Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 34
O estranho despertar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... e sobre a musica que aparece no capítulo, bem uma canção de um anime que me fez lembrar da Nina e da mãe, aqui no texto eu coloquei ela traduzida mas vou deixar também o link dela http://www.youtube.com/watch?v=ki4gneYTTVw



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“A maçã voava no céu

A maçã caiu no chão

Nasceram as estrelas e depois as canções

Lulu Amel pode sorrir para sempre

Então as estrelas se beijaram e as canções adormeceram

Onde fica a minha casa?

Onde fica a minha casa?

A maçã caiu no chão

A maçã voava no céu”

(Canção “Apple” do Anime Senki Zensshou Symphogear)

Fogo. Gritos. Horror. Casas destruídas e uma pequena criança assistia a tudo sem entender o porquê daquele caos todo, até ser trazida de volta por duas mãos femininas que lhe seguraram pelo ombro. A pequena criança finalmente fitou os olhos gentis de sua mãe.

– Nina! Olhe para mim!

A criança olhou para a mãe, tinha lagrimas nos olhos.

– Escute minha pequena, preciso que faça uma coisa pela mamãe. Quero que fique escondida no poço até que não tenha mais barulho algum, entendeu?

– Mas, mamãe! E você e o papai?

A mulher deu sorriso firme, o mais convincente que podia, sabia que o que diria a seguir seria mentira.

– Nós ficaremos bem.

– Não! Não quero deixar vocês, tenho medo!

As duas se abraçaram com força, Lena sabia que provavelmente nunca mais veria sua filha outra vez, mas precisava fazer aquilo para salvá-la.

– Não tenha medo, Nina. Tenha certeza de que você tem muito mais coragem do que pensa.

Lena levou a filha para fora da casa colocando-a no poço.

A menina olhava para mãe com os olhos chorosos.

– Não faça nenhum barulho, entendeu?

– Tá.

– Mamãe te ama – a jovem tentou disfarçar o embargo que havia na voz – muito...

– Eu também te amo mamãe, toma cuidado...

Lena deu um sorriso terno para a filha e fechou o poço deixando sua menina dentro, e aquela foi a última vez que Nina viu sua mãe com vida.

Loki se sentia mais recomposto após sair da sala de banho, agora terminava de pôr o sobretudo negro com detalhes em couro que estava habituado a usar, ao que parecia ele teria uma audiência com Odin, o jovem não estava muito ansioso para falar com o pai adotivo, porem resolveu ir mesmo assim, depois iria a sala de cura para ficar perto da esposa.

O jovem mago caminhou pelos corredores do palácio até chegar a sala do trono de Odin, que já o espera, porem diferente das outras vezes, o velho rei de Asgard não estava sentado em seu trono.

– Vejo que agora você parecer estar recuperado – disse o velho.

– Não totalmente – disse o príncipe um pouco frio.

– Sei que não está sendo fácil, mas acredito que ela iria preferir que você não estivesse sofrendo.

Loki olhou para lado.

– É por isso que eu nunca quis amar, porque amar sempre foi sinônimo de sofrimento, porem é inevitável, até mesmo a mim que tentei proteger-me de todas as formas possíveis me vi rendido... como, como um sentimento tão ridículo pode nos deixar assim?

– O amor por Sigyn é ridículo? – Odin o questionou arqueando a sobrancelha.

– Não! – o jovem negou com veemência – não foi isso que eu quis dizer... é que... antes dela eu pensava assim – ele suspirou deixando os ombros caírem – mas, não foi para isso que me chamou, não foi?

– Não – disse Odin – foi por outra coisa. Sabe que Malekith pode voltar a nos atacar.

– Sim,mas a outra coisa que me preocupa.

– O que seria?

– Quando lutei com ele, senti que ele estava com uma substância em seu corpo do tipo maligno que parecia ser o responsável por amplificar os poderes dele.

– Você se refere ao éter – disse Odin – foi por causa deste éter que meu pai Bor e Malekith travaram aquela guerra de anos atrás. Ele havia achado que Malekith havia morrido, mas pelo jeito o éter o manteve vivo por todo esse tempo.

– Então significa dizer que ele está morto?

– Ou era para estar – o pai de todos fitava o filho com seu único olho.

– Mas então como vamos detê-lo? - o jovem mago indagou confuso.

– Talvez haja uma forma. Vamos venha, quero que me acompanhe.

Os dois caminharam até a sala de relíquias de Odin, no meio de tantas relíquias estava ela, a caixa dos antigos invernos, a caixa que revelou a Loki alguns segredos tempos antes. O jovem encarava a caixa absorto, logo depois Odin voltou trazendo uma caixa de veludo comprida e retângular. Loki encarou aquilo com estranheza.

– O que é isto?

Odin deu um leve tapinha na caixa.

– Isso era pra ser seu, ou melhor é seu – disse o velho.

Loki encarou Odin desconfiado, mas mesmo assim pegou a caixa abriu e arregalou os olhos surpresos, dentro da caixa havia uma belíssima espada com rubis encrustados, havia desenhos de chamas nos detalhes da arma além de algumas runas escritas.

– Mas essa é...

– Sim, Leavanteinn, a espada flamejante, muitos já tentaram empunhá-la mas acabaram morrendo incinerados, apenas alguém que tenha o fogo como elemento pode utiliza-la – disse Odin – bonita não?

Loki piscou os olhos.

– Você está me dando a espada?

– Quando dei Mjonir a Thor acreditava que ele seria a pessoa certa para tela, afinal ele precisava de uma arma, já você... sempre acreditei que sua arma era a sua inteligência, mas, não basta somente ela, você também precisava de uma arma de verdade para lutar, afinal não se pode se manter por trás da magia por muito tempo... O que há parece aflito?

Loki segurava a espada, era leve como uma pluma, e ela parecia viva assim como um coração pulsante.

– Não sei se posso, o meu poder de fogo é um tanto perigoso e...

– Insano – emendou Odin – mas é a melhor forma de acabar com os planos maléficos daquele elfo miserável.

O velho colocou uma das mãos no rosto do filho mais novo que o encarou nos olhos.

– Esta é a sua grande oportunidade, filho. Não a deixe escapar.

Sigyn estava adormecida em sua cama, Frigga estava ao seu lado bordando, a jovem finalmente havia saído da sala de cura, embora ainda não tivesse acordado. Frigga olhou para a jovem de relance e levou um susto ao notar que a jovem embora calma tinha algumas lagrimas que desciam de seus olhos fechados. Alvim que brincava no chão também olhou a jovem, surpreso.

– Tia Frigga ela tá chorando!

– Oh! Ela deve está revivendo alguma memória! Sigyn querida pode me ouvir?

A jovem gemeu.

– Mamãe...

Frigga e Alvim se encaram e depois olharam para a jovem.

A jovem se mexeu devagar e aos poucos foi abrindo os olhos enquanto sentia que a claridade parecia perfura-los. Neste mesmo instante Loki havia entrado no quarto com sua espada nova, assim que via que a jovem abria os olhos, ele logo deixou a arma sobre a mesa correu até a cama.

– Nina?

– Ela está acordando – Frigga o segurou tentando mantê-lo calmo.

A jovem abriu os olhos fitando o teto, logo sua vista foi melhorando e ela por fim viu três pessoas que lhe encaravam preocupadas e com um misto de expectativa. Ela encarou a criança, ao seu lado, depois a mulher de cabelos loiros e finalmente o rapaz de olhos esverdeados, neste último ela fitou mais intensamente, ele lhe parecia tão familiar e ao mesmo tempo tão estranho.

– Onde... estou?


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Notas finais do capítulo

E agora?