Pov: Annabeth.

Eu nem mesmo sabia o que estava acontecendo comigo, o que era aquilo? Raiva? Dor? Mágoa? Inveja? Mas afinal, eu estava com raiva de quê? Sentindo dor pelo o quê? Por que estava mágoada? E de quem eu tinha inveja mesmo? Não fazia sentindo. Lá estava eu me aguentando para não voar no pescoço de uma desconhecida, e tudo isso por estar com ciúmes?! Perseu não era nada para mim, não éramos nada! Ele havia me sequestrado no dia de meu casamento, era o inimigo número um de meu reino e ainda por cima desafiara meu noivo e futuro rei, o máximo que eu deveria sentir por ele era ódio por ter transformado minha vida. E mesmo assim eu sentia como se alguém jogado-me no mar, para que eu afundasse sem poder nadar. Perseu parecia confuso, até perdido... Seus olhos verdes procuraram por alguma coisa que eu nem sabia o qu era. A ruiva ainda estava parada lá segurando o seu cartaz, nós já tínhamos desciso do navio, me mative atrás de Perseu e Grover, a ruiva não tirava os olhos dele, tinha um sorriso no rosto, e em seus olhos verdes eu via mais sentimentos por ele do que uma simples amizade. Quem me dera ter um amigo como ele.  Qual seria a profundidade daquele relacionamento? Será que ele a correspondia na mesma intencidade que eu via transbordar de seus olhos.

Perseu estava de frente para a ruiva, essa que se jogou nos braços dele com força, ele a rodeou com os braços. Ela gargalhava alto nos barços deles e beijava-lhe o rosto, deixando marcas vermelhas no rosto do capitão. Senti um certo ciúme deles, por vários segundos imaginei-me no lugar dela, parecia tão mais certo se eu estivesse em sue lugar. Ele ainda me parecia um pouco confuso, seuas sobrancelhas estavam juntas e franzidas, deixando-o uma graça. Era como se ele ainda estivesse processando o que estava acontencendo, eu me sentia vazia por dentro, não restava nada dentro de mim!

-Percy, senti tanto a sua falta! -ela dizia com um enorme sorriso no rosto.

-Senti sua falta também, Rachel. -ele disse, um pouco tenso.

-Fiquei imaginando se você voltaria vivo para me buscar, fiquei com tanto medo que algo lhe acontecesse! -ela disse, vi algumas lágrimas em seus olhos.

-Mas voltei, como lhe prometi. -ele respondeu afagando o cabelo dela.

-Ainda bem! Você o fez? Sua vingança...

-Sim, mas algumas coisas mudaram... -ele disse largando-a e passando as mãos nos cabelos.

-Como assim?

-Eu trouxe uma pessoa... -ele começou a falar virando a cabeça para me olhar.

-Uma pessoa?

-Eu quero te apresentar Annabeth Chase. -ele disse olhando para mim, Rachel me encarou por um segundo, estava surpresa por me ver ali parada atrás dele.

-Condessa Annabeth Chase.-falei com friesa. Não queria mostrar um pouco mais de intimidade entre nós, afinal, o que adiantava aquela aprossimação estúpida se ele já estava comprometido, de alguma forma, com outra mulher. Como ele podia ter me dado... esperanças?

-Você trouxe alguém da corte, mas por quê?-disse um pouco escandalosa demais.

-Não grite, Rachel. -ele disse firme, e ela se calou. -Não espalhe, ela é minha prisioneira.

-Não me parece uma? -ela disse cruzando os braços. -Nem ao menos está presa.

-Não é necessário. -ele respondeu seriamente.

-Que seja... -ela mudou de assunto radicalmente - Enquanto você esteve fora começei a ver algumas coisas para o nosso casamento! Já tenho quase tudo planejado, só falta saber como podemos fugir sem que dêem falta de mim.

-Casamento? -repeti assustada.

-É, Percy e eu namoramos a algum tempo -ela começou. -Já está na hora de fimarmos um compromisso um pouco mais sério.

-Rachel, nós não falamos direito sobre isso. -ele se defendeu.

-Você me disse que resolveríamos a nossa situação, Percy! Você me deve o matromônio, estou desafiando as ordens dos meus pais para ficar ao seu lado, estou deixando tudo e lado para estar com você...

-Rachel, acho melhor vocês falarem sobre isso depois. -Grover disse para salvar Perseu daquela conversa sem futuro.

-Grover tem razão. -Perseu disse, pude ver que eles trocaram um olhar de agradecimento que valia mais de mil palavras.

-Tudo bem. Depois do que meus pais ouviram sobre seus últimos feitos, você não é mais bem vindo em nossa casa e é melhor ancorar o navio longe, as tropas do Príncipe Luke estão vigiando a fronteira.

-Muito bem. Voltem todos para o navio, é melhor não emtrarmos em massa na ilha.  Grover, Connor e Travis vão buscar suprimentos para o navio, nossos já estão acabando. E lembre-se de trazer roupas para Annabeth.

-Já estamos indo. -Connor se apressou, ele estava com uma cara de quem tinha levado um soco no estômago, podia ver que tanto ele como os outros estavam morrendo de vontade de correr do meio daquela coneversa, parecia que ninguém tinha o atrevimento de se metar nas conversas do capitão, ainda mais quando a ruiva estava no meio.

-Vou voltar para o navio, se não se importa. -falei rapidamente.

-Pode ir. -ele me disse sorrindo, desde quando ele era bom comigo?

-Obrigada, capitão. -respondi formalmente, não que precisassemos daquilo, mas eu queria mostrar para ele que, depois da bela cena que o vi protagonizar com Rachel, não tínhamos mais intimidade, se é que um dia chegamos a ter.

Caminhei lentamente por entre os homens que estavam ali parados esperando mais ordens do capitão, podia ver que alguns deles pareciam compreender mais ou menos o que estava acontecendo comigo, pude ver até alguns olhares solidários. Eu não sabia o porquê de meus olhos quererem lagrimejar uma hora dessas, mas estava cogitando possibilidades como: a mudança do clima, ciscos voadores, alergia e reações involuntárias. Meu coração ainda estava apertado, ainda estava confusa e perdida no meio de um turbilhão de sentimentos por ele. Maldita hora que aquele pirata apareceu em meu reino e atrapalhou o cumprimento de meu destino, o qual fora traçado desde que eu era pequena. Cheguei até a cabine, abria a porta e me encostei nela, deixando meu corpo deslizar até que chegasse ao chão. Meu vestido estava jogado, sujo e amarrotado no chão. O que ele estava fazendo comigo? Por que eu me sentia assim? Não havia motivos que me prendesse a ele, e mesmo assim eu tinha a estúpida ideia de nós podiamos... ter algo mais... Mas agora isso não representava amis nada, todas as minhas esperanças estavam acabadas, não restava mais nada do que desilusões e uma Annabeth devastada por dentro.