The Cure escrita por Valentinna Louise


Capítulo 10
Capítulo 9 - De que lado você está?


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora pra postar...faculdade tira a vida de qualquer um...enfim aqui vai um novo capítulo. tenho quase certeza que vão querer me matar! Enjoy e perdoem qualquer erro



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Acordei sentindo uma leve pressão no abdômen e uma respiração no meu pescoço. Dei um sorriso. Ter Rachel comigo, daquele jeito era totalmente inusitado pra mim. a esquisita Fabray. Eu ri baixinho de novo porque não queria perder aquela imagem de Rachel comigo. Eu tinha medo. Medo de mim, medo do que Finn poderia fazer, medo do que Russell poderia fazer.

Então me levantei delicadamente para não acordá-la e resolvi descer pra fazer p café da manhã. Rachel resmungou alguma coisa mais continuou dormindo. Deixei ela lá. Não tinha motivo pra acordar ela tão cedo. Passei pelo quarto da minha tia e vi a porta aberta. Isso quer dizer que ela tinha chegado exausta provavelmente.

Na cozinha comecei a fazer o café. Não dei sorte. Não tinha bacon, ou seja, ia ter que comer aqueles bolinhos com gosto de nada que Rachel e Tia Daph tanto gostavam. Ok eu poderia sobreviver um dia sem bacon.

Estava terminando já quando ouvi passos na escada, Vi uma morena completamente sonolenta, e com o cabelo todo bagunçado. Rachel veio direto pra cozinha e se encostou no balcão

- bom dia.. – disse chegando perto dela. Dei um selinho e ela se agarrou ao meu pescoço.

- bom dia...porque você saiu da cama sem me avisar...estava tão bom..acordei pensando que fosse mentira..- olhei pra ela e levantei a sobrancelha - não faça essa cara Quinn, você sabe o que eu quis dizer..-dei um sorriso e dei outro selinho nela.

- vem..vamos tomar café..e depois vamos sair...vamos no parque...

-hum...você está programando meu dia Fabray?

- estou falando sobre o nosso dia Rachel...mas se você preferir nós podemos passar o dia inteiro aqui..desse jeito.. – cheguei mais perto e dei um beijo. Como os braços dela já estavam no meu pescoço, Rachel não teve dificuldade em me puxar pra mais perto e aprofundar o beijo. Segurei Rachel pela cintura e a levantei um pouco. Ela se apoiou no balcão e em seguida mordeu meu lábio inferior. De lá ela passou a beijar meu maxilar e foi traçando um caminho até a minha orelha. Nós estávamos tão imersas naquele momento que notamos a chegada de outra pessoa, até o momento em que ouvimos panelas caindo no chão. Rachel olhou por cima do meu ombro e deu um grito de susto. Eu me virei e dei de cara com um homem. Ele era alto, era bronzeado, mais claro que Rachel, seus olhos eram azuis e o cabelo dele estava desalinhado. Ele estava meio embasbacado:

-Me..me..desculpem eu..hum é..eu só queria agua...

-Quem é você? – perguntei completamente atordoada com a presença daquele estranho na cozinha. Antes que ele respondesse minha tia apareceu na porta e disse:

-Bom dia Rachel, Quinn.. Meninas esse é o Cooper. Cooper estas são Quinn, minha sobrinha e Rachel, a namorada dela.

Era realmente muito estranho ver minha ia tratando o tal do Cooper daquele jeito.

- Olá Cooper, prazer em conhecê-lo. Nós estudamos com Blaine no Mckinley – Disse Rachel se adiantando.

- A sim Rachel Berry...Blaine chegou a falar sobre você..e sua tia me falou sobre você Quinn.

Levantei a sobrancelha e encarei minha tia com uma cara de descrença. No 1º encontro ela traz o cara pra casa?!

- Não me olhe com essa cara, Q. já sou bem grandinha pra ficar ouvindo broncas, ainda mais da minha sobrinha. Você não está aí com a Rachel? Então...me deixar ficar por aqui com o Cooper e ficamos todas em paz ok?

Fiquei roxa só por minha tia falar aquilo. Enfim. Dei de ombros, minha tia sabia o que estava fazendo e há muito tempo não via ela sorrindo do jeito que sorria quando abraçava o Cooper. Senti uma pontada lá no fundo. Me senti culpada por minha tia não poder aproveitar a vida dela já que teve que ficar cuidando de mim. Engoli seco e Rachel me olhou e disse.

- vamos tomar café e depois iremos ao parque ok?

- Ok – respondi dando um selinho. Me afastei e vi que minha tia fazia o mesmo com Cooper. Revirei os olhos, teria que me acostumar com isso.

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Meu plano indo para o parque com Rachel era passar uma tarde agradável como um casal qualquer. Nos conhecíamos há quase 1 mês e ontem eu havia pedido ela em namoro. Eu estava adorando isso. Planejei tudo, um piquenique, uma volta no lago e depois o cinema. Minha tia me perguntou várias vezes sobre os meus remédios e se tinha acontecido alguma coisa. Não contei a ela sobre a História do Hudson porque não valia a pena essa preocupação e quanto aos meus remédios não estava mais sentindo necessidade de toma-los. Meu médico disse que assim que eu me sentisse melhor eu poderia ir parando, por exemplo, naquela manhã eu não tinha tomado nenhum, mas eu me sentia estranhamente bem. É como se um balão de ara tivesse inflado dentro de mim e esse bem estar tinha nome: Rachel.

Fomos para o parque andando o que não era uma distância tão grande assim. Rachel já tinha ligado pra Leroy e Hiram avisando que ia chegar um pouco tarde em casa. Eu dei risada. Até parecia que nós estávamos planejando alguma espécie de fuga.

Chegamos ao parque e ficamos encostadas em uma árvore perto do lago durante um bom tempo. Eu sentei e Rachel sentou no meu colo, afundando seu rosto no meu pescoço. Senti que ela beijava a curva do meu pescoço e ia subindo.

-Rach...

-hum – disse ela mordendo meu pescoço. Droga..isso ia deixar marcas!

-Rach...! – puxei ela pelos ombros. Senti que ela não gostou de ser interrompida.

- o que foi Quinn?

-Olha...

Eram Russell e Finn conversando do outro lado do lago. Não dava pra nos ver porque havia um arbusto bem do nosso lado e eles pareciam muito entretidos na conversa. Senti meu sangue gelar. Fiz menção em levantar com Rachel ela segurou minha mão e disse:

-Sua mão tá gelada Q. respira senta. Eles não nos viram. não adianta estragar o dia por causa disso!

Rachel me fez parar e considerar a ideia. Afinal eu não entendia esse meu medo. Não tinha nada com Finn e nem com Russell, mas alguma coisa sempre me incomodava.

Voltamos a nos sentar, mas só que dessa vez mais escondidas. Mesmo assim, quase meia hora depois de ter visto Russell, aparecem Santana e Brittany no parque e ficam muito perto de onde nós estávamos. Coloquei a mão sobre a boca de Rachel e pedi silêncio. Levantei minha cabeça por cima dos arbustos e vi Santana e Brittany sorrindo abraçadas jugando comida para os patos no lago. Quando fui baixar a cabeça, Santana se virou e me viu. Comentou alguma coisa com Brittany que também olhou na minha direção e elas começaram a vir. Olhei pra Rachel e disse.

- acho melhor você se levantar. – Rachel esta quase tirando um cochilo no meu colo enquanto eu lia. – Santana e Brittany estão vindo aí.

Santana e Brittany chegaram e Santana não perdeu a oportunidade de fazer uma piadinha:

-Blondie! Que coisa te ver por aqui não e olha só a Hobbit em seu habitat natural... o mato!

- Calada Lopez, se veio aqui pra nos encher pode dar meia volta e ir alimentar os patos. - disse me levantando

- Hey Quinn e Rachel! – disse Brittany. Nunca iria entender como alguém tão inocente, quase angelical, namoraria com a personificação do demônio Satan Lopez! Enfim...

- Olá Brittany. Santana quando é que você vai aprender a ser educada? -Respondeu Rachel

- Berry veja bem – Santana começou a falar como se explicasse algo muito importante – eu preciso brincar com alguém, compreendes? Faz parte da minha existência!

- Santie..deixa elas!

- Amor...vou parar ok? -disse Santana olhando pra Brittany e depois virado para mim e para Rachel – só porque minha Britt pediu vocês estão livres de brincadeiras por minha parte.

- Muito Obrigada Brittany – disse Rachel. – enfim vejo que todas tiveram a mesma ideia e...

Senti um arrepio profundo quando ouvi aquela voz falar meu nome

- mas que coisa é essa Lucy?!

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Faziam anos que eu não ouvia aquela voz, mas eu a reconheceria em qualquer lugar. Santana e Brittany pararam de falar e ficaram estáticas e Rachel apertou mais minha mão. Eu não ousava olhar pra trás, mas tinha certeza que Russell Fabray estava bufando atrás de mim. usei de todo meu auto controle, sem me virar para responde-lo:

- Há muito tempo você perdeu o direito de se intrometer na minha vida Russell. – minha voz saiu fria e cortante.

- Você continua sendo minha filha não importa o que um pedaço de papel e pessoas estúpidas digam. Vejo que ainda precisa de tratamento pra essa sua....hum..doença..

Me virei incrédula e vi que Russell não havia mudado nenhum um pouco. Os olhos castanhos gelados. O cabelo em um corte militar. O maxilar duro e os lábios finos. Sua testa estava vincada e ele olhava diretamente pra minha mão. Estava apertando a de Rachel. Fiquei mais surpresa ainda ao ver que Finn estava bem atrás de Russell.

- Doença? Sou saudável como um touro Russell...

- Eu não vou deixar que uma maluquice sua manche o nome dos Fabray!

- Não seja por isso... pode me dar os papéis pra que eu mude de nome.. coloco qualquer um.

- Como você ainda tem a audácia de me desafiar? Eu ainda sou seu pai! –Ele ficou vermelho e levantou a mão. Senti Rachel recuar diante da ameaça. Quando ele desceu a mão para me bater eu a parei, colocando meu braço sobre o meu rosto. Ele se afastou e eu abaixei meu braço. Rachel havia me soltado e Santana e Brittany estavam na frente dela. Finn continuava lá parado que nem uma porta.

- como você se atreve a tentar me bater seu imundo! Perdeu qualquer direito sobre mim quando me colocou naquele manicômio! Já não acha que detonou minha vida o suficiente – eu gritava a plenos pulmões. Fiquei transtornada. Aquele homem não era ninguém pra vir me bater ou me ameaçar de qualquer maneira. Antes que eu pudesse continuar qualquer coisa eu ouvi um suspiro pesado e uma voz, saindo quase em um gemido.

-Rach...- era o Hudson. Nem tinha visto que ele tinha saindo de trás do meu pai e seguia em direção a Rachel. Santana estava bufando. Sabia que ela não deixaria Finn chegar perto de Rachel. O rosto do Hudson era presunçoso quase como se ele tivesse certeza que Rachel cederia a ele.

-Rachel....! – minha voz saiu mais alto do que eu esperava – Fica longe dela Hudson!

- você ouviu a garota Finnutil agora sai daqui!

- volta a brincar de casinha com o seu pai aí Fabray, dessa vez eu vou falar com a Rachel e vou trazer ele de volta a realidade! – disse ele com um sorriso de desdém.

- Onde você pensa que vai?- disse Russell quando viu que eu iria partir pra cima do idiota do Finn. – Deixe que aqueles dois se entendam. Eles viviam perfeitamente bem até o dia em que você chegou aqui Lucy.

-Não venha falar comigo como se soubesse alguma coisa sobre a minha vida!

- Eu sou seu pai!

- Para de ficar repetindo isso como se tivesse algum valor pra mim. você nunca foi um pai e nunca vai ser Russell! – soltei tudo o que estava preso e senti uma pontada terrível na cabeça. Fechei os olhos e Brittany correu para o meu lado.

-Quinn você está bem? – meus olhos fecharam, mas eu sacudi a cabeça e fiz um sinal para Brittany dizendo que eu estava bem.

– Rachel vem comigo esquece essa loucura! Essa Fabray á viveu em um manicômio e tudo mais. Você quer viver com alguém que pode de beijar em um dia e no outro tentar te matar? – Finnútil pegou pesado. Esqueci completamente de Russell e comecei a caminhar em direção ao Finn. Rachel saiu de trás de Santana e tentou me parar, mas antes que ela tentasse qualquer coisa, Finn agarrou ela pelos ombros e a puxou. Nessa hora eu corri e pulei pra cima do Hudson. Nem Santana e Brittany conseguiram me impedir. Mas antes que eu conseguisse pegar Rachel de volta eu senti um tapa. Não sei vindo de onde. Me fez cair de joelhos no chão. Quando olhei pra cima Rachel tinha as mãos sobre a boca, Santana tinha um olhar assassino no rosto e Finn estava atordoado olhando para a própria mão. Ele havia me batido. Finn Idiota Hudson havia me dado um tapa na cara. Ele era um cara morto.



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Eu me levantei. Na verdade Brittany me ajudou, porque de novo eu senti uma tontura muito forte. Quando já estava de pé, olhei para o Finn que já estava em choque.

–Hudson, eu espero que você tenha seguro de vida. – senti alguma coisa no meu rosto, mais perto do lábio. Passei a mão e vi que era sangue. Sério??? Finnutil tinha quebrado a minha cara? Minha nossa. Eu dei risada e Rachel se assustou com isso:

–Q., vamos embora..por favor..

–Não mesmo..esse idiota vai se arrepender de ter atravessado meu caminho. – e parti pra cima do Finn. Antes que eu pudesse parar, Rachel se colocou na frente de Finn e toda aquela raiva que eu sentia eu descarreguei acidentalmente nela. Eu havia dado um soco em Rachel. Nessa hora eu travei. Minha visão ficou embaçada e fiquei em choque. Rachel realmente havia se colocado na frente do Hudson pra não deixar que eu batesse nele? Só sai do choque quando Santana gritou do meu lado:

–Você está com o pé na cova Fabray! Puta que pariu! Você pirou de vez??? Bateu na Rachel! Eu vou te matar! - Nunca pensei que fosse ver Santana cumprindo a promessa de tentar me matar se algo acontecesse a Rachel. Ela só não fez nada porque Brittany a impediu e eu aproveitei a deixa e corri para ajudar Rachel. Ela ainda estava caída. Eu realmente quis morrer quando ela colocou a mão sobre o peito e choramingou um pouco. Deus! Eu me senti um monstro terrível. Ajudei-a se levantar enquanto Hudson parecia que ia entrar em síncope a qualquer momento. Russell havia ficado muito quieto e eu olhei pra ele. Quando fiz isso, ele olhou pra mim com certo receio e foi embora. Rachel se apoiou em mim para se levantar, mas quando viu que era eu que a ajudava levantar ela arregalou os olhos e me empurrou.

– nem pense em chegar perto de mim outra vez Quinn. – ela falou com uma raiva contida que doeu muito mais do que o tapa do Hudson. – por favor, fica longe de mim...

– Rachel...você sabe que eu não fiz isso de propósito, eu jamais encostaria um dedo em você pra machucar... – minha voz começou a ficar embromada. Rachel me olhava tã seriamente que eu começava a me perguntar se era ela mesma ali.

– Vamos Finn, por favor, me leve até a minha casa. – Um sorriso presunçoso surgiu na cara do babaca. a tontura aumentou quando eu vi Rachel sair do parque sendo aparada por Finn. Quando não pude mais ver os dois comecei a chorar e a dor na minha cabeça só tendia a aumentar. Brittany se aproximou de mim e passou a mão em volta dos meus ombros. Santana se aproximou cautelosamente de mim e ficou do lado de Brittany. De repente o chão girou sob os meus pés e eu caí. Britt se ajoelhou e segurou minha cabeça no colo. Santana tentava falar comigo.

–Blondie, responde por favor! Merda Fabray!

A voz dela ia ficando cada vez mais distante até que eu apaguei.



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Notas finais do capítulo

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