Busca Implacável escrita por July Carter


Capítulo 12
Capítulo onze.




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Era um dia ensolarado de domingo, não muito diferente dos outros dias longos da semana, mas mesmo o calor do verão não conseguia fazer com que Alice se sentisse melhor. A garota baixinha tinha marcas que comprovavam que estava há vários dias sem dormir direito, a sua alegria natural se esvaia aos poucos, seu estado emocional era estressante. Nunca imaginou que se encontraria em uma situação pior do que a de perder um noivo, mas naquele momento chegou a conclusão de que ser esquecida poderia ser muito mais desgastante.

Durante toda a semana ela caminhava em direção à casa de Isabella e derramava algumas lágrimas em frente ao seu amado. Todos os dias ela tinha a comprovação de que realmente havia sido esquecida.

– Jake... – Alice sussurrou. – Eu sinto tanto sua falta. – Abaixou a cabeça.

– Eu gostaria de ser o homem que você conheceu. – Ele disse levantando a cabeça da garota e a olhando nos olhos. – É difícil para mim também. Você é uma pessoa maravilhosa, eu percebi isso, mas mesmo dizendo que é minha noiva não consigo sentir nada. – Suspirou e balançou a cabeça. – Eu moro com uma desconhecida que diz ser minha irmã. Não é fácil para mim também.

– Eu sei que é difícil. – Ela admitiu. - Mas ser esquecida e se sentir impotente quanto a isso é muito pior. De que adiantou anos de faculdade, milhares de livros lidos se não consigo lidar quando algo acontece comigo. Às vezes acho que escolhi a profissão errada.

– Claro que não. – Ele abraçou com força.

Jacob sempre foi manipulador, mas naquele momento estava se superando. Isabella havia acabado de chegar a sala com Edward, no entanto já podia sentir o clima no recinto. Estava orgulhosa.

– Desculpa interromper a conversa de vocês, só queria dizer que chegamos. – Edward falou com uma voz calma. Ele queria puxar a irmã pelo braço e abraçá-la, remover toda a dor que ela sentia. O rapaz, no fundo se culpava por tudo pelo qual a irmã passava, talvez fosse carma.

– Acho que devemos ir. – A baixinha sussurrou. – Jake precisa descansar.

– E você também. – Disse Isabella com uma voz extremamente doce. – Você precisa se cuidar e acreditar que tudo vai se resolver.

– Eu sei que vai.

Alice se levantou e caminhou até o irmão, o abraçou e esticou o braço para abrir a porta.

– Nos vemos amanhã? – Edward perguntou inclinando-se na direção de Isabella.

– Sim, nós iremos nos ver. – Ela deu um meio sorriso e beijou-lhe na bochecha.

PDV ISABELLA – Horas antes

Minha intenção era apenas manter a aparência de boa moça, mas quando percebi eu estava indo longe demais. Um braço de Edward estava ao de minha cintura e o outro segurando um pacote com pipoca, estávamos em uma fila esperando começar a sessão de um filme qualquer. Eu me sentia suja e ao mesmo tempo desejava por mais.

– Será que esse filme é bom? – Ele tentou quebrar o gelo e eu apenas balancei a cabeça.

– Para ser sincera, mesmo se for, não sei se vou conseguir me concentrar. Não consigo parar de pensar no Jacob e na Alice.

– Fico feliz em saber que não sou o único. – Edward sussurrou. – Quer ir para casa? Podemos deixar a pipoca em qualquer lugar e sair.

– Eu gostaria. – Forcei um sorriso.

A mão de Edward largou minha cintura e segurou minha mão, caminhamos lentamente em direção ao carro, ele abriu a porta do carro e eu entrei. Tão educado...

– Você nunca me falou nada sobre a sua vida. – Confessei esperando sua reação.

– O que você gostaria de saber?

– Algo diferente do que todo mundo sabe.

– Já fiz muitas coisas que me causam arrependimento hoje.

– Tipo?

Notei que Edward ficou tenso, eu tinha abordado algo que ele não esperava.

– Minha família já passou por muita dificuldade. Alice era bem pequena. Meus pais não tinham como comprar alimentos para gente, eu estava prestes a terminar o colegial e acabei roubando uma família. Até hoje me culpo por isso.

Eu não estava preparada para tanta franqueza. Me mexi de forma desconfortável no carro e suspirei aliviada ao ver que o carro havia parado em frente a minha casa. Eu não teria que responder e mesmo que tivesse não saberia o que falar. Era muito provável que o assalto a qual ele se referia fosse o que vitimou os meus pais. Eu não queria pensar sobre isso.

Retirei o cinto e sai do carro, bati a porta e caminhei até a porta de casa. Edward andou sempre ao meu lado e aquilo, de certa forma, me transmitia segurança. Sei que aquele sentimento era terrivelmente errado, mas quem consegue mandar nessas coisas?


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Notas finais do capítulo

Tentarei postar o próximo capítulo o mais rápido possível, espero que gostem.



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