui tem alguma coisa – ele disse mostrando a folha do diário.

  Esse dispositivo era capaz de mostrar os vampiros, mas não explicava exatamente o que era, parecia que uma das folhas havia sido arrancada. Mas o que dizia ali era suficiente para mostrar que esse dispositivo era realmente perigoso:

  -Você não pode levar esse relógio para eles Joseph, você estará nos jogando à morte – Jenna disse desesperada.

  -Eu não vou entregar, digo que não encontrei ou qualquer coisa parecida.

  -Eu acho que é tarde de mais pra isso, ontem Carol ligou pra cá dizendo que era pra eu levar as coisas que vocês já tinham combinado com eles para a esta, foi o que eu fiz quando eu saí, levei a caixa pra casa deles – Elena disse preocupada.

  -E o que a gente faz agora? – Stefan perguntou.

  -Temos que arrumar um jeito de pegar esse dispositivo – Joseph concluiu.

  Então era isso, eles já tinham armado o plano direitinho, decidiram que iriam pegar esse dispositivo no dia da festa.

  ***

  Damon estava encarregado de pegar o dispositivo que estaria supostamente escondido no escritório onde o conselho se reunia, Stefan tentaria de alguma forma distrair Carol, Justin e Elena estariam vigiando o local caso aconteça alguma coisa. Joseph e Jenna prepararam a fuga rápida.

  Justin estava na escada quando Elena apareceu em sua frente:

  -O que você faz parado aqui na escada?

  -Estou pensando se isso é realmente certo, afinal eu não estou aqui pra proteger sua família, e sim pra proteger você.

  -Mas acontece que eu não conseguiria sobreviver sem as pessoas que eu amo, não conseguiria de forma alguma, se minha família for morta eu que vou atrás dessas pessoas que estão atrás de mim e me entrego, quem sabe assim eles fazem o favor de me matar, ou até mesmo me torturar antes, assim eu sinto mais dor ainda.

  -Você não teria coragem.

  -Eu teria sim, acredite em mim.

  Elena saiu com raiva, mas Justin logo a alcançou a puxou seu braço:

  -Me desculpe, eu não queria te deixar brava.

  -Mas você conseguiu me deixar brava, muito brava. Eu não gosto que mexam com minha família, e eu farei de tudo pra protegê-la. 

   Aquele momento foi estranho, eles se olhavam tão profundamente que se perdiam um no olhar do outro, mas o clima foi cortado assim que Damon chegou:

  -Desculpe interromper o momento do casal, mas eu já consegui o que eu queria, acho que agora já podemos ir embora.

  Justin soltou o braço de Elena e ambos ficaram um pouco constrangidos.


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