Orgulho E Preconceito escrita por Miss BaekYeollie


Capítulo 21
Ending Page


Notas iniciais do capítulo

Oie Jujubinhas! Aqui quem fala é a tia Any! E aí? Tudo bem com vocês?? Surpresos de me verem por aqui? Certo. Bom, a Bela me deu a missão de acabar a história, fazer o último capítulo, e eu fiquei feliz em fazê-lo com todas as indicações dela... Como ela não podia por causa do seu tempo corrido e todos os seus estudos, eu fiz. Espero sincero que vocês gostem do último capítulo da história. Ficou bem simples e fofo, devo admitir, pois eu não resisto em fazer algo do tipo no final. A narração vai se alternando, e não diz quem é, mas é bem fácil para vocês descobrirem quem é quem! OKAY?
Música do capítulo: (Indicação): Ending Page - F(X).
Agradecimento especial a Dudaa pela linda recomendação, eu e Bela amamos.
Enjoy ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/254299/chapter/21

Não posso dizer que não estava triste, que não chorei, seria uma mentira. Eu chorei enquanto ia para casa. Mas chorei pela humilhação que aconteceu comigo... Será que os Jacksons só sabiam fazer isso com relação a mim? Só queriam me jogar para baixo, como se eu fosse um pano de chão que nem ao menos serve para limpar os pés deles? Eu sentia como se estivesse partida ao meio depois de tudo aquilo. Eu ainda tinha uma esperança em Percy, que talvez, somente talvez ele me defendesse, mas ele não foi homem suficiente para fazer isso. A única pessoa que me deixa um pouco triste por ela é Sally, como ela pode conviver com eles dois? Acho que o amor fala muito mais alto. O amor. Eu ainda amava Percy, apesar de todas as dores, as mágoas, eu ainda gostava dele. Só que estava decidida a esquecê-lo, isso era fato. E eu iria fazer de tudo para esquecer essa família. Esquecer aquele moleque.

...

Nico me puxou de lado quando chegamos à praça. Ele disse que queria conversar comigo e eu estava realmente ansiosa. Na verdade, eu queria que ele me falasse exatamente o que eu queria escutar. Sentei-me no primeiro banco que encontrei e esperei.

– O que quer me falar?

– Thalia... Tem algo que quero te falar, sei que pode ficar chateado comigo, mas estou correndo riscos, tudo isso porque eu não quero mais esconder isso de você... Eu me sinto mal por Annabeth e me sinto mal por não estar sendo sincero com você, e eu não quero isso mais.

– O que é Nico? É comigo ou Annabeth? – Cruzei os braços. Ele pegou em minhas mãos.

– É que Luke fez uma aposta. Annabeth está envolvida. A aposta é que Percy conquistasse Annabeth e a levasse para a cama em um mês... – ele completou suspirando. Ele me olhou com os olhos arregalados e logo em seguida desesperados. Esperando minha reação.

– Thalia, pelo amor dos deuses, diga que me perdoa... Que não está chateada, sei que eu não devia pedir isso... Mas...

– Eu já sabia. – Eu sussurro antes que ele diga mais coisas. A única coisa que eu queria era a sinceridade dele, e ele falou por vontade própria, mesmo que eu já soubesse, eu tinha raiva dele por me esconder isso, mas também estava feliz pelo fato de ele me falar o que realmente estava acontecendo. Por ser sincero e não querer esconder mais de mim também. O puxei devagar e disse encostando nossos lábios. Nossas respirações se misturaram e quis tentá-lo um pouquinho colocando as mãos em sua nuca e acariciando de leve a região. Senti-o tremer entre meus dedos. – E eu estou realmente com raiva de você por não ter me dito antes... Mas... – Ele me olhou nos olhos, enquanto pegava meu rosto com as duas mãos, me firmando, nos firmando. – Estou feliz por sua sinceridade e por não querer esconder mais... – Ele sorri e alcança meus lábios, sugando os com força, vontade e eu retribuo seu beijo com a mesma intensidade, me entregando ao beijo.

– Obrigada Thals. – Sorrio.

...

Ouvi meu telefone tocar e rolei na cama para pega-lo do outro lado. Atendi vendo que era Tia Juliette. Ela morava em Nova York e eu simplesmente a amava.

– Oi Tia Jul... – Ela riu do outro lado, me dando felicidade.

– Hey Annie... Como você está? – Tia Jul e eu apesar de termos idades diferentes, sempre que ela me perguntava me abria facilmente com ela, estando feliz, triste, eu sempre falava com ela. Comecei devagar contando nos mínimos detalhes, mas logo ela quis saber mais e eu acabei contando tudo, era sempre assim. No final, eu já estava agarrada ao meu travesseiro e sentindo meus olhos marejarem um pouco.

– Não se preocupe meu anjo. Nós vamos resolver isso.

– Como tia?

– Você virá morar comigo! – Eu quase pulei da cama. Eu? Em nova York? Simplesmente um sonho de uma vida.

– Eu posso?

– É claro que sim Annie. Eu me sentirei tão feliz tendo você aqui comigo... E sabe, ontem mesmo Dan estava falando que precisava de uma mãozinha na cafeteria... É provisório, mas você pode continuar seus estudos e logo em seguida arranjar algo melhor amor. – Eu não consegui não derramar as lágrimas, mas agora diferente de anteriormente elas eram de felicidade.

– Não tem problema Tia. Eu vou... Vou! Estou tão feliz! – Pulei na cama devagar. Queria pular muito forte de felicidade.

– Certo. Arrume suas coisas e venha... E não se preocupe com nada, eu irei resolver tudo!

– Oh Tia... Obrigada. – Encerrei a ligação ainda agradecendo. Ri muito e mandei mensagem para meus amigos. Eu estaria partindo em breve para NY.

...

Eu estava jogando uma pequena bola da parede para minha mão. Eu já estava fazendo isso há algumas horas e eu simplesmente não conseguia parar de fazer. Minha cabeça não parava de processar tudo o que tinha acontecido comigo e com Annabeth. Meu pai tinha simplesmente estragado tudo... Não, não posso culpar meu pai, mesmo que ele mereça, pois eu que desde o inicio que estraguei. Eu fiz tudo errado. Na verdade, nunca faço nada certo.

Eu sinto falta dela. Odeio pensar e ver a imagem dela dizendo que eu sou um moleque. Odeio aquilo. Odeio-me. Pois eu fui à ilusão de que tudo iria ficar bem, de que se eu empurrasse com a barriga... Annabeth ainda ficaria comigo... Ou talvez, sei lá o que eu estava pensando. Sei que agora eu não parava de pensar nela. E acho que isso só significava uma coisa. Uma coisa que eu estava evitando desde o inicio, mas que foi inevitável. Eu estava apaixonado pela Annabeth.

Senti meu celular vibrar e suspirei, era Nico. Abri a mensagem e apenas me sentei devagar, deixando a bola de lado e me segurando devagar. Isso era a conseqüência de tudo que eu tinha feito, eu merecia sofrer e Annabeth merecia ser livre. Esse seria o peso que eu teria que carregar por causa dos meus atos.

Ela tinha partido.

...

Eu abraçava uma Silena desesperada. Eu sabia que eu não devia estar rindo ou algo do tipo, mas era fofo ver como ela se agarrava em mim, como se eu fosse um bichinho dela, o que me fazia revirar os olhos, já que para Silena eu era quase como aquilo mesmo quando ela me fazia vestir do jeito dela.

– Eu não vou embora para sempre, não vou morrer Silena.

– Ainda bem! Vire essa boca para lá mesmo! – Ela disse escandalosa. Eu ri fraco sendo acompanhada por Charles, Nico e Thalia. Eu pedi que eles me acompanhassem até ali.

– Tudo bem. – Ela disse se afastando. Thalia me abraçou e eu apertei-a contra mim.

– Obrigada Thalia. – Ela assentiu sussurrando: - Vou sentir sua falta Annie.

– Eu também. – Charles acenou e Nico apertou minha mão de leve, em um gesto carinhoso.

– Obrigada por contar somente depois...

– Certo. Não tem problema. Nem sei se contarei, acho que ele deve descobrir por si só. – Concordei não querendo prolongar mais aquilo. Dei as costas para meus amigos e antes de embarcar, acenei. Era um novo começo.

Alguns anos depois...

Eu estava feliz por poder voltar. E principalmente em uma data tão especial. Por mais que ás vezes eu hesitasse em falar de tudo em que tinha acontecido, eu queria muito voltar ali. E Thalia e Nico tinham me dado esse presente quando haviam enviado o convite de casamento deles. Esse que eu não podia deixar de não ir. Além disso, meus amigos queriam me ver desde sempre. Conversamos pela internet todos aqueles anos e nunca deixamos de fazer aquilo. Nossa amizade nunca enfraqueceu somente se fortaleceu. E uma coisa que estava enterrada em meu coração, mesmo que fraca, era saber como ele estava, eu nunca perguntei para Thalia ou Nico, mas depois de um tempo eu comecei a querer uma vez ou outra, era certo, eu não sentia falta dele como antigamente, mas ele fora um grande amor para mim e eu nunca iria esquecê-lo definitivamente. E também saber o que tinha acontecido, eles nunca tinham me falado, e eu nunca perguntei.

Vi se o local da cerimônia estava certo e sai do carro, ajeitei meu vestido. Era preto simples e com alguns detalhes na manga, era perfeito, do jeito que eu gostava. Tia Juliette gostava de dizer que eu tinha um gosto clássico. Peguei meu casaco de camurça vermelho e passei por meus ombros, sustentei a bolsa e o presente e caminhei para dentro do hotel. O casamento já havia acontecido, pois Thalia e Nico casaram-se no cartório, eu não pude ir, mas tinha todas as fotos. Thalia estava radiante naquele dia, ela tinha amadurecido bastante e Nico também. Eu os invejava. Eles tinham um ao outro, e como eu gostava de dizer, eu era a tia solteirona. Tive diversos affaires, mas nada sério. Fui até a recepcionista e entreguei o convite, ela sorriu atenciosa.

– Oh, senhorita Silena estava a esperando fervorosamente e disse que era para avisá-la assim que a senhorita chegasse. – Sorri para a garota.

– Sim. Certo. – Ela me conduziu até o salão e eu sorri olhando a decoração enquanto entrava. Só tinha uma pessoa que poderia fazer aquilo tudo, pois Thalia não faria, tinha certas coisas em quais ela não havia mudado. Sorri vendo Silena atravessar e vir na minha direção. Eu abri os braços e ela antes mesmo de se jogar em mim disse:

– Você está deslumbrante! Eu nem preciso mais ser seu senso de moda! Ai, minha menina cresceu! – Ela fungou, como se estivesse chorando. Silena era uma graça e eu estava morrendo de saudades dela. Vi Thalia em seguida, ela quase acabou com Nico enquanto o arrastava em minha direção.

Abri os braços e matei a saudade que estava da minha amiga.

– Eu estava com tanta saudade! – Foi à primeira coisa que ela falou, só fiz a apertar ainda mais, dizendo o quanto eu estava com saudade dela. Ela se separou e sorriu. – Tem muitas pessoas querendo ver você... – Eu revirei os olhos. E sorri. E por incrível que pareça, realmente tinha diversas pessoas que queriam me ver mesmo, falei com Charles e vi todos os meus ex-colegas de colégio. Suspirei enquanto via Thalia e Nico dançarem. Eles eram tão bonitos e completos juntos. Olhei para os lados e vi que estava sozinha na mesa. Peguei uma taça de champanhe que estava ali e procurei uma varanda. Já estava de noite e eu nem tinha percebido como o tempo tinha passado rápido. Encostei-me na varanda e ouvi uma voz grossa soar depois de algum tempo. Virei-me e vi olhos verdes me encarando.

– Annabeth.

– Senhor Poseidon. – Me vi parada e sem ação. Ele me analisou com um sorriso simples em sua face. Nunca tinha o visto sorrir.

– Eu queria vê-la. Estive esperando você alguns anos... – Eu ergui minhas sobrancelhas.

– Por quê? – Perguntei hesitante.

– Você amadureceu... Se ainda fosse a mesma garota, talvez tivesse me insultado agora...

– Talvez... – Ri fraco.

– Quero pedir desculpas a você por todas as palavras que disse da última vez que nos vimos. Eu mudei muito desde aquela época e sinto muito... Você é uma pessoa maravilhosa, era uma garota esplendida... Não vou dizer como mudei, seria um pouco longo, mas com o tempo a gente aprende a ver coisas que antigamente não podíamos enxergar, e você foi uma dessas coisas... Só peço que me perdoe. – Ele sorriu e sorri de volta.

– Claro senhor Poseidon. Aquilo já passou... – Ele agradeceu com um sorriso e saiu. Virei-me e olhei para o céu, acho que nada mais poderia acontecer naquela noite e que viesse a me surpreender. Bebi mais um gole de champanhe e descansei o copo ali. Virei-me lentamente e me abaixei para tentar tirar os sapatos, tropecei sem querer e não pude me defender enquanto quase via o chão. Alguém me segurou antes que eu caísse de cara nele.

– Opa, desculpa. Acho que me excedi no champanhe... Eu sempre fui fraca para qualquer tipo de bebida. – Ouvi uma risadinha metida no meu ouvido e soube quem era imediatamente. Eu conhecia o tom de voz, a minha pele se arrepiou. Nunca tinha me sentindo assim com nenhum outro homem.

– Annabeth... – Me surpreendi com seu tom de voz quando disse meu nome. Ele tinha mudado. Ele me colocou em pé. E eu pude o analisar. Seus cabelos negros caiam diante dos olhos, lhe dando um charme que ele sempre teve. Seus olhos verdes se tornaram intensos enquanto me analisava.

– Percy. – Ajeitei meu cabelo devagar. – Faz tempo... É bom ver-lo.

– Igualmente... E sim, faz muito tempo. Muito mesmo. – Ele disse rindo fraco. Mas eu sentia a intensidade daquelas palavras de longe. – Você está acompanhada? Queria te propor uma dança, mas não ficaria bem se seu companheiro viesse e puxasse você de mim...

– Estou sozinha. – Ele sorriu estendendo a mão. – Hum... Você está linda... – Não pude evitar corar de leve. – Sempre foi...

– Por favor, Percy... – Eu disse enquanto ele me rodava devagar para dentro do salão. Eu não queria falar do passado, mas Percy parecia determinar a puxar aquela ponta solta, como se fosse o importante agora.

– Relaxe Annabeth. Só preciso te falar algumas poucas coisas... Não sei quando você vai, se vai... – Ele fechou os olhos. – Eu queria te pedir perdão, eu era insolente, idiota, um completo babaca por tudo que fiz a você... E queria que você me perdoasse. – Balancei a cabeça. Eu queria dizer que já o tinha a perdoado há muito tempo, que a partir do momento que eu entrei no avião enquanto ia para NY, eu já o tinha perdoado. Pois algo no meu coração se mostrou forte o suficiente para fazê-lo.

– Sim. Eu já te perdoei... Faz tempos... Eu sabia que você era assim, e eu te aceitei com seus defeitos e qualidades. Mesmo que você tenha errado, eu também fui uma tola, mas éramos adolescentes e coisas assim acontecem... Não sabíamos o que era amor. – Ele me apertou contra ele.

– Você me daria uma chance agora? Quando sabemos o que é amor? Quando podemos errar e souber onde estamos nos metendo? Quando sei meus verdadeiros sentimentos por você? – Fechei os olhos, não sabia se estava preparada para isso.

– Que tal só aproveitar esse momento agora?

– Eu estou pronto para arcar com as conseqüências Annabeth, pronto para engolir meu orgulho e ter você... Se você quiser... – Sorri.

– A meia a noite te darei uma resposta. Até lá você tem um tempinho para me convencer... – Ele riu e ergueu meu queixo devagar.

– Tudo bem. Eu o farei. – Senti seus lábios se encostarem aos meus e meu corpo todo sentiu um frio. Borboletas se moveram em meu estomago e eu revivi todos os sentimentos de anos atrás. Eu teria que engolir meu preconceito e medo de tudo aquilo de novo acontecer e dizer um sim, pois por mais que eu dissesse não ou não quisesse, a verdade era uma só, e que pertencíamos um ao outro, mesmo com todos os empecilhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sinceramente agradeço por todos que acompanharam, por todos que recomendaram, por cada comentário e por cada palavra de apoio para nossa história. Sei que não apareci muito por aqui, mas juro que tenho um carinho mega especial por essa história e por todos que estão por aqui.
Espero fervorosamente que todos tenham gostado do fim e espero que comentem para eu saber. OK?
Beijos meus amores, sentirei falta de vocês ;) Nós nos vemos em quem sabe uma nova história. Kisses



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Orgulho E Preconceito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.