Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem... e sobre a musica que aparece no capítulo, bem uma canção de um anime que me fez lembrar da Nina e da mãe, aqui no texto eu coloquei ela traduzida mas vou deixar também o link dela http://www.youtube.com/watch?v=ki4gneYTTVw
“A maçã voava no céu
A maçã caiu no chão
Nasceram as estrelas e depois as canções
Lulu Amel pode sorrir para sempre
Então as estrelas se beijaram e as canções adormeceram
Onde fica a minha casa?
Onde fica a minha casa?
A maçã caiu no chão
A maçã voava no céu”
(Canção “Apple” do Anime Senki Zensshou Symphogear)
Fogo. Gritos. Horror. Casas destruídas e uma pequena criança assistia a tudo sem entender o porquê daquele caos todo, até ser trazida de volta por duas mãos femininas que lhe seguraram pelo ombro. A pequena criança finalmente fitou os olhos gentis de sua mãe.
– Nina! Olhe para mim!
A criança olhou para a mãe, tinha lagrimas nos olhos.
– Escute minha pequena, preciso que faça uma coisa pela mamãe. Quero que fique escondida no poço até que não tenha mais barulho algum, entendeu?
– Mas, mamãe! E você e o papai?
A mulher deu sorriso firme, o mais convincente que podia, sabia que o que diria a seguir seria mentira.
– Nós ficaremos bem.
– Não! Não quero deixar vocês, tenho medo!
As duas se abraçaram com força, Lena sabia que provavelmente nunca mais veria sua filha outra vez, mas precisava fazer aquilo para salvá-la.
– Não tenha medo, Nina. Tenha certeza de que você tem muito mais coragem do que pensa.
Lena levou a filha para fora da casa colocando-a no poço.
A menina olhava para mãe com os olhos chorosos.
– Não faça nenhum barulho, entendeu?
– Tá.
– Mamãe te ama – a jovem tentou disfarçar o embargo que havia na voz – muito...
– Eu também te amo mamãe, toma cuidado...
Lena deu um sorriso terno para a filha e fechou o poço deixando sua menina dentro, e aquela foi a última vez que Nina viu sua mãe com vida.
–
Loki se sentia mais recomposto após sair da sala de banho, agora terminava de pôr o sobretudo negro com detalhes em couro que estava habituado a usar, ao que parecia ele teria uma audiência com Odin, o jovem não estava muito ansioso para falar com o pai adotivo, porem resolveu ir mesmo assim, depois iria a sala de cura para ficar perto da esposa.
O jovem mago caminhou pelos corredores do palácio até chegar a sala do trono de Odin, que já o espera, porem diferente das outras vezes, o velho rei de Asgard não estava sentado em seu trono.
– Vejo que agora você parecer estar recuperado – disse o velho.
– Não totalmente – disse o príncipe um pouco frio.
– Sei que não está sendo fácil, mas acredito que ela iria preferir que você não estivesse sofrendo.
Loki olhou para lado.
– É por isso que eu nunca quis amar, porque amar sempre foi sinônimo de sofrimento, porem é inevitável, até mesmo a mim que tentei proteger-me de todas as formas possíveis me vi rendido... como, como um sentimento tão ridículo pode nos deixar assim?
– O amor por Sigyn é ridículo? – Odin o questionou arqueando a sobrancelha.
– Não! – o jovem negou com veemência – não foi isso que eu quis dizer... é que... antes dela eu pensava assim – ele suspirou deixando os ombros caírem – mas, não foi para isso que me chamou, não foi?
– Não – disse Odin – foi por outra coisa. Sabe que Malekith pode voltar a nos atacar.
– Sim,mas a outra coisa que me preocupa.
– O que seria?
– Quando lutei com ele, senti que ele estava com uma substância em seu corpo do tipo maligno que parecia ser o responsável por amplificar os poderes dele.
– Você se refere ao éter – disse Odin – foi por causa deste éter que meu pai Bor e Malekith travaram aquela guerra de anos atrás. Ele havia achado que Malekith havia morrido, mas pelo jeito o éter o manteve vivo por todo esse tempo.
– Então significa dizer que ele está morto?
– Ou era para estar – o pai de todos fitava o filho com seu único olho.
– Mas então como vamos detê-lo? - o jovem mago indagou confuso.
– Talvez haja uma forma. Vamos venha, quero que me acompanhe.
Os dois caminharam até a sala de relíquias de Odin, no meio de tantas relíquias estava ela, a caixa dos antigos invernos, a caixa que revelou a Loki alguns segredos tempos antes. O jovem encarava a caixa absorto, logo depois Odin voltou trazendo uma caixa de veludo comprida e retângular. Loki encarou aquilo com estranheza.
– O que é isto?
Odin deu um leve tapinha na caixa.
– Isso era pra ser seu, ou melhor é seu – disse o velho.
Loki encarou Odin desconfiado, mas mesmo assim pegou a caixa abriu e arregalou os olhos surpresos, dentro da caixa havia uma belíssima espada com rubis encrustados, havia desenhos de chamas nos detalhes da arma além de algumas runas escritas.
– Mas essa é...
– Sim, Leavanteinn, a espada flamejante, muitos já tentaram empunhá-la mas acabaram morrendo incinerados, apenas alguém que tenha o fogo como elemento pode utiliza-la – disse Odin – bonita não?
Loki piscou os olhos.
– Você está me dando a espada?
– Quando dei Mjonir a Thor acreditava que ele seria a pessoa certa para tela, afinal ele precisava de uma arma, já você... sempre acreditei que sua arma era a sua inteligência, mas, não basta somente ela, você também precisava de uma arma de verdade para lutar, afinal não se pode se manter por trás da magia por muito tempo... O que há parece aflito?
Loki segurava a espada, era leve como uma pluma, e ela parecia viva assim como um coração pulsante.
– Não sei se posso, o meu poder de fogo é um tanto perigoso e...
– Insano – emendou Odin – mas é a melhor forma de acabar com os planos maléficos daquele elfo miserável.
O velho colocou uma das mãos no rosto do filho mais novo que o encarou nos olhos.
– Esta é a sua grande oportunidade, filho. Não a deixe escapar.
–
Sigyn estava adormecida em sua cama, Frigga estava ao seu lado bordando, a jovem finalmente havia saído da sala de cura, embora ainda não tivesse acordado. Frigga olhou para a jovem de relance e levou um susto ao notar que a jovem embora calma tinha algumas lagrimas que desciam de seus olhos fechados. Alvim que brincava no chão também olhou a jovem, surpreso.
– Tia Frigga ela tá chorando!
– Oh! Ela deve está revivendo alguma memória! Sigyn querida pode me ouvir?
A jovem gemeu.
– Mamãe...
Frigga e Alvim se encaram e depois olharam para a jovem.
A jovem se mexeu devagar e aos poucos foi abrindo os olhos enquanto sentia que a claridade parecia perfura-los. Neste mesmo instante Loki havia entrado no quarto com sua espada nova, assim que via que a jovem abria os olhos, ele logo deixou a arma sobre a mesa correu até a cama.
– Nina?
– Ela está acordando – Frigga o segurou tentando mantê-lo calmo.
A jovem abriu os olhos fitando o teto, logo sua vista foi melhorando e ela por fim viu três pessoas que lhe encaravam preocupadas e com um misto de expectativa. Ela encarou a criança, ao seu lado, depois a mulher de cabelos loiros e finalmente o rapaz de olhos esverdeados, neste último ela fitou mais intensamente, ele lhe parecia tão familiar e ao mesmo tempo tão estranho.
– Onde... estou?
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E agora?