Seis semanas se passaram desde os acontecidos, Arthur já estava bem maior e eu e Davi muito apaixonados sem ninguém para atrapalhar, já Laura eu iria visitar ela todos os dias, ela não queria de jeito nenhum se apegar a Rony, que por sinal gostava dela, mas ela não sabia o que era bem claro pra todo mundo, Davi e eu sempre dávamos uma forcinha quando podíamos. Enfim ela estava bem, nós caçávamos em família no caso um clã, e ensinávamos a Arthur todos os dias a ter controle para que quando crescesse um pouco mais pudesse ir à escola sem que atacasse ninguém, afinal todos dos dias o fazíamos estudar pelo menos por quatro horas, contratávamos um professor, quer dizer hipnotizávamos ele. Arthur gostava de apreender coisas novas e nós adorávamos isso nele, ele já estava quase fazendo nove anos e queríamos dar uma festa a ele, quase porque ele faria nove anos amanhã e já organizamos uma festa. Já eu e Davi nunca mais voltamos à escola, mas é claro sempre que alguém perguntava sobre isso nós o hipnotizávamos também, enfim vivíamos todos felizes, sem ver os humanos só quando caçávamos e passeamos todos os dias para algum lugar diferente, Davi me fazia conhecer tudo. Enfim fomos dormir porque amanhã, seria um longo dia com a festa de Arthur queria tanto que ele gostasse, Davi percebeu minha cara de preocupada e falou:

- O que é que eu posso fazer pra sua carinha de preocupada mudar?

- Nada eu só queria que o Arthur gostasse da festa?

- Ele vai gostar meu amor tenho certeza.

- Como você consegue ficar tão calmo?

- Porque conheço o Arthur e desde que ele veio pra cá ele ficou muito feliz, pelo fato de todos aqui terem tempo pra ele, acho que a mãe dele não dava tanta atenção a ele se preocupando com quem deixa-lo nos últimos meses da sua vida.

- Nossa você sempre sabe o que falar não é?

- Porque sou demais.

- É convencido demais isso sim!

Beijei-o e Davi foi rapidamente me agarrando, me puxando mais contra seu corpo, logo percebi o que ele queria e disse:

- Não hoje não!

Ele fez um biquinho tão fofo             que nem eu sei como consegui continuar com a minha pose de durona, deitei em seu peito lhe dando mais um selinho e fomos dormir até o grande e longo dia de amanhã. Acordei-me ás 08h30min com Arthur me jogando uma bolsa de sangue na cama e me dando um beijo de bom dia e em Davi, nos deixou super feliz quando começou:

- Bom dia sabe que dia é hoje?

Iria responder, mas Davi colocou um dedo em minha boca e disse:

- Nem sei que dia é hoje?

Arthur nos olhou com cara de decepcionado e falou com um ar de desanimo:

- Deixa pra lá vocês num se lembram, então não vou falar.

Ele já ia saindo pela porta quando eu peguei a mão dele e lhe dei um beijo na testa gritando:

- Claro que nós sabemos que dia é hoje? É o seu aniversário meu lindo, parabéns!

Ele ergueu seu sorriso que ia até a orelha e me deu um beijo e em Davi também e lhe dando um soco de brincadeira na barriga que fez com que Davi risse. Todos foram lá para baixo, inclusive eu até que Davi falou enquanto nos sentávamos no sofá:

- Jura que vocês vão ficar ai, enquanto poderíamos estar rindo juntos em algum lugar?

Arthur respondeu quase gritando:

- EBA! Vamos ir para aonde?

- Pega sua bolsa moleque vamos pra certo lugar lindo e mais coloque uma sunga na bolsa.

Já sabia aonde a gente ia, ou achava que sabia peguei minha bolsa mudei de roupa e saímos de carro diretamente para um lugar ainda mais afastado de Diamond City, lá para área das florestas. Davi ligou para a companhia de festa e pediu para que arrumasse a nossa casa quando voltássemos, ele meio que hipnotizou todos e eu ajudei confesso. Chegamos á um lugar lindo com cachoeira e muito verde, Arthur abriu um sorriso lindo no rosto, Davi sorriu de volta e dei uma tapa na bunda dele dizendo:

- Vamos moleque, coloca a sua sunga e vamos tomar banho?

Arthur riu e entrou na floresta, enquanto depois de algum tempo ele sai de sunga azul, e pulando dentro da cachoeira, enquanto Rony e Laura chegavam ao carro, coloquei meu biquíni e Davi colocou sua sunga preta que eu adorava, pois como eu disse saímos para todo canto, inclusive á praia. Nós o cumprimentamos e rimos muito com as palhaçadas de Arthur, percebíamos também o quanto Rony olhava para Laura direto e só ela não percebia. Algumas pessoas chegaram, pois o local era público, chegaram um homem ruivo do cabelo arrepiado e um pouco bonito e uma mulher morena de corpo muito bonito, digo isso porque Rony, Davi e até Arthur olharam. Enquanto eu e Laura olhávamos de cima abaixo o rapaz que era bonito, mas nem se comparavam á Rony e Davi. Davi olhou o cara de cima baixo com uma expressão de ódio em seus olhos e falou:

- Olha cara a gente já ta aqui faz um bom tempo então...

O rapaz não deixou Davi terminar e logo falou:

- Cala boca cara nessa cachoeira tem espaço pra todo mundo brincar pergunta pra sua amiga gostosa.

A moça do lado do homem não sentiu nenhum tipo de ciúmes, acho que era irmã dele ou algo assim. Laura olhou pra mim com uma cara de choque e eu fingi não ter olhado para o homem novamente, mas era tarde demais Davi percebeu:

- Então cara quem é minha amiga aqui, ela é minha esposa e mais respeito com ela.

A moça forrou a toalha de piquenique e sentou-se não ligando para cena, Davi já estava nervoso e Rony percebendo isso já estava se juntando a Davi não que precisasse afinal ele era um vampiro, mas acho que era questão de homem. Ri um pouco daquela situação e o rapaz e Davi olharam pra mim com uma cara espantada, o cara falou:

- Tá vendo idiota, a sua amiga gostosa gostou de mim.

Davi não se segurou e deu um soco na cara do rapaz, que caiu no chão, a mulher se levantou na mesma hora já gritando e todos do clã já olhavam para Davi que agora estava paralisado, as veias de Davi começaram a aparecer e suas presas saíram pra fora, ele já estava pronto para atacar. Arthur saiu da cachoeira gritando:

- Calma pai se controla!

Davi arregalou os olhos e guardou suas presas, e seu rosto voltou ao normal o homem no chão estava totalmente com medo, a mulher gritava sem parar, Laura chegou perto dela e a hipnotizou para que ficasse calada, depois fez o mesmo com o homem e eles saíram dali, deixando Davi e todos mais calmos, Davi ergueu um sorriso imenso e falou pausando:

- Arthur você me chamou de que?

Arthur sorriu de volta deixando todos ainda surpresos:

- De pai num posso?

- Claro que pode meu filho!

Nós rimos, eu estava feliz por tudo aquilo ter acontecido, mas confesso um pouco tristonha por que Arthur tinha chamado Davi de pai e nunca me chamou de mãe, mas isso vem com o tempo. Fomos para casa depois disso e a festa já estava pronta, tudo estava perfeitamente lindo, Arthur pulou de alegria principalmente porque tinha crianças lá, e fazia tempo que ele num se relacionava com crianças da idade dele. Arthur saiu correndo por ai e nós tiramos muitas fotos, tudo estava bem, menos Davi que não falava de jeito nenhum comigo, contei para Laura e ela me disse que eu devia conversar com ele. Então foi o que eu procurei fazer, já eram umas 06h30min da noite o dia tinha se passado rápido demais, o pessoal da decoração estava arrumando tudo e eu puxei Davi pelo braço para certa parte da floresta e falei:

- Não acredito que você ficou com ciúmes daquele homem? Ficou?

- Claro que fiquei você é só minha num é?

- Claro, então porque ia ataca-lo?

- Porque estava com fome?

- Não você não estava com fome, você tava com raiva isso sim e se Arthur não impedisse te chamando de pai você ia mata-lo que eu sei.

- Tá fiquei com raiva porque você ainda queria que eu deixasse ele vivo, ai Sara eu não sei explicar essas coisas, foi a mesma coisa que aconteceu quando eu bati em Yuri no estacionamento, ou você com a Alice, só ciúmes.

- Só ciúmes lindo? Você me ama por isso tem ciúmes!

- Claro que eu te amo coisa gostosa.

- Coisa gostosa é desde quando você ficou tão safado?

- Desde quando eu vi você pela primeira vez, confesso que pensei bobagem.

Estava feliz por Davi e eu termos feito as pazes, mas algo ainda me incomodava e eu não conseguia disfarçar isso na frente de Davi que falou:

- Você ficou triste porque Arthur me chamou de pai e nada com você?

- É, acho que não me devia sentir assim é egoísta mais sei lá só sinto.

Arthur chegou derrepente, nos avisando que Laura e Rony e todos já haviam ido embora, Arthur me olhou com uma expressão curiosa e falou:

- Porque você tá assim Sara?

- Nada não coisa linda deixa pra lá!

- Só porque eu chamei o Davi de pai hoje foi?

Olhei para Davi e me senti com medo, mas continuei:

- Claro que não lindo porque disso agora?

- Não precisa disfarçar, eu escutei a conversa de vocês.

Davi interrompeu:

- Que história é essa moleque?

- Calma pai num posso controlar é que eu sou um mini vampiro e não dá né.

Nós rimos, mas voltamos a nossa pose de durões, e continuei:

- Não vou te forçar a nada, mas acho que você gosta mais de seu pai.

- Que isso mãe eu amo você.

- Do que você me chamou?

- De mãe ué? Não chamei antes porque achei que você num gostaria, mas já que gosta eu amo vocês pai e mãe.

Fique super feliz com aquilo nós enchemos Arthur de beijinhos e ele completou:

- E nem pensem que eu esqueci minha mãe biológica é só que agora tenho outra mãe.

Nós rimos mais ainda, Arthur pegou a câmera e tirou uma foto de todos nós, da família completa.

“E essa é minha história de como eu me apaixonei por um assassino que era do bem, e que me faria muito feliz, de como eu deixei de ser uma pessoa triste e metida em confusão de como eu criei minha família linda, fortaleci minhas amizades enfim tudo mais percebi que o amor muda tudo, muda completamente o nosso modo de pensar e agir, além do mais muda as pessoas em sua volta.”

"Talvez tenha sido por um olhar... Talvez por um sorriso... Talvez tenha sido por aquelas palavras ou talvez aquele instante contigo... Talvez um dia estaremos juntos e talvez tudo será esquecido...Talvez possa existir outros momentos e aí quem sabe...Nem tudo estará perdido. O amor é tudo e ao mesmo tempo nada, o amor é simplesmente estar com as pessoas amadas.”

Continua...